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REFORMAS RELIGIOSAS
O Cristianismo é dividido em 3 grandes ramos (católicos, ortodoxos e protestantes), é a
religião que reúne, atualmente, o maior número de seguidores. Os católicos formam o grupo mais
numeroso dos cristãos (51%), seguidos pelos protestantes (35%), que se dividem em luteranos,
anglicanos, calvinistas etc.
Motivações da Reforma
• Simonia = para ganhar dinheiro, o alto clero iludia a boa-fé de milhares de cristãos
comercializando relíquias religiosas, em geral falsas.
• Indulgências = Venda do perdão dos pecados. Mediante pagamento, destinado a financiar
obras da Igreja, os fiéis poderiam comprar a “salvação eterna”.
Para piorar, boa parte dos sacerdotes desconhecia a própria doutrina católica e
demonstrava falta de preparo para funções religiosas.
Sentimento nacionalista
Havia conflitos políticos entre autoridades da Igreja e alguns governantes das monarquias
europeias. Os reis passaram a considerar a Igreja uma entidade estrangeira, enquanto esta,
insistia ser uma entidade universal. Os países procuravam afirmar sua independência em relação
à Igreja, para que esta não interferisse mais em seus assuntos.
REFORMA LUTERANA
Martinho Lutero (1483-1546) nasceu na Alemanha e estudou direito por influência do pai. Sua
forte inclinação para a vida religiosa o fez ingressar na Ordem dos Agostinianos (1505).
REFORMA CALVINISTA
João Calvino (1509-1564) nasceu na França, onde estudou teologia. Aderindo às ideias
dos protestantes foi considerado herege e perseguido pelas autoridades francesas. Em 1534,
fugiu para a Suíça, onde o movimento reformista já se desenvolvia.
Em 1536, Calvino publicou sua principal obra, onde defendia que o ser humano estava
“predestinado” a merecer o céu ou o inferno, ou seja, algumas pessoas haviam sido eleitas por
Deus para serem salvas, enquanto outras seriam condenadas à maldição eterna.
Governou a cidade de Genebra (1541-1560), se mostrando extremamente intolerante.
Obrigava as pessoas a seguirem um governo que mesclava religião e política. Chegou a queimar
vivo o espanhol Miguel de Servet (que dissecava os mortos) por negar o “pecado original”.
Segundo o Calvinismo, as obras não interferiam na salvação eterna, sendo uma vontade
divina. Não podendo interferi nessa vontade, cada pessoa deveria viver de acordo com as suas
possibilidades. Embora o luxo fosse censurado, a acumulação de riquezas e o lucro não eram
imorais. Fez muito sucesso com a burguesia.
REFORMA ANGLICANA
Henrique VIII, rei da Inglaterra de 1509 a 1547, fora um fiel aliado do papa, recebendo o
título de “defensor da fé”. Entretanto, uma série de questões o levaram a romper com a Igreja
católica e a fundar uma Igreja nacional: a Igreja Anglicana.
Henrique conseguiu que o alto clero inglês e o Parlamento reconhecessem seu divórcio.
Em 1534, o Parlamento votou o Ato de Supremacia, pelo qual Henrique VIII tornava-se chefe
supremo da Igreja da Inglaterra (Anglicana), sem grandes modificações em termos de doutrina e
culto em relação à católica. Ocorreram nos governos dos sucessores de Henrique VIII, tentativas
de implantar o Calvinismo e também uma reação católica. Somente com o governo de Elizabeth I
(1558-1603) a Igreja Anglicana consolidou-se.
Vejamos algumas das principais atitudes tomadas pelas lideranças da Igreja que
caracterizaram a Contrarreforma.
Concílio de Trento
Em 1545, o papa Paulo III convocou um concílio na cidade de Trento. Em 1563, a Igreja
apresentou um conjunto de decisões que procuraram garantir a unidade da fé católica e a
disciplina eclesiástica:
O retorno da Inquisição
Os Tribunais da Santa Inquisição foram criados em 1231 para investigar e punir “crimes
contra a fé católica”, foram, com o tempo, reduzindo suas atividades em diversos países. Com o
avanço do protestantismo, o Tribunal foi reativado em meados do século XVI. Uma de suas
atribuições foi criar uma lista de livros proibidos aos católicos, o Index librorum prohibitorum. Além
disso, receberam do papa autorização para utilizar até mesmo a tortura como forma de obter a
confissão dos acusados.