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EGITO

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nomos Baixo nomos
Egito

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Nomos

Alto Egito
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  Era do rio Nilo que os egípcios retiravam a água que abastecia as cidades e o alimento (peixe) para a
população. O Nilo também era utilizado como via de transporte de mercadorias e de pessoas. Devido a
sua grande importância ele era respeitado "como um Deus" pelos egípcios.  
Todos os anos,
entre os meses de
junho a
novembro, o rio
Nilo enchia e
transbordava,
alagando as áreas
que estavam as
suas margens.
Quando suas
águas baixavam,
ficava depositada
nesta área uma
camada de
húmus, formada
por folhas e
plantas, que
deixava o solo
fértil e propício
para a agricultura.
Antes do início da colheita, que ocorria entre os
meses de março a junho, os escribas mediam o
campo para saber a quantidade exata de grãos
produzidos.
Os camponeses trabalhavam ouvindo o som de
uma flauta e fazendo orações à deusa Ísis. Para
eles o corte do trigo relembrava a morte de
Osíris, marido de Ísis.
Levavam ao vilarejo os grãos colhidos que eram
macerados sobre uma eira pelo gado, na
sequência os grãos eram juntados com pás e
jogados para o alto. Assim o vento levava as
cascas, mas o esterco misturava-se com os grãos.
Após este processo, escribas e medidores
registravam a colheita. Se a quantidade prevista
não era obtida os camponeses poderiam ser
punidos.
Por último o cereal era levado para os celeiros.
Os camponeses deveriam proteger os grãos do
ataque dos ratos, para isso domesticaram gatos.
Escravos do Egito Antigo trabalhando na agricultura
(pintura feita na parede de uma pirâmide)
FARAÓS:
O Faraó tinha poder absoluto e era considerado um deus vivo na Terra. Ele era dono de todo o
Egito, chefe da administração, dos cultos religiosos e também comandava o exército. Tinha como
principais funções/responsabilidades manter a ordem e a justiça na sociedade. Caso não
cumprisse com suas obrigações, teria como punição a morte (desaparecimento) eterna.

NOBREZA / SACERDOTES:
Nessa classe enquadravam-se os Viziers (pessoas ligadas diretamente ao Faraó), os Sacerdotes,
os oficiais do exército e as suas famílias. Nessa classe a Rainha era escolhida e, apesar de o Faraó
ter muitas esposas, apenas ela tinha o poder real. O casamento era feito entre parentes, a fim de
manter o sangue “azul” da Dinastia. Os sacerdotes faziam parte da elite intelectual de grande
poder sobre o povo, em virtude de serem considerados intermediários entre os homens e os
deuses

ESCRIBAS:
Considerada uma classe muito importante, os Escribas eram os únicos que poderiam seguir
carreira como administradores ou ingressar no serviço público. A escrita servia para o registro de
tudo que acontecia no cotidiano egípcio e devido a ela é que conhecemos um pouco da história
dos habitantes das margens do Nilo.
COMERCIANTES:
Os comerciantes tinham uma importância muito grande, pois, promoviam a circulação de riquezas,
e as pessoas tinham acesso à madeira, cobre, estanho e ervas. Se dedicavam ao comércio em
nome do rei ou em nome próprio, vendendo, comprando ou trocando produtos com outros povos.
OS SOLDADOS:
Essa classe era pequena e sua principal função era garantir a segurança do território,
fazendo quando preciso escolta nas expedições aos países vizinhos. Posteriormente, devido
às invasões e à necessidade de uma defesa mais sólida, o exército e a tecnologia em
combate foram aumentando.

OS ARTESÃOS:
Essa classe era formada por pessoas com habilidades em todos os tipos de artesanato.
Artesãos de luxo trabalhavam exclusivamente para Faraó e a nobreza. Alguns trabalhavam
em aldeias e produziam artefatos para o comércio local.

OS CAMPONESES:
Essa classe era formada pela maior parte dos antigos egípcios. Eram pessoas que
trabalhavam nas lavouras a fim de gerar todo o sustento necessário. Ficavam com uma
parte do que era cultivado, mas a grande maioria arrecadada permanecia com os donos
das terras (Nobres ou Faraó).

OS ESCRAVOS:
Estudiosos divergem quanto à existência dessa classe no antigo Egito. Mas o que se tem de
mais concreto é que os escravos eram pessoas capturadas em guerra e serviam como mão
de obra. Eram uma minoria, já que em toda a história egípcia poucas foram as guerras, em
comparação a outras civilizações.
O mito de Osíris, Ísis e Hórus

Mumificação

Julgamento de Osíres
 
Antes dos tempos atuais, os deuses caminhavam sobre a Terra junto aos humanos.
Nessa Era de Ouro, Osíris se sentou no trono dos deuses e foi o primeiro faraó do
mundo dos vivos, governando por muitas eras junto com sua rainha Ísis. Osíris era
justo e correto, e com ele o mundo estava em equilíbrio.
Set, o irmão de Osíris, cobiçou seu trono e o poder sobre o mundo dos vivos, e quis
arrancá-lo de seu irmão.
Ele então armou um plano para matar Osíris e ficar em seu lugar.
Set construiu uma caixa e lhe pôs uma magia perversa, que faria com que qualquer
um que entrasse nela ficasse preso. Então, ele a levou para a grande festa dos
deuses, e esperou que Osíris estivesse embriagado para lhe desafiar em uma
disputa, onde cada um deveria entrar na caixa, e depois sair usando sua força.
Osíris, seguro de seu poder, mas fraco por causa da bebida, entrou na caixa, e Set
rapidamente derramou chumbo derretido nela. Osíris tentou escapar, mas a magia
o prendeu e ele morreu. Set então pegou a caixa e atirou-a no rio Nilo, onde ela foi
levada para longe.
Feito isso, Set reivindicou o trono de Osíris e exigiu que Ísis se tornasse sua rainha.
Nenhum dos outros deuses ousou ficar contra ele, pois ele havia matado Osíris e
poderia facilmente fazer o mesmo com eles, então eles se transformaram em
animais para se esconder de Set.
Este foi um tempo sombrio, pois ao contrário de seu irmão, Set era cruel e
indelicado, não se importando com o equilíbrio de mundo. A guerra dividiu o
Egito e já não havia lei durante seu governo, e o povo gritava e implorava para
Rá, mas ele não os queria ouvir.
Apenas Ísis se lembrou de seu povo, e não tinha medo de Set. Então, ela
procurou em todo o Nilo pela caixa contendo seu amado marido, até que a
encontrou presa em uma árvore, que se tornou grande e poderosa por causa
dos poderes de Osíris.
Ísis levou a caixa de volta para o Egito e colocou-a na casa dos deuses. Ela se
transformou em um pássaro, voou sobre o corpo sem vida de Osíris e lhe lançou
um feitiço. O espírito de Osíris entrou nela e ela concebeu um filho, cujo destino
seria vingar seu pai. A criança foi chamada de Hórus, e foi escondida em uma
ilha distante, longe dos olhares de seu tio Set.
Ísis então foi até o sábio Thoth e implorou sua ajuda. Ela pediu a ele que usasse
mágica para trazer Osíris de volta à vida. Thoth, senhor do conhecimento, sabia
que o espírito de Osíris havia partido de seu corpo e estava perdido, e para que
ele pudesse voltar a vida, Thoth teria que refazer seu corpo, para que o espírito
o reconhecesse e voltasse.
Thoth e Ísis juntos criaram o Ritual da Vida, que permitiria que os seres
vivessem para sempre após a morte. Mas antes que Thoth pudesse trabalhar
em sua magia, Set os descobriu.
Ele roubou o corpo de Osíris e o cortou em vários pedaços, espalhando-os pelo
Egito, para que Osíris nunca pudesse renascer.
No entanto, Ísis não se desesperou, e implorou a ajuda de sua irmã Néftis, para
ajudá-la a encontrar os pedaços de Osíris. Elas procuraram por muito tempo,
trazendo cada parte para Thoth, e quando todas as peças estavam juntas, Thoth
foi até Anúbis, senhor dos mortos.
Anúbis costurou os pedaços juntos, lavou as entranhas de Osíris, embalsamou-
o, enrolou-o em linho e lançou o Ritual da Vida. Quando a boca de Osíris foi
aberta, seu espírito entrou e ele viveu novamente.
No entanto, nada que tenha morrido, nem mesmo um deus, poderia habitar a
terra dos vivos. Então Osíris foi o mundo inferior, onde Anúbis lhe entregou o
trono, tornando-o senhor dos mortos. Lá ele é responsável pelo julgamento
sobre as almas dos falecidos, levando os justos para a terra abençoada, e
condenando os perversos.
Quando Set soube que Osíris estava novamente vivo, ele ficou irado, mas sua raiva
diminuiu, pois ele sabia que Osíris jamais poderia voltar para a terra dos vivos. Sem
Osíris, Set acreditava que ele se sentaria no trono dos deuses por toda a eternidade.
No entanto, enquanto isso, Hórus crescia com valentia e força, escondido na ilha.
Quando ele ficou preparado, sua mãe lhe deu uma forte magia para usar contra Set,
e Thoth o presenteou com uma faca mágica.
Hórus procurou Set e desafiou-o para o trono. Set e Hórus lutaram por muitos dias,
mas no final Hórus o derrotou, mas não o matou, pois derramar o sangue de seu tio
não o faria melhor que ele.
Assim, essa história conta como Hórus cuidou de seu povo durante a vida, e seu pai,
Osíris, julga os mortos e os cuida durante sua próxima vida.

A lenda de Osíris é um dos mitos fundadores do Egito Antigo. Filho do Céu e da


Terra, e rei entre os homens, o deus foi morto por seu irmão, Seth, teve o corpo
desmembrado em 14 partes, que foram espalhadas pelo Egito. Ísis, sua mulher e
irmã, reuniu as partes, reconstituiu o corpo e, com a ajuda de sua irmã, Nephthys, e
do deus chacal Anúbis, executou o ritual da mumificação. Osíris vence a morte,
ressuscita e dá à humanidade a promessa de vida eterna, transformando-se em
soberano do além. O deus é considerado a primeira múmia e desta maneira é
representado nos entalhes e estátuas. Fruto da união póstuma entre Osíris e Ísis,
Hórus torna-se o rei legítimo do Egito.
A mumificação
Era uma técnica utilizada pelos antigos egípcios para preservar o corpo de pessoas e animais.
Eles acreditavam que esse processo era essencial para garantir a passagem do morto para
outra vida. Quando um egípcio morria, os embalsamadores recolhiam o corpo e transportavam-
no para um lugar onde todo o processo era feito.
Os primeiros processos da mumificação envolviam tentativas dos sacerdotes de reanimar o
morto com orações. Depois o corpo era lavado com o objetivo de purificação. A próxima etapa
envolvia a retirada do cérebro através de um gancho que era introduzido pelas vias nasais.
Depois os órgãos do corpo eram retirados através de um corte lateral no corpo. O coração não
era retirado, porque os egípcios acreditavam que ele devia controlar o corpo no outro mundo.
Os órgãos eram então colocados em um sal natural (Natrão) para preservá-los e depois
enrolados em linho e colocados nos vasos canopos.
Depois do corpo estar limpo, colocava-se natrão dentro e fora afim do corpo secar e depois de
seco era preenchido com palha, fazendo ele retornar a forma original. Logo em seguida o corpo
era perfumado e depois envolto por linho.
A pessoa devia ser reconhecida no outro mundo e por isso uma máscara era utilizada. Ela era
feita de ouro e lápis-lazúli, que representavam respectivamente a carne e o cabelo dos deuses.
Os braços da múmia eram cruzados sobre o peito. Em uma mão seguravam um chicote
(utilizado por fazendeiros) e na outra um cetro real. Depois os sacerdotes levavam o sarcófago
para as tumbas juntamente com todos os pertences do falecido, já que os egípcios acreditavam
que precisariam de todo o bem material depositado na tumba para a vida pós-morte. Por fim a
tumba era lacrada para que o corpo pudesse fazer a passagem com tranquilidade.
O Julgamento:

Não importava se a pessoa fosse pobre ou rica, todas teriam que passar pelas mesmas etapas
no mundo dos mortos. Primeiramente a pessoa morta precisava convencer o barqueiro Aken a
levá-la pelo rio da morte. Então eles tinham que passar por doze portões que são vigiados por
demônios e serpentes. Era um dos motivos de serem enterrados amuletos de proteção junto
com o morto, que ajudariam a protegê-lo nessa hora. Depois o morto precisava convencer os
42 juízes de que não tinha cometido nenhum dos 42 pecados. Só depois dessas etapas o
morto entraria no tribunal de Osíris.

“O julgamento é representado, muito frequentemente, nas tumbas, nos papiros, nos ataúdes e
nas mortalhas. Seu motivo central é a pesagem do coração do morto no prato de uma
balança, cujo contra-peso é Maat – O conceito egípcio da ordem correta, representada quase
sempre por um hieróglifo: uma pena de avestruz ou uma figura que é a personificação da
deusa Maat com a pluma cravada numa fita cingida ao redor de sua peruca. Toth, o deus
escriba da sabedoria e da justiça, faz a pesagem diante de Osíris, que preside o tribunal de 42
juízes reunidos numa sala. Se o coração e Maat se mantêm em equilíbrio, a prova é positiva, e
o morto é apresentado triunfalmente a Osíris. A sentença era dada em conformidade com
Maat, o que significava que em vida o morto havia tido um comportamento correto. Todo o
mundo desejava, naturalmente, evitar a condenação, e o morto tinha pronta uma declaração
de inocência com respeito a todos os tipos de pecados […] As cenas de julgamento mostram
um monstro feminino chamado “Devorador” ou “Devorador de Mortos”. Sua função era engolir
os que fracassavam.” (BAINES; MALIK, 2008, p. 218)

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