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HISTÓRIA NA SALA DE
AULA
Carla Beatriz Meinerz
JOGOS E BRINCADEIRAS: O
LÚDICO E O APRENDIZADO
• Para Fortuna (2004), um brinquedo, uma brincadeira, um jogo, é
tanto melhor quanto mais engendra mistério e oportuniza a ação
(física ou mental). Assim, as condições em que é possível brincar são
aquelas em que o indivíduo que brinca é sujeito da brincadeira, e
não mero espectador, passivo, como também é provocado, desafiado.
A rigor, nenhum brinquedo ou jogo pode ser assim designado sem a
ação de quem brinca. Está condenado a ser apenas um objeto
qualquer enquanto não for “jogado”. O que faz um brinquedo ser
brinquedo é a ação de quem brinca
• O que faz um brinquedo ser brinquedo é a ação de quem
brinca.
A BRINCADEIRA ESTARÁ MORRENDO? POR QUE ESTAS CRIANÇAS
NÃO PRIORIZAM O BRINCAR? O QUE OS EDUCADORES TEM A VER
COM ISTO?
• Tais questões exigem reflexão sobre o lugar do brincar na infância contemporânea e o papel
desempenhado pelos adultos - pais, professores, especialistas, etc. -, abrindo caminho a
outras perguntas:
• o que é o brincar?
• Qual a importância do brincar?
• Em que condições é possível brincar?
• Em que condições a atividade lúdica é inviabilizada?
• Para onde vai o brincar quando a infância acaba?
CONCEITO
• Por sua vez brincar, de origem latina, resulta das diversas
formas que assumiu a palavra vinculum, passando por vinclu,
vincru até chegar a vrinco. É assim que do significado inicial
"laço" passa por "adorno, enfeite, jóia que se usa presa na
orelha ou pendente dela" até chegar à ideia de brinquedo e
brincadeira. Na mitologia grega Brincos eram os pequenos
deuses que ficavam voando em torno de Vênus, alegrando-a e
enfeitando-a.
CRIANÇAS XHOSA MOSTRAM O QUE É
UBUNTU: “EU SOU PORQUE NÓS SOMOS”.
UBUNTU, O QUE A ÁFRICA TEM A
NOS ENSINAR?
• Ubuntu é uma palavra existente nas línguas zulu e xhosa, faladas na África do Sul, que exprime um
conceito moral, uma filosofia, um modo de viver que se opõe ao narcisismo e ao individualismo tão comuns
em nossa sociedade capitalista neoliberal. Pode ser uma alternativa ecopolítica para uma convivência
social e planetária pautada pelo altruísmo, fraternidade e colaboração entre os seres humanos.
• Ubuntu exprime a consciência da relação entre o indivíduo e a comunidade. É, ao mesmo tempo, um
conceito moral, uma filosofia e um modo de viver que se opõe ao narcisismo e ao individualismo tão
comuns em nossa sociedade ocidental capitalista. Enquanto a ideia europeia sobre a natureza humana
baseia-se na ideia de liberdade , de que os indivíduos têm o poder da livre escolha, a ideia africana do
ubuntu repousa sobre a ideia da comunidade, de que pessoas dependem de outras pessoas para serem
pessoas. Segundo o espírito de ubuntu, as pessoas não devem levar vantagem pessoal em detrimento do
bem-estar do grupo. Para que uma pessoa seja feliz será preciso que todas do grupo se sintam felizes. Do
ponto de vista político, o conceito de ubuntu é usado para enfatizar a necessidade da união e do consenso
nas tomadas de decisão. É a síntese de um conhecido provérbio xhosa da África do Sul que diz o seguinte:
“Umuntu Ngumuntu Ngabantu“, que significa “Uma pessoa é uma pessoa por causa das outras pessoas“.
• Como provocar encontros na aula de História, de modo que
o gosto e o envolvimento por conteúdos tão distantes no
tempo e no espaço possam permitir a aprendizagem?
• Johan Huizinga, “o jogo não é vida ‘corrente’ nem vida ‘real’. Pelo contrário, trata-se de
uma evasão da vida ‘real’ para uma esfera temporária de atividade com orientação própria”
(2000, p.11), jogar é desobrigar-se das utilidades da sala de aula. Jogar é instalar-se na
passagem, em um intervalo do nosso cotidiano. Estar desobrigado a “estar” e comungar com
um eu que vai sendo outro, numa continuidade que não se mede, nem se estabelece ordem,
nem autor. Jogar consiste mesmo, então, em brincar. Uma brincadeira com o tempo, numa
instalação mesma no que divide passado e futuro.
• Outro elemento a ser pensado é a dinâmica oposta à instabilidade. Se o mundo
exterior espreita intencionado em destruir a ilusão do jogo, essa própria ilusão
permite o surgimento de ordem. O jogo cria ordem, e é ele próprio ordem, em
sentido pleno, e a desobediência a essa ordem corrompe o jogo, retirando
completamente o sentido de sua existência.
• A aula de História é assim compreendida como espaço de interação e
de experimentação, lugar pensado e organizado para a realização de
múltiplas e diferenciadas aprendizagens, em que o jogar é admitido
e valorizado.
• https://www.atividadeseducativas.com.br/index.php?id=11872
• https://labhin.ufsc.br/jogos/
• O anacronismo ou anticronismo consiste basicamente
em utilizar os conceitos e ideias de uma época para
analisar os fatos de outro tempo. Em outras palavras,
o anacronismo é uma forma equivocada onde tentamos
avaliar um determinado tempo histórico à luz de valores
que não pertencem a esse mesmo tempo histórico.
• Nesses jogos teatrais, incluindo a dinâmica da estátua, a
intervenção e a mediação do professor são importantes para
manter o aspecto lúdico, mas também para problematizar os
possíveis anacronismos, maniqueísmos (no caso da dinâmica
de simulação de tribunais isso é recorrente) e simplificações.
Sabemos que os artistas pesquisam para criar personagens.
Essa deve ser também a proposta da apropriação de
dinâmicas de grupo em sala de aula.
NA PROPOSIÇÃO DO JOGO É PRECISO
PLANEJAR FORMA E CONTEÚDO,
DESTACANDO-SE
Estratégias de: