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VIII SELLES, Seminário de Línguas e Literaturas Estrangeiras, 8º, 2020 (Alagoinhas-BA).

Caderno de Resumos:
Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Campus II. ISSN 2447-5157.
Realização:

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA– UNEB


Campus II

Prof. Me. José Bites de Carvalho


Reitor

Prof. Dr. Marcelo Duarte Dantas de Avila


Vice-Reitor

Profa. Dra. Tania Maria Hetkowski


Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa– PGP

Profa. Dra. Maria Neuma Mascarenhas Paes


Diretora do Departamento de Linguística, Literatura e Artes do Campus II - Alagoinhas

Profa. Dra. Risonete Lima de Almeida


Coordenadora do Colegiado de Letras – Língua Inglesa e Literaturas

Prof. Me. William de Lima Maia


Coordenador do Colegiado de Letras – Língua Francesa e Literaturas

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Resumos: Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Campus II. ISSN 2447-5157.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA– UEFS

Prof. Dr. Evandro do Nascimento Silva


Reitor

Profa. Dra. Norma Lúcia Fernandes de Almeida


Vice-reitora

Prof. Dr. Eurelino Teixeira Coelho Neto


Pró-reitor de pós-graduação e pesquisa

Prof. Dra. Flávia Aninger de Barros Rocha


Diretora do Departamento de Letras e Artes

Profa. Me. Valéria Marta Ribeiro Soares


Coordenadora dos Cursos de Letras

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COMISSÃO EXECUTIVA E ORGANIZADORA:

Profa. Dra. Risonete Lima de Almeida


Profa. Dra. Bárbara Cristina dos Santos Carneiro
Profa. Me. Jéssica Carneiro da Silva
Profa. Me. Sílvia Marinho
Profa. Esp. Lucila Carneiro
Profa. Esp. Kelly Krause
Profa. Taciara Aristóvolo Andrade

COMISSÃO CIENTÍFICA:

Profa. Dr. Manoel Barreto Júnior


Profa. Dra. Cláudia Martins Moreira
Prof. Dr. Ignacio Azpeitia
Profa. Me. Pérola Cunha Bastos
Prof. Me. William de Lima Maia
Profa. Me. Jéssica Carneiro da Silva
Profa. Me. Jamile Silva
Prof. Me. Márcio Santos da Conceição

COMISSÃO DE MONITORIA:

Profa. Me. Edna Suzart


Profa. Esp. Lucila Carneiro

COMISSÃO ARTÍSTICA E CULTURAL:


Profa. Me. Sílvia Marinho
Profa. Me. Jamile Oliveira Silva
Profa. Esp. Kelly Krause

DESIGN GRÁFICO:
Profa. Taciara Aristóvolo Andrade

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PARCEIROS

APOIADORES

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SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO..................................................................................................... 7

2 PROGRAMAÇÃO GERAL...................................................................................... 8

3 PROGRAMAÇÃO COMPLETA DAS SESSÕES DE COMUNICAÇÕES........ 14

4 RESUMOS DAS MESAS DE DEBATE.................................................................. 18

5 RESUMOS DOS MINICURSOS.............................................................................. 25

6 RESUMOS DAS COMUNICAÇÕES...................................................................... 32

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1 APRESENTAÇÃO

A academia tem o papel de prover a sociedade profissionais qualificados e que possam


garantir, dentro de suas áreas específicas, a manutenção de uma sociedade justa e igualitária.
Ainda que essa prerrogativa seja pertinente, nossa sociedade, em especial a brasileira, ainda
está em constante movimentação para ajustar arestas de injustiças históricas que
comprometem a estabilidade e igualdade de todos e todas que vivem em comunidade.
Pensando nesta perspectiva, buscamos perceber como a formação crítica docente
entende os movimentos sociais de reparação histórica atuais, e como a docência e os
elementos que confluem no ensino-aprendizagem podem minimizar e conscientizar alunos e
alunas durante a prática docente.
Quando falamos de grupos minorizados, entendemos que, na verdade, as minorias são
a grande maioria do nosso país. Pessoas pretas, da comunidade LGBTQIA+, deficientes,
mulheres, sofrem diariamente com estigmas históricos que deixam marcas e sequelas na vida
cotidiana de brasileiros e brasileiras.
O ensino-aprendizagem de línguas passeia por um mito de neutralidade que já vem
sendo debatido nos diálogos desenvolvidos dentro do campo de estudos da Linguística
Aplicada, o que é um grande avanço para o fazer docente e, também, para a formação
docente.
O VIII SELLES, com o tema: O impacto dos grupos minorizados na formação crítica
em Línguas Estrangeiras, traz à discussão assuntos que passeiam pelos movimentos sociais
atuais e reflete isso no ensino de línguas e na formação crítica docente, nos chamando a
pensar sobre a forma como as aulas na universidade são ministradas, se são atravessadas por
esses discursos, considerando o livro didático, as atividades de conversação, as aulas de
literatura, as ações de pesquisa e de extensão, até a efetiva abordagem crítica dos alunos
egressos em suas práticas docentes.

A Comissão Organizadora do VIII SELLES.


Alagoinhas, 9 a 13 de novembro de 2020.

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2 PROGRAMAÇÃO GERAL

1º DIA
9 de novembro de 2020 (segunda-feira)

TARDE

13:30 às 13:45 – ABERTURA OFICIAL DO VIII SELLES


Representantes do Departamento de Linguística, Literatura e Artes (DLLARTES),
Coordenador do NUPE e dos Colegiados de Língua Inglesa e Língua Francesa:
Profª. Maria Neuma Mascarenhas Paes (Diretora do Departamento de Linguística, Literatura
e Artes do Campus II)
Profª. Risonete Lima de Almeida (Coordenadora do Colegiado de Língua Inglesa)
Prof. Detoubab Ndiaye (Coordenador do Colegiado de Língua Francesa)
Coord. Rafael Estrela (Coordenador do NUPE)
Monitoras: Emmanuele e Bruna

13:45 às 14:00 – MOMENTO CULTURAL


Apresentações: 1 – “Quelqu’un m’a dit” (Carla Bruni); 2 – Luanderson Santos (Egresso
da Educação Básica) | Monitoras: Emmanuele e Bruna

14:00 às 15:00 – CONFERÊNCIA DE ABERTURA


Palestrante: Profa. Dra. Fernanda Mota Pereira (UFBA)
Título: “Pode o subalterno falar língua estrangeira?” Questões sociais, étnico-raciais e de
gênero em tela.
Mediadora: Profa. Dra. Risonete Lima de Almeida
Monitoras: Emmanuele e Bruna | Local/Link: Canal do SELLES no YouTube

16:00 às 18:00 – MOMENTO BABEL: Time for Talking e Conversations Croisées


Atividade 1 – Língua Francesa: Prof. Me. Detoubab Ndiaye e Profa. Me. Sílvia Marinho |
Monitoras: Deiziane, Josefa e Fernanda | Local/Links: Google Meet – a divulgar.
Atividade 2 – Língua Inglesa: Profa. Me. Eliana Santos | Monitoras: Emmanuele e Bruna |
Local/Links: Google Meet – a divulgar.

2º DIA
10 de novembro de 2020 (terça-feira)

MANHÃ

9:00 às 11:00 – MINICURSOS

Minicurso 1 – Título: Hey, afro, let's connect? Ensino de língua inglesa numa perspectiva
afrodiaspórica.
Apresentadoras: Profa. Ayala Tude (UFBA/Quilombo Educacional Vilma Reis e Afro
Diaspora Connect) e Profa. Maiana Lima (UFBA/Afro Diaspora Connect).
Monitores: Thayliane e Otavio | Local/Link: a divulgar.

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Minicurso 2 – Título: Ensino crítico de gramática: por que e para que?


Apresentadora: Profa. Dra. Fernanda Cerqueira (UFBA)
Monitores: Thiago e Aline | Local/Link: a divulgar.

Minicurso 3 – Título: Produção e recepção da fala: pontos de vista da fonética acústica


Apresentador: Prof. Me. Adilson Silva Correia (UNEB).
Monitores: Ivis e Alessandra | Local/Link: a divulgar

Minicurso 4 – Título: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) e sua relação com a Língua/
Linguagem como um importante fator de inclusão social.
Apresentadora: Profa. Me. Amanda Santiago Souza Melo (UFBA).
Monitores: Maeli e Josefa | Local/Link: a divulgar.

Minicurso 5: Título - Les expressions idiomatiques dans la Langue Française.


Apresentadora: Profa. Esp. Lucila Carneiro (UNEB).
Monitores: Ana Lúcia e Rebeca | Local/Link: a divulgar.

Minicurso 6 - Título: La pratique de l'Oulipo: l'Ouvroir de littérature potentielle


Apresentadora: Profa. Dra. Maria Clara da Silva Ramos Carneiro (UFSM).

TARDE

14:00 às 14:20 – MOMENTO CULTURAL


Poema: “Deux amours du ciel” - Profª Liviane Ataíde (UEFS)
Música: “Couleur café” (Serge Gainsbourg) - Gilson Couto (Egresso de L. Francesa –
UNEB)
Música instrumental: “Entre melodias”, Lidjia Karídia Ferreira da Costa e Caíque
Marlon Santos Nascimento (Graduandos de Vernáculas – UNEB)
Música: “Les filles d'aujourd'hui” (Joyce Jonathan) - Carolina Oliveira (Egressa de
Língua Francesa (UNEB)
Monitores: Karla e Suellen | Local/Link: Canal do SELLES no YouTube

14:30 às 16:30 – MESA DE DEBATE 1, Tema: Raça e Línguas Estrangeiras


Palestrante 1: Prof. Dr. Humberto Luiz Lima de Oliveira (UEFS) – Título: Línguas
Estrangeiras e Decolonialidade: ponte e passagem para ultrapassar fronteiras.
Palestrante 2: Prof. Me. Maurício Souza Neto (UFBA) – Título: Fotografias no ilê da língua
inglesa: ebós para o xirê de língua, ensino e mercado de trabalho
Mediador: Aline Santana | Monitores: Karla e Suellen
Local/Link: Canal do SELLES no YouTube

3º DIA
11 de novembro de 2020 (quarta-feira)

MANHÃ

09:00 às 11:00 – MINICURSOS

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Minicurso 1 – Título: Hey, afro, let's connect? Ensino de língua inglesa numa perspectiva
afrodiaspórica. Apresentadoras: Profa. Ayala Tude (UFBA/Quilombo Educacional Vilma
Reis e Afro Diaspora Connect) e Profa. Maiana Lima (UFBA/Afro Diaspora Connect).
Monitores: Thayliane e Otavio | Local/Link: a divulgar.

Minicurso 2 – Título: Ensino crítico de gramática: por que e para que?


Apresentadora: Profa. Dra. Fernanda Cerqueira (UFBA)
Monitores: Thiago e Fernanda| Local/Link: a divulgar.

Minicurso 3 – Título: Produção e recepção da fala: pontos de vista da fonética acústica


Apresentador: Prof. Me. Adilson Silva Correia (UNEB).
Monitores: Ivis e Alessandra | Local/Link: a divulgar.

Minicurso 4 – Título: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) e sua relação com a Língua/
Linguagem como um importante fator de inclusão social.
Apresentadora: Prof. Me. Amanda Santiago Souza Melo (UFBA).
Monitores: Maeli e Josefa | Local/Link: a divulgar.

Minicurso 5: Título - Les expressions idiomatiques dans la Langue Française.


Apresentadora: Profa. Esp. Lucila Carneiro (UNEB).
Monitores: Ana Lúcia e Rebeca | Local/Link: a divulgar.

Minicurso 6 - Título: La pratique de l'Oulipo: l'Ouvroir de littérature potentielle


Apresentadora: Profa. Dra. Maria Clara da Silva Ramos Carneiro (UFSM).
Monitores: Bruna e Wellington | Local/Link: a divulgar.

TARDE

14:00 às 14:20 – MOMENTO CULTURAL


Música instrumental (flauta transversal): Flor de lis (Djavan) - Luanderson Santos
(Egresso da Educação Básica)
A cultura do Futebol Americano dos Estado Unidos - Ívis Dias de Souza Pinto
(Graduando de Língua Inglesa – UNEB)
Música: Pourque tu m"aime encore (Céline Dion) – Profa. Ady Sá Teles Santana (UEFS)
Poema: À mon frère blanc (Léopold Sédar Senghor) - Suellen Alves e Aline Santana
(Graduandas de Língua Francesa – UNEB)
Música: “Quelqu’un ’a dit” (Carla Bruni) – Angelo R. Piovischini e Poliana Santiago (UEFS)
Monitores: Thiago e Ana Lúcia | Local/Link: Canal do SELLES no YouTube

14:30 às 16:30 – MESA DE DEBATE 2, Tema: Gênero e línguas estrangeiras


Palestrante 1: Prof. Dr. Paulo César Souza Garcia (UNEB/UFBA)
Título da Apresentação: Subjetividades TrAnSBiX@S no espaço da literatura.
Palestrante 2: Prof. Dr. André Mitidieri (UESC)
Título da Apresentação: Literatura brasileira e (re)configurações transviadas
Mediador: Wesley Pessoa | Monitores: Thiago e Ana Lúcia
Local/Link: Canal do SELLES no YouTube

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4º DIA
12 de novembro de 2020 (quinta-feira)

MANHÃ
09:00 às 11:00 – MINICURSOS

Minicurso 1 – Título: Hey, afro, let's connect? Ensino de língua inglesa numa perspectiva
afrodiaspórica.
Apresentadoras: Profa. Ayala Tude (UFBA/Quilombo Educacional Vilma Reis e Afro
Diaspora Connect) e Profa. Maiana Lima (UFBA/Afro Diaspora Connect).
Monitores: Thayliane e Otavio | Local/Link: a divulgar.

Minicurso 2 – Título: Ensino crítico de gramática: por que e para que?


Apresentadora: Profa. Dra. Fernanda Cerqueira (UFBA)
Monitores: Thiago e Aline | Local/Link: a divulgar.

Minicurso 3 – Título: Produção e recepção da fala: pontos de vista da fonética acústica


Apresentador: Prof. Me. Adilson Silva Correia (UNEB).
Monitores: Ivis e Alessandra | Local/Link: a divulgar.

Minicurso 4 – Título: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) e sua relação com a Língua/
Linguagem como um importante fator de inclusão social.
Apresentadora: Profa. Me. Amanda Santiago Souza Melo (UFBA).
Monitores: Maeli e Josefa | Local/Link: a divulgar.

Minicurso 5: Título - Les expressions idiomatiques dans la Langue Française.


Apresentadora: Profa. Esp. Lucila Carneiro (UNEB).
Monitores: Ana Lúcia e Rebeca | Local/Link: a divulgar.

Minicurso 6 - Título: La pratique de l'Oulipo: l'Ouvroir de littérature potentielle


Apresentadora: Profa. Dra. Maria Clara da Silva Ramos Carneiro (UFSM).
Monitores: Bruna e Wellington | Local/Link: a divulgar.

TARDE

14:00 às 14:20 – MOMENTO CULTURAL


Criação artística: “Art changes everyone” - Joadisson Souza (Graduando de Língua
Inglesa – UNEB)
Poema: “Les quatre-vignts face de la mort”- Prof. Angelo R. Piovischini (UEFS)
Poema: “Chanson d’Automne (Paul Verlaine) – Otávio Alves Cerqueira (Graduando de
Língua Francesa – UNEB)
Música: “Si t’étais là” (Louane) - Profa. Lucila Carneiro (UNEB)
Música: “Laisse-moi partir” (versão de “Preciso me encontrar” (Cartola) - Prof.
Angelo Riccell Piovischini (UEFS)
Local/Link: Canal do SELLES no YouTube | Monitores: Ivis e Tiffany

14:30 às 16:30 – MESA DE DEBATE 3, Tema: Acessibilidade e linguagens

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Palestrante 1: Profa. Dra. Juliana Salvadori (UNEB)


Título da Apresentação: "E isso tem lugar no curso de Letras Língua Inglesa?" ou "Não fui
formado para isso": Inclusão, Comunicação Alternativa e Tecnologia Assistiva numa
Universidade inclusiva, popular e para todos.
Palestrante 2: Profa. Dra. Nicoleta Mendes de Mattos (UNEB)
Título da Apresentação: Inclusão, cinema, extensão e espaços digitais numa universidade
inclusiva, popular e para todos
Mediadora: Polianna Sales | Monitores: Ivis e Tiffany
Local/Link: Canal do SELLES no YouTube

5º DIA
13 de novembro de 2020 (Sexta-feira)

MANHÃ
09h às 11h: SESSÕES DE COMUNICAÇÕES

Sessão de Comunicações 1 – Eixo Ensino e Aprendizagem de LE


Comunicadores e títulos dos trabalhos: ver cronograma no Anexo A.
Coordenadora da Sessão: Profa. Me. Jamile de Oliveira Silva (UNEB)
Monitores: Emanuele e Fernanda | Local/Link: a divulgar.

Sessão de Comunicações 2 – Eixos Grupos minorizados no ensino de LE e Formação de


professores em LE
Comunicadores e títulos dos trabalhos: ver cronograma no Anexo A.
Coordenadora da Sessão: Profa. Dra. Bárbara Cristina dos Santos Carneiro (UNEB)
Monitores: Karla e Deiziane | Local/Link: a divulgar.

Sessão de Comunicações 3 – Estudos linguísticos


Comunicadores e títulos dos trabalhos: ver cronograma no Anexo A.
Coordenadora da Sessão: Profa. Me. Jéssica Carneiro da Silva (UNEB)
Monitores: Thiago e Alessandra| Local/Link: a divulgar.

Sessão de Comunicações 4 – Estudos literários


Comunicadores e títulos dos trabalhos: ver cronograma no Anexo A.
Coordenador da Sessão: Prof. Dr. Manoel Barreto (UNEB)
Monitores: Wellington e Aline | Local/Link: a divulgar.

TARDE

14:00 às 14:20 – MOMENTO CULTURAL


Poema: “À l’Afrique” (Aimé Césaire) – Prof. Angelo R. Piovischini (UEFS)
Música: Et si tu n’existais pas – Joe Dassin (Coral da UATI/UNEB)
Música: Quelqu'un m'a dit (Carla Bruni) – Luanderson Santos (Egresso da Educação Básica)
Música: Ma raison de vivre c’est toi – Gilson Couto (Egresso de Língua Francesa – UNEB
How to be a deejay – Ariston Batista de Carvalho (Graduando de Língua Inglesa – UNEB)
Leitura: Uma leitura contextual da obra Zélèves de Marie Claire Gilles Lereboullet - Prof.
Lucila Carneiro
Local/Link: Canal do SELLES no YouTube | Monitores: Maeli e Emilly

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14:30 às 15:30 – CONFERÊNCIA DE ENCERRAMENTO


Título: Religião, Religiosidade. Pensar e viver Candomblé.
Conferencista: Prof. Dr. Arivaldo de Alves Lima (UNEB)
Mediador: Otávio Cerqueira | Monitores: Maeli e Emilly
Local/Link: Canal do SELLES no YouTube

VIII SELLES, Seminário de Línguas e Literaturas Estrangeiras, 8º, 2020 (Alagoinhas-BA). Caderno de
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3 PROGRAMAÇÃO COMPLETA DAS SESSÕES DE COMUNICAÇÃO

SESSÃO DE COMUNICAÇÕES 1 – Eixo: Ensino e Aprendizagem de LE


Data: 13/11/2020 – Horário: 09:00 às 11:00 | Coordenadora da Sessão: Profa. Me. Jamile
de Oliveira Silva (UNEB) | Monitores: Emanuele e Fernanda | Local/Link: a divulgar.
APRESENTADORES TÍTULO DA COMUNICAÇÃO HORÁRIO
INDIVIDUAL
Rafaela dos Santos Múltiplos olhares na perspectiva dos
Almeida (UNEB) & materiais didáticos: uma ponte entre os 09:00 às 09:15
Mônica Veloso Borges estudos interculturais e o uso da tecnologia
(UNEB)
Jeferson Mundim de O aprendizado de Língua Espanhola nos
Souza (UFBA) & livros didáticos Enlaces e El arte de leer 09:15 às 09:30
Simone Bueno Borges Español e a invisibilidade da américa latina
da Silva (UFBA)
Lílian Reis dos Santos Debates sobre ética e ficção científica na
(SEEDUC–RJ) aula de ELE 09:30 às 09:45
João Luiz Costa (SEC- O uso das tecnologias digitais no ensino de
BA) Língua Inglesa na escola pública: é 09:45 às 10:00
possível?
Gabriele Ferreira dos Bivalência na aprendizagem de língua
Santos (UNEB) & estrangeira: abordagem linguística integrada 10:00 às 10:15
Jéssica Carneiro da do Inglês como língua estrangeira e do
Silva (UNEB) português como língua materna
Cassiane dos Santos Relações entre o esquecimento, a memória,
Alcântara (UNEB) & seus processos cognitivos com o 10:15 às 10:30
Bárbara Cristina dos aprendizado geral e de língua estrangeira
Santos Carneiro
(UNEB)
DEBATE 10:30 às 11:00
Obs.: Embora tenha sido feita uma distribuição individual para cada apresentação, salientamos que os
apresentadores devem estar presentes às 9:00 na sala online para início dos trabalhos.

SESSÃO DE COMUNICAÇÕES 2 – Eixos: Grupos minorizados no ensino de LE e


Formação de professores em LE | Data: 13/11/2020 – Horário: 09:00 às 11:00 |
Coordenadora da Sessão: Profa. Dra. Bárbara Cristina dos Santos Carneiro (UNEB) |
Monitores: Karla e Deiziane | Local/Link: a divulgar.
APRESENTADORES TÍTULO DA COMUNICAÇÃO HORÁRIO
INDIVIDUAL

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Kelly Barros (UFRB) Além do lugar de fala, a gente quer sim, falar
& Cristiane Landulfo em outras línguas para: as seleções de pós; 09:00 às 09:15
(UFBA) concorrer a bolsas, acessar agências de
fomento e para escurecer esses espaços

Alan Silva das Virgens A Linguística Aplicada no auxílio do


(UNYLEYA) & desenvolvimento do professor de inglês
Somária de Jesus como língua estrangeira: novas perspectivas 09:15 às 09:30
Santana (UNEB -
Egressa)
Paula Thaíse Vessio MOOCS PALLE: uma proposição de plano
Sant’Ana (UEFS) & de trabalho para formação de professores de 09:30 às 09:45
Liz Sandra Souza e línguas em contexto de pandemia
Souza (UEFS)
Alana Oliveira da Cruz Consciência identitário-fonológica do
Ventura (UNEB) & professor brasileiro de Inglês: legitimando 09:45 às 10:00
Jéssica Carneiro da vozes através do ILF e por meio da variante
Silva (UNEB) /r/
Leda Regina de Jesus Dialogicidade na aula de Língua Inglesa: a
Couto (UNEB) & identidade do jovem e Adulto da EJA 10:00 às 10:15
Agnaldo Pedro Santos
Filho (UNEB)
Wesley Vinicius Subtlitling: aprendizagem de Língua Inglesa
Oliveira dos Santos a partir de processos tradutórios de legendas 10:15 às 10:30
Pessoa (UNEB) &
Bárbara Cristina dos
Santos Carneiro
(UNEB)
DEBATE: 10:30 às 11:00
Obs.: Embora tenha sido feita uma distribuição individual para cada apresentação, salientamos que os
apresentadores devem estar presentes às 9:00 na sala online para início dos trabalhos.

SESSÃO DE COMUNICAÇÕES 3 – Eixo: Estudos Linguísticos


Data: 13/11/2020 – Horário: 09:00 às 11:00 | Coordenadora da Sessão: Profa. Me. Jéssica
Carneiro da Silva (UNEB) | Monitores: Thiago e Alessandra | Local/Link: a divulgar.
APRESENTADORES TÍTULO DA COMUNICAÇÃO HORÁRIO
INDIVIDUAL
Carmem Zélia Schmidt Estudo acústico da pronúncia das vogais
do nascimento Goldner altas do Inglês por alunos do ensino 09:00 às 09:15
(UFES) & Alexsandro capixaba
Rodrigues Meireles
(UFES)

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Giovanna Sampaio Integração latino-americana: um recorte de


(UFBA) & Jaqueline direitos, linguagem e cultura 09:15 às 09:30
San Galo (UFBA)
Anderson Bacelar A classificação dos substantivos masculinos
Palafoz (UFBA) & em português brasileiro: elementos para sua 09:30 às 09:45
Danniel da Silva distribuição
Carvalho (UFBA)
Adilson da Silva Variação acústica em contextos de
Correia (UFES/UNEB) palatalização 09:45 às 10:00
& Alexsandro
Rodrigues Meireles
(UFES)
Rafael Santiago Souza Curriculum queer em Educação Física:
(UNEB) corpos e sujeitos possíveis 10:00 às 10:15

Larissa Santos (UFBA) A retomada anafórica dos pronomes clíticos


e João Paulo Lazzarini acusativos de terceira pessoa no português 10:15 às 10:30
Cyryno (UFBA) brasileiro

DEBATE: 10:30 às 11:00


Obs.: Embora tenha sido feita uma distribuição individual para cada apresentação, salientamos que os
apresentadores devem estar presentes às 9:00 na sala online para início dos trabalhos.

SESSÃO DE COMUNICAÇÕES 4 – Eixo: Estudos Literários


Data: 13/11/2020 – Horário: 09:00 às 11:00 | Coordenador da Sessão: Prof. Dr. Manoel
Barreto (UNEB) Monitores: Wellington e Aline | Local/Link: a divulgar.
APRESENTADORES TÍTULO DA COMUNICAÇÃO HORÁRIO
INDIVIDUAL
Priscila Purificação Onde está W. Shakespeare? - Um estudo
(UFBA) & Elizabeth das relações dialógicas no filme Assunto de 09:00 às 09:15
Ramos (UFBA) Meninas
Tissiane Barreto Cortázar e seus múltiplos: desdobramentos
(UFBA) do autor através do seu personagem Andrés 09:15 às 09:30
Fava
Tatiane Zilah Castro Imagens do brasil no romance
(UPEC) & William de Corcovado (2005) 09:30 às 09:45
Lima Maia (UNEB)

Paterson Franco Costa História, protestos e rock ‘n’ roll: tradução e


(UFBA) legendagem de canções belarussas para 09:45 às 10:00
português

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Ludmila Rodrigues La prostitución en el corazón del


(UFBA) & Hernán capitalismo: a tradução como política de 10:00 às 10:15
Yerro (UFBA) resistência para as mulheres

Polliana Batista Sales Ironia vertida em poesia concreta: a estética


(UNEB) & Manoel experimental de E. E. Cummings 10:15 às 10:30
Barreto Júnior (UNEB)
Dionísio Aquino de A polifonia diglóssica e o pós-colonial em
Oliveira Júnior (UNEB Nedjma 10:30 às 10:45
– Egresso) & Jacilene
Félix de Moura
(UNEB)
Robério Manoel da Subjetividades desobedientes em Bacurau:
Silva (UNEB) & Paulo as veias abertas para uma política da 10:45 às 11:00
César Souza (UNEB) diferença

DEBATE: À critério do
Coordenador e dos
Apresentadores.
Obs.: Embora tenha sido feita uma distribuição individual para cada apresentação, salientamos que os
apresentadores devem estar presentes às 9:00 na sala online para início dos trabalhos.

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4 RESUMOS DAS MESAS DE DEBATE

LÍNGUAS ESTRANGEIRAS E DECOLONIALIDADE: PONTE E PASSAGEM PARA


ULTRAPASSAR FRONTEIRAS

LIMA DE OLIVEIRA, Humberto Luiz (UEFS)

Resumo: Como desconstruir a formação colonial? Como criar condições para o


autoconhecimento e o conhecimento do mundo, se todos os referenciais até então existentes
em língua portuguesa eram fundamentados num imaginário branco-europeu, partilhados
tanto por quem se julga “de direita” quanto por aqueles ditos “de esquerda”? Como
possibilitar aos grupos minoritários ou minorizados, em situação de subalternidade, que se
desfaçam do jugo colonial? É importante observar que somos educados para nos cabermos
numa forma ou molde cujo modelo original é aquele instituído pelo colonizador. Isto é de tal
modo evidente que um dos mais belos ensaios leva o nome de Retrato do colonizado
precedido pelo Retrato do colonizador, escrito por Albert Memmi, publicado em 1957. Este
trabalho, intitulado Línguas Estrangeiras e Decolonialidade: ponte e passagem para
ultrapassar fronteiras parte do princípio de que, seja em relação às etnias, seja em relação às
questões de gênero e de classe social, a apropriação de uma língua estrangeira pode ser fator
decisivo para dar visibilidade às lutas de resistência e contribuir para a resiliência de
indivíduos, categorias ou camadas sociais. Basta observar o exemplo emblemático da
Literatura produzida por escritores e escritoras que se apropriaram das línguas do antigo
colonizador para (se) narrarem tanto em suas vivências quanto a história do seu povo. Mesmo
naquelas sociedades em que existe uma língua nacional, como é o caso do árabe, os escritores
argelinos, marroquinos e tunisianos optaram e ainda optam por tecer suas narrativas em língua
francesa, língua de grande circulação fora das fronteiras nacionais. Isto vale tanto para os
escritores quanto para as escritoras. Exemplar é o caso de Mariama Bâ, autora do belo
romance epistolar Une si longue lettre...como ela poderia ter sido conhecida e sua narrativa
ter servido de inspiração para centenas de outras mulheres, escritoras ou não, se não tivesse
sido publicado em língua do antigo colonizador? Por isso, nossa crença no poder libertador da
aquisição de uma língua estrangeira por indivíduos de grupos socialmente minoritários ou
minorizados.

Palavras-chave: Decolonização; Subalternidade; Língua Estrangeira; Emancipação.

REFERÊNCIAS

BÂ, Mariama. Une si longue lettre. Paris:Serpent à Plumes, 2001.

BUBER, Martin. Do diálogo e do dialógico. São Paulo: Perspectiva, 1982.

CONSEIL DE L’EUROPE 2000. Cadre européen commun de référence pour les langues.
Apprendre. Enseigner. Evaluer. Strasbourg/Paris: Conseil de l’Europe/ Didier., La Première d,
1997.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da esperança: um reencontro com a Pedagogia do oprimido. 21.


ed. São Paulo: Paz e Terra, 2014.

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MCLAREN, Peter. Multiculturalismo crítico. São Paulo: Cortez, 1997.

MEMMI, Albert. Portrait du colonisé précédé de Portrait du colonisateur. Paris: Gallimard,


1985, [Paris, Buchet/Chastel, 1957].

MORIN, Edgar. O Método 5. A Humanidade da humanidade. Tradução por Juremir Machado


da Silva. Porto Alegre: Sulina, 2005.

MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à Educação do Futuro. São Paulo: Cortez, 2000.

SCHWARCZ, Lília Moritz. O espetáculo das raças: cientistas, instituições e questão racial
no Brasil. 1870-1930. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

SOUZA, Rogério Martins de. Cultura e Imperialismo Etni-cidade: a cidade multi-étnica. In:
http://www.etni-cidade.net/ http://www.suapesquisa.com/ jorgeamado/. Acesso em 20 out
2009.
___________________________________________________________________________

FOTOGRAFIAS NO ILÊ DA LÍNGUA INGLESA: EBÓS PARA O XIRÊ DE


LÍNGUA, ENSINO E MERCADO DE TRABALHO

SOUZA NETO, Maurício J. (ỌFỌ̀ : LANGUAGE AND CULTURAL


SOLUTIONS)

Resumo: Um ebó é um procedimento energético que visa a eliminar algum aspecto de


negatividade na vida de uma pessoa, e, em seu lugar, trazer energias positivas para um melhor
viver. Esse saber faz parte de uma cosmovisão de mundo trazido para o Brasil pelos povos
africanos; um saber-vida que fora, e é, estigmatizado, bem como o é qualquer pensamento de
povos política e economicamente subalternizados. No intuito de uso da língua como justiça
social, esse título busca incomodar para chamar atenção. E é nesse pensamento de incômodo
para percepção que há algo de errado, e pela busca de um remédio para melhoria, que esse
trabalho se inscreve. Após consulta oracular, é dito que muita coisa que concerne o ensino de
língua inglesa na educação básica está com um ajé, uma energia, um aspecto negativo, que
precisa ser eliminado para dar lugar a uma reenergização, para uma energia de vida, de
criação. Na busca da folha certa, foi realizada uma pesquisa documental e biográfica, que
analisou a) os currículos dos cursos de Letras de duas universidades públicas e duas
universidades privadas da capital baiana, b) algumas exigências profissionais do mercado de
trabalho (como certificados internacionais, conhecimento e implementação de currículos ditos
bilíngues), c) a aplicação das leis 10.639/2003 e 11.645/2008, e d) a minha própria
experiência acadêmica e profissional. Com isso, foi possível identificar alguns ajés que têm
pairado o ensino de língua inglesa na educação básica, e impossibilitado o seu avanço. Como
expurgo, foi preciso apresentá-los, torná-los públicos para que se começasse sua queima, seu
enfraquecimento. Deles foi destacada a falta de representatividade da diversidade étnico-
racial, linguística e cultural em materiais didáticos dos povos que falam a língua inglesa,
como povos do continente africano e da América Central. Esse ajé, por exemplo, está atrelado
à falta de informação, que pode se dever a um silenciamento, a um epistemicídio acadêmico,
ou a uma falta de pesquisa do profissional das letras. Após análise mais ampla, foi preciso

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fazer recortes, fotografias. Apresentando essa mostra fotográfica, esse ebó de palavras
objetiva apresentar, de maneira breve, o estado da arte do ensino de língua inglesa na cidade
de Salvador, expondo algumas lacunas no ensino de língua inglesa na educação básica, como
a não abordagem de variantes da língua inglesa e dos povos que falam essa língua nos
materiais didáticos. Assim, encerrando o ebó e iniciando o xirê, a dança cósmica, são
indicadas algumas alternativas possíveis para uma formação docente mais robusta, sobretudo
no que tange à diversidade linguística e cultural dos povos que falam a língua inglesa, o que
poderá implicar em uma atuação profissional também mais robusta, crítica e de uso da língua
como justiça social. Por fim, apontam as folhas para a necessidade de estudos que, para além
da formação dos e das profissionais de letras, abranjam o mercado de trabalho em que esses e
essas profissionais se inserem.

Palavras-chave: Ensino de Línguas; Contra-colonialidade; Mercado de trabalho; Formação


de professores.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Silvio. Racismo estrutural. Pólen Produção Editorial LTDA, 2019.

ANZALDÚA, Gloria. Como domar uma língua selvagem. Cadernos de Letras da UFF, v. 39,
p. 305-318, 2009.

ASANTE, Molefi Keti. The Afrocentric Idea. Philadelphia PA: Temple UP, 1989.

BACK, Michele; ZAVALA, Virginia (Ed.). Racismo y lenguaje. Fondo Editorial de la PUCP,
2017.

CARNEIRO, Sueli. Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil. Selo Negro, 2011.

CAVALLEIRO, Eliane. Identificando o racismo, o preconceito e a discriminação racial na


escola. Os negros e a escola brasileira. Florianópolis: Núcleo de Estudos Negros n. 6, 1999.

CAVALLEIRO, Eliane. Racismo e anti-racismo na educação: repensando nossa escola. Selo


Negro, 2001.

DIOP, Cheikh Anta. Civilization or barbarism. Chicago Review Press, 1991.

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Janeiro: Pallas, 2014.

FERREIRA, Aparecida De Jesus. Educação antirracista e práticas em sala de aula: uma


questão de formação de professores. Antiracist education and classroom practices: a matter of
teachers training. Revista de Educação Pública, v. 21, n. 46, p. 275-288, 2012.

FRAGA, Letícia; Kondo, Rosana Hass. Índio só é índio se fala a língua indígena:
representações de identidade indígena. Revista Língua & Literatura (Online), v. 15, p. 213-
239, 2013.

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GOMES, Nilma Lino et al. Alguns termos e conceitos presentes no debate sobre relações
raciais no Brasil: uma breve discussão. Educação anti-racista: caminhos abertos pela Lei
Federal, v. 10639, n. 03, p. 39-62, 2005.

GOMES, Nilma Lino. Educação cidadã, etnia e raça: o trato pedagógico da diversidade. In:
CAVALLEIRO, E. Racismo e anti-racismo na educação: repensando nossa escola. São
Paulo: Selo Negro, p. 83-96, 2001.
GONZALEZ, Lélia. “Por um feminismo afrolatinoamericano”. Revista Isis Internacional,
Santiago, v. 9, p. 133-141, 1988.

GONZALEZ, Lélia. “Racismo e sexismo na cultura brasileira”. In: SILVA, L. A. et al.


Movimentos sociais urbanos, minorias e outros estudos. Ciências Sociais Hoje, Brasília,
ANPOCS n. 2, p. 223-244, 1983.

MENDES, Edleise. Aprender a ser e a viver com o outro: materiais didáticos interculturais
para o ensino de português LE/L2. In.: SCHEYERL, D.; SIQUEIRA, S. Materiais didáticos
para o ensino de línguas na contemporaneidade: contestações e proposições. Salvador:
EDUFBA, p. 355-378, 2012.

MENDES, Edleise. In.: Mesa Redonda Interculturalidade e decolonialidade no ensino-


aprendizagem de línguas, Feira de Santana, 2020, online. Disponível em
<https://www.youtube.com/watch?v=LzQ4Z53pZU8>. Acesso em jul. 2020.
NASCIMENTO, Gabriel. Racismo Linguístico: os subterrâneos da linguagem e do racismo.
Editora Letramento, 2019.

SANTOS, Joelma S. Aula de inglês, tema do dia: conteúdos etnicorraciais. In: SCHEYRL,
Denise; SIQUEIRA, Sávio. (Org.). Nas trilhas da interculturalidade: relatos de prática e
pesquisa. 1ed.Salvador: EDUFBA, 2016, v. 1, p. 13-317.

SOUZA NETO, Mauricio. Por que pensar hoje em uma educação linguística antirracista?
Limites, tensões e possibilidades. Revista Paraguaçu, v.1, n.1 (no prelo).

SOUZA NETO, Mauricio. Projetos que incentivam práticas antirracistas através da linguagem
são desenvolvidos por professores baianos: 'educação é racista'. [Entrevista concedida a]
Valma Silva. G1, Salvador, 2020b. Disponível em
<https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2020/11/20/projetos-que-incentivam-praticas-
antirracistas-atraves-da-linguagem-sao-desenvolvidos-por-professores-baianos-educacao-e-
racista.ghtml>, Acesso em 30 nov. 2020

SOUZA, A. L. S. Letramentos de reexistência: culturas e identidades no movimento hip-hop.


2009. 219f. Tese (Doutorado em Linguística Aplicada) – Instituto de Estudos da Linguagem,
Universidade Estadual de Campinas, Campinas - SP, 2009.

SOUZA, Ana Lúcia S. JOVINO, Ione S., MUNIZ, Kassandra S., Revista da ABPN - v. 10,
Ed. Especial - Caderno Temático: Letramentos de Reexistência, p.01-11, 2018.

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WALSH, C. Interculturalidade, crítica e pedagogia decolonial: in-surgir, re-existir e re-viver.


In. V.M. Candau (ed.). Educação intercultural na América Latina: entre concepções, tensões
e propostas. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2009.
___________________________________________________________________________

INCLUSÃO, CINEMA, EXTENSÃO E ESPAÇOS DIGITAIS NUMA


UNIVERSIDADE INCLUSIVA, POPULAR E PARA TODOS

MATTOS, Nicoleta Mendes de (UNEB)

Resumo: Como fazer extensão universitária num momento de pandemia? Quais os alcances
possíveis de projetos de extensão digital numa universidade que se nomeia inclusiva, popular
e para todos? A partir dessas questões/provocações, apresentamos o Projeto de Extensão
Inclusão no Cinema em tempos de covid-19, que integrou as ações de pesquisa e extensão
desenvolvidas pelo Núcleo de Pesquisa e Estudos em Educação Especial e Inclusão –
NUPESPI durante o 2º semestre de 2020, atendendo ao edital 030/2020 do
PROBEX/PROEX/UNEB, como uma adaptação de uma atividade de extensão já
desenvolvida presencialmente pelo Núcleo, e teve como objetivo principal a criação de um
espaço digital de debates e reflexões, de análise crítica sobre a inclusão e a diferença na
contemporaneidade em tempos de Covid-19, por meio do cinema. O uso do cinema como
recurso mediador é recorrente na prática educacional (MOHR, NAUJORKS e REAL, 2012).
Uma análise mais cuidadosa dessa prática, no entanto, nos permite identificar que muitas
vezes, o filme é utilizado como uma ilustração, ou então, como mero recurso pedagógico,
como instrumento, num processo de pedagogização do cinema (ALMEIDA, 2017). Na
contramão dessa posição, entendemos o cinema como arte, como expressão cultural, com
elementos próprios que precisam ser apropriados. Neste sentido, buscamos estabelecer um
espaço crítico de problematização, abrindo possibilidades para novas percepções /
representações, permitindo (re) dimensionar o olhar e as atitudes dos participantes em relação
à inclusão bem como ao cinema, entendendo a extensão enquanto espaço formativo da
Universidade. O projeto foi organizado como um Cine Debate online semanal de maio a
agosto (11 exibições), utilizando a plataforma Discord, com programação definida por temas
que dialogassem com a temática mais ampla da inclusão, tais como: TEA, questões étnico-
raciais, LGBTQIA+, violência contra a mulher, deficiência, preconceito, população de rua,
acessibilidade e mobilidade urbana, organização comunitária, economia solidária, diferença,
paraesportes. Utilizamos filmes brasileiros, na sua maioria (ficção ou documentário), curtas e
médias metragens, convidando colegas e/ou diretores para a roda de conversa. A equipe de
trabalho contou com três monitoras, dois consultores de TI e dois de audiodescrição. A
avaliação feita por participantes e convidados indicou que o projeto atendeu aos objetivos.
Destacamos a abordagem da inclusão numa perspectiva ampla; o acesso a filmes brasileiros
pouco conhecidos e a seus diretores; a exibição simultânea na plataforma Discord e o recurso
da audiodescrição como pontos potentes do projeto. Como desafios, apontamos as limitações
no manuseio da plataforma digital; ausência do equipamento de produção audiovisual e do
recurso financeiro; ausência de outras linguagens comunicacionais; internet de má qualidade.
Embora este tenha sido um projeto para discutir inclusão, a ausência de outros recursos
comunicacionais, financeiros, da interseccionalidade entre as diversas áreas, indicam a
distância e dificuldades de (ainda) se oferecer uma proposta de extensão universitária
efetivamente inclusiva. Estando numa universidade que se propõe inclusiva, popular e para

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todos, são desafios que não nos parecem de menor importância e que necessitam de um maior
enfrentamento e cuidado, uma vez que pretendemos dar continuidade ao projeto.
Palavras-chave: Extensão; Cinema; Inclusão; Pandemia; Espaço on-line.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Rogério de. Cinema e educação: fundamentos e perspectivas. Educação em


Revista, Belo Horizonte, n.33, 2017. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/edur/
v33/1982-6621-edur-33-e153836.pdf. Acesso em 04/06/2020.

MOHR, Alana Claudia, NAUJORKS, Maria Inês e REAL, Daniela Corte. 3º e 4º Ciclos de
cinema: cinema e deficiência. Anais [recurso eletrônico] 5º Congresso Brasileiro de Extensão
Universitária; org. Sandra de Deus, Dados eletrônicos. - Porto Alegre: EDIPUCRS, 2012.
Disponível em: http://ebooks.pucrs.br/edipucrs/Ebooks /Web/978-85-397-0173-
5/Sumario/4.1.1.pdf. Acesso em 16/03/2016.
___________________________________________________________________________

SUBJETIVIDADES TrAnSBiX@S NO ESPAÇO DA LITERATURA

GARCÍA, Paulo César (UNEB/DLLARTES)

Resumo: A poesia e a narrativa de ficção, há algum tempo, têm configurado as subjetividades


TrAnS & BiX@S em algumas textualidades literárias de nações ocidentais, tendo como
fundamento sujeitos que falam e são engendrados, ou melhor, são agenciados na instância da
multidão cuir. Aqui, a proposta da apresentação será recortar os lugares de estranhamentos, de
rupturas da heteronormatividade em textos ficcionais, considerando gênero e sexualidades no
esteio da crítica decolonial. Um problema a ser demarcado é como sujeitos performativos se
fazem presentes, se mostram interpeladores nas escritas da literatura e agenciam outros modos
de existir nas dissidentes posições de gênero. Ressignificar o corpo, tornando-o figura verbal
nas obras de Oscar Wilde, Virgínia Woolf, Jean Genet e Édouard Louis tem poder libertador,
à medida em que fazem guerrear virilidade de modo público e extraindo lugares dominadores
das masculinidades com relatos em que as identidades sexuais são confrontadas. Nesse
sentido, política e estética se entrelaçam na articulação de imagens que perturbam e incitam
pensar os contextos dos relatos incomuns, de lugares por onde perpassam o limite
intransponível da literatura. A investigação parte para visualizar os enquadramentos,
regulações e os desnudamentos dos atos de si e como estão atravessados por linguagens que
visam refletir as performances de subjetividades.

Palavras-chave: Subjetividades TrAnS & BiX@S; Literatura; Performances de corpos;


Direitos à existência.

REFERÊNCIAS

FOUCAULT, Michel. Michel Foucault. O belo perigo. Conversa com Claude Bonnefoy.
Tradução: Fernando Scheibe. Belo Horizonte: Autêntica, 2016.

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Resumos: Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Campus II. ISSN 2447-5157.
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GENET, Jena. Diário de um ladrão. Apresentação de Ruth Escobar. Introdução de Jean Paul
Sartre. Tradução de Jacqueline Lurence e Roberto Lacerda. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
2005.

PRECIADO, Paul B. “Cartografias ‘Queer’: O ‘Flâneur’ Perverso, A Lésbica Topofóbica e A


Puta Multicartográfica, Ou Como Fazer uma Cartografia ‘Zorra’ com Annie Sprinkle”.
eRevista Performatus, Inhumas, ano 5, n. 17, jan. 2017.

LOUIS, Édouard. Acabar com Eddy Bellegueule. Tradução: António Guerreiro. Lisboa:
Fumoeditora, 2014.

WILDE, Oscar. De Profundis. E Outros Escritos do Cárcere. Tradução de Júlia Tettamanzy e


Maria Angela Saldanha Vieira de Aguiar. Porto Alegre: L &PM, 2006.

WOOLF, Virginia. Orlando: uma biografia. Tradução de Jo-rio Dauster; introdução e notas
de Sandra M. Gilbert. 1a ed. São Paulo: Penguin Classics: Companhia das letras, 2014.

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5 RESUMOS DOS MINICURSOS

PRODUÇÃO E RECEPÇÃO DA FALA: PONTOS DE VISTA DA FONÉTICA


ACÚSTICA

CORREIA, Adilson da Silva (UFES/UNEB)

Resumo: Este minicurso visa a proporcionar conhecimentos sobre a fala humana sob o ponto
de vista da fonética acústica, entretanto, aborda elementos articulatórios e perceptivos
relacionados às propriedades acústicas dos sons da fala. Os interessados, nesse minicurso, irão
entrar em contato com conceitos e pesquisas relacionados ao domínio da fonética acústica e as
possibilidades de suas interfaces com os demais campos dos estudos fonéticos, experenciando
discussões sobre os sons da fala e o funcionamento fônico sob o viés dos conceitos e
propriedades acústicas (DENES e PINSON, 1993; ALBANO, 2001; MIRANDA, 2012;
KENT e READ, 2015; BARBOSA e MADUREIRA, 2015). Como caminho teórico, serão
seguidas as possibilidades de interface entre o conhecimento fonético e as disciplinas da
Linguística que se interessam pelo som da fala como a Fonologia e a Sociolinguística (DA
HORA, 1990; LABOV, 2008; FREITAS BARBOSA, 2011, BARBOSA e MADUREIRA,
2015). Será demonstrada a natureza acústica dos sons da fala por meio de uso de técnicas que
tratam os segmentos fônicos tais como espectrogramas e gráficos de dispersão do som. Tem-
se por objetivos compreender conceitos acústicos basilares sobre os sons da fala a partir de
parâmetros da Fonética Acústica e as relações dos estudos acústicos com o campo
articulatório e perceptivo da fala por meio de diversas pesquisas e análises, além disso,
discutir as interfaces entre a Fonética e Fonologia e Sociolinguística por intermédio de
investigações sobre a variação sonora (DA HORA, 1990; FREITAS BARBOSA, 2011).

Palavras-chaves: Interfaces; Acústica; Fonologia; Fonética; Sociolinguística.

REFERÊNCIAS

ALBANO, E.C. O gesto e suas bordas: esboço de fonologia acústico-articulatória do


português brasileiro. Campinas, SP: Mercado de Letras: Associação de Leitura do Brasil –
ALB: São Paulo: FAPESP, 2001.
BARBOSA, P.A.; MADUREIRA, S. Manual de Fonética Acústica experimental: aplicações
a dados do Português. São Paulo: Cortez, 2015.
BARBOZA, Cl. L. F; ARAÚJO CARVALHO, W. Jr. Princípios fundamentais da produção
de vogais segundo a teoria acústica de produção da fala. Revista Letras, Curitiba, n. 80, p.
143-162, jan./abr. 2010. editora UFPR.
DA HORA, D. A palatalização das oclusivas dentais: variação e representação não-linear.
1990. 304f. Tese (Doutorado em Letras). Curso de Pós-graduação em Letras, Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1990.

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DENES, P.B.; PINSON, E.N. The speech chain: the physics and biology of spoken language.
USA: Library of Congress, 1993.
FREITAS BARBOSA, D. P. de. Gradientes alofônicos de oclusivas alveolares do português
brasileiro em uma situação de contato dialetal. 2011. 112f. Dissertação (Mestrado em
Linguística). Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2011.
LABOV, W. Padrões sociolinguísticos. São Paulo: Parábola, 2008.
KENT, R.D.; READ, C. Análise acústica da fala. Tradução Alexsandro Meireles. São Paulo:
Cortez, 2015.
MIRANDA, I. Análise acústico-comparativa de vogais do Português Brasileiro com vogais
do Inglês Norte-americano. 2012. 148 f. Dissertação (Mestrado em Linguística) – Programa
de Pós-graduação em Linguística, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2012.
CRISTÓFARO, T. Fonética e Fonologia do português: roteiro de estudos e guia de
exercícios. 10 ed. 6ª reimpressão. São Paulo: Contexto, 2015.
SILVA, T.C et al. Fonética acústica: os sons do português brasileiro. São Paulo: Contexto,
2019.
SILVA SOUZA, L.C. A fonética e a Fonologia de Trubetzkoy à luz do pensamento
saussuriano. Revista do Centro de Educação e Letras da Unioeste – Campo Foz de Iguaçu –
n°2. p.189-198. 2° sem, 2012.

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O TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA) E SUA RELAÇÃO COM A


LÍNGUA/ LINGUAGEM COMO UM IMPORTANTE FATOR DE INCLUSÃO
SOCIAL

MELO, Amanda Santiago Souza (UFBA/PPGLINC)

Resumo: Nos últimos anos, o aumento do número de diagnósticos para o Transtorno do


Espectro Autista (TEA) vem crescendo de forma expressiva. Nas décadas de 80 e 90, para
cada 2000 crianças que nasciam, 1 era autista. Hoje, a proporção mais atual é de que a cada 51
crianças nascidas, 1 é autista. De acordo com a APA (2014), O Autismo é um transtorno do
neurodesenvolvimento, condição neurológica, caracterizada, dentre outras coisas, pela
dificuldade na comunicação e interação social e pelo comportamento e interesses restritos e
repetitivos (LAI, LOMBARDO e BARON-COHEN, 2014). O prejuízo persistente na
comunicação social recíproca e na interação e padrões restritos e repetitivos de
comportamento, interesses ou atividades estão presentes desde o início da infância e
acompanham o autista por toda a vida. Também limitam o seu funcionamento na vida diária.
Essas características afetam a linguagem, a socialização e o comportamento. Dessa forma, o
autista é considerado pessoa com deficiência, a partir da Lei 12. 764/12, em seu artigo 3º.
Para tanto, é substancial que o poder público oportunize mais acesso da sociedade e das
instituições educacionais as discussões, cursos e minicursos que debatam, construam e
divulguem o conhecimento a respeito dos funcionamentos das pessoas autistas. É fundamental
destacar que, não existe um padrão autista, mas autismos, no plural, bem como, existem
diversas formas como esses indivíduos são afetados pela linguagem, as possibilidades de

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manifestações da comunicação, sejam elas orais ou multimodais. Portanto, a inserção da


pessoa autista no âmbito social perpassa pela superação do entendimento da deficiência como
déficit, para compreendê-la como uma possibilidade de existência e “re-existência” (ORRÚ,
2019). Para uma inclusão social satisfatória, é preciso garantir a independência e autonomia
desses sujeitos. Contudo, não podemos falar em autonomia sem considerar a linguagem como
um dos principais fatores desse processo. Logo, é necessário tentar ampliar a concepção
tradicional de linguagem e entender o funcionamento das pessoas autistas, principalmente no
que tange a comunicação verbal, e/ou através dos recursos corporificados, tais como na
coordenação dos gestos, prosódia, movimentos faciais, ou seja, através da multimodalidade da
linguagem, na interação social. Portanto, nesse minicurso, refletiremos como a aquisição da
língua materna acontece nas crianças autistas verbais, caracterizando uma aquisição atípica,
ou seja, diferente das crianças neurotípicas, bem como, nas crianças não verbais, como elas
mobilizam os recursos multimodais, com a finalidade de romperem as barreiras da exclusão e
do silenciamento daqueles que são considerados “diferentes”. Dessa forma, não podemos falar
em inclusão, sem conhecer minimamente as características e singularidades das crianças com
TEA. Portanto, propomos nesse minicurso estudarmos “A Construção das Concepções de
Identidade e Diferenças das Pessoas Com Deficiência em Uma Breve Análise Histórica”; “O
Transtorno do Espectro Autista”; A Aquisição da Língua Materna Nas Crianças Verbais” e
“A Mobilização dos Recursos Multimodais”, entendendo a relevância do corpo como um todo
nos processos de comunicação.

Palavras-chave: Transtorno do Espectro Autista; Língua; Inclusão; Recursos Multimodais.

REFERÊNCIAS

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. [Manual diagnóstico e estatístico de


transtornos mentais recurso eletrônico]: DSM-5 / [tradução: Maria Inês Corrêa Nascimento ...
et al.]; revisão técnica: Aristides Volpato Cordioli ... [et al.]. – 5. ed. – Dados eletrônicos.
Porto Alegre: Artmed, 2014.

APA (American Psychiatnc Association) DSM-V: Manual diagnóstico e estatístico de


transtornos mentais. (traduç. Maria Inês Corrêa Nascimento ... et al.; revisão técnica: Aristides
Volpato Cordioli... et al.) Porto Alegre: Artmed, 2014.

ÁVILA-NÓBREGA, Paulo. O Envelope Multimodal: uma contribuição Para a Aquisição Da


Linguagem. 1 Ed. Curitiba: Appris, 2018.

CAVALCANTE, M. C.B.; ALMEIDA, A. T. M. C. B; ÁVILA-NÓBREGA, P. V. e SILVA,


P. M. S. Sincronia gesto-fala na emergência da fluência infantil. Estudos Linguísticos, São
Paulo, 45(2): p. 411-426, 2016.

CRUZ, F. M. Interação corporificada: multimodalidade, corpo e cognição explorados na


análise de conversas envolvendo sujeitos com Alzheimer. Alfa, São Paulo, 61(1): p. 55-80
2017a.

KENDON, A. Gesture: visible actions as utterance. Cambridge University Press, Cambridge,


2004.

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MONDADA, L. A referência como trabalho interativo: a construção da visibilidade do


detalhe anatômico durante uma operação cirúrgica. KOCH, I. V.; MORATO, E. M. e
BENTES, A. C. Referenciação e discurso. Contexto, São Paulo, p. 11-31, 2005.

ORRU, S. E. Aprendizes com autismo: Aprendizagem por eixos de interesse em espaços não
excludentes. Petró polis: Vozes, 2019

TOMASELLO, M. Origens culturais da aquisição do conhecimento humano (1999).


Tradução: Claudia Berliner. Martins Fontes, São Paulo, 2003, (coleção tópicos).

__________________________________________________________________________

HEY, AFRO, LET'S CONNECT? ENSINO DE LÍNGUA INGLESA NUMA


PERSPECTIVA AFRODIASPÓRICA.

TUDE, Ayala (UFBA)


LIMA, Maiana (UFBA)

Resumo: Este minicurso, de caráter experimental, é resultado de práticas pedagógicas de


ensino de língua Inglesa para a comunidade negra por meio da iniciativa Afro Diáspora
Connect. Esta proposta tem como objetivo pensar estratégias para democratizar o aprendizado
da língua inglesa, utilizando como base metodológica e didática a transgressão dos padrões
impostos por uma tradição de ensino de língua inglesa imperialista, eurocêntrica,
embranquecida e distante do contexto sócio-histórico em que as/os estudantes estão
inseridas/os. O efeito do racismo estrutural na autoestima e nas construções de relações
conflituosas de pessoas pretas com línguas estrangeiras aponta a urgência da necessidade de
promoções de vivências imersivas e acolhedoras que agreguem a cultura negra e considerem a
realidade das/os estudantes ao ensino de língua. Através de uma seleção de materiais e
abordagens que considerem a ontologia e a racialidade como chaves produtivas para a
retomada da trajetória de aprendizagem da língua, visamos demonstrar propostas de ensino de
inglês numa perspectiva afrodiaspórica.

Palavras-chave: Língua inglesa; Diáspora; Práticas pedagógicas; Ensino.

REFERÊNCIAS:

AUGUSTO, Geri. A língua não deve nos separar! Reflexões para uma Práxis Negra
Transnacional de Tradução. In: Traduzindo no Atlântico Negro: Cartas Náuticas Afro
Diaspóricas para as Travessias Literárias. Ogum's Toques Negros :Salvador, 2017.

FANON, Frantz. O negro e a linguagem. In: Pele Negra, Máscaras Brancas. Edufba:
Salvador, 2008.

HOOKS, Bell. A língua: ensinando novos mundos/novas palavras. In: Ensinando a


Transgredir: a educação como prática da liberdade. Tradução de Marcelo Brandão Cipolla. 2
ed. Editora WMF Martins Fontes: São Paulo, 2017.

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_______ Introdução: Uma atidude revolucionária. In: Olhares Negros: Raça e Representação.
Elefante: São Paulo,2019

________. Educação Democrática; Descolonização; Conversação. In: Ensinando o


Pensamento Crítico: sabedoria e prática. Elefante: São Paulo, 2020.

LORDE, Audre. A Transformação do silêncio em linguagem e ação. In: Irmã Outsider:


Ensaios e Conferências. Tradução de Stephanie Borges. Belo Horizonte: Autêntica, 2019.

MOTTA, Fernanda. Repensando o Ensino de Língua Inglesa e os padrões culturais. In:


Education and Literature: Reflections on Social, Racial and Gender Matters. Salvador
:Edufba, 2019.

NASCIMENTO, Gabriel. Racismo Linguístico: os subterrâneos da linguagem e do Racismo.


Belo Horizonte: Letramento, 2019.

___________________________________________________________________________

ENSINO CRÍTICO DE GRAMÁTICA: POR QUE E PARA QUE?

CERQUEIRA, Fernanda (UFBA)

Resumo: Na exposição em questão, pretendo advogar em defesa do ensino crítico de


gramática na escola básica, com vistas tanto a avançar acerca “[...] [d]a perspectiva dos
estudos gramaticais na escola, [que] até hoje centra-se, em grande parte, no entendimento da
nomenclatura gramatical como eixo principal; [de modo que] descrição e norma se
confundem na análise da frase, essa deslocada do uso, da função e do [con]texto” (BRASIL.
Ministério da Educação, 2000, p. 16), quanto de situar esse conhecimento como ferramenta
emancipatória (HOOKS, 2008). Nesse sentido, a discussão seguirá por quatro vieses, a saber:
a. o que de fato ocorre nas escolas e por que? (XAVIER, 2019); b. por que ensinar gramática?
(CERQUEIRA; PARANHOS, 2011); c. como ensinar gramática? (CERQUEIRA, 2010;
PILATTI, 2017); d. qual a contribuição do ensino de gramática de língua materna para o
ensino de língua estrangeira? (DUARTE, 2008). Assim, espera-se que o espaço de
interlocução ofereça possibilidades para sanar “[o]s equívocos [que] cobrem uma área
extensa, pois vão desde a crença ingênua de que, para se garantir eficiência nas atividades de
falar, de ler e de escrever, basta estudar gramática (quase sempre nomenclatura gramatical),
até a crença, também ingênua, de que não é para se ensinar gramática’’ (ANTUNES, 2007, p.
31).

Palavras-chave: Ensino crítico de gramática; Ferramenta emancipatória; Descrição


linguística; Normas linguísticas.

REFERÊNCIAS

ANTUNES, Maria Irandé C. M. Muito além da gramática: por um ensino de gramática sem
pedra no caminho. São Paulo: Parábola, 2007.

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Resumos: Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Campus II. ISSN 2447-5157.
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BRASIL, Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio.


Secretaria da Educação. Brasília: MEC: 2000.

BRASIL Ministério da Educação. Base Nacional Curricular Comum. Secretaria da Educação,


Brasília, MEC: 2018.

CERQUEIRA, Fernanda de O. Competência, relação aluno-professor e ensino de sintaxe:


uma reflexão transdisciplinar. In: XI Seminário de Linguística Aplicada e VII Seminário de
Tradução. Comunicação Oral. Salvador, 2010.

CERQUEIRA, Fernanda de O. Competência Linguística: um lugar de potência no ensino de


gramática. In: II Congresso Virtual da UFBA. Mesa Redonda. Salvador, 2021.

CERQUEIRA, Fernanda de O.; PARANHOS, Ramon A. Análise crítica da gramática


tradicional para o ensino de sintaxe. In: I Encontro Latino-americano dos Estudantes de
Letras. Minicurso. Brasília, 2011.

DUARTE, Inês. O conhecimento da língua: desenvolver a Consciência Linguística. Programa


Nacional de Ensino de Português. Direcção- Geral de Inovação e de Desenvolvimento
Curricular. Lisboa: Ministério da Educação, 2008.

HOOKS, bell. A língua. In: HOOKS, bell. Ensinando a transgredir: a educação como prática
de liberdade. Tradução de Marcelo Brandão Cipolla. São Paulo: Editora WMF Martins
Fontes, 2013 [1992], p. 223 - 235.

PILATI, Eloísa. Linguística, gramática e aprendizagem ativa. Campinas: Pontes Editores,


2017.

XAVIER, Lola G. Ensinar gramática pela abordagem ativa de descoberta. EXEDRA: Revista
científica ESEC. Coimbra. Número temático – Português: investigação e ensino, dez. 2012, p.
467-477.

___________________________________________________________________________

EXPRESSÕES IDIOMÁTICAS EM LÍNGUA FRANCESA

DE SOUZA, Lucila (UNEB)

Resumo: O objetivo deste minicurso foi o de desenvolver as competências comunicativas dos


alunos, apresentar estratégias de ensino e reconhecer nos textos e imagens apresentadas no
modelo webinar as expressões idiomáticas em língua francesa. A proposta não foi apenas
fazer tradução e sim levar os estudantes a analisar seus diferentes significados nos sentidos
figurativos, metafóricos e literal. Através da aprendizagem das expressões idiomáticas em
língua francesa, o aluno adquire competências comunicativas, lexical e gramatical,
sedimentando o aprendizado da língua visando uma melhor compreensão dos diferentes
registros linguísticos e culturais. A importância das expressões idiomáticas na sala de aula
tem sido palco de muita discussão nos últimos anos. Se torna de extrema valia observar a

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riqueza e os diversos significados que nelas contém. Sendo assim, o presente trabalho teve o
objetivo de contribuir para o aperfeiçoamento do ensino do francês língua estrangeira para os
alunos de língua portuguesa através da proposta de atividades lúdicas, cujo intuito foi
estimular a fala e competências linguísticas adquiridas através da participação dos
aprendentes. A utilização de materiais lúdicos teve o intuito de chamar atenção dos estudantes
com sua devida representação, convidando-os a associar a imagem à ludicidade. Desta forma,
a aula se torna muito mais interessante não apenas no modelo presencial, mas também
webinar. A valorização de um idioma se faz de diferentes formas, principalmente quando
conseguimos inseri-lo em qualquer contexto educacional.

Palavras-chaves: Expressões idiomáticas; Ensino do francês como língua estrangeira;


Unidades fraseológicas; Ludicidade; Estratégias didáticas.

REFERÊNCIAS

REY, A. et CHANTREAU, S. Le dictionnaire d’expressions et locutions, Paris: dictionnaire


Le Robert, 2003.

ROBERT, J.-M. et CHOLLET, I. Les expressions idiomatiques. Clé International, 2008.

CAVALLA, C. La phraséologie en classe de FLE. In: Les Langues Modernes n˚1, 2009. En
ligne <http://www.aplv-languesmodernes.org/IMG/pdf/2009-1_cavalla.pdf>. Consulté le 5
mai 2014.

Conseil de l'Europe C.E. Cadre européen commun de référence pour les langues: apprendre,
enseigner, évaluer, Didier, 2001. En ligne
<http://www.coe.int/t/dg4/linguistic/cadre1_fr.asp>. Consulté le 5 mai 2014.

___________________________________________________________________________

A PRÁTICA DO OULIPO: L'OUVROIR DE LITTÉRATURE POTENTIELLE

CARNEIRO, Maria Clara (UFSM)

Resumo: O Ouvroir de Littérature Potentielle (OULIPO), criado em 1960, reúne e elabora


restrições para a criação literária, mais especificamente a literatura potencial, que também
gerou grupos análogos como de música, cozinha, quadrinhos potenciais: são oficinas criativas
em que “restrição” e “jogo” são as palavras-chave do fazer estético, e também uma ferramenta
refinada no ensino-aprendizagem da escrita e da leitura de línguas. Partindo da ideia de
restrição, seria possível desenvolver técnicas pedagógicas que permitem um maior
aproveitamento da literatura em sala de aula como objeto estético, para além de uma função
didática, e permitiriam uma maior conscientização e compreensão do leitor-produtor dos
mecanismos da língua, seus gêneros e estilos. Em oficina apresentada em francês e em
português, realizaremos atividades oulipianas para a prática da escrita criativa.

Palavras-chave: Literatura potencial; Tradução; Ensino; FLE.

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7 RESUMOS DAS COMUNICAÇÕES

VARIAÇÃO ACÚSTICA EM CONTEXTOS DE PALATALIZAÇÃO


CORREIA, Adilson da Silva (UFES/UNEB)
MEIRELES, Alexsandro Rodrigues (UFES)

Resumo: Este trabalho diz respeito à discussão sobre o projeto de pesquisa, pertencente ao
Programa de Pós-graduação em Linguística da Universidade Federal do Espírito Santo, o qual
se constitui em investigação das propriedades acústicas sobre o fenômeno da palatalização das
oclusivas alveolares. Todavia, não exibiremos dados relativos a esse fenômeno tendo em vista
que estamos em fase de planejamento de pesquisa de campo, entretanto, abordaremos as
hipóteses, os objetivos, a metodologia, bem como o aporte teórico do estudo (DA HORA,
1990; DENES e PINSON, 1993; ALBANO, 2001; DENZIN e LINCOLN, 2006; BAART,
2010; JOHNLSON, 2012; MIRANDA, 2012; KENT e READ, 2015; BARBOSA e
MADUREIRA, 2015).Desta forma, com base em hipóteses elaboradas em consonância com
as propriedades acústicas do som, pretendemos explicitar os pressupostos metodológicos e
teóricos da pesquisa por meio da noção de interface disciplinar nos estudos linguísticos
(CARBONI, 2008) quando exploraremos a compreensão de como os estudos acústicos podem
contribuir para a explicação de fenômenos linguísticos. Para tanto, recorremos aos trabalhos
da Sociolinguística, nos quais buscamos entender a palatalização como um fenômeno de
variação e mudança linguística, bem como construir os pressupostos metodológicos para
desenvolver a investigação. Pesquisamos, nos estudos fonológicos, os princípios motivadores
do fenômeno da palatalização. Esse movimento que fizemos entre a Sociolinguística e a
Fonologia nos ajudou a entender o que caracteriza o fenômeno da palatalização sob o enfoque
multidisciplinar. Com base nos procedimentos teóricos e metodológicos, pretendemos estudar
fenômenos variacionistas por meio de abordagem acústica em interface com outras disciplinas
linguísticas.
Palavras-chaves: Interfaces; Acústica; Fonologia; Fonética; Sociolinguística.
REFERÊNCIAS:
ALBANO, E.C. O gesto e suas bordas: esboço de fonologia acústico-articulatória do
português brasileiro. Campinas, SP: Mercado de Letras: Associação de Leitura do Brasil –
ALB: São Paulo: FAPESP, 2001.
BARBOSA, P.A.; MADUREIRA, S. Manual de Fonética Acústica experimental: aplicações
a dados do Português. São Paulo: Cortez, 2015.
BARBOZA, Cl. L. F; ARAÚJO CARVALHO, W.Jr. Princípios fundamentais da produção de
vogais segundo a teoria acústica de produção da fala. Revista Letras, Curitiba, n. 80, p. 143-
162, jan./abr. 2010. editora UFPR.
BAART, J. A field manual of Acoustic Phonetics. Dallas, Texas: SIL. International, 2010.
CARBONI, F. Introdução à Linguística. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.

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DA HORA, D. A palatalização das oclusivas dentais: variação e representação não-linear.


1990. 304f. Tese (Doutorado em Letras). Curso de Pós-graduação em Letras, Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1990.
DENES, P.B.; PINSON, E.N. The speech chain: the physics and biology of spoken language.
USA: Library of Congress, 1993.
FREITAS BARBOSA, D. P. de. Gradientes alofônicos de oclusivas alveolares do português
brasileiro em uma situação de contato dialetal. 2011. 112f. Dissertação (Mestrado em
Linguística). Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2011.
JOHNSON, K. Acoustic and Auditory Phonetics. 3rd ed. West Sussex: Wiley-
Blackwell,2012.
LABOV, W. Padrões sociolinguísticos. São Paulo: Parábola, 2008.
KENT, R.D.; READ, C. Análise acústica da fala. Tradução Alexsandro Meireles. São Paulo:
Cortez, 2015.
MIRANDA, I. Análise acústico-comparativa de vogais do Português Brasileiro com vogais
do Inglês Norte-americano. 2012. 148 f. Dissertação (Mestrado em Linguística) – Programa
de Pós-graduação em Linguística, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2012.
CRISTÓFARO, T. Fonética e Fonologia do português: roteiro de estudos e guia de
exercícios. 10 ed. 6ª reimpressão. São Paulo: Contexto, 2015.
SILVA, T.C et al. Fonética acústica: os sons do português brasileiro. São Paulo: Contexto,
2019.
SILVA SOUZA, L.C. A fonética e a Fonologia de Trubetzkoy à luz do pensamento
saussuriano. Revista do Centro de Educação e Letras da Unioeste – Campo Foz de Iguaçu –
n°2. p.189-198. 2° sem, 2012.
___________________________________________________________________________

A LINGUÍSTICA APLICADA NO AUXÍLIO DO DESENVOLVIMENTO DO


PROFESSOR INGLÊS COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA: NOVAS PERSPECTIVAS

VIRGENS, Alan Silva das (UNYLEYA)


SANTANA, Somária de Jesus (UNEB)

Resumo: O presente trabalho pretende discutir as práticas contemporâneas do professor de


Língua Inglesa, trabalhando teorias que deem o suporte necessário para concluir a pesquisa de
modo satisfatório. Pretende-se contextualizar o professor de Inglês e as metodologias que este
desenvolve, abordando também outros conhecimentos que proporcionem maior aprendizado
por parte dos professores e alunos. Primeiramente, baseados em Eckert e Frosi (2015),
faremos a distinção e firmamento de um ponto que se faz extremamente importante para a
concretização desta pesquisa, que é a nomenclatura versada sobre o aprendizado de Língua
Estrangeira, o que nos permite também considerar como objeto de estudo, o professor de
Inglês como Língua Estrangeira. Dando continuidade com as leituras bibliográficas, faremos

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uma ponte entre a Linguística Aplicada e os conceitos de formação e prática docente. Para tal,
recorremos a Matos (2014) que debate acerca da rotulação da Língua, um imaginário
estereotipado que muitas vezes é reproduzido pelo professor, e que segundo a autora, é uma
ideologia linguística que deve ser rompida. Por fim, mergulharemos em outros teóricos tais
como Rajagopalan (2012), Siqueira (2012) e Siqueira (2015) visando, principalmente, o
reconhecimento e respeito às outras formas de se falar e ensinar o Inglês. Ao que tange a
autonomia do ensino de Língua Estrangeira, trazemos Cruz (2009) o qual salienta que
professores autônomos criam alunos autônomos, pois a autonomia não é inata, mas sim uma
prática que precisa ser desenvolvida pelos professores e consequentemente pelos seus alunos
durante o processo de ensino/aprendizagem.

Palavras-chave: Formação Docente. Linguística Aplicada. Inglês como Língua Franca.

REFERÊNCIAS

ABRAHÃO, Maria Helena Vieira de. A formação e o desenvolvimento do professore de


línguas. In: MACIEL, Ruberval Franco e Araujo, Vanessa de Assis. Formação de professores
de línguas: ampliando perspectivas / Ruberval Franco Maciel e Vanessa de Assis Araujo
(Orgs.) – Jundiaí, Paco Editorial: 2011.

CRUZ, Giêdra, Ferreira da. O papel do centro de aprendizagem autônoma de línguas


estrangeiras no desenvolvimento da autonomia dos alunos de letras. In: LIMA, Diógenes
Cândido de. Ensino e Aprendizagem de Língua Inglesa: conversas com especialistas.
Diógenes Cândido de Lima (org). – São Paulo: Parábola Editorial, 2009.

ECKER, Kleber; FROSI, Vitalina Maria. Aquisição e aprendizagem de línguas estrangeiras:


princípios teóricos e conceitos-chave. In: Revista Domínios de Lingu@gem. V. 9, n.
1(jan/mar. 2015), p. 198 - 216. Disponível em:
<http://www.seer.ufu.br/index.php/dominiosdelinguagem/article/view/30903/16958> Acesso
em: 17 de Fev. de 2020.

FABRÍCIO, Branca Falabella. Linguística Aplicada como espaço de “desaprendizagem”. In:


MOITA LOPES, Luíz Paulo da. Por uma Linguística Aplicada Indisciplinar. São Paulo:
Parábola Editorial, 2006

FILHO, José Carlos Paes de Almeida. Um guia do processo de formação de professores de


língua(s) por competência. In: MACIEL, Ruberval Franco e Araujo, Vanessa de Assis.
Formação de professores de línguas: ampliando perspectivas / Ruberval Franco Maciel e
Vanessa de Assis Araujo (Orgs.) – Jundiaí, Paco Editorial: 2011.

FRANCESCON, Paula Kracker; SENEFONTE, Fábio Henrique Rosa; BARONAS, Joyce


Elaine de Almeida. Variação linguística no ensino de Língua Inglesa. In: Revista Entrelinhas,
Vol. 7, N.2, Jul./dez. de 2013. Disponível em:
<http://revistas.unisinos.br/index.php/entrelinhas/issue/view/401> Acesso em:24/09/2020

KLEIMAN, Angela B. Agenda de pesquisa e ação em Linguística Aplicada:


problematizações. In: Linguística Aplicada na modernidade recente. São Paulo: Parábola,
2013.

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MATOS, Doris Cristina Vicente da Silva. Formação intercultural de professores de espanhol


e materiais didáticos, Revista Abehache, nº 6, p.165-185, 1º semestre de 2014. Disponível em:
< https://www.hispanistas.org.br/arquivos/revistas/sumario/revista6/165-185.pdf> Acesso em:
04 de out de 2020.

MENEZES, V.; SILVA, M. M.; GOMES, I.F. Sessenta anos de Lingüística Aplicada: de onde
viemos e para onde vamos. In: PEREIRA, R.C.; ROCA, P. Linguística Aplicada: um caminho
com diferentes acessos. São Paulo: Contexto, 2009.
RAJAGOPALAN, Kanavillil. O papel eminentemente político dos materiais didáticos de
inglês como língua estrangeira. In: Materiais didáticos para o ensino de línguas na
contemporaneidade: contestações e proposições / organizadores: Denise Scheyerl e Sávio
Siqueira. - Salvador: EDUFBA, 2012.
SIQUEIRA, Sávio. Inglês como Língua Internacional: por uma pedagogia internacional
crítica. In: Revista Estudos Linguísticos e Literários, Nº 52, ago-dez|2015, Salvador: pp. 231-
256. Disponível em: <https://portalseer.ufba.br/index.php/estudos/issue/view/1065/showToc>
Acesso em: 24/09/2020.
_______________. Se o inglês está no mundo, onde está o mundo nos materiais didáticos de
inglês? In: Materiais didáticos para o ensino de línguas na contemporaneidade: contestações
e proposições / organizadores: Denise Scheyerl e Sávio Siqueira. - Salvador: EDUFBA, 2012.
___________________________________________________________________________

CONSCIÊNCIA IDENTITÁRIO-FONOLÓGICA DO PROFESSOR BRASILEIRO DE


INGLÊS: LEGITIMANDO VOZES ATRAVÉS DO ILF POR MEIO DA VARIANTE /R/

VENTURA, Alana Oliveira da Cruz (UNEB)


CARNEIRO, Jéssica (UNEB/UFBA)

Resumo: A presente pesquisa se respalda no eixo epistemológico de Fala, Identidade e


Variação por fomentar discussões acerca da variedade fonológica local relativa à Língua
Inglesa (LI) no tocante à sua prática social. Propomos investigar à luz da Pesquisa
Colaborativa (IBIAPINA, 2016) como o professor brasileiro de inglês (doravante PBI) age em
relação ao (re)conhecimento da sua variedade de fala no âmbito da língua inglesa no que se
refere aos subsídios teóricos do Inglês como Língua Franca (ILF). Nossa pauta se concentra
no campo da variação fonológica e identidade, respeitando os critérios interculturais e de
inteligibilidade. Nosso objeto de análise é a variante /r/ a partir do ponto de vista da sua
variabilidade de produção e realização em ambas as línguas, no caso, o português brasileiro e
o inglês, assim como a pronúncia desafiadora que a variante apresenta para os PBI em
questão. Ressaltamos a importância da literatura existente com o estudo da variante /r/ vista
por diferentes vieses (LABOV, 2008; OUSHIRO, 2015; OSBORNE, 2015, 2019) que, em
consonância com conhecimentos da Linguística Aplicada (MOITA LOPES, 2006) e ao
dialogar com os princípios da Sociolinguística Variacionista, age de modo a nos auxiliar a
investigar o conjunto de atitudes e percepções (FRIEDRICH, 2000; SENE, 2019) do PBI em
relação ao repertório e bagagem linguística dos falantes não-monolíngues de inglês. As
questões científicas que norteiam este estudo buscam investigar o papel do PBI ao reconhecer

VIII SELLES, Seminário de Línguas e Literaturas Estrangeiras, 8º, 2020 (Alagoinhas-BA). Caderno de
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sua variedade de fala por meio da variante /r/; as implicações linguístico-pedagógicas na


legitimação da variedade local e como a consciência identitário-fonológica concede ao
professor uma compreensão mais autônoma de sua participação no cenário do ILF. Com isso,
objetivamos propiciar reflexões sobre a consciência identitário-fonológica dos professores
brasileiros de inglês graduandos do Curso de Licenciatura em Letras, Língua Inglesa e
Literaturas da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) – campus II, por meio da produção,
(re)conhecimento e legitimação da sua variedade de fala através da variante /r/ vista sob o viés
do ILF. Nesse interim, nossas ações estão voltadas ao levantamento de dados representando a
produção da variante /r/ em língua inglesa com os PBI; à valorização do repertório linguístico
de professores brasileiros de inglês por meio dessa variante; a legitimação da variante /r/ dos
PBI através da percepção e atitude linguística, respeitando o critério da inteligibilidade e
como fruto da culminância de nossas ações, ao fomento de reflexões sobre a consciência
identitário-fonológica do professor brasileiro de inglês por meio do ILF. Mediante o exposto,
reconhecemos que há a vigente necessidade de repensar possibilidades e estratégias que
respeitem o rico repertório linguístico do inglês na contemporaneidade, logo, nos
empenhamos na luta contra a reprodução de estigmas e estereótipos que não valorizam o
arcabouço linguístico de tais falantes (SIQUEIRA, 2005). Corroborando, fomentamos uma
prática que seja multifacetada e que respeite as variações e identidades linguísticas a fim de
construir parâmetros inclusivos nas salas de aula de língua inglesa no que diz respeito à
pronúncia e, dessa maneira, favorecer a consciência identitário-fonológica partindo da
perspectiva local para a global.

Palavras-chave: Consciência identitário-fonológica; professor brasileiro de inglês; língua


franca; variante /r/; inteligibilidade.

REFERÊNCIAS

IBIAPINA, Ivana Maria Lopes de Melo; BANDEIRA, Hilda Maria Martins; ARAUJO,
Francisco Antonio Machado (Org.). Pesquisa colaborativa: multirreferenciais e práticas
convergentes. Teresina, Piauí: Editora Edufpi, 2016. 376 p.

FRIEDRICH, Patricia. English in Brazil: functions and attitudes. Word Englishes, [s.l.], v. 19,
n. 2, p. 215-223, 2000. Disponível em:
<http://old.staff.neu.edu.tr/~cise.cavusoglu/attitudes%20towards%20eFL%20in%20brazil.pdf
>. Acesso em: 04 abr. 2020.

LABOV, William. Padrões Sociolinguísticos. São Paulo: Parábola Editorial, 2008. 392 p.
Tradução de Marcos Bagno, Mª Marta Pereira Scherre e Caroline R. Cardoso.

MOITA LOPES, Luiz Paulo da (Org.). Por uma Linguística Aplicada Indisciplinar. São
Paulo: Parábola, 2006. 279 p.

OSBORNE, Denise M. The Production of Rhotic Sounds By Brazilian Speakers of


English. Journal of Second Language Acquisition and Teaching, Tucson, v. 17, 25 p.
Disponível em: <https://journals.uair.arizona.edu/index.php/AZSLAT/article/view/21238>.
Acesso em: 13 set. 2020.

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______. The L2 perception of initial English /h/ and /ɹ/ by Brazilian Portuguese learners of
English. Journal Of Second Language Pronunciation, [s.l.], v. 1, n. 2, p.157-180, 2015. John
Benjamins Publishing Company. http://dx.doi.org/10.1075/jslp.1.2.02osb.

OUSHIRO, Lívia. Identidade na pluralidade: avaliação, produção e percepção linguística na


cidade de São Paulo. 2015. 372 f. Tese (Doutorado) - Curso de Programa de Pós-graduação
em Semiótica e Linguística Geral, Departamento de Linguística, Universidade de São Paulo,
São Paulo, 2015.

SENE, Marcus Garcia de. Percepções sociolinguísticas, avaliações subjetivas e atitudes


linguísticas: três domínios complementares. Todas As Letras Revista de Língua e Literatura,
[s.l.], v. 21, n. 1, p. 304-323, 2019. GN1 Genesis Network. http://dx.doi.org/10.5935/1980-
6914/letras.v21n1p304-323.

SIQUEIRA, Sávio. O desenvolvimento da consciência cultural crítica como forma de


combate à suposta alienação do professor brasileiro de inglês. In: Revista Digital Inventário,
[s.l.], 4. ed., jul. 2005. Disponível em: <http://www.inventario.ufba.br/04/04ssiqueira.htm>.
Acesso em: 15 jun. 2020.

___________________________________________________________________________
A CLASSIFICAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS MASCULINOS EM PORTUGUÊS
BRASILEIRO: ELEMENTOS PARA SUA DISTRIBUIÇÃO

PALAFOZ, Anderson Bacelar (UFBA)


CARVALHO, Danniel da Silva (UFBA)

Resumo: O presente trabalho constituiu-se de um recorte morfológico realizado utilizando os


termos sinalizados como ‘substantivo-masculino-singular’ em duas grandes bases de dados do
português brasileiro (NURC e C-ORAL) as quais foram acessadas através da plataforma
online The CorpusEye. Os objetivos desta pesquisa foram verificar quantos destes termos
poderiam de fato ser categorizados como ‘substantivo-masculino’, como estes nomes eram
distribuídos e analisar quais as consequências disso para a categorização nominal. Cada
corpus foi analisado separadamente e sem que se fossem considerados: os números de
ocorrência de cada termo, o contexto sintático ou possíveis erros de digitação (sendo exceção
os casos em que causavam alguma dubiedade). Conforme taxonomia proposta pelo
coordenador do projeto, os nomes encontrados foram categorizados com o auxílio de dois
arquivos do Excel; cada arquivo foi nomeado de acordo com o nome da respectiva base de
dados a qual fazia referência; cada um dos arquivos conteve duas planilhas a fim de classificar
os substantivos como sendo abstratos ou concretos; dentro de cada planilha foram criadas
duas tabelas com o objetivo de classificar os nomes em: (i) primitivos e derivados, (ii)
simples e composto, (iii) contáveis e incontáveis e, (iv) coletivos, sendo estas algumas das
classificações mais comumente dadas aos nomes; além disso, foram considerados três traços
semânticos (v) animacidade, (vi) inanimacidade e (vii) humanidade. Como resultados,
seguindo a metodologia aqui estabelecida, dos 8.822 termos sinalizados como substantivo-
masculino-singular presentes na base de dados do NURC, foram retornados apenas 60 nomes
e; dos 11.918 termos listados na base do C-ORAL, foram selecionados apenas 99 nomes,
distribuídos conforme taxonomia proposta. Por fim, ressalto que os substantivos comuns de
dois gêneros não foram considerados devido a sua baixa produtividade e, como este é um

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Resumos: Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Campus II. ISSN 2447-5157.
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trabalho conjunto e faz parte de um trabalho ainda maior, os resultados aqui obtidos ainda não
são definitivos.

Palavras-chave: Substantivos; Classificação nominal; Gênero.


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ESTUDO ACÚSTICO DA PRONÚNCIA DAS VOGAIS ALTAS DO INGLÊS POR
ALUNOS DO ENSINO CAPIXABA

GOLDNER, Carmem Zélia Schmidt do Nascimento (UFES)


MEIRELES, Alexsandro Rodrigues (UFES)

Resumo: O presente estudo visa abordar os âmbitos acústico e articulatório da pronúncia em


língua inglesa por estudantes de um Curso de Línguas em Vitória - ES e investiga a produção
dos sons vocálicos das vogais altas /i:/, /ɪ/, /u/ e /ʊ/ dessa língua em comparação à produção
por um falante nativo, ao descrever as características acústicas das vogais altas do inglês
produzidas pelos participantes deste estudo, por meio dos padrões acústicos básicos de
frequência dos formantes (F1 e F2) e de duração dos padrões acústicos utilizados pelos
participantes para produzirem as vogais altas com suas características acústicas esperadas.
Será importante averiguarmos se haverá contrastes vocálicos entre as pronúncias de nativos e
alunos e verificarmos se o contato desses mesmos alunos com o inglês, em uma abordagem
comunicativa ministrada em um Curso de Línguas em Vitória - ES, os possibilitou atingir a
pronúncia esperada para as vogais altas. “Os segmentos vocálicos podem ser definidos como
sons produzidos pela passagem livre do ar, modulado pela vibração das pregas vocais,
unicamente pelo trato vocal” (BARBOSA, MADUREIRA, 2015, p. 235 apud COSTA, 2017,
p. 36). As vogais se diferem das consoantes por terem uma qualidade articulatória e sonora
bem definida segundo a altura e posição da língua no trato vocálico. Na produção das vogais a
passagem da corrente de ar não é obstruída, portanto não há fricção. Nas consoantes há algum
tipo de obstrução total ou parcial da passagem da corrente de ar podendo ou não haver fricção.
(RAPHAEL, BORDEN, HARRIS, 2011). Para uma análise das vogais é necessário avaliar a
duração dos segmentos, bem como os valores de F1 e F2 (em Hz) medidos em FFT (Fast
Fourier Transform) e LPC (Linear Predictive Coding), os quais dizem respeito às frequências
dos formantes, podendo ser definidos como ressonâncias acústicas intensificadas dentro do
trato vocal. Os valores médios de F1 nos trazem informações quanto à altura da língua na
produção de um determinado som e os valores de F2 nos propiciam informações sobre o grau
de avanço da língua no trato vocálico. Quanto mais alta a vogal, mais baixo é o valor de F1 e
quanto mais anterior a vogal, mais alto é o valor de F2. (KENT, READ, 2015). Assim, a
alteração da região de produção desses formantes está relacionada à formação de uma ou de
outra vogal. A inexistência da distinção entre os sons desses pares de vogais na língua
portuguesa pode resultar em dificuldades na percepção vocálica em língua inglesa e,
consequentemente, na sua produção, trazendo possíveis problemas de compreensão e ou
assimilação pelos alunos. Utilizaremos a plataforma PRAAT (BOERSMA, WEENINK, 2020)
como auxílio na gravação e análise da produção dos participantes. Através deste estudo,
esperamos apresentar dados relevantes para a compreensão das possíveis análises
relacionadas às diferenças entre a produção de um estudante que inicia o aprendizado de uma
língua estrangeira e aquilo que se espera que ele produza durante sua fala no momento de
comunicação em outra língua.

Palavras-chave: Língua Inglesa; Vogais altas; Padrões acústicos; Formantes; Frequência.

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REFERÊNCIAS

COSTA, T. D. Análise cognitiva e acústica da percepção e produção dos sons /i:/ e /I/ de
estudantes brasileiros de inglês como língua estrangeira. Dissertação (Mestrado em
Linguística e Língua Portuguesa). Faculdade de Ciências e Letras Unesp/Araraquara. São
Paulo, p. 114, 2017.

RAPHAEL, L. J.; BORDEN, G. J.; HARRIS, K. S. Speech Science Primer: physiology,


acoustics, and perception of speech. 6th ed. United States of America: Wolters Kluwer health
- Lippincott Williams & Wilkins, 2011, p. 1-333.

KENT, R. D.; READ, C. Análise Acústica da fala. Tradução de Alexsandro Rodrigues


Meireles. 1ª ed. São Paulo: Cortez, 2015.

BOERSMA, P.; WEENINK, D. Praat: Doing phonetics by computer. Disponível em:


<http://www.fon.hum.uva.nl/praat/>. Acesso em: 06 out. 2020.
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RELAÇÕES ENTRE O ESQUECIMENTO, A MEMÓRIA, SEUS PROCESSOS


COGNITIVOS COM O APRENDIZADO GERAL E DE LÍNGUA ESTRANGEIRA

ALCÂNTARA, Cassiane dos Santos (UNEB)


CARNEIRO, Bárbara Cristina dos Santos (UNEB)

Resumo: Em tudo que desejamos aprender, nossa memória tem papel fundamental no
processo, guardando os assuntos estudados. Porém, nosso sistema nervoso possui um
mecanismo natural de descarte de algumas informações chamado esquecimento. Além disso,
no processo de memorização há outras funções cognitivas e psicológicas envolvidas, tais
quais motivação, atenção e emoção (MOURÃO; FARIA, 2015). De acordo com Sousa e
Alves (2017), aprendemos melhor quando estamos atentos. A atenção proporciona tanto a
aquisição quanto a lembrança do assunto que tivemos contato. Contudo, a atenção está
relacionada à motivação, o que significa que é necessário considerar o assunto a ser aprendido
interessante e relevante para, então, empregarmos, voluntariamente, energia nos mesmos e
nos lembrarmos deles. Do mesmo modo, as emoções interagem no processo de consolidação
da memória conforme Izquierdo (1989, 2006). Para uma informação ser consolidada é
necessário cerca de três a oito horas, ficando suscetível a transformações provocadas, dentre
outros fatores, por neurotransmissores que são responsáveis pelo que sentimos. Os
neurotransmissores inibem ou excitam a comunicação dos neurônios, assim, dependendo da
emoção, fixamos ou não os assuntos. Desse modo, essa pesquisa busca entender como nosso
cérebro aprende, de modo geral, a entender o papel da memória nesse processo, relacionando-
o ao ensino-aprendizado de língua estrangeira (LE) e ao esquecimento. Ademais, esse
trabalho também pretende evidenciar quais são as áreas específicas do sistema nervoso que
atuam na produção da linguagem e, portanto, para o aprendizado de LE, relacionando-as à
memória. Discute-se, ainda, as características dos métodos de ensino ou abordagens que
facilitam a memorização no processo de aprendizado de língua estrangeira objetivando

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auxiliar estudantes e professores em sala de aula na escolha de métodos eficazes de ensino.


Para tanto, fez-se necessário uma pesquisa de natureza bibliográfica nas áreas de
neurociência, neurolinguística, aquisição de língua e ensino, através das quais encontra-se
fundamentação para essa pesquisa. A importância desse trabalho justifica-se pela busca e
necessidade cada vez maior das pessoas, a nível mundial, de aprender um idioma estrangeiro,
tanto para cumprir as exigências cada vez maiores do mercado de trabalho, quanto para
conhecer e se comunicar com outras culturas. Assim, conhecer os processos cognitivos
envolvidos na aprendizagem de LE, pode facilitar esse processo. Com o presente trabalho,
observa-se que a maioria dos métodos e abordagens explicitadas têm características que
podem beneficiar a memória, porém, alguns bem mais que outros. Além disso, parte desses
benefícios depende da reação dos estudantes, bem como, de suas emoções conforme Krashen
(1982). Esse trabalho também conta com outros autores tais quais: Abrahão (2015), Cruz et al
(2016) e Kharismawati e Susanto (2014), dentre outros, como aporte teórico da pesquisa.
Palavras-chave: Memória; Esquecimento; Aprendizado; Língua estrangeira; Métodos.

REFERÊNCIAS

ABRAHÃO, Maria Helena Vieira. Algumas reflexões sobre a abordagem comunicativa, o


pós-método e a prática docente. Entre Línguas, Araraquara, V.1, n.1, p.25-41, jan./jun. 2015.
CRUZ, Luciana Hoffert Castro. Bases neuroanatômicas e neurofisiológicas do processo
ensino e aprendizagem. In: SOUZA, Wflander Martins de (Org). et al. Neurociência e a
Educação: Como nosso cérebro aprende? Ouro Preto-MG, 2016. p. 5-9. Disponível em <
https://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/6744/1/PRODUÇÃOTECNICA_Neuro
ciênciaEducaçãoCerebro.pdf. > Acesso em 29 out 2020.

IZQUIERDO, Ivan. Memórias. Estudos Avançados, São Paulo. V.3, n. 6, p. 89-112, ago.
1989.

IZQUIERDO, Iván; BEVILAQUA, Lia. R. M.; CAMMAROTA, Martín. A arte de esquecer.


Estudos avançados., São Paulo, V. 20, n. 58, p. 289-296, dez. 2006.

KHARISMAWATI, Ragil; SUSANTO, M.Pd. Suggestopedia Method in the Teaching and


Learning Process. RETAIN. V. 2, n. 1, 2014.

KRASHEN, Stephen D. Principles and Practice in Second Language Acquisition. 1982.


Disponível em: <https://www.researchgate.net/publication/242431410_Principles_and_
Practice_in_Second_Language_Acquisition>. Acesso em 25 set 2020.

MOURÃO, Carlos Alberto, Junior; FARIA, Nicole Costa. Memória. Psychology/Psicologia


Reflexão e Crítica, Porto Alegre, V. 28, n. 4, p.780-788, dez. 2015.

SOUZA, Anne Madeliny Oliveira Pereira de; ALVES, Ricardo Rilton Nogueira. A
neurociência na formação dos educadores e sua contribuição no processo de aprendizagem.
Rev. Psicopedagogia, V. 34. n.105, p. 320-331, 2017.

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A POLIFONIA DIGLÓSSICA E O PÓS-COLONIAL EM NEDJMA1

AQUINO DE OLIVEIRA JÚNIOR, Dionísio


FÉLIX DE MOURA, Jacilene (UNEB)

Resumo: Nedjma, que significa estrela em árabe, é o título do romance publicado em 1956
por Kateb Yacine, dois anos após o início da guerra de independência argelina. Como nasceu
em de uma família de oukils, advogados e literatos tradicionais berberes versados em árabe e
no Islã, a concorrência entre suas diferentes línguas maternas e a francesa, que lhe foi
imposta, marcou a sua escrita. Isso se ilustra pela adoção do nome Kateb, escritor em árabe,
para substituir Mohammed Khellouti por ocasião de sua prisão devido a sua participação na
revolta de Sétif contra o domínio colonial francês em 1945. Assim, tendo em vista o impacto
do contexto multilíngue na carreira do autor, essa comunicação se dedica a analisar a
polifonia diglóssica na obra de maneira a entender seu papel em sua construção literária. Na
Poétique de Dostoïevski (1970), Bakhtin define a polifonia como as múltiplas vozes de
variados meios sociais que constituem o romance moderno. Nedjma sendo uma obra pós-
colonial, onde coexistem a língua do colono e as do colonizado, se encontra “[...] au carrefour
de l'analyse du discours, de la sociologie et de la sociocritique” (Moura, 2014), o que a torna
um campo particularmente propício ao fenômeno polifônico. Considerando-se o contexto de
dominância linguística do francês sobre o árabe e o berbere nativos da Argélia, entende-se a
polifonia de Nedjma como diglóssica, dentro do conceito de Diglossie comme conflit
desenvolvido por Ph. Gardy e R. Lafont, que põe em destaque o conflito entre duas ou mais
línguas em um dado contexto geográfico e anacrônico. Recorre-se igualmente aos trabalhos
de sociolinguística de Boyer (2001) e a dissertação de Scanhola (2013) sobre a tessitura da
nação argelina no livro de Kateb, assim que a obra prima de Fanon, Les damnés de la terre
(1961), essa última com o objetivo de melhor entender a violência da colonização da Argélia.
Nesse trabalho, parte-se da pergunta de como o autor se utiliza desse ambiente polifônico para
construir o senso literário de sua obra, para confirmar a hipótese de que a polifonia do
romance é de natureza diglóssica e que seu uso no texto ajuda a classifica-lo como pós-
colonial. A comunicação se caracteriza pelo seu aspecto bibliográfico, ao qual é aplicado o
método de hipótese-dedução. Conclui-se que as múltiplas línguas concorrentes entre si
presentes no escrito o dotam de uma polifonia diglóssica inerente ao contexto da Argélia da
segunda metade do século XX, o que participa na constituição de Nedjma como um romance
pós-colonial.

Palavras-chave: Nedjma; Kateb Yacine; polifonia diglóssica; pós-colonial;

REFERENCIAS

AQUINO DE OLIVEIRA JÚNIOR, Dionísio. O engajamento de Kateb Yacine: a diglóssia


polifônica de Nedjma. Monografia (Licenciatura em Letras, Língua e Literaturas Francesas) –
Departamento de Linguística, Literatura e Artes, Universidade do Estado da Bahia.
Alagoinhas, 46f. 2019.

BAKHTINE, Mikhail. Esthétique et théorie du roman Tradução de Daria Olivier. Paris:


Gallimard, 1991. 496 p.

1
A presente comunicação se baseia no Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) defendido pelo autor intitulado
“O engajamento de Kateb Yacine: a diglóssia polifônica de Nedjma”.

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BAKHTINE, Mikhail. La poétique de Dostoïevski. Tradução de Isabelle Kolitcheff. Paris:


Gallimard, 1970. 368 p.

BOYER, Henri. Introduction à la sociolinguistique. Paris: Dunod, 2001. 140 p.

FANON, Frantz. Les damnés de la terre. Paris: La Découverte, 1961. 311 p.

GARDY, P.; LAFONT, R. La diglossie comme conflit: l’exemple occitan. Langages, 15°
ano, n. 61, p. 75-91, 1981.

KATEB LE FONDATEUR. La compagnie des auteurs. Paris: France Culture, 4 de julho de


2019. Programa de rádio.

KATEB, Yacine. Nedjma. Paris: Éditions du Seuil: 1956. 255 p.

MOURA, Jean-Marc. Critique francophone du postcolonial et critique postcoloniale de la


francophonie. In: JOUBERT, C. (Org), Le postcolonial comparé. Paris: Presses
Universitaires de Vincennes, 2014. p. 81-95.

MOURA, Jean-Marc. Littératures francophones et théorie postcoloniale. Paris : Presses


Universitaires de France, 2013. 208 p.

SCANHOLA, Melissa Quirino. A tessitura da nação argelina em Nedjma, de Kateb Yacine.


Dissertação (Mestrado em Letras) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas,
Universidade de São Paulo. São Paulo, 120f. 2013.

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BIVALÊNCIA NA APRENDIZAGEM DE LÍNGUA ESTRANGEIRA: ABORDAGEM


LINGUÍSTICA INTEGRADA DO INGLÊS COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA E DO
PORTUGUÊS COMO LÍNGUA MATERNA

SANTOS, Gabriele Ferreira dos (UNEB)


CARNEIRO, Jéssica (UNEB/UFBA)

Resumo: O uso da bivalência durante o processo de ensino e aprendizagem de uma língua


estrangeira (LE) é quase inevitável, já que os alunos fazem o uso de sua língua materna (LM)
para a aprendizagem da língua alvo. A ideia da pesquisa surgiu das inquietações e
observações nas aulas do componente curricular Inglês Básico II quando, em diferentes
momentos e de uma forma espontânea, a professora utilizava a bivalência no processo de
ensino e aprendizagem. Desse modo, a presente pesquisa tem como tema a bivalência na
aprendizagem de LE visando identificar e reconhecer elementos que descrevam como essa
habilidade pode facilitar ou dificultar a aprendizagem dos alunos. Pretende-se descrever como
a LM é utilizada nas aulas de línguas inglesa (LI) no curso de graduação da UNEB Campus
II. Para interpretação e análise das informações produzidas na investigação, recorre-se aos
estudos de Cunha (2003) com pressupostos daquilo que se propõe sobre a bivalência;
Almeida Filho (2008) e Rajagopalan (2003) que trazem uma perspectiva sobre o estudo da

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abordagem linguística integrada. Essa pesquisa pretende trazer benefícios que possam facilitar
e trazer motivação reduzindo as barreiras no processo de ensino e aprendizagem de uma
língua estrangeira. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com base na natureza pesquisa de
campo, que se dará através de uma análise interpretativa sobre a compreensão dos discentes
de graduação a respeito da bivalência, buscando entender como os graduandos ingressantes e
concluintes avaliam o uso da bivalência nas aulas de LI. Em seguida, procura-se contrastar as
divergências e convergências nas avaliações dos discentes sobre o uso da bivalência em sua
formação, para então discutir uma possível validação ou não da bivalência como abordagem
ou método de ensino relevante nas aulas de LI. Para tanto, foram delimitadas as seguintes
perguntas de pesquisa: I-como a bivalência linguística pode ser integrada no processo de
aquisição de uma LE? II-Quais aspectos dessa habilidade linguística podem interferir na
aprendizagem do Inglês como LE? Espera-se que os resultados apontem para um
favorecimento da bivalência, de modo que os discentes concordem com o uso língua materna
em certas circunstâncias ou quando estão na fase inicial da aprendizagem da LI

Palavras-chave: Abordagem; Bivalência; Ensino de Línguas.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA FILHO, J. C. P. D. Dimensões comunicativas no ensino de línguas. 5ª ed.


Campinas, SP: Pontes Editores, 2008, pág. 114.

CUNHA, José Carlos; PRADO, Ceres (org.). Língua Materna e Língua Estrangeira na
escola: o exemplo da Bivalência. Belo Horizonte: Autêntica, 2003, pág. 172.

RAJAGOPALAN, K. Por uma linguística crítica: linguagem, identidade e a questão ética. 2.


Ed. São Paulo: Parábola, 2003, pag. 143.
__________________________________________________________________________

INTEGRAÇAO LATINO-AMERICANA: UM RECORTE DE DIREITOS,


LINGUAGEM E CULTURA
SAMPAIO, Giovanna (UFBA)
SAN GALO, Jaqueline (UFBA)

Resumo: O presente trabalho visou como objetivo primordial afirmar a necessidade de


integração e união das nações Latino-Americanas no contexto atual da digitalização no globo,
através dos fatores de identidade cultural e linguística, no que tange ao recorte dos direitos
imateriais e do sistema de propriedade intelectual; Dessa forma percebe-se o caráter
eminentemente multidisciplinar do trabalho, pelo qual o artigo trouxe a contextualização
histórica dos tratados assinados no âmbito da América Latina e do Sul, trazendo-se questões
referentes ao multilateralismo no âmbito das comunicações/relações internacionais no mundo,
e visando ultimamente um maior integracionismo latino-americano através de “análises de
discurso” abrangentes, unificadas e uniformes; Assim, a presente discussão também enquadra
e abarca o estudo das chamadas “epistemologias” diversas do sul, e saberes culturais latinos
de comunidades tradicionais marginalizadas e grupos minoritários/minorizados; Os resultados
parciais referem-se às alternativas efetivas de integração além dos dogmas da soberania dos
Estados, através de políticas públicas críticas e refletidas, fomentando-se as ações
comunicativas & participações proativas das populações envolvidas, garantindo-se acesso aos

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diversos sujeitos e cidadãos envolvidos no exercício político de Integração Regional,


conformando finalmente um âmbito “regulatório” verdadeiramente social e eficiente para
promover a maior unificação cultural no cenário Latino. Por fim, a metodologia utilizada foi a
revisão sistemática e bibliográfica, com uso de dados secundários e brainstorming; de cunho
descritivo e exploratório, e abordagem qualitativa e extensiva;
Palavras-chave: Integração; Linguagem; Comunicação; América Latina; Saberes locais;
__________________________________________________________________________

O APRENDIZADO DE LÍNGUA ESPANHOLA NOS LIVROS DIDÁTICOS


ENLACES E EL ARTE DE LEER ESPAÑOL E A INVISIBILIDADE DA AMÉRICA
LATINA

SOUZA, Jeferson Mundim de (UFBA)


SILVA, Simone Bueno Borges da (UFBA)

Resumo: O ensino-aprendizado de língua espanhola, viveu, até o ano de 2017, as esperanças


e as possibilidades proporcionadas pela criação do Mercosul e da Lei 11.161/2005, que tornou
obrigatória a oferta do idioma nos currículos das escolas de ensino médio. No entanto, dez
anos depois, a nova reforma do Ensino Médio, sancionada no começo de 2017, modificou.
Com ela, é revogada a lei que incluía a língua espanhola entre os conteúdos obrigatórios.
Antes da reforma, as escolas podiam escolher se a língua estrangeira ensinada aos alunos seria
o inglês ou o espanhol. Assim, objetivamos investigar a invisibilidade da América Latina nos
livros didáticos de espanhol que circulam no Ensino Médio, em específico nas coleções
Proyecto Enlaces: español para jóvenes brasileños (2013) e El arte de leer español (2010).
Em ambas coleções há uma escassez de atividades que contemplam o conceito de língua
atrelada à cultura sem evidenciar a qual comunidade linguística aquela cultura linguística
pertence. Isso conduz a naturalização do espanhol como um idioma monocultural, trazendo
generalizações, preconceitos com as poucas variedades de língua-cultura apresentadas e
visões distorcidas. Para tanto, utilizamos como teóricos: Saussure (2006), Bakhtin (2006) e
Sánchez Lobato (2002) sobre o conceito social de língua. Levi-Strauss (2008), Tylor (2005),
Geertz (2008), Cuche (1999) os conceitos cultura. Hymes (2005), Canale (2006), Miquel
López (2005) e Mendes (2012) a evolução do papel das matizes interculturais. Paraquett
(2006, 2012), Camargo (2004) e os documentos oficiais sobre o ensino do ELE, para o
cenário político sobre o ensino no Brasil e a influência espanhola. Esperamos que esta
investigação contribua para futuros estudos na área, bem como para a formação docente e
discente, proporcionando consciência, reflexão e crítica do papel do ELE no Brasil,
transformando alunos em cidadãos globais, críticos, autônomos, que reconheçam sua
identidade latino-americana e intérpretes da interculturalidade.

Palavras-chave: América Latina; ELE; Livros didáticos; Matizes interculturais.

REFERÊNCIAS

BAKHTIN, Mikhail. O problema do texto na linguística, na filosofia e em outras ciências


humanas. In: Estética da criação verbal. Trad. Paulo Bezerra. 4 ed. São Paulo: Martins
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TYLOR, E. B. A ciência da cultura [1871]. In: CASTRO, C. Evolucionismo cultural. Rio de


Janeiro: Zahar, 2005.

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O USO DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS NO ENSINO DE LÍNGUA INGLESA


NA ESCOLA PÚBLICA: É POSSÍVEL?

COSTA, João Luiz (SEC-BA)

Resumo: O presente trabalho é fruto de uma pesquisa realizada com 30 estudantes do 8 ano
do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Edith Machado Boaventura (CEEMB), escola
pública localizada em um bairro periférico na cidade de Feira de Santana, com estudantes
provenientes de comunidades de baixa renda. Essa pesquisa teve como objetivo investigar
como os estudantes da rede pública encaram o uso de tecnologias digitais em sala de aula, e
sua acessibilidade aos meios tecnológicos. Com base nos dados obtidos por meio de um
formulário eletrônico, notou-se que 86% dos entrevistados possuem aparelho celular e 7% não
tem, mas usa o dos pais; 90% dos estudantes possuem acesso à internet sem fio em casa ou
utiliza a de amigos ou vizinhos; 89% dos mesmos tem renda familiar de 2 salários mínimos
ou menos. Muitas outras perguntas foram feitas, e elas revelam que a grande maioria dos seus
professores não incluem o uso de novas tecnologias em sala de aula, e que professores de
Língua Inglesa anteriores nunca usaram tecnologia ou usavam raramente. Indicaram também
que o uso da tecnologia facilita a aprendizagem da Língua Inglesa. Os resultados obtidos
nessas pesquisas corroboram com estudos no ramo da Linguística Aplicada e da Educação,
como os de Moran (2003) e Paiva (2011). A compreensão e o uso das tecnologias na
Educação são tão relevantes que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) tem como um
dos seus pilares a cultura digital e como ela deve ser inserida no processo de ensino e
aprendizagem. Segundo a BNCC, uma das competências específicas de Língua Inglesa para o
ensino fundamental é utilizar novas tecnologias, com novas linguagens e modos de interação,
para pesquisar, selecionar, compartilhar, posicionar-se e produzir sentidos em práticas de
letramento na Língua Inglesa, de forma ética, crítica e responsável” (BRASIL, 2017, p. 202).
Porém, um desafio para as escolas consiste na implementação efetiva desses recursos. Por
isso, esse artigo além de analisar os dados coletados pela pesquisa, apresenta algumas
atividades realizadas pelo professor de Língua Inglesa com seus alunos do 8 ano do ensino
fundamental II, o incluía caça ao tesouro utilizando código QR, jogos digitais em sala de aula
com o Kahoot, uma Olimpíada de Inglês virtual durante a pandemia da Covid-19, e um
projeto virtual de encontro intercultural com estrangeiros de diversos países do mundo por
videoconferência. Assim, esse trabalho propõe trazer contribuições relevantes às discussões
sobre os desafios e Possibilidades de uso das tecnologias digitais no ensino de Língua Inglesa
na rede pública de ensino da Bahia.

Palavras-chave: Tecnologia; Jogos digitais; Língua Inglesa; Escola pública.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2017. Disponível em:
<http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.
pdf>. Acesso em: 23 out. 2020.

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MORAN, J.M. Ensino e aprendizagem inovadores com tecnologias. Informática Na


Educação: Teoria & Prática. Porto Alegre, v. 3, n. 1, p.137-144, set. 2000. Disponível em:
<https://seer.ufrgs.br/InfEducTeoriaPratica/article/download/6474/3862>. Acesso em: 23 out.
2020.

MORAN, J.M. Ensino e aprendizagem inovadores com tecnologias. Informática Na


Educação: Teoria & Prática, PAIVA, V. L. M. O. A tecnologia na docência em línguas
estrangeiras: convergências e tensões. 2011. Disponível em:
<http://www.veramenezes.com/endipe.pdf>. Acesso: 23 out. 2020.

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ALÉM DO LUGAR DE FALA, A GENTE QUER SIM, FALAR EM OUTRAS


LÍNGUAS PARA: AS SELEÇÕES DE PÓS; CONCORRER A BOLSAS, ACESSAR
AGÊNCIAS DE FOMENTO E PARA ESCURECER ESSES ESPAÇOS

BARROS, Kelly (UFRB)


LANDULFO, Cristiane (UFBA)

Resumo: Em um estudo realizado por Rovênia Borges (2015), jornalista do Ministério da


Educação, foi revelado que o perfil dos bolsistas do programa Ciências sem Fronteiras é
composto de homens brancos, de renda per capita média-alta e oriundos do ensino privado.
Segundo o Censo da Educação Superior (2017), coletado pelo Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais (Inep), o grupo com maior representação na docência da pós-
graduação é de homens brancos com doutorado e eles somam um número de 13.198. As
mulheres brancas, por sua vez, apesar de aparecerem em menor número (10.000), ainda se
sobrepõe aos 3% de professoras negras do corpo docente dos cursos de pós-graduação das
universidades públicas e privadas do Brasil. Por fim, no livro Acesso e Permanência da
População Negra no Ensino Superior, confirma através de um texto propositivo que para o/a
aluno(a) negro(a) universitário, aprender uma língua estrangeira configura-se como sendo
uma estratégia de/para sobrevivência e mobilidade acadêmica. Portanto, será que esse
argumento gourmetizado de que estudar uma LE é uma oportunidade de entrar em contato
com outras culturas (KRAMSCH, 2008), serve para os/as discentes pretos(as)? Ou a nossa
pauta é outra, onde temos que quebrar a estrutura acadêmica da colonialidade do saber
(QUIJANO, 2007).
Palavras-chave: Língua Estrangeira; Mobilidade acadêmica; Colonialidade do saber.

REFERÊNCIAS

ACESSO E PERMANÊNCIA DA POPULAÇÃO NEGRA NO ENSINO SUPERIOR.


LOPES, Maria Auxiliadora Lopes; BRAGA, Maria Lúcia de Santana. Brasília: Ministério da
Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade: Unesco, 2007.
358 p. (Coleção Educação para Todos; v. 30)

BORGES, R.A. A interseccionalidade de gênero, raça e classe no Programa Ciência sem


Fronteiras: um estudo sobre estudantes brasileiros com destino ao EUA.2015. 215 f.

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Dissertação (Mestrado Profissional em Educação) - Universidade de Brasília - UnB, Brasília.


2015.

KRAMSCH, C. The symbolic dimensions of the intercultural. Language Teaching,


Cambridge University Press. v. 44, 2008, p. 354-367.

QUIJANO, Aníbal. Colonialidad del poder, eurocentrismo y América Latina. In: LANDER,
E. (Org.). La colonialidad del saber: eurocentrismo y ciencias sociales. Perspectivas
Latinoamericanas. Buenos Aires: Clacso, 2005. p. 227-277.

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A RETOMADA ANAFÓRICA DOS PRONOMES CLÍTICOS ACUSATIVOS DE


TERCEIRA PESSOA NO PORTUGUÊS
BRASILEIRO
SANTOS, Larissa (UFBA)
LAZZARINI CYRYNO, João Paulo (UFBA)

Resumo: Este trabalho é um estudo preliminar que tem como objetivo investigar o uso da
retomada anafórica do pronome clítico acusativo de terceira pessoa no português brasileiro
(doravante, PB). A retomada anafórica pode ser entendida como a realização de um elemento
pronominal (realizado ou não) que faz referência a um termo antecedente na sentença. Muitos
estudos sugerem que a realização do objeto direto anafórico de terceira pessoa no português
brasileiro (clítico acusativo, pronome pleno ou categoria vazia) seja condicionada por alguns
traços semânticos do seu antecedente (cf. DUARTE, 1989; CYRINO, 1994, 1997; CREUS;
MENUZZI, 2004, CARVALHO, 2008; CERQUEIRA, 2015, 2018; SPINELLI, 2016). Sendo
assim, foi feito um levantamento da estratégia de retomada anafórica do clítico acusativo de
terceira pessoa em PB, observando o comportamento semântico do pronome clítico e seu
antecedente/referente através de amostras que foram constituídas a partir de dados de registro
escrito do português brasileiro disponíveis em sites da internet, como o facebook e twitter. Os
traços que consideramos como relevantes para a discussão, foram os traços de animacidade,
especificidade e definitude, já analisados em estudos anteriores, como os de Cyrino (1994),
Carvalho (2008), Cerqueira (2015), Othero e Spinelli (2017), Santos; Lazzarini-Cyrino e
Carvalho (2020) e Lazzarini-Cyrino; Medeiros e Santos (2020). Para este estudo utilizamos
amostra com 100 dados e testamos a significância dos traços com testes qui-quadrado com
simulações e modelo de regressão logística, com divisão da amostra em série de treino e de
teste e subsequente avaliação do desempenho. Em síntese, após a análise dos dados, parece
que esses traços não são fundamentais para a retomada dos pronomes clíticos de terceira
pessoa no PB.
Palavras-chave: Retomada anafórica; Pronome terceira pessoa; Clítico.

REFERÊNCIAS

DUARTE, Maria Eugênia Lamoglia. Clítico acusativo, pronome lexical e categoria vazia no
português do Brasil. In: TARALLO, Fernando (org.). Fotografias sociolinguísticas. São
Paulo: Editora da Universidade Estadual de Campinas, 1989. p.19-34.

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CARVALHO, Daniel. S. A Estrutura interna dos pronomes pessoais em português


brasileiro. Tese (Doutorado em Letras e Linguística) – Faculdade de
Letras, UFAL, Alagoas, 2008.

CREUS, S; MENUZZI, S. O papel do gênero na alternância entre objeto nulo e pronome


pleno em português brasileiro. Revista da ABRALIN, Florianópolis, v. 3, n. 1-2, 2004.

CERQUEIRA, Fernanda de Oliveira. Sintaxe do pronome acusativo de terceira pessoa no


português brasileiro. Dissertação (Pós-graduação em Língua e Cultura) – Instituto de Letras,
UFBA, Salvador, 2015.

CERQUEIRA, Fernanda de Oliveira. O pronome pleno de terceira pessoa: estrutura interna


e relações referenciais. Tese (Doutorado em Linguística) – Instituto de Letras, UFBA,
Salvador,2018.

CYRINO, S. M. O objeto nulo no português do Brasil: um estudo sintático-diacrônico. Tese


de Doutorado: Unicamp, 1994 (publicada em 1997 pela Ed. da UEL).

LAZZARINI-CYRINO, João Paulo; MEDEIROS, Renato da Fonseca Junior; SANTOS,


Larissa. Animacidade, definitude e especificidade: determinando sua significância para a
distribuição de pronomes possessivos e clíticos anafóricos. A ser publicado no livro do
PPGLinC-UFBA 2020.
SANTOS, Larissa; LAZZARINI- CYRINO, João Paulo; CARVALHO, Danniel da Silva. A
retomada anafórica dos pronomes clíticos acusativos de terceira pessoa no português
brasileiro. A ser publicado nos anais do I Coneil 2020.

SPINELLI, Ana Carolina. Analisando a retomada anafórica do objeto direto em


português falado. Porto Alegre: Tese (graduação) - Faculdade de letras, UFRS, 2016.

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DIALOGICIDADE NA AULA DE LÍNGUA INGLESA: A IDENTIDADE DO JOVEM E


ADULTO DA EJA

Leda Regina de Jesus Couto (UNEB)


Agnaldo Pedro Santos Filho (UNEB/Colégio Militar de Salvador)

Resumo: Mesmo sendo garantida como direito pela Constituição Federal de 1988, a
Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil apresenta características de um ensino
compensatório e excludente, formada por sujeitos, em sua maioria trabalhadores-alunos
provindos de lugares ou extratos carentes da sociedade, onde não tiveram acesso ao que lhes é
de direito, oprimidos econômico-político e socialmente (ARROYO, 2005, 2017; FREIRE,
2011).Tendo em vista os desafios que é o ensino e aprendizagem na EJA e, mais
especificamente, o ensino e aprendizagem de Língua Inglesa, objetiva-se, através de
observação, coleta de dados e análise dos mesmos, avaliar quem são esses educandos, sujeitos
de uma turma de EJA do Ensino Médio de uma escola pública do Recôncavo da Bahia, Brasil.
Essa pesquisa foi realizada no primeiro trimestre do ano letivo de 2019, em que foi trabalhado
o tema gerador “Who am I?” nas aulas de língua inglesa da referida turma, sendo

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desenvolvidas atividades de interpretação de variados gêneros textuais, debates, discussões,


produções textuais e apresentações. A metodologia utilizada para o desenvolvimento desta
pesquisa foi o estudo de caso, através de aplicação de questionário e observação da referida
turma, bem como a pesquisa bibliográfica para o trato dos dados. Conclui-se que se trata de
um grupo sociocultural heterogêneo, formado de múltiplas identidades, gêneros, classes,
culturas, localização geográfica e características étnico-raciais diversas, grupo este que a
opressão e as dificuldades, bem como, a energia, vivacidade e vontade de vencer fazem parte
do seu dia-a-dia, e estão presentes na forma como se relacionam no ambiente escolar e como
constroem sua aprendizagem.

Palavras-chave: Educação de Jovens e Adultos; Língua Inglesa; Livro Didático; Práticas


Andragógicas.

REFERÊNCIAS

ARROYO, Miguel González. Educação de jovens-adultos: um campo de direitos e de


responsabilidade pública. In: SOARES, Leôncio; GIOVANETTI, Maria Amélia G. C.;
GOMES, Nilma Lino (org.). Diálogos na educação de jovens e adultos. Belo Horizonte:
Autêntica, p. 19- 50, 2005.

ARROYO, Miguel González. Passageiros da noite: do trabalho para a EJA, itinerários pelo
direito a uma vida justa. Petrópolis, RJ: Vozes, 2017.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 50. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2011.

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DEBATES SOBRE ÉTICA E FICÇÃO CIENTÍFICA NA AULA DE ELE

SANTOS, Lílian Reis dos (SEEDUC – RJ)

Resumo: Em nossa prática, percebemos que o gênero ficção científica conta com muitos
admiradores entre os adolescentes, seja na literatura, no cinema ou nas séries. Pela leitura de
seus títulos é possível conseguir unir conhecimentos que são objeto de diversas disciplinas
como por exemplo, Ciências, História, Sociologia e Geografia. Essa característica faz com
que a ficção científica seja uma leitura muito proveitosa na escola, podendo inclusive ser
utilizada em projetos interdisciplinares. De posse dessas informações chegamos ao seguinte
questionamento: podemos promover a fruição da leitura, a análise crítica do texto, debates
sobre ética e ciência e o ensino de língua espanhola com as obras de ficção científica? Este
trabalho tem por objetivo mostrar a construção de uma sequência didática para o trabalho com
esse gênero nas aulas de língua espanhola, para uma turma do sétimo ano do Ensino
Fundamental (da rede pública estadual do Rio de Janeiro). Para a organização dos conteúdos
que serão abordados durante o bimestre, utilizamos o modelo de sequência didática proposto
do Dolz, Schneuwly e Noverraz (2004), e apoiamo-nos nos estudos sobre leitura de Solé
(1998) e de letramento literário de Cosson (2006). Como o período letivo ainda está em curso,
temos resultados parciais sobre o desenvolvimento das atividades e sobre seu funcionamento
no atual contexto da escola, que é o ensino remoto.

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Palavras-chave: Leitura; Espanhol; Ficção científica.

REFERÊNCIAS

COSSON, Rildo. Letramento literário: teoria e prática. São Paulo: Contexto, 2006.

DOLZ, J.; NOVERRAZ, M.; SCHNEUWLY, B. Sequências didáticas para o oral e a escrita:
apresentação de um procedimento. In: SCHNEUWLY, B; DOLZ, J. Gêneros Orais e escritos
na escola. Trad. e org. ROJO, R.; CORDEIRO, G. S. São Paulo: Mercado das Letras, 2004, p.
95-128.

SOLÉ, Isabel. SOLÉ, I. Estratégias de Leitura. 6ª ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.

__________________________________________________________________________

LA PROSTITUCIÓN EN EL CORAZÓN DEL CAPITALISMO: A TRADUÇÃO COMO


POLÍTICA DE RESISTÊNCIA PARA AS MULHERES

RODRIGUES, Ludmila (UFBA)


YERRO, Hernán (UFBA)

Resumo: Nossa “história oficial” oculta um sem-número de vozes subalternizadas e, uma vez
que vivemos em uma sociedade construída sob os moldes patriarcais, as mulheres compõem
boa parte dessas vozes. Diante desse contexto, o presente trabalho propõe uma tradução
interlingual (da língua espanhola para o português brasileiro) dos capítulos 1, 2, 4 e 6 do livro
La prostitución en el corazón del capitalismo (2017), da teórica espanhola Rosa Cobo. Tendo
em vista a quase ausência, em português, de teoria feminista crítica à prostituição, uma vez
que a maior parte da literatura existente sobre o tema legitima esse fenômeno social enquanto
prática individualmente libertadora, essa pesquisa, ao levar em conta a realidade sociopolítica
do Brasil, vem ajudar a suprir um pouco da demanda das leitoras, pesquisadoras e feministas
abolicionistas brasileiras. Através de metodologia analítico-interpretativa, pretende-se abordar
a forma como o processo de tradução, encontrando obstáculos causados por uma linguagem
fundamentalmente masculinista, reflete e lida com os problemas levantados pela autora e pela
teoria feminista. Dessa forma, a linguagem é aqui compreendida como um espaço de
exercício de poder, como o é qualquer outra instituição social, devendo, portanto, ser estudada
enquanto campo político. Assim, propõe-se com este trabalho a consideração da tradução
como gestualidade política, no sentido da busca pela compreensão de como as mulheres, essa
classe sexual que vem sendo explorada há séculos em razão de seu corpo, podem,
apropriando-se da língua do opressor (RICH, 2018), traçar para si e suas iguais estratégias de
resistência ao controle masculino.

Palavras-chave: Prostituição; Exploração sexual; Tradução; Rosa Cobo.


REFERÊNCIAS

COBO, Rosa. La prostitución en el corazón del capitalismo. Madri: Libros de la Catarata,


2017. 213 p.
RICH, Adrienne. Que tempos são estes. São Paulo: Jabuticaba, 2018. 81p.

VIII SELLES, Seminário de Línguas e Literaturas Estrangeiras, 8º, 2020 (Alagoinhas-BA). Caderno de
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HISTÓRIA, PROTESTOS E ROCK ‘N’ ROLL:


TRADUÇÃO E LEGENDAGEM DE CANÇÕES BELARUSSAS PARA PORTUGUÊS

FRANCO COSTA, Paterson (UFBA)

Resumo: Belarus, ex-república soviética frequentemente descrita pela mídia ocidental como
“a última ditadura da Europa”, tem sido palco de constantes protestos contra o regime
autoritário pró-Kremlin de Aliaksandr Lukašenka, que controla o país ininterruptamente desde
1994. Neste contexto, o rock se tornou uma das principais ferramentas de denúncia contra os
abusos do governo, principalmente através de suas letras, em idioma belarusso, que remetem
a elementos históricos e culturais do povo como forma de resistência frente à opressão
russófona. Este artigo busca, através da tradução, analisar essas dinâmicas de resistência
cultural e linguística por meio das composições de Lavon Volski, um dos maiores expoentes
do rock belarusso na contemporaneidade, na trilha sonora do filme Viva Belarus!, de 2012,
primeiro longa-metragem predominantemente em belarusso traduzido e legendado para o
português diretamente desse idioma. Geopoliticamente distante do imaginário lusófono, o
idioma belarusso carece de estudos acadêmicos no Brasil. Assim, destaca-se a problemática
de traduzir elementos de uma cultura que nos é praticamente desconhecida e frequentemente
associada a sua antiga metrópole. Visto que o filme se trata de uma ferramenta de denúncia
contra um regime autoritário cuja agenda contempla o etnocídio e marginalização dos saberes
culturais e linguísticos belarussos, a tradução, bem como o presente trabalho que a analisa,
tem os seguintes objetivos: 1. Transmitir o protagonismo narrativo presente no filme,
tendendo à estrangeirização, ao mesmo tempo que se confere um caráter suficientemente
informativo à legenda de chegada, tendendo à domesticação; 2. Investigar, através de pesquisa
bibliográfica, os elementos que conectam as canções ao seu contexto dentro do filme e seu
papel na sociedade; e 3. Refletir sobre a experiência pós-colonial belarussa sob a ótica dos
estudos culturais decoloniais. Para tanto, o artigo traz como aporte teórico nomes como
Heloísa Gonçalves, no campo dos procedimentos tradutórios, Frantz Fanon e Michel
Foucault, na discussão sobre relações de poder dentro de estruturas coloniais e pós-coloniais,
além de intelectuais da ex-URSS, como Nelly Bekus, que estuda em detalhes o histórico do
ativismo belarusso através do rock, Aleksandr Chubin, que aborda os fenômenos sociais que
influenciam os acontecimentos narrados no filme e nas canções, além de Vitaĺ Silicki, para
discutir identidades pós-soviéticas e o papel da elite intelectual nos protestos. O estudo faz
parte de uma tese de doutorado em andamento. Os resultados preliminares apontam para
possíveis estratégias em prol do protagonismo narrativo de vozes subalternizadas através da
tradução. Destaca-se também o uso das mídias na narrativa, especialmente a música como
forma de socialização e de protesto, com a tradução desempenhando não apenas um papel
auxiliar como também central em termos de propagação discursiva e conscientização política.
Igualmente, espera-se com este artigo contribuir no preenchimento da lacuna sobre Belarus
dentro dos estudos eslavos no Brasil.

Palavras-chave: Belarus; Tradução Audiovisual; Estudos culturais; Bilinguismo.

REFERÊNCIAS

VIII SELLES, Seminário de Línguas e Literaturas Estrangeiras, 8º, 2020 (Alagoinhas-BA). Caderno de
Resumos: Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Campus II. ISSN 2447-5157.
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GONÇALVES, H. Procedimentos técnicos da tradução: Uma nova proposta. 1ª edição.


Campinas: Pontes, 1990. 120 p.

SILICKI, V. Дылемы выбару. In: BULHAKAŬ, V. (org.) Беларусь: ні Эўропа, ні Расея.


Меркаваньні беларускіх эліт. 1ª edição. Varsóvia: ARCHE, 2006. 260 p.

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MOOCS PALLE: UMA PROPOSIÇÃO DE PLANO DE TRABALHO PARA


FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE LÍNGUAS EM CONTEXTO DE PANDEMIA

VESSIO SANT’ ANA, Paula (UEFS)


SOUZA E SOUZA, Liz (UEFS)

Resumo: No contexto pandêmico atual, as Universidades realizam o movimento de pensar


outras formas de continuar contribuindo com o processo de formação de professores e a
extensão universitária pode atuar como esse espaço formativo. Uma das possibilidades é
organizar cursos no formato on-line a fim de potencializar que um número maior de pessoas
nesse momento continuem o seu processo de desenvolvimento profissional. O objetivo dessa
comunicação é compartilhar o plano de trabalho, MOOCS PALLE – cursos online gratuitos
para desenvolvimento profissional docente de professorxs de línguas-cultura, aprovado pelo
Edital PIBEX 2020 que será desenvolvido no âmbito do Programa Aprimoramento Língua
Literatura Estrangeira (PALLE) da Universidade Estadual de Feira de Santana no ano de
2021. O plano intenciona disponibilizar recursos educacionais abertos para potencializar a
formação docente de professores de línguas-culturas na região de cobertura do NTE 19 a
partir da organização de MOOCs (Curso Online Aberto e Massivo) para desenvolvimento
profissional docente focando no tema Letramentos. O referencial teórico da proposição está
baseado em conceitos chaves: conectivismo (ILYCH,1985); recursos educacionais abertos
(UNESCO,2012); MOOCS (SOUZA E CYPRIANO,2016). A metodologia utilizada está
organizada em algumas etapas: i) organização e proposição dos cursos no formato MOOCS
que envolve a análise dos cursos MOOC disponibilizados em plataformas como VERDUCA e
de outras universidades e o estudo teórico dos temas com base nas plataformas SCIELO,
PERIÓDICOS, CAPES; ii) a organização e implementação dos cursos de Linguística
Aplicada, Letramento Digital e Letramento Crítico-Racial que envolve as ações de inclusão
dos cursos na plataforma, divulgação dos cursos, inscrição nos cursos e acompanhamento no

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formato de tutoria online; iii) avaliação do desenvolvimento dos cursos a partir dos relatórios
que o AVA (SOUZA & CIPRIANO, 2016) com o intuito de identificar as falhas do projeto e
aperfeiçoá-lo. Como contribuição esperamos introduzir essa modalidade de cursos nas ações
extensionistas do programa ampliando as possibilidades de atividades para o desenvolvimento
profissional de estudantes em curso de formação e professores de línguas-culturas.

Palavras-chave: Moocs; Extensão; Formação de Professores; Letramentos.

REFERÊNCIAS

SOUZA, Rodrigo de; CYPRIANO, Elysandra Figueredo. MOOC: uma alternativa


contemporânea para o ensino de astronomia. Ciênc. educ. (Bauru), Bauru, v. 22, n. 1, p. 65-80
mar. 2016. Disponível em
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S151673132016000100065&lng=pt
&nrm=iso>. Acessos em 31 abr 2020.
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Athabasca University, 2004. Disponível em:
<http://usuarios.upf.br/~teixeira/livros/conectivismo%5Bsiemens%5D.pdf>. Acesso em: 31
out 2020.
__________________________________________________________________________

IRONIA VERTIDA EM POESIA CONCRETA: A ESTÉTICA EXPERIMENTAL DE


E.E CUMMINGS
SALES, Polliana Batista (UNEB)
JÚNIOR, Manoel Barreto (UNEB)

Resumo: A presente pesquisa empenhou-se em discutir as representações da ironia dentro do


projeto estético-literário e insólito do poeta estadunidense E. E. Cummings (1894-1962). Tal
ironia se vê imersa dentro do plano poético, escamoteado pelos desnudes da linguagem com
uma poética destramente criada pelo poeta concretista através de seu jogo transgressivo com
signos não verbais. Nessa conformidade, investigou-se o discurso irônico como matéria
poética do poeta estadunidense que, organizado nas subjetividades de sua poética
experimental possui grande potencial de ressignificar a palavra poética, aflorando aspectos
intersubjetivos de humanidade e assim, humanizando o que parece reificado. Para tanto, o
desenvolvimento desta pesquisa se fez através dos métodos da pesquisa bibliográfico-
documental, por meio da análise de poemas dispersos e representativos do poeta, que
tratassem das questões relativas às representações irônicas. Neste sentido vale ressaltar que
tais poesias, em língua inglesa, serviram de corpus para o desenvolvimento desta pesquisa-
sempre em atenção às experiências e vivências contextuais de leitura, acionadas pelos sujeitos
históricos. Assim, os pressupostos teóricos orbitaram as questões da modernidade e da ironia
e seus efeitos estéticos em distintas sociedades, tais quais: Candido (2011), Bosi (1977), Paz
(2009), Hutcheon (2000) e Alvarace (2009). A estas observações, os poemas, enquanto
linguagens artísticas, foram empenhados através da atualização e ressignificações temáticas
na obra de E. E. Cummings, a fim de destacar as similitudes e, principalmente, os

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distanciamentos que validam os anseios do homem (pós)-moderno e suas inquietações perante


o real, as práticas sociais e as relações humanas. Por este olhar, as leituras contextuais dos
poemas cummingsianos e suas análises e reflexões evidenciaram uma ironia que, em meio a
suas arestas cortantes e transgressividade, faz o indivíduo transcender uma realidade
engessada, incentivando-o a recusar dogmatismos, bem como a dissolução de sua
singularidade na massa. A ironia dá novas perspectivas aos seres acerca de suas
atitudes/ações, sensibiliza o sujeito moderno e instiga-o a refletir e assim, repensar aspectos
referentes às relações humanas, através de movimentos interpessoais ou ainda como práticas
sociais. Desse modo, a representação irônica dentro da poética cummingsiana, convida cada
leitor a se (re)conectar com sua essência primária, quando dá luz aos excessos e
distanciamento de que os sujeitos históricos se servem ao que se deseja mais humano. Tendo
em vista todo o processo de pesquisa afirma-se que, as representações irônicas na lírica
experimental de E. E. Cummings (1894-1962) despertam inquietações no homem moderno
quando referindo- se à seus distanciamentos perante as relações humanas e a manifestação de
seus atuais anseios enquanto ser social, revelando as incongruências e ambiguidades do
mundo e do ser. O discurso irônico cunhado pelo eu lírico dos poemas exige dos sujeitos
presos nas correntes da(s) sociedade(s) (pós)moderna um esforço intelectual, desencadeando
um processo reflexivo e permitindo um despertar de sentimentos, emoções e uma nova visão
de mundo e de ser que os motiva a (re)abraçar sua natureza humana. Atemporal, interativa e
comunicacional, a poesia de E. E. Cummings (1894- 1962) demonstra ser um dos caminhos
para o processo de humanização, àqueles que se concedem o prazer de apreciar sua poética.

Palavras-chave: E. E. Cummings; Poesia concreta; Representações da ironia; Processo de


humanização.

REFERÊNCIAS

ADORNO, Theodor W. Dialética do esclarecimento - Excurso I – Ulisses ou Mito e


Esclarecimento. Disponível em: adorno.planetaclix.pt/d_e_excurso1.htm. Acesso 17 de mar.
2020.

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paródia e no riso. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009.

BAKHTIN, Mikhail. Questões de literatura e de estética: a teoria do romance. São Paulo:


Hucitec, 2010.

BOSI, Alfredo. O ser e o tempo da poesia. Editora Cultrix: São Paulo, 1977.

BRASILEIRO, Antonio. Da inutilidade da poesia. Rio de Janeiro: 7Letras; UEFS Editora,


2012.

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de Augusto de Campos. Rio de Janeiro: Francisco Alves.

CANDIDO, Antonio. “Direito a literatura”. In: Outros escritos. Ouro sobre azul: Rio de
Janeiro, 2012. ______. Literatura e Sociedade: estudos de teoria e história literária. Ouro
sobre azul: Rio de Janeiro, 2011.

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York: Liveright Publishing Corporation, 1991.

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Minnesota Press, 2003.

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ed. Revista. – Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2012.

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<http://seas3.elte.hu/coursematerial/RuttkayVeronika/tradition_and_individual_talent.pdf>.
Access in mar 06 2019.

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American culture. Saint Paul: Graywolf Press, 2002, pp. 29-41.
HUTCHEON, Linda. Teoria e política da ironia/Linda Hutcheon; tradução de Julio Jeha-
Belo Horizonte: UFMG, 2000.

ORTEGA Y GASSET, José. A desumanização da arte. Trad. Ricardo Araújo. São Paulo:
Cortez, 2005.

PAZ, Octavio. Signos em Rotação. São Paulo: Perspectiva, 2009. ______. O arco e a lira /
Tradução: Olva Savary. _ Rio de Janeiro: Nova, 2013.

REMAK, H. H. Remak. Literatura comparada: definição e função. In: COUTINO, Eduardo


F.; CARVALHAL. Tania Franco. Literatura comparada: textos fundadores/organização.
Eduardo F. Coutinho e Tania Franco Carvalhal. – Rio de Janeiro: Rocco, 2011.

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ONDE ESTÁ W. SHAKESPEARE? - UM ESTUDO DAS RELAÇÕES DIALÓGICAS


NO FILME ASSUNTO DE MENINAS

PURIFICAÇÃO, Priscila (UFBA)


RAMOS, Elizabeth (UFBA)

Resumo: A comunicação tem como objetivo analisar, empregando a taxonomia de Gérard


Genette (2010), os recursos intertextuais recriados a partir de peças de William Shakespeare,
no texto fílmico Assuntos de Meninas, filme canadense, lançado em 2001 e dirigido por Léa
Pool, em que as relações heteronormativas dos textos dramáticos são ressignificadas, social e
historicamente, na relação amorosa lésbica entre duas jovens estudantes, na nossa
contemporaneidade. A história de Paulie e Tory narrada sob a perspectiva de Mary, a mais

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nova estudante do colégio Perkins Girls. As três são colegas de quarto e, no decorrer da
história, criam um laço muito forte de amizade, embora a relação entre Paulie e Tory vá além
disso, pois são namoradas. As protagonistas são impedidas de ficarem juntas, pois têm que
lidar com impasses do relacionamento, causados pelo preconceito de suas famílias e amigos, e
pelas profundas crises que vivenciam no tortuoso caminho em busca de aceitação. Dessa
forma, temas como amor, mentira, preconceito, poder, vida, morte, todos tão caros ao
dramaturgo inglês são expostos de forma crítica à sociedade atual. Como o longa canadense, à
primeira vista, dialoga com peças de Shakespeare escritas nos séculos XVII e o filme Assunto
de Meninas foi produzido no século XXI, a pesquisa discute como se constroem as
intertextualidades e contextualiza o comportamento das personagens, dentro de suas
realidades sócio-históricas numa relação dialógica entre os textos dramático e fílmico. Para
tanto, recorreremos às reflexões sobre intertextualidade concebidas por Gerárd Genette,
Robert Stam entre outros teóricos do campo. Os movimentos intertextuais possibilitam pensar
o texto como um mosaico de diferentes outros textos, é possível pensar a tradução como
resultado de inúmeros intertextos que surgem, muitas vezes inconscientemente, e a
desvinculam do mero transporte de significados.

Palavras-chave: Assunto de Meninas; lésbica; intertexto; tradução intersemiótica; William


Shakespeare.

REFERÊNCIAS

ASSUNTO de Meninas. Direção: Léa Pool. Canadá. Lions Gate, 2001. 1 DVD (103 min),
NTSC, color. Título original: Lost and Delirious.

GENETTE, Gerard. Palimpsestos, a literatura de segunda mão. Belo Horizonte: Faculdade


de Letras, 2010. Disponível em <http://paginapessoal.utfpr.edu.br/cantarin/literatura-e-m-
meios-digitais-ppgel/11-de-abril/Palimpsestos%20-G.%20Genette-
%20em%20portugues.pdf/at_download/file>. Acesso em ago 2020.

STAM, Robert. Beyond Fidelity: the Dialogics of Adaptation. In. NAREMORE, James. Film
Adaptation. New Brunswick: Rutgers University Press, 2000.

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CURRICULUM QUEER EM EDUCAÇÃO FÍSICA: CORPOS E SUJEITOS POSSÍVEIS

SOUZA, Rafael Santiago (UNEB)

Resumo: A proposta do trabalho é investigar como o curso de Educação Física tem atuado na
formação de docentes, visando para as identidades de gênero e de sexualidades. Um dos
aspectos a tratar é sobre sujeitos que focam na mediação da naturalização do corpo, situados
na masculinidade, no eixo da centralidade do discurso do binarismo de gênero. O estudo
objetiva analisar como a noção de biologismo se ampara com a pauta do conservadorismo da
“ideologia de gênero”, enaltecida na existência do homem e da mulher. Tomo como análise o
período da ditadura militar que é um marco histórico para mostrar o processo formador do
currículo que endossa o poder do corpo construído no âmbito da heteronormatividade e da
heterossexualidade compulsória. Historicamente muitos espaços e práticas tiveram seus

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acessos negados às mulheres, porém com muita luta e resistência as mesmas veem
conquistando esses direitos. Aí significa o ponto de partida para a descolonização do saber, da
voz feminina que se insere dentro do contexto da opressão que marca a educação do corpo
fundamentado na força física e na masculinizada do homem cisgênero. Nesse sentido,
higienizar o corpo se sustenta pelos métodos ginásticos, a exemplo, do futebol que se torna
uma prática corporal hegemonicamente construída na disciplinaridade no seio da sociedade
capitalista. Demarca assim um vasto território geopolítico em que há demanda do campo e de
gritos das arquibancadas que uniformizam o poder imperar a sexualidade e o gênero. Assim, é
possível pensar em corpos gays, lésbicos, transgêneros, travestis, queer, intersexo e demais
gêneros fluídos na capacitação docente em Educação Física? Eis o problema que buscarei
apresentar e é um ponto nevrálgico do estudo. Isso porque a idealização de corpos dóceis,
viris e saudáveis fazem constituir grande parte dos conceitos que a grade curricular opera. A
performatividade de gênero (BUTLER, 2003) sitia a ambiência acadêmica do curso ao
visualizar os gêneros desportivos recortados no front cultural, quando assistimos modalidades
esportivas sobre as quais os homens cis se fazem presentes em grande parte. Há silenciamento
quando se fala em componentes para curso que visem a formar outros conceitos em torno das
identidades de gênero e de sexualidades. Para a “Análise do Discurso” (ORLANDI, 2009), o
silêncio traz os interditos. Então, como pensar a diversidade do curriculum queer, como quer
Guacira Lopes Louro (2000), para o exercício de aulas com a tarefa de formar docentes mais
conscientes, tendo em mente as subjetividades que emergem, enunciam diferenças, são
diferentes, diversas; como refletir a docência em Educação Física, sendo visada a ser mais
livre das amarras que a carreira desportiva ainda se expressa sobre as masculinidades? Esses
são pontos norteadores e com os quais estarão no foco da exposição do estudo.

Palavras-chave: Curriculum Queer em Educação Física; Corpos possíveis; Identidades de


Gênero; Crítica cultural.

REFERÊNCIAS

BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Tradução de


Renato Aguiar. Rio de janeiro: Civilização Brasileira, 2003.

DENZIN, Norman k. O Planejamento da Pesquisa Qualitativa. Tradução Artmed. Brasília-


DF, 2006.

FOUCAULT, Michael. História da sexualidade I: a vontade do saber. Rio de Janeiro:


Edições Graal,1988.

FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso: aula inaugural no college de França, pronunciada


em 2 de dezembro de 1970. Tradução de Laura Fraga de Almeida Sampaio. São Paulo:
Edições Layola, 2012.

LOURO, Guacira Lopes. O corpo educado: pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte:


autêntica, 2000.

LAURETIS, Teresa. A tecnologia do gênero. University Press, 1987.

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KESSLER, Claudia Samuel. Mulheres na área: gênero, diversidade e inserção no futebol.


Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2016.

ORLANDI, Eni P. Análise do Discurso: princípios e procedimentos. Campinas: 8 ed. Pontes,


2009.

RODRIGUES, Alexsandro; DALLAPICULA, Catarina; FERREIRA, Sérgio Rodrigues da S.


Transposições: Lugares e fronteiras em sexualidade e educação. Dados eletrônicos. Vitoria:
EDUEFS, 2015.

SOARES, Carmem Lúcia. Imagens da educação no Corpo: estudo a partir da ginástica


francesa do século XIX. 3.ed. Campinas- SP, 2005.

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MÚLTIPLOS OLHARES NA PERSPECTIVA DOS MATERIAIS DIDÁTICOS: UMA


PONTE ENTRE OS ESTUDOS INTERCULTURAIS E O USO DA TECNOLOGIA.

ALMEIDA, Rafaela dos Santos (UNEB)


BORGES, Mônica Veloso (UNEB)

Resumo: O presente trabalho tem como referência a monografia desenvolvida no curso de


Letras- Língua Inglesa e Literaturas da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Campus
XIV/Conceição do Coité. O interesse por este tema surgiu através de inquietações vistas
durante o estágio de observação. Sabe-se que ainda há muitos questionamentos acerca da
importância do ensino de língua inglesa no ambiente escolar, uma vez que vivemos em um
mundo conectado e sem fronteiras virtuais. Por este motivo, o professor torna-se o principal
mediador para desconstruir crenças e motivar seus alunos sobre a importância de conhecer
novas culturas. Dito isto, sabemos que o inglês está presente em nossa rotina, já que
diariamente estamos conectados às tecnologias como: Facebook, WhatsApp, Instagram,
Twitter, entre outros. Foi percebido durante a observação de estágio, que os alunos estão cada
vez mais usando esses aparelhos tecnológicos, visto que acessam notícias em inglês, fazem
amizades com nativos de diferentes idiomas e, principalmente, acessam jogos que as
instruções, na maioria das vezes, estão na língua inglesa, ou seja, fazem uso do inglês como
Língua franca diariamente. Diante do exposto, é necessário que o professor aborde, em seu
material didático, as questões interculturais como forma de mostrar aos alunos as diversas
culturas existentes, a fim de promover o conhecimento sobre novas culturas e valorizar a sua.
Esse trabalho justifica-se, por apresentar a importância da construção de um material didático
que promova o respeito as diferenças culturais. O objetivo desta comunicação é apresentar o
resultado de uma pesquisa realizada com professores de escola básica da cidade de Conceição
do Coité, que teve como meta identificar se estes utilizam ou produzem materiais didáticos
voltados para questões interculturais, visando uma aprendizagem diversificada. Este trabalho
está fundamentado em alguns autores que tiveram grande importância na construção desta
monografia, CANDAU (2007) aborda sobre a interculturalidade pelo viéis da educação,
SIQUEIRA (2005) defende o uso dos diversos materiais didáticos para o ensino de língua
inglesa e ABRAHÃO (2002) debate sobre a prática docente. Os resultados obtidos foram
através de um questionário semi estruturado com abordagem qualitativa, respondido por
quatro professores de escolas públicas do munícipio de Coité, no qual foram interrogados

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sobre: docência, material didático e interculturalidade. Através das respostas, constatamos que
muitos professores fazem trabalhos interculturais diversos utilizando da tecnologia como
suporte, contudo outros fazem uso exclusivamente do livro didático. Assim, acreditamos que
há excelentes trabalhos nas escolas básicas, como também há a ausência de suporte para que o
professor realize seu trabalho de forma mais significativa.
Palavras-chave: ensino; aprendizagem; materiais didáticos.
REFERÊNCIAS
CANDAU, Vera Maria Ferrão. Diferenças culturais, interculturalidade e educação em
direitos humanos. Campinas, v. 33, n. 118, p. 235-250, jan.- mar. 2012. Disponível em:
<http://www.cedes.unicamp.br>. Acesso em: 29 set 2020.

SIQUEIRA,Domingos Sávio Pimentel. Inglês como língua internacional: Por uma pedagogia
intercultural crítica. Salvador,2008. Disponível em:
<http://www.leffa.pro.br/tela4/Textos/Textos/Teses/Domingos_Savio_Siqueira.pdf>. Acesso
em 20 set 2020.

SIQUEIRA, D.S.P. SCHEYERL, Denise. Materiais Didáticos Para o Ensino de Línguas na


Contemporaneidade: Contestações e Proposições. Salvador,EDUFBA,2012.Disponível em:
<https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/16424/1/MATERIAISDIDATICOS_Repositorio.pd
f>. Acesso em 1 out 2020.

ABRAHÃO, M. H. V. Uma abordagem reflexiva na formação do professor de língua


estrangeira. In: XIV Semana de Letras, 2002, São José do Rio Preto. Caderno de Resumos.
São José do Rio Preto: Unesp, 2002. v. único. p. 28-29.
___________________________________________________________________________

IMAGENS DO BRASIL NO ROMANCE CORCOVADO (2005)


DES IMAGES DU BRESIL DANS LE ROMAN CORCOVADO (2005)

CASTRO, Tatiane Zilah (UPEC)


MAIA, William de Lima (UNEB)

Resumo: A proposta desta pesquisa é refletir sobre as representações culturais brasileiras


presentes na obra Corcovado – Jean-Paul Delfino (2005), a partir dos trabalhos desenvolvidos
no grupo de pesquisa “Representações dos elementos do Brasil presentes na literatura
romanesca francesa contemporânea”, do curso de Letras com Francês da Universidade do
Estado da Bahia, 2018/2019 (UNEB). As contribuições propostas por esta pesquisa não têm
como objetivo esgotar as discussões acerca da temática e, sim, analisar como algumas dessas
representações podem, ou não, ser lidas através das lentes dos estereótipos e/ou clichês. O
romance Corcovado, lançado no ano de 2005, é baseado em fatos históricos ocorridos junto à
sociedade da cidade do Rio de Janeiro, dos anos 1920-30 e apresenta em sua trama diversas
representações acerca da cultura nacional. Dentre as mais relevantes, podemos destacar: a
culinária; a musicalidade local através dos principais personagens envolvidos no nascimento
do samba; a religião de matriz africana, na figura do candomblé; ou a invisibilidade do índio.
Uma vez sinalizados os limites em relação ao campo de análise na obra, pretende-se discutir
como as representações supracitadas no romance contribuem para apontar em que medida a

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construção de um texto escrito no século XXI revisita ou não a historiografia do século XVI.
Notadamente, a partir dos relatos dos viajantes franceses, André Thevet, Jean de Léry, cujos
registros serviriam como base de sustentação na construção de narrativas atreladas à
representação do novo mundo. Entretanto, com o passar dos séculos e a consolidação do
modelo de urbanização na estrutura social do país, os relatos atribuídos ao Brasil, situados no
campo dos povos selvagens e naturais habitantes das florestas, foram gradualmente
substituídos, a partir da segunda metade do século XX, por novas representações na literatura
romanesca, dentre as quais, registra-se: Brasil - terra das festas, da bossa nova, das mulheres
negras erotizadas, do malandro, do futebol, do samba. O Brasil que emerge dessas novas
representações parece igualmente vocacionado aos excessos. Percebe-se o cuidado durante a
construção da narrativa e a composição dos personagens presentes na trama. Todavia, as
intenções parecem não atingir os objetivos, na medida em que o texto avança, apesar da
profusão de conhecimentos sobre a temática, disponível nos dias atuais.
Palavras-chave: Jean Paul Delfino; Corcovado; Representações; Estereótipos e Clichês.

REFERÊNCIAS

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https://www.ormnews.com.br/noticia/jean-paul-delfino-um-frances-apaixonado-pelo-brasil.
Acesso em: 20 jul. 2019.

PALAZZO, Carmen Lícia. Entre mitos, utopias e razão: Os olhares franceses sobre o Brasil
(séculos XVI a XVIII). 2. ed. Porto Alegre - RS: ediPUCRS, 2010. p. 1-214.

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SUBJETIVIDADES DESOBEDIENTES EM BACURAU: AS VEIAS ABERTAS PARA


UMA POLÍTICA DA DIFERENÇA

DA SILVA, Robério Manoel (UNEB)


GARCIA, Paulo César Souza (UNEB)

Resumo: A crítica decolonial tem se revelado, nos últimos anos, a última ratio no combate às
formas de exploração e opressão dos sujeitos subalternos em todo o mundo. Compreendem-se
as subjetividades por um perfil crítico e incisivo com a posição local do eixo sul-sul
hispânico-americano e luso-brasileiro. Os embates aí empreendidos se dão no campo
epistemológico, a exemplo de Adelia Miglievich-Ribeiro (2014), cuja posição sobre a
colonialidade faz face à modernidade que, por muito tempo, se manteve oculta. Também, a
“opção decolonial” por Walter Mignolo (2008) se projeta como uma importante arma no
combate à perpetuação de saberes e discursos que produzem, disciplinam e inferiorizam
sujeitos não-aliados e não-alinhados com o projeto de modernidade/colonialidade. Seguindo
argumentos sobre os referentes críticos, a proposta do estudo é tratar a forma como a
sociopoética de Eduardo Galeano dialoga e se percebe enquanto uma alternativa epistêmica
para a América Latina, ao identificar uma ética, uma política que aflora a diferença e
questiona as produções de subjetividades, os saberes desfeitos na era moderna. Pela
textualidade poética de Galeano, visarei apontar um leque de configurações a respeito de
como a subalternidade está exposta e, em comunicação com o filme Bacurau (2019), de
Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles. Trata de traçar reflexões em torno de como as

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subjetividades não se deixam curvarem e se potencializam em cenas que apresentam o


construto de leitura que dissemina a ação de desarmar poderes e saberes colonizados, sujeitos
e contextos culturais locais que enunciam a desobediência da logicidade do discurso
centralizador. Creio que a crítica decolonial desponta como um importante arsenal de análise
e articulações fecundas para entender os tempos atuais que o filme se posiciona no eixo dessa
representação. É a partir das devidas considerações que irei abordar a compreensão para o
estudo sobre o qual venho investigando.

Palavras-chave: Pensamento Decolonial; Eduardo Galeano; Bacurau; Subjetividades


potentes

REFERÊNCIAS

AGAMBEN, Giorgio. Uma biopolítica menor. Disponível em <http://golosinacanibal.


Blogsport.com/2010/10/uma-biopolitica-menor-entrevista-com-html>. Acesso em 20 out
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SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o subalterno falar? 1. ed. Trad. Sandra Regina Goulart.

___________________________________________________________________________
CORTÁZAR E SEUS MÚLTIPLOS: DESDOBRAMENTOS DO AUTOR
ATRAVÉS DO SEU PERSONAGEM ANDRÉS FAVA

BARRETO, Tissiane (UFBA)

Resumo: Este trabalho é um estudo biobibliográfico sobre o argentino Julio Florencio


Cortázar (1914-1984), intelectual, ficcionista, tradutor, professor, crítico e teórico da
literatura, reconhecido mundialmente a partir da década de 1960. Conhecido contista do
realismo mágico – corrente literária que mescla a realidade e o universo mágico – Cortázar
tem uma vasta produção intelectual que engloba textos críticos, cartas, romances e
manifestos. Entretanto, esta pesquisa centra-se no dimensionamento de Cortázar como um
intelectual múltiplo, revisitando os caminhos por ele percorridos ao longo de sua trajetória
como escritor. Busca-se aqui recolocar Cortázar, um sujeito do século XX, como um autor
que se faz presente na contemporaneidade. Este estudo tem como objetivo investigar a
multiplicidade do autor através de dois romances de sua autoria: Diário de Andrés Fava
(1950) e O livro de Manuel (1973), que têm, mesmo com a distância de 23 anos, como
narrador-personagem um homem latino chamado Andrés Fava que compartilha com o autor
diversos traços biográficos que vão da atuação docente a militâncias políticas. Deste modo,
procura-se entender, por meio das similitudes entre as narrativas, como a pluralidade do
sujeito se manifesta em sua produção ficcional. Para tal, foram considerados ainda os
engajamentos político-sociais e metafísicos de Cortázar materializados em seus personagens
homônimos, bem como alguns acontecimentos biográficos que compõem as narrativas e a
vida do autor.
ARRIGUCCI JR, Davi. O escorpião encalacrado: A poética da destruição em Julio Cortázar.
São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
Palavras-chave: Julio Cortázar. Múltiplo. Literatura hispano-americana. Andrés Fava
CHIAMPI, Irlemar. O realismo maravilhoso: forma e ideologia do romance hispano-
americano. São Paulo: Perspectiva, 2015.
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CORTÁZAR, Julio. O livro de Manuel. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984


CORTÁZAR, Julio. Diário de Andrés Fava. Trad. Mario Pontes. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2016.
HOISEL, Evelina. Teoria, crítica e criação literária: O escritor e seus múltiplos. Rio de
Janeiro:
CORTÁZAR, Civilização
Julio. Obra crítica. Brasileira,
Rio de Janeiro:2019
Civilização Brasileira, 1998.

___________________________________________________________________________

SUBTITLING: APRENDIZAGEM DE LÍNGUA INGLESA A PARTIR DE


PROCESSOS TRADUTÓRIOS DE LEGENDAS
PESSOA, Wesley Vinicius Oliveira dos Santos 2 (UNEB)
CARNEIRO, Bárbara Cristina dos Santos3 (UNEB)

Resumo: Este projeto de pesquisa busca estudar e analisar os processos tradutórios de


legendas como dispositivo de ensino-aprendizagem de língua inglesa por estudantes em
formação do Curso de Licenciatura em Letras, Língua Inglesa e Literaturas da Universidade
do Estado da Bahia (UNEB), Campus II, Alagoinhas. Neste viés, as questões voltadas à
Tradução e Legendas serão teoricamente amparadas pelos pressupostos de Díaz Cintas e
Remael (2014) e Sanches (2017) a pensar a legenda como elemento de troca de signos
linguísticos sócio-cultural e os processos tradutórios que ocasionam a aprendizagem de
língua inglesa; as contribuições de Siqueira (2013) para entendermos a perspectiva
intercultural no ensino de línguas mediante as narrativas e experiências dos professores
durante o ato do processo tradutório das legendas; Mello (2005), contribuindo para melhor
compreendermos o tradutor como produtor de significados da língua fonte para língua alvo
e, sob à luz de Nobre (2013) e Sousa (2018) ao contribuir ao que diz respeito às escolhas
tradutórias e o uso de legendas em aulas de língua estrangeira. Para o auxílio teórico no
campo metodológico na área de tradução, nos amparamos nas contribuições de Pagano
(2001) e Williams e Cherterman (2002), os quais indicam estratégias e características da
pesquisa diretamente relacionada ao campo dos Estudos da Tradução. O objetivo geral desta
pesquisa é investigar e analisar os processos tradutórios na construção de legendas por
estudantes de graduação, sendo os objetivos específicos a promoção de oficinas de
legendagens para os estudantes em gradução; levantamento de dados a partir da narrativa de
experiência dos participantes durante o ato tradutório; e, em seguida, análise e descrição dos
processos tradutórios das legendas produzidas pelos participantes. A metodologia pretendida
é qualitativa e exploratória, uma vez que 6 alunos(as) da UNEB, campus II, participarão, em
um primeiro momento, de oficinas teóricas sobre legendagem e uso de softwares para a
produção de legendas; num segundo momento, os participantes produzirão legendas de
vídeos escolhidos com tema de cunho intercultural, observando suas escolhas e como lidam
com as questões culturais entre as línguas envolvidas, inglês e português; em seguida, uma

2
Graduando do Curso de Licenciatura em Letras, Língua Inglesa e Literaturas, pela Universidade do Estado da
Bahia (UNEB), wesley.pessoa18@gmail.com.
3
Doutora em Língua e Cultura pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), barbara_csc@hotmail.com.

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entrevista será desenvolvida com os participantes a fim de entender o processo tradutório e a


sua relação com a aquisição de uma segunda língua e, também, na formação docente desses
sujeitos. Diante da situação atual de pandemia, causada pela COVID-19, essa pesquisa será
desenvolvida através da plataforma online Microsoft Teams, mantendo o protocolo de
distanciamento social.

Palavras-chave: Legendas; ensino-aprendizagem; processos tradutórios.

REFERÊNCIAS

DÍAZ-CINTAS; J and REMAEL, A. Audiovisual translation: subtitling. 1ed. UK. Routledge.


2014.

MELLO, Giana Maria Gandini Giani de. O Tradutor de Legendas Como Produtor de
Significados. 2005. Monografia (Curso de Linguística Aplicada) - Doutorado, UNICAMP -
Instituto de Estudos da Linguagem, 05/07/2005. Disponível em:
<http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/269219/1/Mello_GianaMariaGandiniGiani
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NOBRE, Naiara Martel. A legendagem no Brasil: interferências linguísticas e culturais


nas escolhas tradutórias e o uso de legendas em aulas de língua estrangeira. Letras
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SIQUEIRA, Domingo Sávio Pimentel; BARROS, Kelly Santos. Por um ensino


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SOUSA, Bill Bob Adonis Arinos Lima e. O uso de filmes legendados no ensino e
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WILLIAM, Jenny; CHESTERMAN, Andrew. The map. A beginner’s guide to doing


research in translation studies. Manchester: St. Jerome publishing, 2002.

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