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SELEÇÃO PÚBLICA PARA PROFESSOR SUBSTITUTO

DO INSTITUTO DE HUMANIDADES
SETOR DE ESTUDOS: HISTÓRIA DO BRASIL E DO CEARÁ
CANDIDATA: MS: LUZIA LEILA VELEZ DE MIRANDA
PROVA DIDÁTICA: PONTO Nº. 06
Data: 14/05/2019; Hora: 15h00min

PLANO DE AULA

TEMA:

Africanos e Indígenas na Formação Histórica, Política, Econômica e Social do Ceará.

PROBLEMÁTICA

O uso de novas fontes, abordagens teóricas e metodológicas a concepção de família


passou a ser revista de forma mais diversa. Essa perspectiva contemporânea vem
fomentando uma reescrita da História dos povos subalternos. E assim sendo, os
estudos mais direcionados para a formação sócio familiar indígena e afrodescendente
nos ajudam a compreender o processo de inserção e atuação desses povos na
formação sociopolítica e econômica do Ceará. Tomaremos como recorte espacial e
temporal os sertões cearenses do período colonial para compreendermos as dinâmicas
de mestiçagens não somente biológicas, mas, sobretudo, cultural desses povos que
compunham e ainda compõe o maior contingente populacional cearense.
Diferentemente da historiografia que privilegiou a análise das dinâmicas coloniais e
imperiais apenas de porto a porto, ou seja, restrita ao litoral, nosso objetivo será
adentrar os interiores cearenses, lugares repletos de trilhas, veredas, e encruzilhadas,
de movimentos e trânsitos. Esses espaços, por sua vez, tiveram dinâmicas internas
próprias que subdeterminaram desde o que se plantava ou mesmo se usava para
cozinhar e vestir, até às formas de organização familiar, nosso foco aqui! É nosso
objetivo compreender, as dinâmicas políticas, econômicas e culturais presente nesses
sertões cearenses e que produziram personagens de diversas etnias, qualidades,
condições sociais e jurídicas. De onde esses sujeitos saíram? Como se organizavam
em seus cotidianos e nos seus mundos do trabalho?
OBJETIVOS

 Compreender a participação das famílias afrodescendente e indígena e suas


ligações com o quadro sócio-político e econômico cearense;
 Refletir sobre a formação familiar africana, afrodescendente e indígena como
estratégia de sobrevivência menos hostil ao sistema escravista;

CONTEÚDO

 Debates historiográficos sobre família;


 Indígenas, africanos, afrodescendentes na construção socioeconômica e
político no Ceará.
 Fontes eclesiásticas e seu contributo para o estudo da família cearense.
METODOLOGIA DE ENSINO

 A aula expositiva com a utilização de recursos do quadro branco, a partir do


tema: africanos e Indígenas na formação histórica, política, econômica e social
do Ceará.

RECURSOS NECESSÁRIOS

Materiais: Quadro branco, pincel e apagador.

AVALIAÇÂO

A avaliação se centrará na observação das habilidades e competências dos alunos em


termos de leitura, interpretação de documentos, articulação entre saber teórico e
realidade empírica. Serão avaliadas as competências do aluno para problematizar a
partir de dados empíricos, manejar saberes derivados de outras disciplinas além da
História, estabelecer relações entre os fenômenos e produzir texto de natureza
científica.

REFERÊNCIAS

 CHAVES, Elisgardênia de Oliveira. População e família mestiça nas


freguesias de Aracati e Russas-Ceará, 1720/1820. Tese de Doutorado
apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História da Universidade
Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2016.

 CORTEZ, Ana Sara Ribeiro Parente. Cabras, caboclos, negros e mulatos.


Família escrava no Carrí cearense (1850 – 1884). Dissertação de mestrado em
História Social – Universidade Federal do Ceará – UFC. Fortaleza. Setembro
de 2008.

 GALDINO, Rakel Amâncio. Mulheres Escravas e Forras na Ribeira do


Acaraú (1750 – 1788). Dissertação de Mestrado em História Social,
Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2013.

 MIGNOLO, Walter. Histórias Globais projetos Locais. Colonialidade,


saberes subalternos e pensamento liminar. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2003.

 ____. A colonialidade de cabo a rabo: o hemisfério ocidental no horizonte


conceitual da modernidade. In: LANDER, Edgardo. (Org). A colonialidade
do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas.
Buenos Aires: 2005, p. 71-103.

 MIRANDA, Luzia Leila Velez de. Casamentos e compadrios: Formação


familiar escrava e forra na freguesia de Quixeramobim – Ceará (1740-1810).
Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Ceará. Fortaleza, CE, 2018.

 PAIVA, Eduardo França. Dar nome ao novo. Uma história lexical da Ibero-
América entre os séculos XVI e XVIII (as dinâmicas de mestiçagens e o
mundo do trabalho). Belo Horizonte. Autentica Editora, 2015.

 VIEIRA JR, A. Otaviano. Entre paredes e bacamartes: história da família no


sertão (1780- 1850). Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2004.

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