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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM

OBESIDADE E RISCO DE DIABETES TIPO II NA INFÂNCIA EM


TEMPOS DE PANDEMIA DO COVID-19

JOHNATHAN LUCIO LAMEGO DE OLIVEIRA – UP19147613

MANAUS-AM
2022
JOHNATHAN LUCIO LAMEGO DE OLIVEIRA – UP19147613

OBESIDADE E RISCO DE DIABETES TIPO II NA INFÂNCIA EM


TEMPOS DE PANDEMIA DO COVID-19

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso


de Bacharelado em Enfermagem, da Universidade
Paulista – UNIP, como requisito parcial para a obtenção
do título de Enfermeiro.

Orientador (a): Enfª. Msc. Pabloena da Silva Pereira.

MANAUS-AM
2022
CIP - Catalogação na Publicação

Obesidade e risco de diabetes tipo II na infância em tempos de


pandemia do covid-19/Johnathan Lúcio Lamêgo de Oliceira - 2022.44 f.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação)


apresentado ao Instituto de Ciências da Saúde da
Universidade Paulista, Manaus, 2022.Área de Concentração:
Ciências da Saúde. Orientador: Prof. Msc. Pabloena da Silva
Pereira

1. Obesidade. 2. Infantil. 3. Diabetes Tipo II 4. Pandemia. 5. Corona


Vírus. 5. Isolamento Social.

Elaborada pelo Sistema de Geração Automática de Ficha Catalográfica da Universidade Paulista com
os dados fornecidos pelo(a) autor(a).
JOHNATHAN LUCIO LAMEGO DE OLIVEIRA – UP19147613

OBESIDADE E RISCO DE DIABETES TIPO II NA INFÂNCIA EM


TEMPOS DE PANDEMIA DO COVID-19

Aprovado em: 02/12/2022

_______________________________________________
Profª. Orientadora

_______________________________________________
Membros da Banca Examinadora

_______________________________________________
Membros da Banca Examinadora

_______________________________________________
Profº. Suplente

MANAUS – AM
2022

AGRADECIMENTO

Em primeiro lugar, а Deus, qυе fez até aqui me acompanhou, e me ajudou a


concluir todos os meus objetivos.

Aos meus familiares, que me incentivaram nos momentos difíceis e


compreenderam a minha busca por conhecimento durante estes anos de faculdade.

A minha esposa, minha mãe, minha avó e minha amada filha, que estavam ao
meu lado a cada momento durante este caminho.

Aos professores, pelas correções e ensinamentos que me permitiram


apresentar um melhor desempenho no meu processo de formação profissional ao
longo do curso.

À instituição de ensino UNIP AQUI VOCÊ PODE, essencial no meu processo


de formação profissional, pela dedicação, e por tudo o que aprendi ao longo dos
anos do curso.
DEDICATÓRIA

A minha mãe Rosekeury Lamêgo de Oliveira e minha avó Olivete Nunes


Lamêgo, por nunca terem medido esforços para me proporcionar um ensino de
qualidade durante todo o meu período escolar, e me apoiaram e ajudaram durante a
faculdade.

A minha querida esposa Beatriz Ramos Leitão, que esteve do meu lado
durante esses anos, me ajudando e me apoiado em todas as minhas escolhas.

As vítimas fatais desta doença que infelizmente nos deixaram, mas que suas
mortes não sejam em vão, pois nos serviram de ensinamento quanto ao
desenvolvimento social e médico.

A minha orientadora Enfª. Msc. Pabloena da Silva Pereira, que conduziu o


meu trabalho com paciência e dedicação, sempre disponível a compartilhar todo o
seu vasto conhecimento e de forma direta me incentivou a não desistir em nem uma
circunstância.
EPÍGRAFE

“Valar morghulis. Valar dhaeris.”


(George R.R Martin)
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 1
CAPÍTULO I – DESENVOLVIMENTO ALIMENTAR INFANTIL NO CONTEXTO
PANDÊMICO. 4
1.2.1 Fisiopatologia da Obesidade. 5
1.2.2 Etiologia da Obesidade. 6
1.2.3 Fatores de risco da Obesidade. 6
1.1 Fisiopatologia da diabetes tipo II. 9
1.2 Etiologia da Diabetes tipo II 9
1.3 Fatores de risco da Diabetes tipo II 1010
1.3.1 Obesidade infantil. 12
1.4.1 Diabetes tipo II infantil. 15
CAPÍTULO II – PANDEMIA DO NOVO CORONA VÍRUS E O ISOLAMENTO SOCIAL. 17
2.1 A pandemia do novo corona vírus e os indicies de obesidade e diabetes tipo II na
infância. 18
CAPÍTULO III – ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA E A OBESIDADE E DIABETES
TIPO II NA INFANCIA.
3.1 Estratégia de saúde da família no trabalho contra a obesidade infantil. 20
METODOLOGIA 22
RESULTADOS E DISCUSSÃO 23
CONSIDERAÇÕES FINAIS 28
REFERÊNCIAS 30
RESUMO

Na atual realidade que vivemos, um dos males que mais atinge a população
mundial, com certeza são as doenças metabólicas como o diabetes, obesidade e a
hipertensão, por serem multifatoriais são de difícil controle e a atenção da saúde
básica quanto a estas patologias devem ser essenciais. A obesidade vem
crescendo dentro do público mais jovem, e atinge de forma mais severa as
crianças, fatores como a cultura dos alimentos super processados, da falta de
prática de exercícios atua como precursor desta doença, deixando estes indivíduos
vulneráveis a doenças características, como o diabetes tipo II, que antes era
considerada uma doença que atingiam em principal o grupo de indivíduos adultos, e
hoje cresce desenfreadamente no público infanto-juvenil. Diante deste exposto nos
voltamos ao período pandêmico do novo corona vírus, onde houve um demasiado
crescimento do consumo de alimentos de fast food e processados, além do
afastamento da população infanto-juvenil da prática de exercícios pelo isolamento
social. Diante destes exposto, consideramos os elementos da saúde pública e suas
práticas para conter o avanço dos casos de obesidade infantil, dentre elas, destaca-
se a Estratégia de Saúde da Família, por se tratar do programa que trabalha
diretamente no acolhimento da população. Este estudo trata-se de uma revisão
bibliográfica, com coleta de dados realizada em meios eletrônicos, dentre eles,
SCIELO, PUBMED, LILACS. Usando como critério de inclusão as palavras chaves
e data superior ao ano de 2016 que retornaram com 80 resultados, onde 22 foram
descartados pelo critério de exclusão que consistia em desvio de tema. Este estudo
visa a discussão do crescimento dos casos de obesidade infantil durante a
pandemia de COVID-19, seus riscos à saúde, e a ação da Estratégia de Saúde da
Família no que se refere à promoção e prevenção desta patologia durante este
período.

Palavras- chaves: obesidade, infantil, diabetes tipo II, pandemia, corona vírus,
isolamento social.
ABSTRACT

In the current reality that we live, one of the evils that most affects the world
population are certainly metabolic diseases such as diabetes, obesity and
hypertension, because they are multifactorial and are difficult to control and basic
health care as to these diseases should be essential. Obesity is growing among the
younger public, and it affects children more severely, factors such as the culture of
overprocessed foods, lack of exercise acts as a precursor to this disease, leaving
these individuals vulnerable to characteristic diseases such as type II diabetes, which
was once considered a disease that primarily affected the group of adults, and now
grows rampantly in children and adolescents. In view of this, we turn to the pandemic
period of the new coronavirus, where there was an excessive growth in the
consumption of fast food and processed foods, in addition to the removal of the
children's population from the practice of exercises due to social isolation. In view of
these facts, we consider the elements of public health and its practices to contain the
advance of childhood obesity cases, among them, the Family Health Strategy stands
out, because it is the program that works directly in the reception of the population.
This study is a literature review, with data collection carried out in electronic media,
among them SCIELO, PUBMED, LILACS. Using as inclusion criteria the key words
and date greater than the year 2016 that returned with 80 results, where 22 were
discarded by the exclusion criterion that consisted of deviation from the theme. This
study aims to discuss the growth of childhood obesity cases during the COVID-19
pandemic, its health risks, and the action of the Family Health Strategy regarding the
promotion and prevention of this pathology during this period.

Keywords: obesity, childhood, type II diabetes, pandemic, coronavirus, social


isolation.
1

INTRODUÇÃO

No final de 2019, iniciou no mundo uma a pandemia do COVID-19, e por se


tratar de uma patologia sem tratamento eficaz comprovado, a Organização Mundial
de Saúde, adotou como medida na tentativa de frear o crescente número de casos,
o isolamento social.
Evento tão drástico, que mudou o cotidiano de todo o mundo. Pessoas eram
proibidas de deixar suas casas, salvo aqueles com trabalhos essenciais. Essa
medida trouxe em evidência, as características negativas do confinamento, e entre
elas, o sedentarismo é destaque, pois, sua prática atrelada a hábitos alimentares
ruins, trazem a o indivíduo a condição de obesidade, que por sua vez, pode ser a
causa de doenças como a Diabetes tipo II, e com o isolamento social foram criadas
condições perfeitas para o aumento do número de pessoas obesas, e a piora de
pessoas em sobrepeso. Tais circunstâncias tiveram impacto igualmente negativo na
vida das crianças, que por conta do isolamento social, não foram as escolas
(BOTERO et al., 2021).
A obesidade é uma doença crônica, definida como acúmulo excessivo ou
anormal de gordura no corpo (OMS), mesma definição encontrada no NANDA.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), acerca dos dados
divulgados de 2019 pela Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) junto do Ministério da
saúde. Nos anos entre 2002 para 2003 quatro em cada dez brasileiros
apresentavam excesso de peso, atualmente com as últimas informações levantadas,
aponta que agora seis em cada dez brasileiros apresentam excesso de peso.
Nacionalmente é levantado que cerca de 96 milhões de pessoas estão acima do
peso. Através de uma breve análise do IMC é possível a análise do sobrepeso ou
obesidade (ABESO, 2020).
Em relação aos casos de obesidade se observa que a prevalência é de 16,8%
para homens e 24,4% para mulheres. Em relação a ambos os sexos quanto a Idade
avançada (a partir dos 50 anos) há um aumento de fatores de risco à obesidade. A
prática de atividade física no dia a dia e o hábito de assistir mais de 4 horas de
televisão por dia mostraram associações significativas para ambos os sexos
(FERREIRA, 2018).
Na infância, a obesidade tem sua categorização catalogada sob duas
vertentes: a primária, que está ligada a ingestão pura e excessiva de alimentos não
2

saudáveis e a secundária, a pré-existência de alguma doença agente, por exemplo a


diabetes tipo II, dislipidemia e hipertensão (LIMA, 2018).
Na problemática da obesidade, estão atreladas patologias como o diabetes
mellitus tipo II, que é uma síndrome de etiologia múltipla, decorrente da falta de
insulina e\ou da incapacidade insulina exercer adequadamente seus efeitos
caracteriza-se por hiperglicemia com distúrbios do metabolismo dos carboidratos,
lipídeos e proteínas (OMS). O Diabetes é considerado uma doença grave, crônica,
de evolução lenta e progressiva, caracterizada por altas concentrações de glicemia
no sangue, que pode conduzir a complicações que afetam várias partes do corpo,
incluindo o cérebro, olhos, coração, rins e nervos. Dados da Federação Internacional
de Diabetes revelam que o número de pessoas com a doença aumentou em 74
milhões, totalizando 537 milhões de adultos no mundo em 2021. No Brasil, as
estimativas mais recentes somam 16,8 milhões de pessoas com a doença, cerca de
7% da população.
A capital do Amazonas tem mais de 74 mil pessoas diagnosticadas com
diabetes, segundo a Secretaria Municipal de Saúde do Amazonas (SEMSA). Para
chamar atenção para prevenção e tratamento da doença, A campanha Anual de
Controle do Diabetes. Nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Manaus.
O diabetes mellitus representa hoje uma epidemia mundial. No Brasil, o
Ministério da Saúde estima que existam 12,5 milhões de diabéticos, a maioria
destes, nem ao menos te a ciência deste diagnostico (SOCIEDADE BRASILEIRA DE
DIABETES, 2016).
O envelhecimento da população, a urbanização crescente, o sedentarismo, a
alimentação pouco saudável e a obesidade são os grandes fatores. Responsáveis
pelo aumento da prevalência do diabetes. (BRASIL, 2016).
Para TRAVIZANI et al, 2017, o diabetes afeta o organismo do paciente, sem
que ele apresente qualquer sinal ou sintoma alarmante, podendo demorar anos até
ter um diagnóstico quanto a sua patologia.
Neste contexto, podemos discorrer sobre a participação dos elementos de
saúde, na contenção, tratamento e prevenção destas patologias, assim, trazendo a
figura do sistema único de saúde (SUS), em suas obrigações com a sociedade.
Instituído em 1988, o sistema único de saúde (SUS) qual cabe a identificação e
divulgação dos fatores que condicionam e determinam a saúde do Brasil, bem como
a formulação de políticas de saúde, como a promoção de ações dos serviços de
saúde, e prover assistência à população mediante a promoção, proteção e
3

recuperação da saúde.
Desde sua implantação, o SUS busca aprimorar e incrementar a qualidade da
sua assistência. Visando o cumprimento de uma de suas diretrizes, a integralidade,
foi elaborado o Programa De Saúde Da Família (PSF), que atualmente é chamado
de Estratégia De Saúde Da Família (ESF), qual tem como foco, o trabalho com a
família, atuando em caráter preventivo, onde, o trabalho do enfermeiro ganha
relevância como primordial para o desempenho do programa (ALMEIDA. 2019).
O modo de operação da ESF é a visitação in loco, atenção, assistência e a
visita domiciliar, trabalhando com equipe multidisciplinar. A atuação da saúde, em
sua totalidade, não foi afetada pelo isolamento social, pelo contrário, foi o momento
em que toda a estrutura do SUS foi utilizada em sua máxima.
4

OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL
Conceituar sobre as características patológicas da obesidade e de Diabetes
mellitus tipo II, o período pandêmico do COVID-19 e o desenvolvimento infantil.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
● Analisar os dados epidemiológicos sobre a crescente dos casos de obesidade
na infância no período do COVID-19;
● Confirmar o uso de protocolos de prevenção da obesidade na infância dentro
da Estratégia de Saúde da Família (ESF);
● Proporcionar informação quanto a relevância da ESF, no que se trata da
obesidade infantil, com foco no período da pandemia mundial do COVID-19
5

REFERENCIAL TEÓRICO

CAPÍTULO I – DESENVOLVIMENTO ALIMENTAR INFANTIL NO CONTEXTO


PANDÊMICO

O desenvolvimento infantil, é de responsabilidade de seus familiares, em


principal, no que se refere a sua alimentação, a criança é condicionada a aceitar, o
que lhe é ofertado, criando assim, sua rotina alimentar, conforme quantidade,
qualidade e os horários estabelecidos pela sua família. Em fase escolar, a criança
inicia o processo de preferência alimentar, à medida que é exposta a rotinas
diferentes das quais foram introduzidas em sua casa (LINHARES et al., 2016).
Fatores culturais e econômicos, podem e vão influenciar no desenvolvimento
da criança, bem como nas suas disposições alimentares, como pode ser observado
durante o isolamento social, na pandemia do COVID-19, onde pode ser observado
um aumento do consumo de alimentos de fast food e processados, segundo o
Ministério da Saúde do Brasil (MSB., 2021).

A suspensão de programas escolares assim como as atividades esportivas,


a nova rotina adotada por crianças e adolescentes implicou nas mudanças
de sono, lazer, saúde física e mental e no comportamento alimentar, uma
vez que a criança passou a ter acesso a alimentos à disposição e sem
horários regulares (Di Renzo et al., 2020). Os alimentos disponíveis em casa
muitas vezes passaram a servir de conforto e companhia sendo os do tipo
ultra processados (associados a altos teores de gordura + açúcar ou
gordura + sal), apresentam aceitação e consumo exagerado além de baixa
demanda mastigatória e embalagens práticas e sedutoras, que favorecem o
consumo a qualquer hora e local (Finkelstein- Fox et al., 2020; Ulrich - Lai et
al., 2015) (SANTOS et al., 2021).

Práticas de exercícios, é um outro exemplo de como a influência cultural,


familiar e econômica podem mudar a rotina da criança, seu desenvolvimento antes
da fase da adolescência, é tudo imposto e regrado pelo ambiente em que vive, sua
família, sua situação econômica e sua cultura (FREIRE., 2016)
6

1.1 Fisiopatologia da Obesidade

A obesidade é uma patologia, que se relaciona com o desequilíbrio do aporte


de energia e o gasto de energia. Ao se abordar sobre essa doença que atinge
grande parte da população, é importante entender que essa equação energética é
básica. Porém, ao discorrer sobre as calorias, se percebe que nem todas as calorias
são análogas quando se evidencia para além da parte energética (KISHORE,et al.
2018).
A obesidade, tem como principais causas a alimentação inadequada com
relação a grande quantidade de açúcares e carboidratos em excesso, o pouco
consumo de frutas e o sedentarismo, dessa forma facilitando o acúmulo de gordura.
Assim, é importante com medidas simples como uma atividade física abrandada e
uma alimentação balanceada, pode-se reduzir drasticamente o excesso de gordura
corporal (SHOLER, et al. 2016).

As áreas da saúde como um todo, nos últimos anos, têm se deparado com
um aumento da prevalência da obesidade tanto em adultos como em
crianças e em adolescentes. Por suas altas taxas de associações com
outras doenças, seus Prejuízos para o corpo e dificuldades de intervenções,
a obesidade tornou-se um agravante problema nutricional e social para a
rede de saúde, pois há um acometimento nos âmbitos sociais, profissionais,
psíquicos e físicos que podem comprometer a vida do indivíduo. A
obesidade infantil especificamente se apresenta como um desafio para as
diversas camadas relacionadas ao problema e é considerada hoje, no
Brasil, uma epidemia” {...} (Freitas., 2017).

A obesidade também possui fatores genéticos, os quais por meio de um


processo de rastreamento genético, também se pode indicar quais filhos com pais
obesos terão um maior risco de se tornarem também obesos. O fator hereditário não
pode ser visto como principal influenciador da obesidade, visto que pais e filhos,
além da semelhança dos genes, costumam também compartilhar hábitos
semelhantes de alimentação e de atividade física (TEXEIRA, et al. 2016).

1.1.2 Etiologia da Obesidade.


O processo de evolução da tecnologia na sociedade atual, fez com que o
indivíduo reduzisse seu nível de atividades físicas, causando uma reserva maior de
energia, no qual se contribui para a prevalecia da obesidade na população do
mundo. A etiologia visa abordar as casualidades envolvidas além dos campos
sociais, mas abordando a parte genética, a obesidade quando não tratada, pode
acarretar consequências não só fisiológicas, mas também psicológicas e sociais
7

(BARCELA, et al 2022).
A etiologia é importante estudo a respeito de uma patologia, significa analisar
como causalidade variáveis biológicas, genéticas, ambientais, sociais, econômicas,
culturais e psicológicas, em múltiplos fatores que decorrem desde o comportamento
até a chamada psicologia dinâmica ou profunda. A etiologia da obesidade se
encontra ramificada em duas partes, que é a obesidade Endógena no qual discorre
sobre os fatores causais internos e obesidade Exógena, que aborda os fatores
causais externos (SANTOS, et al 2016).
A obesidade pode estar adjunta a síndromes genéticas ou modificações
endócrinas metabólicas, assinalado por um estado inflamatório crônico e
acumulação excessiva de gordura no corpo. No qual se destaca o crescimento de
massa gorda corporal, que resulta em uma ausência de equilíbrio energético entre
as calorias usadas e as calorias gastas. Este abuso proporciona um padrão
nutricional com descomunal consumo calórico, com mínimo consumo energético no
dia a dia do indivíduo (BAILICH , et al 2022).

1.1.3 Fatores de risco da Obesidade.


A obesidade é um problema de saúde mundial, que aflige não apenas o
crescimento e o desenvolvimento físico, mas também em questões sociais. O
processo alimentar das crianças e adolescentes, está encravado em uma influência
mútua, complexa, com seu meio cultural, e os hábitos alimentares no qual se forma
uma rotina de longa duração. Outro fator é o ambiental, que está relacionado à
permissividade parental na escolha e no gosto pelos alimentos por parte dos
adolescentes. (NEVES, et al. 2021)
O sedentarismo é um fator agravante para adquirir a obesidade, sendo um
dos principais fatores de risco, visto que até mesmo uma simples caminhada pode
impactar de forma positiva na vida de um indivíduo com excesso de peso ou
obesidade, contudo o indivíduo pode se deparar com certas adversidades, como a
falta de apoio por parte das pessoas do convívio social e pessoal. Deve ser
reforçado que a prática de exercícios físicos é uma das medidas mais
recomendadas para a perda de peso (PORTO, et al. 2019).
A prática de exercícios físicos é a primeira forma de prevenção desta
categoria de obesidade, seguida pela alimentação saudável, são fatores que aliados
produzem melhora importante neste estado (PORTO, et al. 2019).
8

Imagem 1 - patologias associadas à obesidade

Fonte: https://sp.unifest.br/epm/noticias/diamundial-obesidade

1.2 Fisiopatologia da diabetes tipo II


A diabetes é uma patologia que tem relação com a obesidade, sendo um
problema de saúde pública que afeta não apenas o crescimento e o
desenvolvimento, mas também acarreta outras doenças adjacentes. Intervém
também em questões sociais e em vivências de situações cotidianas. a obesidade e
a diabetes está associada a fatores pré-existentes que colaboram para o surgimento,
sendo eles principalmente biológicos, sociais e nutricionais. Em geral, cada um deles
tem um impacto diferenciado de acordo com as circunstâncias, mas atuam de forma
inter-relacionada e complexa. (NEVES, et al. 2021).
A diabetes é uma patologia que tem como característica a presença de
hiperglicemia em indivíduos cuja excreção de insulina está sendo prejudicada
diretamente, sendo analisada de origem autoimune devido à produção errada de
anticorpos que agridem as células beta-pancreáticas, provocando então a
aniquilamento parcial ou total dessas células. Geralmente a diabetes é detectado
quando há destruição tem uma porcentagem maior que 80% das células.
Consequentemente, determinados tecidos se tornam incapazes de captar glicose de
forma eficiente, assim, esta molécula tende a se acumular na circulação sanguínea,
gerando a chamada hiperglicemia crônica (COSTA, et al. 2021).
9

1.2.1 Etiologia da Diabetes tipo II


A maioria das complicações advindas do DM é vista em pessoas que, por
algum motivo, desconheciam que possuíam a doença e, por isso, não a tratavam
corretamente, no entanto, a maneira como os indivíduos diabéticos, cientes da sua
doença, procuram basear seu estilo de vida, pode influenciar diretamente no
aparecimento de complicações graves ligadas à hiperglicemia. Fatores como
sedentarismo, alimentação desregulada e a forma de controle individual da glicemia
podem ser determinantes no surgimento de complicações agudas (COSTA, et al.
2021).
O sedentarismo vem sendo fortemente relacionado ao excesso de peso e ao
aumento das taxas de mortalidade por todas as causas, devido aos hábitos
inadequados como redução do número de refeições e a não realização do café da
manhã, sendo um dos fatores que se pode atribuir a diabetes. Entre os fatores
associados à dieta que mais contribuem para o aumento das taxas de sobrepeso e
obesidade infantil entre os brasileiros estão a alimentação fora do lar, o aumento da
oferta de refeições rápidas e o consumo de alimentos processados e industrializados
(CRIPPA, et al. 2021).

1.2.3 Fatores de risco da Diabetes tipo II


O diabetes está associado ao aumento da mortalidade devido ao alto risco de
complicações agudas e crônicas. As complicações crônicas podem ser decorrentes
de modificações na microcirculação, causando retinopatia e nefropatia, e na
microcirculação leva a cardiopatia isquêmica, doenças cerebrovasculares e doença
vascular periférica, ainda a neuropáticas. Outros problemas adversos, podem
desencadear infecções do trato geniturinário, tuberculose, hanseníase, às quais
estão relacionadas à disfunção do sistema imunitário (Rocha, et al. 2021).
A alta prevalência de comorbidade e complicações advindas do DM2 as
implementações de ações voltadas à educação em saúde e intervenção terapêutica,
no aspecto de aperfeiçoar as condições de saúde dos pacientes torna cogente que
os profissionais de saúde atuam para o controle e redução das complicações. Estes
são extraordinários na criação de estratégias e ações que reparam os cuidados e
mudanças de comportamentos, com o intuito de fortalecer a relação de respeito,
confiança e segurança paciente e dos profissionais bem como, contribuindo com o
seu conhecimento científico e experiência resultando na diminuição de complicações
10

indesejadas aos pacientes com DM 2 (COSTA, et al. 2020)

Imagem 2 - Esquema do diabetes tipo II

Fonte: sobrepeso.com.br, 2020

1.3.1 Obesidade infantil.

A obesidade infantil já atinge cerca de 30% das crianças pelo mundo, um


dos principais fatores decorrentes da obesidade infantil, está relacionado ao
sedentarismo e aos hábitos inadequados da alimentação, não consumindo produtos
caseiros e consequentemente consumindo produtos processados e alta ingestão de
açúcar (ALMEIDA., 2018)
Em relação ao Brasil, foram levantados dados muito preocupantes, no qual
se é pautado sobre a obesidade infantil, pois a probabilidade de contrair
complicações na sua fase adulta, pode ser expandida. Na infância, a obesidade tem
sua categorização catalogada sob duas vertentes: a primária, que está ligada a
ingestão puro e excessivo de alimentos não saudáveis e a secundária, a pré-
existência de alguma doença agente, por exemplo a diabetes tipo II, dislipidemia e
hipertensão. (LIMA, 2018).
11

O fato sobre sobrepeso e obesidade (excesso de peso) tem aumentado nas


últimas décadas entre crianças e adolescentes de diversas regiões do mundo. Os
danos à saúde que o excesso de peso proporciona ao indivíduo, aumentam a
importância do diagnóstico em jovens, assim como reforça a necessidade de se
dispor de recursos válidos e acessíveis para avaliar o estado nutricional durante a
infância e a adolescência. (DUMITH, 2018).
A seleção de alimentos é parte de um sistema comportamental complexo
que na criança é determinado primeiro pelos pais Diante de tantas evidências é
poder compreender e pensar sobre o tema, para que seja possível obter formas
mais assertivas de combater e intervir na questão da obesidade, além da
prevenção. (FRONTZEK et al, 2022).
No Brasil, as publicações de Registros do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística revelaram que 1/3 das crianças com idade entre 5 e 9 anos estão acima
do peso: Já para o índice de sobrepeso nas idades entre 5 a 10 anos, foram
identificadas 16,3% das crianças; e com obesidade foram diagnosticadas 9,38%
com obesidade; e com obesidade grave 5,22%. (SILVA 2019).

Determinou-se que a obesidade infantil configura fator de risco para


doenças cardiovasculares, disfunções metabólicas e dislipidemia tanto na
infância quando nas demais fases da vida. Crianças obesas apresentam
dificuldades motoras com maior frequência, quando comparadas às
eutróficas. Determinou-se uma maior probabilidade de desenvolvimento de
alterações e distúrbios alimentares, que se desenvolverão sobretudo na
pré-adolescência e adolescência, em consequência da preocupação com o
peso, desejo de tornar-se mais magro e tentativas de perder peso.” {...}
(Jardim et al. 2017).

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (2020), o período de


quarentena, que foi estabelecido por motivo da pandemia da COVID-19 teve
impacto negativo em relação à obesidade, pois restringiu a manutenção das
atividades presenciais, predispondo ao sedentarismo, agravado pelo
distanciamento social e proibição de frequentar academias, parques e áreas de
lazer. Ao demasiado consumo de alimentos enlatados e processados, ao invés de
consumo de alimentos frescos que requerem idas mais frequentes ao mercado.
A obesidade infantil é estritamente reconhecida e debatida como uma
questão de saúde pública de relevância em todo o mundo, sendo uma das doenças
mais recorrentes na sociedade. Na América Latina, o índice dos casos de
obesidade sempre altos, evidenciando as taxas de sobrepeso e obesidade
observado nas últimas três décadas. Os últimos dados estimam que entre 42,4 e
12

51,8 milhões de crianças e adolescentes, estão acima do peso ou em situação de


obesidade, o que concebe 20-25% da população total de crianças e adolescentes
na região. (GOLKE., 2016).
De acordo com DAHMER (2021) É importante se pontuar alguns problemas
que tem a possibilidade de acontecer com a obesidade em longo prazo, tendo
como consequências no crescimento, puberdade precoce, onde nas crianças é
cada vez mais perceptível, tendo relação no uso de medicações para controlar essa
fase hormonal, sendo o sexo feminino mais afetado.  Além do mais, se desenvolve
outros problemas que se ramificam e atingem outros sistemas como,
cardiovascular, respiratório, metabólicos, ortopédicos, dermatológicos, dentre
outros que são afetados.
Nos últimos anos, o quadro de obesidade não somente em adultos, mas
também na população infantil, teve seu crescimento comprovado em vários países
do Globo. Em relação ao Brasil, foram levantados dados muito preocupantes, no
qual se é pautado sobre a obesidade infantil, pois a probabilidade de contrair
complicações na sua fase adulta, pode ser expandida. Na infância, a obesidade tem
sua categorização catalogada sob duas vertentes: a primária, que está ligada a
ingestão puro e excessivo de alimentos não saudáveis e a secundária, a pré-
existência de alguma doença agente, por exemplo a diabetes tipo II, dislipidemia e
hipertensão. (LIMA., 2018).
O fato sobre sobrepeso e obesidade (excesso de peso) tem aumentado nas
últimas décadas entre crianças e adolescentes de diversas regiões do mundo, em
relação a obesidade infantil se tem por base que está associada à possibilidade de
suas modificações ao longo da vida de qualquer indivíduo, acrescentando a
morbimortalidade principalmente na fase adulta, por conta do acúmulo abrasador
de gordura corporal, tendo como implicações problemas nos sistemas
cardiovasculares, respiratórios, endocrinológicos, psicossociais, dentre outros
(LOPES et al., 2017).
De acordo com Brasil Saúde (2018), as crianças têm sido acometidas de
práticas negativas em relação a alimentação, isto vêm ascendendo em ambientes
que não possuem esse discernimento e colaboram para que ocorra o excesso de
peso, estimulados pela globalização e urbanização, apresentação ao ambiente
deletério que acertam em todos os grupos socioeconômicos. A acessibilidade com
que se deparam com alimentos e bebidas pouco saudáveis no mercado é um ponto
importante para o a crescente do número de crianças com sobrepeso e obesidade,
13

de maneira especial nos países em desenvolvimento.


Com relação as indústrias de alimentos, é valido ressaltar sua parcialidade
de responsabilidade, pela modificação radical que se atuou na alimentação na
última década, tendo investimento de alimentos ultra processados. A decorrência é
que acendeu de forma extrema o número de pessoas obesas nos últimos anos. O
mercado de alimentos industrializados tanto nas próprias residências quanto na
escola deve ser ter uma ação de conscientização da saúde da criança,
considerando que a presença de vendedores desses gêneros pode ser um fator
que colabora de forma negativa nas práticas alimentares saudáveis dessas
crianças (HENRIQUES et al., 2017).
É abordado que os estilos de vida das pessoas estão mais acelerados, e
com menos tempo para preparar comidas caseiras saudáveis, portanto estão
optando por alimentos industrializados, congelados, enlatados pela facilidade de
preparo, e os meios de comunicação incentivam muito a população a fazer o uso
destes tipos de alimentos. (TEIXEIRA et al., 2017).
Em relação aos fatores associados a obesidade, pode se pontuar que são
desconhecidos e distintos. Devido aos hábitos alimentares e a falta de práticas de
exercícios físicos na infância e na adolescência tendem levar consequências na
vida adulta. Portanto é de extrema relevância a assimilação das práticas não
saudáveis e seus pretextos para que ações políticas e programas de saúde sejam
praticados apontando um controle das patologias na vida adulta (GIUGLIANO et al,
2017).

1.4.1 Diabetes tipo II infantil.


Exista uma crença, há pouco tempo, que o diabetes mellitus tipo 2, era uma
patologia, que atingia apenas adultos, relacionada a fatores como a má alimentação,
a obesidade e o sedentarismo, os casos em crianças eram atribuídos a herança
genética. Mas pode se perceber que atualmente essa doença não é exclusiva dos
adultos, pois tem-se verificado um aumento de sua incidência em crianças,
principalmente em relação àquelas que tenham demonstrado problemas da
obesidade, diabetes mellitus tipo II tanto na infância quanto na adolescência, é
semelhante ao que acomete adultos, tanto na questão da resistência à insulina,
quanto em alterações nas células pancreáticas (BERTONHI et al., 2018).
Fatores como excesso de peso, são percussores de uma maior resistência à
insulina em crianças, e em indivíduos com histórico da doença na família, sugerindo
14

assim, que como em adultos, a diabetes em crianças, está associada a distúrbios do


peso (SILVA et al., 2018)
O cuidado é de total responsabilidade dos pais ou da família que a criança
pertence, até que o mesmo passe a ter o domino do autocuidado. O constante
aprendizado é imprescindível para que o mesmo tenha conhecimento sobre a
doença e que entenda os limites que lhe são impostos, até que o mesmo comece a
compreender e aceitar a sua condição, o acompanhamento de uma equipe
multiprofissional de saúde é de grande necessidade para que assumam os cuidados
até a fase do autocuidado. É importante a participação da família e é essencial em
cada etapa para que possam avançar e assim ter o controle da doença. As
dificuldades dos cuidados da criança com diabetes, pode ser percussora de conflitos
familiares, mas existe uma necessidade de que os indivíduos compreendam as
adaptações que ocorrem na rotina e que estas mudanças visam uma melhora na
qualidade de vida do indivíduo portador da diabetes tipo II (FRAGOSO et al., 2019;
VENANCIO et al., 2017).
A presença da família ajuda a busca de recursos para o efetivo tratamento da
doença, dessa forma, se desenvolve o espaço que é necessário para o cuidado com
a saúde psicológica dos envolvidos, efetuando a assistência dada pela equipe de
profissionais capacitados para orientá-los, dessa forma a criança abre mais espaço
para a aceitação das diferentes fases e, a etapa da negação não ganha espaço
quando a criança diagnosticada com DM se sente segura. A administração das fases
até a completa aceitação da doença é um processo que causa dor e é
excepcionalmente singular entre as famílias (DOMENICO & MENDES-CASTILLO,
2017; VARGAS et al., 2020)
A resistência à insulina é um dos sinais que evidenciam o surgimento de
diabetes tipo II, e está frequentemente associada a indivíduos obesos, sedentarismo
e os estilo de vida está ligado a obesidade na infância, relacionando a prática de
exercícios a evolução da obesidade neste período (KOLCHRAIBER et al., 2018).
15

CAPÍTULO II – PANDEMIA DO NOVO CORONAVÍRUS E O ISOLAMENTO


SOCIAL

O Covid-19 (SARS-CoV-2) foi mais um grande marco na história do mundo,


que de maneira direta e indireta mudou para sempre a vida de milhões de pessoas.
A epidemia teve início na cidade de Wuhan, na China, em dezembro de 2019, mas
rapidamente se espalhou para o mundo. Dentre as teorias levantadas para a causa
provável desta doença podemos destacar o contato entre um ser humano e um
animal infectado e um acidente em um laboratório na China. O Brasil teve seu
primeiro caso confirmado no dia 25 de fevereiro de 2019, um homem de 61 anos de
São Paulo, que tinha retornado ao país após uma viagem à Itália, o Brasil também
registrou sua primeira morte devido à doença, um homem de 62 anos no estado de
São Paulo, no dia 12 de março (MINISTÉRIO DA SAÚDE., 2022).
Por se tratar de uma nova patologia, tratamento eficaz e maneiras de frear o
constante crescimento da curva de contaminação eram desconhecidos, fazendo com
que países de todo o mundo, recomendados pela Organização Mundial de Saúde
(OMS), aplicassem restrição de contato humano, através da quarentena, confinando
em suas casas a população, e em primeiro tempo, liberando os indivíduos que
tinham seu trabalho caracterizado como essencial. Esse protocolo trouxe inúmeras
novas realidades para a população em geral, em relação a convivência, vivência,
praticas alimentares, laser, socialização e sobretudo a presença da tecnologia e
suas implicações na vida das pessoas.
A descoberta de um novo coronavírus na China no final de 2019,
reconhecida como pandemia pela Organização Mundial da Saúde já no
início de 2020, modificou a estrutura econômica e social mundial em
dimensões até então jamais vistas na humanidade. Devido a sua acentuada
taxa de transmissão e à inexistência de vacinas e tratamentos efetivos, os
primeiros países afetados, diante do avanço rápido da epidemia, se viram
obrigados a tomar medidas de isolamento social. Tais medidas tiveram
amplitudes diferentes, com resultados e consequências bastante distintos,
abrindo uma grande discussão entre as possíveis modalidades de
isolamento social (SCHUCHMANN et al., 2020)

A quarentena, aqui chamada de isolamento social, afetou também academia,


parques e locais abertos para prática de exercícios, atrelando uma diminuição da
prática de atividades físicas e o aumento no número de pessoas sedentárias
(BOTERO et al., 2021).
16

2.1 A pandemia do COVID-19 e os indicies de obesidade e diabetes tipo II na


infância.

A pandemia do COVID-19 impactou de diversas formas a vida das pessoas.


As condições socioeconômicas dos países, a saúde das pessoas além das
estruturas da saúde. Neste contexto, as crianças podem ser consideradas com
maior vulnerabilidade a mudanças ocorridas em decorrência desta pandemia, a
Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP., 2021) em publicação oficial, informou que
além do adoecimento físico, as crianças tiveram complicações ou alterações em seu
estado emocional, e as medidas de contenção da propagação do vírus, que levaram
ao fechamento de escolas e ao isolamento social, contribuíram para as mudanças
de hábitos alimentares, com o aumento de peso e o sedentarismo, o que pode ter
favorecido o aumento dos casos de obesidade infantil, e por consequência o maior
risco de doenças cardíacas e síndromes metabólicas como a diabetes tipo II.
Mundialmente o número de criança atingidas pelo fechamento das escolas,
que fez com que o ensino fosse totalmente virtual, chega a 1,5 bilhões de indivíduos.
Impacto negativo no que se refere as boas práticas que visam a melhor qualidade de
saúde do aluno, como atividades físicas, alimentações balanceadas, a redução no
tempo frente a telas, sedentarismo, práticas que contribuem para a diminuição do
ganho excessivo de peso, desta forma, a falta desta estrutura, implica
negativamente nos comportamentos percussores de casos de obesidade
(BURKART et al., 2022).
Diversos estudos diferentes pelo mundo resultaram em evidências que
demonstram que o isolamento social e o fechamento de escolas acarretaram no
aumento da ingestão alimentar em crianças, associado a menos práticas de
exercício e uma rotina mais sedentária, que levou consequentemente ao ganho de
peso destas. Na China foi possível observar um aumento do IMC em crianças,
caracterizando-as como obesas, na palestina foi possível observar em pesquisa, que
41% das crianças que tiveram aumento de peso, tiveram um aumento correlativo na
ingestão excessiva de frituras, bebidas açucaradas e doces, e na Polônia observou-
se alterações alimentares durante o período pandêmico que consistia na diminuição
no consumo de alimentos ditos saudáveis e a ingestão de alimentos processados
(OLIVEIRA et al., 2022)
Em 2019, 38,2 milhões de crianças menores de 5 anos estavam acima do
17

peso ou obesas segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) já no ano de


2020, teve um aumento chegando a 39 milhões em 2020. No Brasil, dados extraídos
do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) com registros feitos no
período de janeiro a dezembro de 2020 em crianças acompanhadas pelo serviço
básico de saúde, entre 5 e 10 anos, 15,9% apresentavam excesso de peso, 9,5%
apresentavam obesidade e 6,3% obesidade grave (BRASIL.,2020).
No ano de 2021 a ABESO informou que cerca de 18% das crianças com
idade entre 5 e 12 anos estavam em sobrepeso e 8% em obesidade.
Em estudo feito pela Medscape nos EUA, indica que durante o período
pandêmico, houve um aumento do número de internações por diabetes tipo II, em
pacientes jovens e em crianças, mesmo que o aumento seja moderado, pode ser
considerado indicador do que estar por vir, já que os resultados a longo prazo
podem ser mais catastróficos. E com o expressivo aumento da obesidade entre
crianças de 5 a 10 anos, podemos esperar um salto nos números de caso de
diabetes tipo II, vez que a obesidade é um dos fatores que conduzem à evolução
deste quadro (BARRETT et al.,2022).
As pesquisas apontam que quanto mais cedo o indivíduo apresenta o
excesso de peso e permanece nessa condição, mais riscos têm de
desenvolvimento de morbidades e outras doenças relacionadas,
influenciando diretamente na qualidade de vida e no perfil de
morbimortalidade a curto, médio e longo prazo. Dessa forma, uma criança
obesa possui predisposição à obesidade adulta e demais doenças crônicas
associadas. Estão propensas a desenvolverem hipertensão arterial,
intolerância à glicose, aumento do colesterol, com reflexos na autoestima e
nas relações sociais e escolares (OLIVEIRA et al., 2022).

Crianças com obesidade geralmente tem tendência de apresentar resistência


a insulina, assim também como o hiperinsulinismo que impacta de forma agressiva
na saúde da mesma, durante o processo de ganho excessivo de peso, se o
indivíduo não reverte a sua situação os problemas podem aumentar e se tornarem
definitivos, como a diabetes tipo II, doença metabólica não contagiosa que é de certa
forma associada a obesidade (WEIHE et al., 2019).
18

CAPÍTULO III – ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA E A OBESIDADE NA


INFÂNCIA.

A estratégia de saúde da família, é um programa de grande adesão pela


população brasileira, é possível constatar que mais da metade da população
brasileira faz parte do programa, em principal as de comunidades carentes (MALTA
et al. 2016).
Compõe a equipe de Saúde da Família segundo a Política Nacional de
Atenção Básica (PNAB), médico, é preferível que o mesmo tenha a especialidade
Medicina de Família e Comunidade, enfermeiro, de preferência que possua
especialidade em Saúde da Família, auxiliar e/ou técnico de enfermagem e agente
comunitário de saúde, poderá fazer parte da equipe o agente de combate às
endemias e os profissionais de Saúde Bucal. Uma das principais políticas públicas
de atenção básica é de fato a estratégia de saúde da família, qual tem como prática,
a atenção e a visitação domiciliar, o que melhora a qualidade dos atendimentos
prestados (SANTOS et al., 2016)
Durante a consulta de enfermagem para poder detectar precocemente o
sobrepeso ou obesidade, o desenvolvimento físico, psicossocial da criança devem
está presentes, transcendendo a mera questão do corpo físico, impactando na vida
social do mesmo, levando em consideração o constante crescimento das práticas de
preconceito sofrido por elas, essas crianças não possuem amigos e tem menos afeto
dos pais e o pior desempenho escolar (FERREIRA et al., 2020).
A ESF atua como forma preventiva no tocante a obesidade na infância dentro
de escolas com o programa Saúde na Escola, orientando, fazendo palestras e
incentivando o consumo regular de alimentos saudáveis, e a prática de exercícios,
esse trabalho é de grande importância para com crianças em idade escolar, pois faz
com que não seja necessário a ida do mesmo até uma unidade de saúde
(VICTORINO et al., 2020).
SILVA 2019., expõe em seu trabalho, que a ESF não trata como prioridade a
obesidade em crianças, demonstrando a falta de preparo e sensibilidade dos
profissionais deste programa, destacando a falta de um protocolo e abordagem
correta dos profissionais quando se deparam com um caso deste, levando em
consideração que o trabalho da ESF é primordial para a saúde em geral, e no
cuidado com a população.
19

Para que fosse efetivamente organizado a assistência às pessoas com


hipertensão e diabetes mellitus, o ministério da saúde, lançou em 2001, o HiperDia,
sistema que cadastra e monitora a população com estas patologias, de forma a
garantir a eficiente distribuição de medicamentos e a correta atenção a este público.
Dentro da ESF o atendimento é multiprofissional e interdisciplinar, cada profissional
tem a sua avaliação do usuário, para que posteriormente seja feita uma avaliação
conjunta tornando esta, uma atenção integrada à saúde. Este contexto, demonstra
que a ESF por meio do HiperDia tem um papel fundamental, no que se refere a
prevenção e contenção de agravos destas patologias, impedindo complicações a
vida cotidiana do usuário, e que o mesmo não necessite de hospitalização (SANTOS
et al;, 2018).

3.1 Estratégia de saúde da família no trabalho contra a obesidade infantil.


A estratégia de saúde da família, tem abrangência nacional, no que se trata a
prevenção da obesidade infantil, foi possível observar que são locais, de diferentes
métodos, e cada cidade aborda uma proposta variada, sendo na maioria dos casos
inciativa do Enfermeiro ou do formando em enfermagem o desenvolvimento destes
projetos.
FAKUDA., 2021, desenvolveu na cidade de Mauá-SP um projeto com a ESF
que visava propor atividades multiprofissionais de prevenção da obesidade infantil,
trabalhando junto com as mães, para expor formas de manter hábitos alimentares, a
conscientização sobre a doença obesidade e promoção a atividades físicas no
cotidiano da criança.
MELO., 2018, em seu projeto de combate a obesidade infantil na cidade de
Formoso-BA, levantava o perfil das crianças em obesidade, promovia eventos com
palestras sobre a educação alimentar e a importância do consumo de alimentos
saudáveis, gincanas para práticas de exercícios e encaminhamento dos
participantes para os profissionais da saúde especializados.
SILVA., 2021, explana a importância da conscientização dos profissionais de
saúde que fazem parte da ESF no que se refere a obesidade infantil, e estabelece
em seu projeto reuniões para a capacitação destes profissionais, visitas busca ativas
da população infantil obesa, e acompanhamento destes e com insto obter uma visão
diferenciada sobre os novos casos que poderão ser encontrados.
MARTIN., 2021 aponta a importância de uma proposta de redução dos
índices de obesidade infantil na UBS da zona leste da cidade de São Paulo-SP,
20

identificando a prevalência destes casos em crianças de 1 a 14 anos, fatores sócio


familiares mais presentes em famílias com infantes obesos e estabelecer possíveis
relações de fatores de riscos com a obesidade infantil, anulando esses fatores para
que se possa prevenir esta patologia.
OLIVEIRA., 2016 manifesta em seu projeto estabelecido na cidade Nova
Iguaçu-RJ como o trabalho conjunto da ESF e as escolas é de grande importância
para atingir melhores resultados no tocante a obesidade infantil, onde foi possível
identificar comportamentos alimentares relacionados a obesidade infantil,
caracterizar situações socioeconômicas e suas relações com a obesidade infantil, e
intervir juntos aos pais dos alunos quanto a promoção a saúde, alimentação
saudável e a pratica de exercícios físicos
Em 2021 o ministério da saúde do Brasil lançou um projeto de atenção e
prevenção da obesidade infantil, denominado PROTEJA, que visa a intervenção
dentro da ação primaria contra o avanço da obesidade infantil, levando também em
consideração os eventos que ocorreram durante a pandemia, como o isolamento
social, que tem como objetivo a promoção da alimentação saudável, a criação de
ambientes de práticas de esportes nas cidades, divulgação de informação sobre a
obesidade infantil dentro das escolas, campanhas de comunicação de saúde e a
formação da equipe técnica da atenção básica de saúde quanto aos protocolos de
acolhimento da criança em situação de obesidade. (MINISTERIO DA SAUDE., 2021)
21

METODOLOGIA

Pesquisa de revisão bibliográfica, do tipo sistemática, método científico para


busca e análise de artigos de uma determinada área da ciência. É amplamente
utilizada em pesquisas na medicina, psicologia e ciências sociais, onde há grandes
massas de dados e fontes de informações.
Consistiu em pesquisas de artigos científicos em sites especializados, como
nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Literatura Latino Americana
e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs), Scientific Eletronic Library Online
(Scielo), PubMed, acervos de universidades, dentre outros, publicados entre os
anos de 2016 a 2022.
foram coletados 80 artigos, dentre estes 22 foram descartados, os critérios
de exclusão foram artigos com o período abaixo do ano definido como mínimo, no
caso 2016 e fuga da temática abordada. Os critérios de inclusão foram, autores da
área da saúde que correspondiam ao assunto abordado neste, quanto a obesidade,
obesidade infantil, diabetes tipo II, diabetes tipo II na infância, coronavírus e a
estratégia de saúde da família.
22

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Tabela 1: Descrição de artigos publicados no período de 2016 a 2022

N Título País/ Autores Ano RESULTADOS


º
Orige
m
Impacto da EUA Sarah 2022 Os comportamentos das
pandemia de Burkart , H crianças pioraram a uma
COVID-19 na annah taxa maior após o início da
atividade Parker , R pandemia em comparação
física, sono, Glenn com as tendências pré-
1 tempo de tela Weaver , B pandemia. 
e dieta de eterrabas
escolares do Michael
ensino W 1, Alexi
fundamental: s
um estudo de Jones , Eli
série temporal zabeth L
interrompida Adams , J
quase ean-
experimental Philippe
Chaput , B
ridget
Armstrong 
2 Risco de EUA Catherine 2022 Novos diagnósticos de
diabetes E. Barrett, diabetes foram 166%
recém- PhD , ; Ala (IQVIA) e 31%
diagnosticado in K. (HealthVerity) mais
> 30 dias Koyama, prováveis de ocorrer entre
após a ScD  ; Pab pacientes com COVID-19
infecção por lo Alvarez, do que entre aqueles sem
SARS-CoV-2 MPH  ; Wil COVID-19 durante a
entre pessoas son pandemia e 116% mais
com menos Chow Eliz prováveis de ocorrer entre
de 18 anos — abeth A. aqueles com COVID-19 do
Estados Lundeen, que entre aqueles com IRA
Unidos, 1º de PhD  ; Cria durante o período pré-
março de G. Perrine, pandêmico
2020 a 28 de PhD 1 ; M
junho de 2021 eda E.
Pavkov,
MD,
PhD; Debo
rah B.
Rolka,
MS ; Jenni
fer L.
Wiltz,
MD; Lara
Bull-
Otterson,
PhD; Simo
ne Gray,
PhD ; Teg
an K.
Boehmer,
23

PhD; Adi
V.
Gundlapall
i,
MD; David
A. Siegel,
MD; Lyud
myla
Kompaniy
ets,
PhD 1Alys
on B.
Goodman,
MDBarbar
a E.
Mahon,
MD; Rober
t V. Tauxe,
MD ; Kare
n Remley,
MD ; Shar
on
Saydah,
PhD 
3 Processo de 2018 Debora de Bras O estudo sinaliza que a
trabalho na Souza il tendência da rede de
Estratégia de Santos subjetividade presente no
Saúde da Silvana cotidiano das equipes é de
Família: Martins ampliação e fortalecimento,
potencialidad Mishima embora a política da ESF
es da Emerson ainda atue no sentido de
subjetividade Elias enquadrar e engessar as
do cuidado Merhy práticas. As linhas de
para cuidado vêm sendo
reconfiguraçã 869Ciência & Saúde
o do modelo Coletiva, 23(3):861-870,
de atenção 2018 desenhadas com as
propriedades e finalidades
até aqui discutidas, de
maneira que mesmo
estando assentadas na
base estruturada
preconizada pela Saúde da
Família, não se restringem
a ela
4 Obesidade 2021 DAHMER, Bras Ações direcionada para a
infantil e os Alana Da il educação e reeducação
impactos na Silva alimentar, mudanças dos
qualidade de Ferreira hábitos alimentares e estilo
vida Santos , de vida inadequados das
MACIEL, crianças e dos familiares,
Dinair os pais devem ser
Morais  conscientizados como fazer
dentro de casa uma
alimentação balanceada e
saudável,  estipular
horários para as refeições 
já que a criança vai
aprender aquilo que está
sendo ofertado, além do
incentivo a prática de
atividades e exercícios
24

físicos regularmente  nas


escolas e em casa são
fundamentais para o
controle e combate a
obesidade infantil.
5 A Estratégia 2016 Nilson do Bras O desenvolvimento da ESF
de Saúde da Rosário il no período estudado revela
Família, a Costa que o risco da excessiva
atenção oferta de serviços de saúde
primária e o associada à denominada
desafio das “municipalização
metrópoles autárquica”30 não ocorreu.
brasileiras As grandes cidades e as
metrópoles realizaram um
esforço importante de
expansão da APS dentro
de um padrão cooperativo
face às diretrizes nacionais.
6 A Cobertura 2016 Deborah Bras São inúmeros os desafios
da Estratégia Carvalho il na consolidação da
de Saúde da Malta Atenção Básica no país, e
Família (ESF) Maria sem dúvida o aumento da
no Brasil, Aline cobertura é um passo
segundo a Siqueira fundamental, mas ainda
Pesquisa Santos são necessários outros
Nacional de Sheila relativos à melhoria da
Saúde, 2013 Rizzato gestão, integração da
Stopa atenção básica com a rede
José de serviços de saúde,
Eudes financiamento,
Barroso resolutividade, qualidade da
Vieira atenção, dentre outros, o
Eduardo que é essencial para a
Alves Melo garantia do atendimento
Ademar equânime e integral.
Arthur
Chioro dos
Reis
7 MINISTERIO 2021 MINISTER Bra A Estratégia de Prevenção
DA SAUDE IO DA sil e Atenção à Obesidade
DO BRASIL., SAUDE Infantil (PROTEJA),
estratégia DO instituída pela Portaria
nacional para BRASIL., GM/MS nº 1.862, de 10 de
prevenção e agosto de 2021, é uma
atenção à estratégia brasileira
obesidade intersetorial que tem como
infantil objetivo deter o avanço da
orientações obesidade infantil e
técnicas. contribuir para o cuidado e
Brasilia-DF. para a melhoria da saúde e
2021 da nutrição das crianças.

8 Sobrepeso e 2019 Marina Bra Embora a obesidade infantil


obesidade Bollini sil seja identificada como um
infantil na e Silva problema, alguns fatores
atenção mostraram-se
primária à determinantes influentes da
saúde: falta de percepção da
percepções importância desse tema na
dos médicos Atenção Primária, como o
e enfermeiros despreparo para o
25

da Estratégia atendimento à criança com


de Saúde da sobrepeso ou obesidade
Família em (os profissionais referiram
Botucatu-SP pouca ênfase para este
tema na graduação),
dificuldade do cuidado
integral às crianças com
excesso de peso e a falta
de um protocolo de
atendimento para o correto
diagnóstico e abordagem
deste tema. Também foi
possível destacar que o
NASF tem papel
fundamental no cuidado a
esse grupo populacional e
que o trabalho com os pais
é considerado primordial.
Foi possível identificar falas
muito preconceituosas e
que de certa forma não têm
uma compreensão mais
ampla em relação à
presença da obesidade na
criança ou na família.
9 Intervenção 2021 Diego Bras Com a aplicação desse
no sobrepeso Firmino Da il projeto esperasse obter
e obesidade Silva benefícios de forma a
infantil aprimorar a saúde coletiva,
através da buscando intervenções nos
conscientizaç indivíduos alvo,
ão dos considerando a importância
profissionais de se obter um regresso
de saúde na nos casos de sobrepeso e
atenção obesidade retardando
primária. futuros casos da população
infanto-juvenil, além de
flexibilizar os profissionais
da atenção primária de
saúde sobre esse assunto.
1 Estratégias de 2021 Madelaine Bras Alcançar a busca ativa em
0 controle da Rodriguez il nível de toda a atenção
obesidade Martin primária de saúde,
infantil: uma daquelas crianças obesas e
proposta para sobre peso, assim como a
atenção educação constante a toda
primária. a população sobre os riscos
da obesidade nestas idades
tempranas.
1 Obesidade 2016 Henriqueta Bra Com esse projeto de
1 infantil: Goulart sil intervenção, espera-se
Projeto de Jordao de obter informações mais
intervenção Oliveira detalhadas sobre o motivo
no cenário do ganho de peso das
escolar no crianças com IMC elevado
território de da Escola Municipal
uma unidade Professora Ana Maria
da Estratégia Ramalho. É esperado que
Saúde da esses motivos sejam claros
Família de e passíveis de
Nova intervenções. Assim será
26

Iguaçu/RJ possível orientar e formular


medidas que reduzam a
prevalência da obesidade e
sobrepeso nestes alunos.
1 Síndrome 2019 Paul EUA A prevalência de obesidade
2 Metabólica Weihe, infantil mais que dobrou
em Crianças Susann desde 1980, e 6-39% das
e Weihrauch crianças e adolescentes
Adolescentes: -Blüher  obesos já apresentam SM,
Critérios dependendo da definição
Diagnósticos, aplicada. Existe um
Opções consenso comum de que
Terapêuticas uma definição consistente
e de SM é urgentemente
Perspectivas necessária para que as
crianças identifiquem
aqueles em risco o mais
cedo possível. Tais critérios
de definição devem
considerar idade, sexo,
estágio puberal ou
etnia. Características
adicionais, como NAFDL ou
hiperuricemia, também
devem ser incluídas nos
critérios de SM. A
modificação do estilo de
vida ainda é a principal
base para prevenir ou tratar
a obesidade infantil e a SM,
pois outras opções
terapêuticas
(farmacoterapia, cirurgia
bariátrica) não estão
disponíveis ou não são
recomendadas para a
maioria dos jovens
afetados.

Foi possível primeiramente, confirmar quão prejudicial é a obesidade a vida


dos indivíduos, e de forma mais agressiva na infância, pois a mesma é percussora
de várias doenças metabólicas, como a diabetes tipo II.
Deste mesmo modo, o período em que se instalou as formas de contenção da
pandemia do coronas vírus, o isolamento social, foi possível observar, que com as
mudanças de rotina alimentar, o a afastamento das escolas, e o sedentarismo
ocasionado pelo isolamento e fechamento de lugares públicos, houve um aumento
dos casos de sobre peso e obesidade infantil (BURKART et al., 2022).
A obesidade e é descrita como multifatorial, e não se reserva ao público
jovem e adultos, atingindo também as crianças como visto anteriormente, dentro da
27

atenção primaria se instalam diversos projetos para a prevenção e tratamento da


obesidade, sendo parte da equipe multiprofissional, psicólogos e nutricionistas. É de
responsabilidade da ESF o adequado acolhimento da pessoa obesa, assim como a
prevenção desta, e o controle de agravos que esta patologia pode gerar (DAHMER.,
2021).
A diabetes tipo II na infância, é atrelada a obesidade, mas os números de
diabetes tipo II na infância, não sofreram alterações significantes no Brasil.
Outrossim, estudos feitos nos Estados Unidos da América, foi possível mensurar
essa alteração dos casos de diabetes tipo II no público infantil e adolescente
(BARRETT et al;. 2022).
O projeto HiperDia é de grande importância ao público diabético e hipertenso,
mas não funciona como ação preventiva, quanto as condições metabólicas
percussoras destas patologias, como a obesidade. (SANTOS et al;, 2018).
Foi possível observar, que mesmo com equipe multiprofissional atuando nas
unidades básicas de saúde, e que as visitas da ESF não foram interrompidas
durante a o isolamento social, a falta de apoio de um projeto nacional ao combate a
obesidade, pode ter influência no aumento de caso de sobre peso e obesidade na
população (SANTOS et al;, 2018).
SILVA 2019., categoricamente explana que os indivíduos que compõe a ESF
não são capazes de oferecer um acolhimento de forma correta ao público infantil
obeso, pois estão defasados em protocolos para tal, vez que os mesmos não são
completamente capacitados para garantir esse serviço, que torna um projeto
nacional imprescindível contra o crescente número de crianças obesas.
A qualidade no serviço prestado e o conhecimento dos profissionais que
atuam dentro da ESF é crucial para manter um vínculo e fazer com que a população
em geral procure ajuda quando se refere ao cuidado da criança em situação de risco
nutricional, sobrepeso e obesidade (COSTA., 2016).
Constatou-se que, os projetos que visam a prevenção da obesidade, são
locais, e que variam de unidade para unidade, e não se tem grande informação
quanto ao projeto PROTEJA do Ministério da Saúde de 2021, que tem como
proposta a prevenção da obesidade infantil, em seu corpo o projeto propõe ações
positivas contra o avanço da obesidade infantil, e destaca as consequências do
isolamento social como uma das causas deste avanço.
SILVA., 2021; MARTIN., 2021; OLIVEIRA., 2016, destacam a necessidade de
projetos locais para incentivar a prevenção a obesidade infantil, dentre as medidas a
28

serem tomadas, enfatiza-se a capacitação da equipe da ESF, ação em escolas, e


atenção as características socioeconômicas das famílias com casos de obesidade
infantil.
Ainda existe uma necessidade de um programa nacional quanto a prevenção
da obesidade e diabetes tipo II na infância, o programa ESF é um dos mais
importantes programas de saúde pública que temos, mas seus protocolos não
abordam a obesidade infantil como doença a ser tratada, apenas como risco
atribuído ao portador (MALTA et al. 2016).
Os indicies crescentes de obesidade implicam negativamente nas doenças
características que a pessoa obesa pode ser acometida, em principal a diabetes tipo
II, lançando um sombrio futuro a estas crianças que adquiriam hábitos sedentários e
obesidade durante os períodos pandêmicos (WEIHE et al., 2019).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após análise e reflexão nas literaturas e dados que fora feita juntada neste
trabalho, podemos observar que durante o período pandêmico houve de fato uma
alta nos índices de crianças obesas ou em sobrepeso, crianças que tiveram seus
hábitos alimentares modificados, onde a mesma foi incluída em uma alimentação
baseada em alimentos super processados e fastfood, outrossim, observamos a
queda da prática de exercícios e o aumento do sedentarismo.
Nesse senário, é possível abrir conjecturas quanto as possíveis doenças
oportunistas e características da pessoa obesa, dentre elas, a mais comum, a
diabetes tipo dois, laçando assim, dúvida quanto ao futuro destas crianças que se
encontram em situação de obesidade, sobrepeso e sedentarismo.
O papel da estratégia de saúde da família, no contexto da prevenção da
obesidade infantil se mostrou ineficaz, vez que foi possível observar que a atuação
da ESF como forma preventiva da obesidade infantil é dispersa, fraca e pouco
trabalhada, encontrada apenas em forma de pequenos projetos em algumas
cidades do Brasil.
A ESF atua de forma preventiva quanto ao que se refere a obesidade infantil,
com palestras dentro das escolas, porém durante o período pandêmico, as escolas
se encontravam fechadas.
29

A ESF é imprescindível para a saúde brasileira, sendo reconhecidamente um


dos melhores projetos de política nacional de saúde, assim também como o
trabalho do enfermeiro dentro deste, atuando de forma ativa.
O enfermeiro precisa ter aprendizado contínuo, para poder lidar com estas
problemáticas da forma mais profissional e assertiva possível, sabendo como
direcionar a criança em risco a obesidade, para que o mesmo posso proceder de
forma que sane este mal, antes que o mesmo lhe implique em doenças metabólicas
que dificultarão sua qualidade de vida.
Concluímos que o estudo atingiu o objetivo proposto, ofertou informações
que corroboram as problemáticas quantos aos indicies de obesidade e diabetes tipo
dois na infância durante a pandemia, assim como, demonstrou como a EST não
pode ser capaz de interferir de forma preventiva nesta questão no que se refere aos
crescentes números de crianças obesas.

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