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FACULDADE METROPOLITANA DE ANÁPOLIS

CURSO DE ENFERMAGEM

VITÓRIA ARAÚJO RIBEIRO

FATORES QUE AFETAM A QUALIDADE DE VIDA DA CRIANÇA


PORTADORA DE DIABETES TIPO 1

Anápolis, Go
2022
FACULDADE METROPOLITANA DE ANÁPOLIS
CURSO DE ENFERMAGEM

VITÓRIA ARAÚJO RIBEIRO

FATORES QUE AFETAM A QUALIDADE DE VIDA DA CRIANÇA


PORTADORA DE DIABETES TIPO 1

Projeto apresentado como requisito básico


para aprovação na disciplina de Trabalho
de Conclusão de Curso I do Curso de
Enfermagem.

Orientadora:Prof.Esp. Ana Laura Gomes


Alcântara

Anápolis, Go
2022
3

RESUMO

A qualidade de vida de crianças com diabetes mellitus tipo 1 é um fato intrínseco


para portadores dessa doença, seu desenvolvimento apresenta diversas
dificuldades tanto em ambiente social como familiar. O presente estudo abordará
sobre o diabetes mellitus tipo 1 na população infantil, enfatizando sobre
tratamentos disponíveis, bem como suas consequências e complicações em
relação ao tratamento incorreto ou a falta de tratamento e suas consequências na
qualidade de vida dos pacientes portadores da doença. O presente trabalho tem
por objetivo Identificar as dificuldades enfrentadas no dia a dia da criança
portadora da diabetes mellitus tipo 1, analisar a importância da Família no
tratamento e controle do DM, bem como analisar a influência da Assistência de
Enfermagem para os pacientes com DM. A metodologia utilizada se trata de um
estudo bibliográfico sob método de revisão integrativa segundo os pressupostos
de Mendes (2008).

Palavras chaves: Diabetes Infantil, Insulina, Alimentação Pediátrica


4

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................................

2 OBJETIVOS....................................................................................................

2.1 OBJETIVO GERAL.......................................................................................

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS........................................................................

3 REFERÊNCIAL TEÓRICO..............................................................................

3.1 CONCEITUAÇÃO DO DM TIPO I................................................................

3.2TIPOS E CLASSIFICAÇÕES DO DIABETES...............................................

3.3 FISIOPATOLOGIA DA DOENÇA.................................................................

3.4 EPIDEMIOLOGIA DO DM TIPO 1...............................................................

3.5 MANISFESTAÇÕES CLÍNICAS...................................................................

3.6 TRATAMENTO E CONTROLE....................................................................

4 METODOLOGIA..............................................................................................

4.1 TIPO DE ESTUDO.......................................................................................

4.2 COLETA DE DADOS...................................................................................

4.3 ANÁLISE DE DADOS...................................................................................

5 RESULTADOS ESPERADOS........................................................................

6 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO..................................................................

7 RECURSOS....................................................................................................

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................
5

1 INTRODUÇÃO

O presente estudo abordará sobre o diabetes mellitus tipo 1 (DM I) que é


considerado uma doença crônica sendo um tipo de doença que necessita de um
recorrente acompanhamento de uma equipe de saúde e tratamento para obter o
controle. Essa forma de doença pode ser controlada, porém, continua presente
durante toda a vida do paciente, frequentemente afetando-o em sua rotina, pela
necessidade de hospitalização, exames, supervisão médica ou até mesmo pela
necessidade de permanecer em seu domicílio (FREITAS et al., 2016).
O DM I é uma das doenças mais comuns presentes em crianças,
aproximadamente dois terços dos casos de crianças do mundo são DM I, com um
gráfico de crescimento em ascensão. Essa criança portadora da doença tem
mudanças nas condições físicas e emocionais, deficiências no desenvolvimento,
dificuldades de aprendizagem e até mesmo doença mental, trazendo limitações
para as atividades do dia-a-dia da criança (DE CASTRO et al., 2021).
As dificuldades relacionadas a esse tipo de afecção são inúmeras tanto
para o paciente quanto para a família, assim sendo elas apresentam dificuldade
na aplicação de insulina e medição da glicemia e uma adaptação da dieta
alimentar restrita, o que para crianças se torna um dilema pela pouca falta de
compreensão em julgar a restrição alimentar como um bem para a saúde
(NASCIMENTO et al., 2011).
Mundialmente, o diabetes se tornou um sério problema de saúde pública,
cujas previsões vêm sendo superadas a cada nova triagem. Por exemplo, em
2000, a estimativa global de adultos vivendo com diabetes era de 151 milhões.
Em 2009, havia crescido 88%, para 285 milhões. Em 2020, calcula-se que 9,3%
dos adultos, entre 20 e 79 anos(assombrosos 463 milhões de pessoas) vivem
com diabetes. Além disso, 1,1 milhão de crianças e adolescentes com menos de
20 anos apresentam diabetes tipo 1. Há uma década, em 2010, a projeção global
do IDF para diabetes, em 2025, era de 438 milhões. Com mais cinco anos pela
frente, essa previsão já foi ajustada para 463 milhões (BRASIL, 2016).
O Diabetes Mellitus (DM), é caracterizado pela hiperglicemia, sendo o DM I
uma doença crônica, e quando observada na infância pode trazer implicações
6

tanto no desenvolvimento da criança, quanto em suas relações sociais na


estrutura familiar. Dessa forma, quais os fatores que influenciam a qualidade de
vida de pacientes pediátricos portadores de diabetes tipo I?
Pode-se afirmar que essa pesquisa irá contribuir de maneira significativa na
área da enfermagem, justificando-se pela necessidade de novas pesquisas na
área da pediatria, dessa maneira pode favorecer a melhoria da assistência dos
portadores desta condição patológica. Servirá como subsídio para que os futuros
profissionais na área da saúde, em geral para que sejam melhor instruídos quanto
as necessidades dos diabéticos desta faixa etária.
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2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL


Analisar os fatores que afetam a qualidade de vida de pacientes pediátricos
com DM Tipo 1, bem como é feito o tratamento e suas consequências pela falta
dele.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS


 Identificar as dificuldades enfrentadas no dia a dia da criança portadora
da diabetes mellitus tipo 1;
 Analisar a importância da Família no tratamento e controle do DM;
 Analisar a influência da Assistência de Enfermagem para os pacientes
com DM.
8

3 REFERÊNCIAL TEÓRICO

3.1 CONCEITUAÇÃO DO DM TIPO I

De acordo com Aita, (2002) o diabetes melito (DM) é uma doença milenare
ao mesmo tempo bem presente na atualidade, os primeiros relatos foi
aproximadamente no ano de 1500 a.C., registradas pelos antigos Egípcios nos
Papiros de Ebers. Nos quais foram descritos algumas medicações usadas para o
tratamento e eliminação excessiva de urina (poliúria). Na mesma época na Índia
houve relatos de que a urina de algumas pessoas doentes era adocicada, e atraia
insetos e moscas. Alguns relatos na Ásia Menor, Egito e China, relataram a sede
excessiva (polidipsia), a perda de massa corporal, e infecções.
O Diabetes Melito (DM) é definido como distúrbios metabólicos que
apresentamem comum à hiperglicemia, decorrente de defeitos na ação da
insulina, na secreção de insulina ou em ambas. Essa desordem crônica no
metabolismo de glicose que gera um aumento persistente da glicemia pode
desencadear complicações agudas ou crônicas no sistema cardiovascular, renal e
neurológico. O DM1 geralmente se desenvolve em crianças e adolescentes
causando uma maior preocupação entre os pais pelas características e
particularidades da doença, principalmente relacionando ao ambiente escolar
(SPOSITO et al., 2007).
A diminuição da produção de insulina conduz à hiperglicemia na DM1,
sendo esta diminuição causada principalmente por linfócitos e outras células
imunes que atacam e destroem as células betas pancreáticas, porém esta
diminuição pode estar associada a outras etiologias. A ausência ou deficiência de
insulina conduz à acumulação de gorduras, carboidratos e proteínas
(PERTEMANN, 2015).
Os sintomas de alerta incluem poliúria, polidipsia, polifagia, perda de peso,
visão turva, diminuição do nível de consciência, dificuldade de concentração,
desidratação moderada a grave, dor abdominal, perda de peso devido à perda de
líquidos, hiperventilação, hipotensão, infeções fúngicas genitais e choque
(FONSECA, 2019).

3.2 TIPOS E CLASSIFICAÇÕES DO DIABETE


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Classifica-se o DM com base em sua etiologia e não no tipo de tratamento,


entende-se por diabetes mellitus (DM) um grupo de doenças metabólicas
caracterizadas pela hiperglicemia, resultantes de defeitos ocorrentes na secreção
e/ou na ação da insulina. O DM é classificado em quatro classes clínicas, sendo
essas: DM tipo 1, DM tipo 2, tipos específico e gestacional.
Conforme Fonseca, (2019) o diabetes mellitus tipo 1 é de natureza auto-
imune, decorre da produção de auto-anticorpos que atacam a célula beta
pancreática com conseqüente deficiência de insulina. Essa destruição é mediada
por anticorpos, mas existem casos em que não há evidencias laboratoriais de
processos auto-imunes. Já o DM2 corresponde a um defeito na ação e secreção
da insulina, a maioria dos pacientes apresenta sobrepeso ou obesidade.
Já o diabetes mellitusgestacional (DMG) é uma doença crônica não
transmissível que é diagnosticada na gravidez e pode persistir após o parto. Com
o diagnóstico de DMG, agestante precisará de acompanhamento médico,
intervenções restritivas e tratamento farmacológico para minimizar os efeitos da
doença e reduzir os riscos (FONSECA, 2019).

3.3 FISIOPATOLOGIA DA DOENÇA

Para Rang e Dale, (2012) a fisiopatologia do DM1 está relacionada à


existência de uma carga genética que confere ao indivíduo maior chance de
desenvolver a doença. Por ser uma doença autoimune, gera um erro no sistema
que produzirá auto-anticorpos queirão atingir as células beta pancreáticas, que
tem proteínas com homologia com alguns peptídeos estranhos.
Os fatores causais do DM1 mesmo não sendo completamente conhecidos,
são relacionados com a predisposição genética e fatores ambientais (AMERICAN
DIABETES ASSOCIATION, 2019). Os sinais mais comuns de diagnóstico são:
fome permanente, fadiga (falta de energia, cansaço), perda de peso,
enurese/poliúria, polidipsia, visão embaçada e nível elevado de glicose no sangue
(IDF, 2021).
A insulina é um hormônio essencial para a regular e manter os níveis de
glicose. Sua ação baseia-se na captação de glicose, síntese de glicogênio,
fazendo com que os níveis de glicemia sejam reduzidos. O metabolismo da
glicose recebe influência da insulina, tendo efeito exercido sobre o músculo,
10

gordura e fígado. (RANG E DALE , p374, 2012) Descreve que:


“É um hormônio anabólico: seu efeito global consiste em conservar os
combustíveis energéticos ao facilitar a captação e o armazenamento de
glicose, aminoácidos e lipídeos após uma refeição. Agudamente, ela
promove redução de glicemia. Por conseguinte, uma queda nos níveis
de insulina no plasma promove elevação da glicemia.”

Por se tratar de uma doença auto-imune, não é possível utilizar medidas


profiláticas já que os mecanismos mais precisos de auto destruição das células
beta pancreáticas, ainda não foram elucidadas, mesmo sendo uma doença bem
estudada. Portanto o controle da doença se baseia no tratamento adequado, do
qual as crianças necessitam, afim de melhorar os sintomas e qualidade de vida,
além do fato de reduzir os riscos de complicações futuras (FIGUEIREDO;
RABELO, 2009).

3.4 EPIDEMIOLOGIA DO DM TIPO I

De acordo com o IDF, (2019) o Brasil no índice de 2019 ocupa o terceiro


lugar quanto á prevalência mundial da doença, com o quantitativo de 51.500
crianças e adolescentes com a doença, pertencentes á faixa etária de 0 a 14
anos.
Conforme a Internacional Diabetes Federation, (2015) em função de sua
incidência e prevalência, o DM tipo 1 tem gerado um grande custo aos pacientes
e ao sistema de saúde: cerca de 10% dos gastos globais em saúde estão ligados
a esta doença. (BERTONHI, 2018).
O DM1 pode ocasionar diversas complicações crônicas e agudas. Dentre
as crônicas estão a retinopatia, nefropatia e neuropatias. Em relação às agudas
podem ocorrer hiperglicemia, cetoacidose e hipoglicemia (PRIGOL; KRAHL,
2019).

3.5 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

De acordo com Ferreira, (2022) pacientes com os sintomas clássicos


geralmente se apresentam parecendo levemente doentes, com queixas vagas,
como perda de massa óssea e letargia, diferente dos quadros de cetoacidose que
é a principal causa de morbidade e mortalidade em crianças com DM1,
caracterizada por acidose metabólica e, dentre diversos sintomas, pode levar à
11

distúrbios eletrolíticos graves, alterações no estado mental e lesões cerebrais.


Os sintomas complementares são fadiga, fraqueza, prurido cutâneo e
vulvar, letargia, e infecções repetitivas. Algumas vezes o diagnóstico é obtido em
razão das complicações crônicas como neuropatia, retinopatia ou doença
cardiovascular aterosclerótica (MARTINS, 2016). Contudo apesar dessas
manifestações clínicas uma parcela dos pacientes acometidos descobre a doença
antes mesmo das manifestações agudas, o que caracteriza a descoberta
incidental silenciosa.
Para Cortez, (2015) quando a glicemia não é monitorada em um paciente
com DM pode acarretar muitas complicações, sendo classificadas como agudas
ou crônicas. Em relação às complicações agudas além da hipoglicemia que
ocorre em consequência de um desequilíbrio entre alimentação, atividade física e
insulina, pode acontecer a Cetoacidose Diabética (CAD) normalmente em
portadores de DMI, em ocasiões de deficiência grave de insulina ou doença,
produzindo hiperglicemia grave, cetonúria, desidratação e acidose. As
complicações crônicas surgem dentro de aproximadamente 10 anos após o
diagnóstico inicial, a prevalência das complicações microvasculares (retinopatia,
nefropatia) e de neuropatia é bem maior nos pacientes com DMI.

3.6 TRATAMENTO E CONTROLE

O tratamento e controle do DM1 tem o propósito de manter a glicemia em


níveis normais diminuindo o risco de complicações vasculares, neuropáticas,
hiperglicemia, hipoglicemia, preservando uma boa qualidade de vida. São
baseados em insulinoterapia contínua que por meio de doses diárias de insulina
tem o objetivo de manter a glicemia controlada, terapia nutricional adequada,
monitoramento, orientação e exercício físico (PRIGOL; KRAHL, 2019).
É recomendado um plano nutricional individual para cada caso de DM1 de
acordo com as necessidades e suas prescrições de insulina que devem ser
ajustadas às refeições. A atividade física deve ser ajustada de acordo com a
necessidade de cada um, com um plano individualizado (SBD, 2019).
A idade e o estado de desenvolvimento do paciente e o nível de
envolvimento da família são fatores importantes no estabelecimento de um plano
de manejo prático que pode ser implementado pelo paciente e sua família
12

(FERREIRA, 2022).
As crianças e adolescentes devem monitorar a glicemia de 6 à 10 vezes ao
dia, pois ajudará a observar se a glicemia se mantém mais próximo do normal
sendo < 100 em jejum e < 140 após uma refeição, e evitar uma hipoglicemia e
hiperglicemia fazendo ajustes prevenindo maiores complicações (ISPAD, 2018;
SDB 2019).
Nos desafios da prática de atividade física entre os indivíduos portadores
de DM1 encontra-se a necessidade de monitoramento da glicemia, ajustar a dieta
e a insulina antes, durante e após os exercícios. Além disso é de suma
importância ajustar a frequência, intensidade e durações das sessões de
exercícios e, manter a prática regularmente terá benefícios mantendo os níveis
glicêmicos próximos do normal prevenindo ou retardando complicações
microvasculares e doenças cardiovasculares, além disso benefícios como uma
melhor composição corporal, perfis lipídicos e aptidão cardiopulmonar (ASH et al,
2019; DULLIUS, 2007).
Por ser uma doença crônica que requer cuidados específicos e contínuos,
a baixa escolaridade e falta de conhecimento sobre a comorbidade dificultam a
abordagem da equipe profissional (VICTÓRIO et al., 2018) ou seja se trata de um
problema de saúde pública que deveria ter investimentos maiores para melhorar a
qualidade de vida dessas crianças.
O apoio familiar na vida dos pacientes portadores de DM1 é imprescindível,
contribuindo para uma melhor percepção em relação a qualidade de vida e bem-
estar, fazendo com que a criança e/ou adolescente sejam capazes de ter
liberdade no autocuidado, permitindo que realizem suas atividades diárias, desta
forma o mesmo se sentirá seguro, amparado e amado no enfrentamento diário
(MENEZES et al., 2018).
A importância da atuação do enfermeiro é de suma importância visto este
ter um cuidado direcionado de forma individualizada e sistematizada. Este
cuidado deve seguir protocolos instituídos para uniformizar as ações no cuidado
às pessoas com DM e desta forma, compete na compreensão da necessidade de
assumir alterações no estilo de vida e adesão ao tratamento, o que vai contribuir
para o controle glicêmico. Para alcance deste objetivo, as Teorias de Enfermagem
fundamentam o cuidado, com conhecimentos próprios, a fim de melhorar a
13

qualidade da atenção direcionada às pessoas em diferentes campos de


conhecimento (ARAÚJO ESS, et al., 2018)
Por fim, vale ressaltar que a importância da família no enfrentamento dessa
nova rotina é essencial, sendo compartilhado de forma recíproca o sofrimento e
enxergando o indivíduo como foco principal. O envolvimento familiar deve
acontecer desde a elaboração dos cuidados até as tomadas de decisões
(MALAQUIAS et al., 2016).
4 METODOLOGIA

Trata-se de um estudo bibliográfico sob método de revisão integrativa


segundo os pressupostos de Mendes (2008). A revisão integrativa é um método
ao qual permite a análisedos dados com o intuito de compreender delimitado
tema ou questão a partir de outrosestudos, visando à contribuição do
aprofundamento do assunto para dar suporte nas tomadasde decisões e
melhorias na prática clínica, e ainda, tem como finalidade apresentar questõesque
precisam ser resolvidas a partir de novos estudos.
COLETA DE DADOS
A coleta de dados será realizada durante o primeiro semestre de
2023, conforme Cronograma. O instrumento utilizado para obtenção de
dados para a pesquisa será por meio de revistas online e por meio de uma
busca sistematizada de artigos científicos selecionados de bancos de
dados como: SciELO, Bireme, BVS, Lilacs. Sendo usados publicações dos
últimos 05 anos.
Serão utilizados como descritores os seguintes termos: Diabetes
Infantil, Insulina, Alimentação Pediátrica. E utilizados os seguintes critérios
de inclusão e exclusão:
Critérios de inclusão:
 Artigos que atendam aos objetivos;
 Artigos em língua vernácula;
 Artigos que tenham sido publicados entre 2018 a 2022;
 Artigos publicados em bases de dados científicos.
Critérios de exclusão:
 Artigos que não atendam aos objetivos;
14

 Artigos de língua estrangeira;


 Artigos publicados a mais de 05 anos;
 Artigos que não tenham sido publicados em bases de dados
científicos.
ANÁLISE DOS DADOS
Para análise dos dados será utilizadaa revisão integrativa, na qual
buscará, por meio de artigos científicos, obter resultados que apontam os
desafios enfrentados por pais e enfermeiros pediátricos quanto ao ato de
cuidar. Com isso, será apresentado as dificuldades enfrentadas pelos pais
em relação ao filho que precisa de cuidados hospitalares, a descrição do
papel do profissional de enfermagem no cuidado em pediatria e a análise
sobre a importância dos pais no processo de cuidar na saúde infantil.
Sendo assim a análise dos dados será realizada a partir do que
preconiza Mendes (2008) que utiliza basicamente seis etapas para
obtenção de resultados para o estudo, sendo eles:
1) Identificação do tema e seleção da hipótese: é processo pelo qual se identificou
o problema e que se formulou uma hipótese relevante a saúde e a enfermagem. A
escolha de um tema que desperte interesse aos pesquisadores é uma importante
chave para a conclusão do mesmo, outro aspecto positivo é a escolha de temas
voltadas as práticas profissionais. A formulação do tema e da hipótese foi
realizada de forma clara e está vinculada ao raciocínio teórico e inclui as
definições apreendidas pelos pesquisadores;
2) Amostragem ou busca na literatura: esta etapa da pesquisa integrativa esta
diretamente relacionada a anterior, já que a abrangência do tema escolhido
determinará a amostragem do estudo. Após a definição do tema e da hipótese foi
iniciada a busca por bases de dados para identificação daqueles estudos que
foram incluídos no estudo, contudo foi-se definido limites de estudos que seriam
incluídos e excluídos da seleção. Está etapa é apontada como aquela que dá a
avaliação crítica e a confiabilidade da revisão integrativa, assim foi conduzida de
maneira transparente;
3) Categorização do estudo: etapa que consistiu em definir as informações que
seriam extraídas dos estudos selecionados, tendo como principal objetivo a
organização e sumarização das informações de maneira precisa. Pode-se ser
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considerada idêntica a coleta de dados das pesquisas convencionais e


geralmente as informações extraídas abrangem a amostra do estudo e os
objetivos;
4) Avaliação dos estudos incluídos na revisão integrativa: os estudos incluídos na
pesquisa foram analisados detalhadamente, com o objetivo de garantir a validade
da revisão. Esta análise foi empregada de forma crítica e sistematizada e
procurou explicação para os resultados diferentes e conflitantes dos estudos. Está
intimamente ligada a competência do revisor em avaliar os estudos e direcioná-
los para a sua questão de estudo;
5) Interpretação dos resultados: Foi a fase de discussão dos resultados
encontrados durante toda a busca e avaliação. Sendo realizado comparação com
o conhecimento teórico. Ao longo da extensa revisão foi possível verificar fatores
que afetam as políticas da assistência de enfermagem. A identificação de falhas
dentro deste processo permitiu aos pesquisadores apontarem sugestões para
futuras pesquisas direcionadas a melhorar a prática da assistência de
enfermagem;
6) Síntese do conhecimento: foi incluído na revisão integrativa informações
suficientes que permitam o público avaliar os procedimentos empregados durante
o processo de elaboração da revisão. Isto se faz, devido a todas as iniciativas que
foram tomadas no processo, que influenciaram diretamente nos resultados finais,
sendo necessária uma explicação clara de todos os procedimentos que foram
adotados ao logo do estudo.
16

5 RESULTADOS ESPERADOS

A partir dessa pesquisa integrativa espera-se obter resultados relevantes


sobre como melhorar a qualidade de vida em crianças com diabetes mellitus, e a
influência positiva da família e do profissional da enfermagem no tratamento e
controle da doença. O cuidado integral ás crianças com diabetes e sua família é
um desafio para a equipe de saúde, principalmente no sentindo de ajudar o
paciente a mudar o seu modo de viver.
Vale ressaltar que o enfermeiro, tem um papel importante na vida do
paciente portador de diabetes mellitus tipo 1, tendo como dever e compromisso
estimular a formação de hábitos saudáveis, sendo importante o seu envolvimento
no tratamento, no controle e nos sentimentos que são manifestados pela criança
e até mesmo pela família da criança.
17

6 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

Tabela 1. Cronograma de execução do projeto

Etapas/mês Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar/ Abril Mai Jun
2022/2023 22 22 22 22 22 23 23 23 23 23 23
Definição do X X
Tema
Pesquisa X X X
bibliográfica
Introdução X
Objetivos X
Fundamentação X X
teórica
Metodologia X
Resultados X
Esperados
Entrega do X
Projeto
Apresentação X
Levantamento de X X X
dados
Análise dos X
dados
Discussão X X
Conclusão
Apresentação X
Entrega X
18

7 RECURSOS

Os recursos serão de total responsabilidade do pesquisador, gastos


apenas com internet para pesquisas, e livros.
19

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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