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AS GRANDES NAVEGAÇÕES
Nos séculos XV e XVI, os europeus fizeram perigosas viagens de longa distância em embar-
cações pequenas e sem muita segurança. Foram as chamadas Grandes Navegações. Os nave-
gantes lidavam com barcos superlotados, pouco espaço para armazenar barris de água, alimentos
que estragavam com facilidade, doenças, fome, ventos contrários, naufrágios, entre outras dificul-
dades. Além dos perigos reais, eles conviviam com os imaginários. Acreditavam, por exemplo, que
no Oceano Atlântico – chamado de “Mar Tenebroso” – havia criaturas terríveis, capazes de destruir
as embarcações, e que os navios pegavam fogo ao se aproximarem da Linha do Equador. Se era
tão perigoso navegar em alto-mar, por que os europeus se lançaram às Grandes Navegações? É
o que veremos a seguir.
Gravura do século XVI, feita pelo geógrafo alemão Sebastian Münster, acerca dos monstros que habitavam o “Mar Tenebroso”.
As riquezas do Oriente serem impulsionadas por velas triangulares, as caravelas eram mais
leves e velozes que outras embarcações da época.
Na Europa, antes das
explorações marítimas, a
maior parte das atividades
comerciais era feita por ro-
tas terrestres ou por rotas
marítimas curtas. Os produ-
tos que geravam mais ri-
quezas para os mercadores Na imagem acima, temos alguns exemplos de instrumentos que foram utilizados pelos
navegantes durante as Grandes Navegações: a bússola, o quadrante (sua função era a
eram os artigos de luxo medição da altura de um objeto em relação ao horizonte), a balestilha (utilizado para
(tapetes, tecidos de seda, medir a altura em graus que une o horizonte ao astro) e o astrolábio.
objetos de porcelana) e as
especiarias (cravo, pi- Especiarias consumidas até os dias de hoje, como O pioneirismo português
menta, noz-moscada, ca- pimentas, gengibre, canela, açafrão, noz-mos-
nela, gengibre). cada, entre outras. Portugal foi o pioneiro nas Grandes Navegações, isto é, aquele
No século XV, as especiarias eram utilizadas pelos europeus como que deu início às descobertas de novas rotas comerciais. Entre os fa-
temperos, remédios e perfumes. Esses temperos serviam para melho- tores que impulsionaram os portugueses às Grandes Navegações, po-
rar o sabor, o aroma e a conservação dos alimentos. Especiaria signi- demos destacar: a precoce centralização monárquica (consolidada em
ficava “substância ativa, valiosa e rara”, daí a sua importância. 1385); a experiência e conhecimentos em navegação (os portugueses
As especiarias e os artigos de luxo eram comprados pelos comer- eram navegadores experientes, praticavam pesca em alto-mar e bus-
ciantes italianos de mercadores árabes nos portos de cidades como cavam desenvolver técnicas de navegação, aperfeiçoar embarcações
Constantinopla, Trípoli, Alexandria e Túnis. Esses produtos eram leva- e confeccionar mapas); a posição geográfica privilegiada de Portugal,
dos pelo Mar Mediterrâneo até a Europa Ocidental, onde eram reven- voltada para o Oceano Atlântico; as riquezas acumuladas pelos co-
didos a altos preços. merciantes portugueses; e o apoio dos reis.
Com esse comércio sendo controlado por mercadores árabes e da
Península Itálica, portugueses e espanhóis começaram a buscar ou-
tros caminhos para chegar às riquezas do Oriente. Apesar de todos os
perigos, as viagens marítimas seriam uma opção mais lucrativa.
O mapa a seguir apresenta informações sobre as rotas comerciais surgidas a partir das Grandes Navegações, entre os séculos XV e XVI.
OBSERVE e ANALISE o mapa com atenção e, em seguida, com base nas informações nele contidas e em seus conhecimentos sobre as
Grandes Navegações, LEIA as afirmações e ASSINALE (V) para as afirmações verdadeiras e (F) para as que forem falsas.
• RESPONDA: De acordo com o mapa, quais oceanos foram explorados pelos europeus nas Grandes Navegações?