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Tratado acerca de Jesus

Introdução

“É necessário que ao menos uma vez na vida você


duvide, tanto quanto possível, de todas as coisas. -
René Descartes”

Jesus com certeza foi o maior líder espiritual que já


viveu entre nós, dividiu o tempo da humanidade em
duas partes, instruiu-nos a propagar o bem e o amor,
mas será que tudo o que foi escrito a seu respeito é
verdade, seria Jesus deus encarnado? Vamos expor
aqui alguns pensamentos para reflexão racional.
O povo de Israel sempre adorou o Eterno, Adonai,
para os judeus, o Eterno é o responsável sobe todas as
coisas.
Desde os firmamentos do universo até o comporta-
mento da vida foi criada e é sustentada pele Eterno.
Existem 613 códigos de conduta na Torá, que os
cristãos conhecem como pentateuco. Esses códigos
eram as leis de Moisés. No misticismo acredita-se que
o Eterno lhe entregou a Torá no monte Sinai.
É evidente que nem tudo que se diz a respeito destas
ações são verdadeiras, pois um deus amoroso jamais
mandaria apedrejar um ser humano, as leis de Israel
eram leis morais como existem em todos os países e
deveriam ser seguidas pelo povo.

Messianismo

O messianismo sempre fez parte da tradição ju-


daica, messias significas aquele que é ungido, isso era
constantemente feito aos reis de Israel, como Davi por
exemplo (Unção com óleo).
O Tanakh (Velho Testamento) traz inúmeras profe-
cias de um messias redentor que viria a humanidade.
“O Senhor teu Deus te levantará um profeta do meio
de ti, de teus irmãos, como eu; a ele ouvireis; - Deu-
teronômio 18:15”
Ninguém sabe se está profecia fala a respeito de
Cristo, pois para os judeus, Josué era este tal profeta.
Existem inúmeras profecias sobre a vinda de Cristo
e seu reino, isso não podemos negar, mas será que os
evangelhos nos contam a verdade sobre Jesus? Va-
mos aos fatos.
Jesus era fariseu, seguia as leias mosaicas, naquela
época já havia mudado muitas leis, não era mais feitos
sacrifícios com tanta frequência, quando os pecadores
levam a adúltera a Jesus para ser apedrejada, foi uma
tentativa de fazer Jesus cair em contradição, pois se
ele a livrasse, seria acusado de blasfêmia contra a lei
de Moisés. Mas Jesus era esperto e saiu desta com
maestria, mandou que quem estivesse livre de pecado
atirasse a primeira pedra e todos forma embora.
Há uma controversa nesta história, pois o correto
era Jesus ter perguntado: Onde esta o homem que
adulterou com ela? Pois o homem também deveria ser
castigado.
Muito do que foi dito sobre Jesus pode ter sido ma-
nipulado pelo Concílio de Nicéia, onde foi feito uma
enorme reunião para discutir a divindade de Cristo.
Sabemos que neste Concílio foram decididos quais li-
vros seriam inclusos na Bíblia Romana e quais seriam
ditos como hereges, portanto, o novo testamento é
uma escolha humana e não divina, pois foram os mes-
tres do Concílio através do pedido de Constantino que
não sabia nem escrever que elaboraram o Novo Tes-
tamento.
Vamos agora ao tema principal do tratado.
A encarnação do verbo

“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com


Deus, e o Verbo era Deus.
Ele estava no princípio com Deus.
Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada
do que foi feito se fez. - João 1:1-3”

Segundo o cristianismo, Jesus sempre existiu, es-


tava ao lado de Deus como seu filho. Isso não existe
no judaísmo, no judaísmo, só existe o Eterno e os an-
jos, talvez Jesus poderia ser um anjo, mas não mais
especial que os demais.
A ideia de que tudo foi feito através do messias é a
de que quando o Eterno decidiu criar tudo no uni-
verso, ele criou por nós e para nós, em sua mente, ele
queria que o ser humano fosse como Jesus foi, por
isso criou Adão sem pecado, e Jesus viveu sem pe-
cado, por isso não conheceu a morte.
Jesus nunca afirmou ser Deus, ele se autoprocla-
mava o filho do homem, exceto em algumas passa-
gens onde ele diz: Antes de Abraão, eu sou. Ou seja,
ele sabia que a ideia do messias estava com o Eterno
desde o princípio, mas não ele e sim a ideia do mes-
sias.
Judaísmo

Os judeus não adoram nada se não Adonai, o


Eterno, para eles Jesus foi apenas mais um profeta en-
tre os mestres de Israel. O Eterno criou tudo, porque
precisaria enviar um filho para se sacrificar pela hu-
manidade e salvá-la de seus pecados? Pois se este era
o intuito do Eterno, então todos deveriam ser salvos e
o mundo nunca mais passaria por um julgamento.
Judeus não adoram nada, somente Adonai, o
Eterno, pois é ele que é capaz de enviar seus anjos e
dar ordens para que sua vontade seja feita.
Não que não devemos respeitar Jesus, assim como
devemos respeitar Buda e outros místicos que nos
trouxeram grandes ensinamentos humanitários, mas
adoração é somente ao Eterno.
Para mim Jesus foi um ser humano como eu e você,
ele apenas revelou em si mesmo os dons de deus, o
que pode ser conseguido através da Cabala.
É evidente que chegar ao nível de Cristo é pratica-
mente impossível para qualquer ser humano, mas
através dos mandamentos do Eterno e do serviço co-
munitário, podemos aliviar o fardo do que é a vida e
nos tornarmos um com o Eterno.
“Respondeu-lhes Jesus: Não está escrito na vossa lei:
Eu disse: Sois deuses? - João 10:34”

“Digo-lhes a verdade: Aquele que crê em mim fará


também as obras que tenho realizado. Fará coisas
ainda maiores do que estas, porque eu estou indo para
o Pai. - João 14:12”

Fim

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