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Sinopse

A morte ainda é um dos maiores mistérios da exis-


tência e sempre foi o maior medo de todas as pessoas,
mas por quê? Por que a passagem dessa vida para uma
outra, ou como os romanos acreditavam, para um des-
canso eterno assombra tanto as pessoas?
Vamos buscar neste livro, conhecer como várias ci-
vilizações e culturas enxergavam a morte, assim
como a filosofia também a enxerga.
Dos sumérios ao cristianismo, dos gregos aos roma-
nos, qual era o caminho que cada alma deveria per-
correr após a vida.
O que a ciência tem a dizer sobre relatos de pessoas
que quase morreram e retrataram experiências místi-
cas e visões sobre suas crenças?
Qual a crença da maioria das religiões sobre a morte
e como cada uma acredita que é essa passagem.
Como a Bíblia, o livro mais vendido e sagrado do
mundo interpreta a morte?
Vamos juntos buscar aumentar nosso conhecimento
sobre esse tema do qual não podemos fugir.
O autor

Fausto Luiz Pizani é um estudante de teologia, fi-


losofia, religiões e ciências naturais. Seu objetivo
como ser humano é levar conhecimento ao maior
número de pessoas possíveis através de seus peque-
nos escritos e contos, desenvolvendo assim, um
maior entendimento sobre a vida por parte de seus
leitores.

Seus livros digitais são de fácil acesso a todos


aqueles que queiram aumentar seu conhecimento so-
bre Deus, o universo e a vida.

Misturando filosofia, teologia, ciência, religiões e


autoajuda, Fausto tenta despertar em seus leitores a
curiosidade de sempre se questionarem e refletirem
sobre a existência e qual o nosso papel como seres
humanos nessa jornada.

Fausto acredita que o amor é a maior força pre-


sente no universo e que devemos sempre espalhar
esse sentimento por toda parte e para todas as pes-
soas e seres viventes que habitam conosco neste pe-
queno planeta chamado Terra.

Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e


abrir-se-vos-á. – Jesus Cristo.
Sumário

01-Introdução
02-Os sumérios
03-Os egípcios
04-Os hebreus
05-Os Romanos
06-Os Gregos
07-A morte nas religiões
08-A morte do corpo
09-Devemos temer a morte?
10-A crença Bíblica
11-fim
A passagem

Introdução

Despertamos, abrimos os olhos, geralmente a pri-


meira coisa que fazemos é ascender a luz do quarto
ou o abajur. A luz, o que seriamos sem ela, nos faz
enxergar todas as maravilhas da vida. Quem nunca
viu um pôr do sol ou seu raiar? Quase todos já vive-
ram essa experiência, se você não viveu, viva, pois
você não sabe quanto tempo ainda lhe resta nesse
mundo.
Como um outro dia qualquer, você acorda e faz suas
obrigações. Algumas pessoas trabalham, outras cui-
dam do lar, outras contribuem com a humanidade e
tem até as que não fazem nada, ficam de bobeira es-
perando a morte chegar. Cada pessoa tem seu tempo
divido entre tarefas e obrigações, direitos e deveres,
até que o dia termina e elas vão para cama dormir para
no dia seguinte começar tudo novamente, só que
dessa vez, você não vai despertar, pelo menos não
nesse mundo.
O livro que você está prestes a ler, vai fazer uma
jornada pelas mais diversificadas culturas e descrever
de forma resumida como cada uma interpretava a
morte. Quais eram suas crenças? O que vinha após?
Seria a morte o fim de tudo ou apenas o começo para
uma nova realidade?
Vamos tentar expor aqui um pouco do que cada ci-
vilização acreditava, para que no final, você possa es-
colher em qual delas quer acreditar.

Os sumérios

Os sumérios, habitantes da antiga Mesopotâmia,


acreditavam que a morte não era o fim da vida. A
crença era de que o morto continuava sua jornada em
forma de espírito após a morte. Esse povo acreditava
que as almas deveriam descer a mansão dos mortos
para uma o pagamento de suas falhas e dívidas na vida
física para um possível retorno em uma época mais
tardia. Os antigos sumérios sabiam que todo o uni-
verso era cíclico, portanto, sua crença era de que um
dia as almas poderiam voltar ao corpo físico na forma
de ressurreição, mas antes deveriam descer ao reino
da morte. Infelizmente não temos muito o que sobrou
de documentos sobre a cultura suméria. Mas basica-
mente sabemos que foram eles que deram início a
uma longa jornada que chegaria até os dias de hoje
através de outras religiões
Os egípcios

Para os antigos egípcios, a morte era vista como


uma transição onde a alma se desprendia do corpo,
acreditando ser um estágio para uma outra existência.
Esse povo enxergava o corpo físico como morada
da alma, por isso a preocupação com a mumificação
do corpo. Com isso, desenvolveram várias formas de
mumificação que preservava o corpo por anos.
Logo após a morte, a crença egípcia era de que a
pessoa perdia o acesso a todos os bens que desfruta-
vam na vida anterior.
Para recuperar seus benefícios em uma nova vida, a
pessoa, seja qual fosse a sua posição social ou hierar-
quia, era conduzida pelo deus Anúbis para se apresen-
tar ao Tribunal de Osíris, local em que sofria uma ava-
liação de seus erros por outros quarenta e dois seres
divinos.
Antes do início do julgamento, era entregue ao
morto o “Livro dos Mortos”, onde obtinha as devidas
orientações de seu comportamento durante a sessão a
ser realizada. Para que recebesse a aprovação das di-
vindades, era necessário que o julgado não tivesse co-
metido uma série de infrações, como roubar, matar,
cometer adultério, mentir, causar confusões, manter
relações homossexuais e escutar as conversas alheias.
No ápice do julgamento, Osíris pesava o coração do
falecido em uma balança.
Para que a pessoa recebesse aprovação, seu coração
deveria ser mais leve que uma pena. Caso contrário,
o indivíduo não poderia entrar no Duat, uma espécie
de submundo dos mortos, e sua cabeça era devorada
por um deus com cabeça de crocodilo. Dessa maneira,
a civilização egípcia dedicou uma grande importância
a seus mortos e demonstrou por meio destes rituais
um instigante traço de sua cultura.

Os hebreus

Para os hebreus, a morte era o fim da existência fí-


sica na Terra como é citado na Bíblia, “do pó vieste e
ao pó voltaras”. A crença hebraica era de que eles de-
volviam a Deus o fôlego de vida, ou a ruah, que é o
sopro de vida que Deus insuflou nas narinas de Adão.
Não sabemos ao certo qual era o conceito de vida
após a morte no inicio do monoteísmo hebraico, mas
após varias influências, os hebreus passaram a acre-
ditar na ressurreição da carne, assim como os sumé-
rios.
Em Jó 19.25-26 deparamo-nos com Jó expressando
sua confiança de que, embora talvez ele não chegasse
a ver sua vindicação pessoal nesta vida, ele sabia que
Deus, por fim, faria com que tudo ficasse certo.
Esta confiança o fez expressar a sua convicção de
que ele certamente iria estar diante de Deus mesmo
depois de sua morte física: “Porque eu sei que o meu
Redentor, vive e por fim se levantará sobre a terra.
Depois, revestido este meu corpo da minha pele, em
minha carne verei a Deus”. Este versículo mostra que
o conceito de vida depois da morte era uma convicção
bem primitiva, e que o povo de Deus também acredi-
tava na ressurreição do corpo.

Os Romanos

Para os romanos não tem muito o que se investigar


sobre a morte, eles acreditavam que a morte era ape-
nas um descanso eterno no túmulo. Era comum nos
funerais romanos o corpo ser colocado num caixão
com o símbolo de um cavalo que significava uma vi-
agem para um possível paraíso. Mas a crença básica
era que após a morte física a pessoa viveria um des-
canso eterno.
Os Gregos

Diferente de outras religiões aonde geralmente o


Paraíso, o local para onde vão as almas justas e bon-
dosas, para um descanso em paz e alegre, o qual com
frequência é referido ficar localizado num plano ce-
lestial, para os gregos antigos, o céu era o local da
morada dos deuses, mais especificamente falando do
Monte Olimpo, lar dos deuses gregos.
Quando as pessoas morriam de uma morte justa, os
deuses gêmeos, Tânatos, o deus da morte e Hipnos, o
deus do sono iam buscar a alma e conduzi-la até a en-
trada do Inferno. Porém, quando a morte havia sido
grave, como um assassinato ou um terrível acidente,
as deusas Queres eram as responsáveis por irem bus-
car as almas, pois as Queres estavam associadas as
"mortes violentas". Em algumas versões, diz que Her-
mes também guiava os mortos ao Inferno.
Os chamados Campos Elísios, lugar onde o vento
sereno de Zéfiro (deus do vento oeste) sopra, onde
prados verdejantes se estendem além da onde a vista
alcança. Um lugar onde sempre é dia (em algumas
versões diz-se que a noite existe), onde parece que a
primavera não vai embora, pois os bosques são ver-
dejantes e cheio de frutas e os campos ficam coloridos
com as flores silvestres. Um lugar onde as pessoas
cantam, dançam, leem, declamam poesias, praticam
exercícios, correm, brincam. Um lugar onde não há
dor, sofrimento, e nenhum sentimento ruim e pecami-
noso. Um lugar, onde as pessoas vivem em paz e fe-
lizes.

A morte nas religiões

As principais religiões do mundo também possuem


suas visões únicas após a morte, para os cristãos por
exemplo, quando morremos vamos para o paraíso ou
para o inferno, apesar que a Bíblia não ensine isso
dessa forma, temos também o purgatório que seria um
lugar para as almas se recuperarem. Na Bíblia, in-
ferno representa a destruição, a segunda morte, pois
como pode a alma não sendo matéria queimar? Por-
tanto a crença cristã e na ressurreição da carne após
após um cenário apocalíptico.
Os judeus também acreditam na ressurreição da
carne e em um juízo final e que viveremos em um
novo mundo, o mundo vindouro ou a nova Jerusalém.
Já no hinduísmo a morte é vista como um ciclo in-
finito de renascimentos e mortes em busca da liberta-
ção desse ciclo chamado samsara através do Moksha,
que seria o ser humano se desligar de todo ego e
prisão ao mundo terreno. Após atinir o Moksha as al-
mas não sentem mais necessidade de voltar à Terra e
vivem em união com Brâman, o deus ou alma univer-
sal dos hinduístas.
Parta os budistas era basicamente a memsa crença,
após atingir o nirvana as almas escapavam do ciclo de
nascimentos e mortes.
Como podemos ver nesse pequeno livro, muitas são
as ideias sobre a morte em diferentes povos e religi-
ões, vamos falar agora sobre como o corpo reage a
essa passagem da vida para morte.

A morte do corpo

Muitas pessoas que passaram por experiências de


quase morte e voltaram, relatam diversas visões sobre
divindades celestiais é uma enorme luz brilhante em
um túnel que se aproxima cada vez mais.
Cristãos enxergam Cristo, budistas Buda, judeus
Moisés, Islâmicos Maomé. Existem relatos também
de pessoas que saem de seus corpos e enxergam tudo
o que os médicos estão tentando fazer.
Sobre as visões, a ciência tem uma explicação,
quando sofremos um acidente, dependendo de sua
gravidade, o corpo libera ao cérebro uma substância
chamada Dimetiltriptamina, essa substância é o mais
poderoso alucinógeno que nosso cérebro produz. É
por causa dessa substância que as pessoas têm aluci-
nações cada uma de acordo com sua crença.
Essa mesma substância é a que é utilizada pelos xa-
mãs para execução de rituais xamânicos como a reli-
gião de Santo Daime. Ao tomar o xá de Ayahuasca,
essas pessoas têm sensações parecidas e descrevem
conexões com seres espirituais.
Já a crença de pessoas que se enxergam em mesas
de cirurgia os relatos são feitos por pessoas espíritas,
isso não quer dizer que seja uma ilusão que elas
criam, não sabemos nada sobre a alma nem sobre a
morte.

Devemos temer a morte?

É fácil perceber que a morte ainda é o maior medo


da raça humana pelo simples fato de ninguém saber o
que acontece nessa passagem.
Immanuel Kant tem uma frase interessante sobre a
morte que diz “Se vale a pena viver e se a morte faz
parte da vida, então, morrer também vale a pena - Im-
manuel Kant”
Epicuro também acreditava que a morte não poderia
ser algo ruim, porque quando morremos não existi-
mos mais.
Vou deixar aqui a visão epicurista da série Tetra-
pharmakon que é muito interessante e vale a pena ler.
A filosofia de Epicuro funda-se em sua física. Seu
materialismo é radical, até os deuses indolentes estão
no plano material. Existem apenas “corpos, uns são
compostos, outros são elementos que servem para fa-
zer os compostos” (Epicuro – Carta a Heródoto). São
estes átomos “indivisíveis e imutáveis” que consti-
tuem o mundo. Em movimento perpétuo, eles promo-
vem novos arranjos na medida em que se chocam en-
tre si. O encontro fortuito destes elementos produz a
realidade, mas o mesmo movimento desfaz e trans-
forma o estado de coisas. É clara a influência de De-
mócrito e Leucipo, mas infundada a acusação de que
Epicuro apenas os copiou.
Não há moral que transcenda as sensações. Todo
bem e mal está no corpo, no movimento incessante de
seus elementos e, portanto, nos bons e maus encon-
tros que este movimento proporciona. A morte é tão
somente o desligamento do corpo, não no sentido de
uma separação entre corpo e alma, pois não há aqui
esta separação. A alma é para o corpo como uma sede
de sensibilidade, nada mais. Epicuro despreza os
além-mundos religiosos, não há, pois, uma recom-
pensa após a morte, tampouco uma punição.
“Não existe nada de terrível na vida para quem está
convencido que não há nada de terrível em deixar de
viver” – Epicuro, Carta sobre a Felicidade (a Mene-
ceu)”
A perspectiva materialista implica na efemeridade
do presente: o que foi já não é e o que será ainda não
é. A morte, portanto, não existe na vida. “Quando es-
tamos vivos, é a morte que não está presente; ao con-
trário, quando a morte está presente, nós é que não
estamos”. Ou seja, o que nos aflige não é a morte, mas
o medo dela! Isso porque só o pensamento da morte
existe em nós! Desta forma, Epicuro parece estar que-
rendo nos dizer, ‘ter que morrer coloca mais proble-
mas do que propriamente morrer”.
Bem viver supõe ignorar as pulsões de morte, re-
quer que coloquemos em seu lugar uma celebração
intensa da vida. “Nem desdenhar a vida, nem temer
deixar de viver”, eis uma boa prática. Sobretudo, dei-
xar de amaldiçoar a vida pelo fato de que ela é um
movimento com começo, meio e fim. Devemos nos
preocupar em colher os frutos de um tempo bem vi-
vido, ainda que breve.
Eis como Epicuro celebra a vida, com a morte da
morte, não há motivos para pensar nela, a menos que
seja da maneira Estoica, como um meio de fortificar
a vida (veja aqui). Epicuro erige uma filosofia mate-
rialista e hedonista onde a morte não tem lugar. Pre-
cisamos então matar a morte!
Como podemos ver, a morte não assusta todas as
pessoas da mesma maneira, mas um grande número
de pessoas, têm medo da morte porque sabem que não
fizeram o bem nesta vida e em quase toda cultura ou
religião a morte é vista como um preço a ser pago pe-
las nossas falhas.

A crença Bíblica

A crença Bíblica na morte é uma das mais confor-


táveis quando entendida de forma correta. Tudo co-
meçou com os hebreus, que como vimos acima, acre-
ditavam que quando morremos, devolvemos o fôlego
de vida a Deus e voltamos ao pó da terra. A Bíblia nos
ensina que quando isso acontece, quando esse fôlego
volta a Deus isso permanece em sua memória até o
dia da ressurreição dos justos e injustos. Os justos se-
riam quem conheceu a verdade sobre Deus e foi apro-
vado por ele, os injustos aquelas pessoas que não co-
nheceram a vontade de Deus e serão julgadas de
acordo com seus atos.
Os justos serão julgados para uma ressurreição de
vida eterna e os injustos com uma segunda morte de-
pendendo de seus pecados, mesmo alguns injustos
podem receber uma oportunidade de viver nos 1000
anos governado por Cristo, ou seja, os injustos apenas
deixarão de existir enquanto os justos viveram nessa
mesma, Terra governada por Cristo por 1000 anos e
depois devolvida a Deus.
Nesses 1000 anos, o mal será preso e depois dos
1000 anos será solto por um breve período de tempo
para Deus ver quem realmente merece a eternidade, a
Bíblia ainda descreve que mesmo algumas pessoas
vendo os milagres de Jesus, o mal vai conseguir levá-
las, após esse tempo, o mal será destruído e viveremos
a eternidade.
Eu não acredito que a morte seja algo ruim, a mai-
oria das pessoas tem essa visão devido o que as cren-
ças pregam, em minha opinião, o conceito de karma
resolve esses conflitos, ou seja, uma pessoa má vai
pagar nessa mesma vida a consequência de suas más
atitudes, pois se quando uma pessoa morre Deus de-
cidir lhe dar outra chance de viver, é necessário que
ele perdoe essa pessoa e não a coloque novamente no
mundo para castigá-la.
Somos todos filhos de um mesmo Deus, acredito
que Deus não seja um tirano para fazer com que uma
pessoa pague pela eternidade pelos seus erros, como
disse acima, acredito que o próprio pecado, o peso na
consciência, já seja o suficiente para tirar a paz de
qualquer pessoa má.
Espero que este pequeno livro possa ter lhe trazido
um pouco de conhecimento sobre esse grande misté-
rio que um dia descobriremos sozinhos e que se pos-
sível, nossa alma parta em paz e que seja feita a von-
tade daquele que nos criou.

Fim

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