Você está na página 1de 2

Escola Municipal de Ensino Fundamental Rufino Leal

Rua Travessa Ijuí, nº 20 - Bairro Sommer Fone (54) 3331-4383


CEP 99.500-000 – Carazinho/RS
E-mail: emefrufinoleal@carazinho.rs.gov.br Facebook: Emef Rufino Leal
 
Aluno (a): ___________________________________________________
Ano: 2022- Turma: 91-  Disciplina Ensino Religioso
Professor (a): Anderson da Silva Schmitt

Pesagem das Almas


A "pesagem das almas" para os Antigos Egípcios
não era mais do que a pesagem do coração do defunto. O
coração era o mais importante órgão humano, para aquele
povo, por ser a fonte das emoções e da memória, logo o
indicador, no Além, da vida do defunto e, logo da sua
pureza ou perfeição para a sua osirificação, ou acesso à
vida eterna, entre os deuses. A "pesagem das almas", ou
psicostasia, era mais um julgamento, uma etapa importante
na passagem do defunto para os Campos de Iaru, o
Paraíso dos Antigos Egípcios. A pesagem das almas era
assim uma forma de justificação moral do defunto, perante
os deuses, o passo que conduzia, ou não, à osirificação do
morto, ou seja, tornar-se um "osíris", um ser com vida
eterna.
A religião egípcia era politeísta. Cada região ou
localidade tinha um deus que adorava, não é por isso de
estranhar que o panteão egípcio integre uma grande
variedade de deuses masculinos e femininos,
considerando a duração histórica desta antiga civilização e
a sucessão de localidades e regiões ao longo do Nilo, do
Delta até à Núbia e nos Oásis.
Com a unificação do Egito, antes do Império Antigo, c. 3000 a. C., obra do faraó Narmer,
segundo se pensa, o culto dos deuses também logo se tornou maior, a partir pois da assimilação
que uma nomos (unidade administrativa) fazia de um determinado deus de outra nomos mais
forte, situação que aconteceu durante toda a história do Egito.
Conhecem-se hoje três fontes escritas importantes que contribuem para o estudo possível
da religião no Antigo Egito: o Livro das Pirâmides, o Livro dos Sarcófagos e o Livro dos Mortos.
O mais importante na religião egípcia é a adoração aos deuses, isto é, o culto dos deuses. O
culto é regulado pelo rei. Os Egípcios temiam a morte, pelo que procuravam preservar o corpo e
efetuar um conjunto de rituais em relação à pessoa morta. As paredes dos túmulos eram, por
isso, também, decoradas com várias cenas da vida real do defunto. Para os Egípcios o mais
importante era alcançar a vida eterna e faziam tudo o que podiam em vida para o conseguirem,
desde rituais, embalsamamentos, construções de túmulos e câmaras funerárias, entre outras
realizações ou manifestações. Quanto mais capacidade financeira uma dinastia detinha maiores
seriam as despesas planeadas para a preparação da morte do faraó e altos dignitários, além do
povo, por extensão e em moldes mais discretos. Toda a sociedade estava, de um modo geral,
comprometida com o Além, e a esperança de sobreviverem e levarem uma vida digna na
Eternidade sentenciava o seu comportamento terrestre.
Os egípcios acreditavam que cada pessoa tinha um corpo físico e um " Ka", algo espiritual
que continuava a existir depois da morte. O "Ka" era esse "algo" que precisava de tudo aquilo que
uma pessoa viva fisicamente precisava, não só dos seus adornos pessoais, como também de
ferramentas de trabalho e até entretenimento. Por este motivo, todos estes objetos eram
colocados ao lado do túmulo para assim o "Ka" se reunir com o corpo físico. Os mortos
precisavam de se reunir com a sua alma para encontrarem a vida depois da morte e viverem para
sempre.
Após a morte o defunto passava pela sala da justiça onde se pesava o coração, e só a partir daí
se decidia se o morto tinha ou não cometido pecados. O tribunal divino situava-se, acreditavam
os Antigos Egípcios, na Sala das Duas Justiças, ou Duas Verdades, ponto de contato entre o
submundo dos mortos e o Além. Ali, numa grande balança, vigiada por Anúbis (deus dos Mortos)
e Tot (deus escriba)... o coração era colocado num dos pratos, com o outro a ser ocupado por
uma pena, ou pluma, símbolo da Maet (ou Maat, a Ordem Divina, digamos). Se houvesse
equilíbrio, estava absolvido o defunto, se o coração pesasse mais, era a condenação, o
aniquilamento total, a more absoluta sem esperança de ressurreição na Eternidade. A Grande
Devoradora (Ammut), besta híbrida de crocodilo e hipopótamo era quem supliciava logo ali todos
os que tivessem um "coração" mais pesado. O coração era o centro da personalidade do
indivíduo em vida, da sua razão, vontade e consciência moral. Por isso, os Antigo Egípcios
levavam os livros nas suas múmias, colocados entre os pés, com fórmulas protetoras e salvíficas
perante a desgraça da Pesagem das Almas. O defunto só passava para os destinos da felicidade
se estivesse inocente.
https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$pesagem-das-almas, acesso em 28 de maio de 2022.

Atividade
Em dupla, mas cada aluno realizando a atividade na sua folha responda.

1. Qual a relação de Anúbis com a morte?


2. Como ocorre (se ocorre) essa passagem da alma?
3. O que vocês (dupla) concordam ou discordam no texto acima?
4. Destaque um trecho (reecreva o mesmo) e justifique a sua escolha por esse trecho.
Respostas

Você também pode gostar