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Akhnaton

O fracasso dos ensinamentos de


Akhnaton, que não sobreviveram a
Ele, sob a forma de uma religião
estabelecida, pode ser encarado
como verdadeira tragédia histórica.
Podemos explicá-lo, podemos, até,
tentar redimi-lo; contudo, o amargo
fato se impõe, já que nada é capaz
de alterar o passado. (Savitri Devi).
Sim, concordo com Savitri. Nada é
capaz de alterar o passado; o que
está feito está feito e registrado.
Mas cada um de nós pode alterar o
presente para construir um futuro
mais digno, mais fraterno e mais
justo. Isso só custa uma coisa:
vontade. Seja lá como for que venha
a ser, estes versos de Akhnaton são
eternos:
Quão múltiplas são Tuas obras!
Estão ante o homem escondidas.
Oh! Deus Único!
Em cujo lado não há nenhum.
Tu criaste a Terra
segundo Teu Coração.

Objetivo do Trabalho

Este trabalho tem uma única finalidade: à semelhança


do livro de Savitri Devi, Filho do Sol1, tentar mostrar a
perfeição místico-espiritual de Akhnaton (o Santo Faraó
Iniciado nos Mistérios Solares que fez do Disco Solar
Alado o símbolo material do Verbum Æternum, Dimissum
et Inenarrabile – Aquele que vive em Maat, por Maat e
para Maat, a Verdade, e representa, na Terra, a Glória
inextinguível de Aton), que, conforme diz o próprio Savitri,
mil anos antes de Sócrates e cerca de novecentos antes
de Buddha, uniu os aspectos mais evidentes do
Racionalismo à certeza intuitiva e profunda da unidade de
Deus, da unidade da vida e da fraternidade entre todas as
criaturas. Akhnaton viveu com religião e razão, lado a
lado. Como não perco uma oportunidade de fazer uma
brincadeira, acho que o meu querido Faraó não fez
nenhuma vantagem; afinal, Akhnaton sabia muitíssimo
bem que todos somos um. Se Ele não soubesse, aí sim,
seria uma enorme vantagem.

Agora, vamos viajar um pouquinho até Washington, D.


C.. Imaginem a seguinte cena: George Walker Bush (que
nasceu um dia depois de mim), Tony Blair (que é bem
mais moço do que eu), Vladimir Vladimirovich Putin (que
também é mais moço do que eu, mas é mais velho do
que o Tony), Jacques René Chirac (esse senhor é mais
velho do que todos nós, mas além de ser presidente da
República Francesa agasalha por inerência, isto é, ex
officio, o título histórico e sentimental de co-príncipe de
Andorra) Mahmoud Ahmadinejad, Muammar Kadafi, Kim
Jong-il, Ehud Olmert, Mahmud Abbas, Moqtada al-Sadr,
Ismail Haniyeh, Bashar al Assad, Usama bin Laden, Fidel
Castro (já recuperado, mas ainda muito magrinho) e o
Secretário-geral da ONU Ban Ki-moon tomando lemonade
e degustando uma deliciosa apple-pie (feita para a
ocasião com todo esmero por Laura Bush) em uma tarde
ensolarada de domingo nos jardins da White House –
todos reunidos a convite do Presidente americano para
tentarem dar um basta definitivo nas querelas
internacionais. Essa utópica maravilha foi possível (ainda
que tudo quase tenha dado em barrelada por causa do
Fidel que, apesar de convalescente, não parava de fumar
aqueles gigantescos charutos cubanos) porque Bush –
em um dream-insight espiritual que nem ele conseguiu
entender lá muito bem – viu a Humanidade inteirinha, de
mãos dadas, cantando Guantanamera, e percebeu,
então, chorando emocionadíssimo, que somos todos um.
Estupendo! Contudo, corre à boca pequena que a dupla
Condy Rice/Dick Cheney ficaram furibundosfuribundíssimos
da vida com esse insight 'extempiritual' (extemporâneo e
espiritual) do Presidente. Já pensaram no pandemônio
que deve ter se instalado na cabeça do Bush, na White
House, no Pentagon, na CIA, no FBI et cetera?
Entretanto, isso sim é que seria a verdadeira vantagem
das vantagens ou a assunção das assunções (muito
maior do que a de Akhnaton que viveu religiosamente e
racionalmente, isto é com religião e razão lado a lado),
ainda que os donos dos canhões viessem a ficar
desesperados e providenciassem rapidinho uns
atentadozinhos aqui e ali para acabar logo com essa lua-
de-mel internacional de araque (lua-de-mel de araque
segundo eles – os donos dos canhões – pois o melhor
negócio do mundo não é o petróleo, como muitos
pensam, mas as guerras; não segundo os autênticos
espiritualistas que aguardam pacientemente por essa
bendita lua-de-mel). Ainda que a chance de isso poder
acontecer seja de uma em um zilhãoquilhão, vou dizer só
uma coisa: eu não perco a esperança. Como Akhnaton,
meu Sacrossanto Iniciador, que não perdeu a esperança
em momento algum de sua curta vida, eu também não
perco a minha; vou lutar até o último dia de minha
existência terrena para que o charivari (galicismo à parte)
que tomou conta do Planeta, e em particular e mais
recentemente do meu muito querido Rio de Janeiro, dê
uma reviravolta. No plano internacional, quem sabe, o
Senhor Presidente dos Estados Unidos da América,
George Walker Bush – que nasceu em 6 de Julho de
1946, sendo, por isso, mais moço do que eu apenas um
único dia – possa ter mesmo um dream-insight espiritual
que venha do Leste. Se ele tiver e agir espiritualmente de
acordo com ele (porque não adianta lhufas nem bulhufas
de pitibiribas alguém ter um insight, não tomar qualquer
providência e tudo acabar ficando como dantes, como
aconteceu em um certo quartel-general, em Abrantes, em
Lisboa, no tempo da primeira invasão francesa, em 1806),
eu garanto que o mundo inteiro o aplaudirá. Iraque,
Palestina e o Estado Islâmico do Afeganistão precisam
encontrar o caminho da paz. O resto do mundo e nós,
também. Se não tomarmos cuidado, acabaremos nos
bombardeando uns aos outros por causa de água! Por
que escovar os dentes e fazer a barba, por exemplo, com
a torneira aberta desperdiçando água?

Quanto a este trabalho (que foi me entristecendo muito


à medida que foi nascendo), o que fiz foi tão-só
colecionar nas obras estudadas e nas páginas da Internet
e nos Websites visitados fragmentos preservados dos
ensinamentos de Akhnaton, depoimentos esclarecedores
e reflexões inspiradoras de consagrados escritores sobre
a vida e a obra deste ilustre e santo Faraó. Entretanto,
preciso advertir e recomendar ao leitor para que evite
comparar os excertos, no sentido de desprezar ou anular
uns e privilegiar ou priorizar outros; aqueles que
aparentemente possam estar em desacordo entre si são
simplesmente complementares, principalmente pelo fato
de que o intervalo de tempo entre a divulgação de um e
de outro, em certos casos, pode ter sido de décadas,
séculos ou de milênios. Como sabemos, o que é
divulgado hoje, não poderia ter sido há cinqüenta, cem
ou duzentos anos. Por tudo isso, a parte final e
substantiva deste ensaio foi intitulada de Revisitando o
Sonho de Akhnaton, pois a pesquisa não se limita
apenas a excertos do pensamento de Akhnaton – já que
são muito poucas as referências às memórias deste
ilustre Faraó, que (publicamente) chegaram até nós. O
que está reservado aos Iniciados de sua Escola, eu
presumo que continuará reservado e que jamais será
publicado.

Para levar a cabo esta laboriosa pesquisa e poder


disponibilizar concertadamente o que encontrei de mais
significativo nos autores estudados, ao final de cada
fragmento utilizei, para referência do leitor, as siglas
abaixo; quando não houver uma sigla ao final do excerto,
o que é raro, o fragmento é de minha autoria, todavia
retirado e editado das fontes consultadas – não tenho
qualquer vocação para ser dono da verdade. Eis as
siglas:
Alexandre David de Oliveira Passos = AD
Arthur Weigall = AW
A. S. Franchini & Carmen Seganfredo = (ASFCS)
Chistian Jacq = CJ
Corinne Heline = CH
Eustáquio Anddréa Patounas = EAP
Faraó Nefer-Kheperura (Bela Essência do Sol) Ua-en-Ra
(Apenas Um do Sol) Amenhotep IV, 98º Nisut da Religião
Khemética e Grande Kheri-Heb de Aton do Antigo Egito
(Khem) – Akhnaton = Akhnaton
Flinders Petrie = FP
Frater Velado = FV
Harvey Spencer Lewis = (SA)
Henrique Rosa = HR
James Baikie (JB)
James Henry Breasted = JHB
Juscelino Kubitschek de Oliveira = JK
Kanefer Anpu Mubarak = KAM
Livro Secreto de Ausar = LSA. Este é um livro
estritamente reservado aos Altos Sacerdotes de Osíris da
Antiga Religião Khemética – KMT, ao qual não tive e não
posso ter acesso. O importantíssimo, insólito e revelador
fragmento que posteriormente apresentarei, retirado
desse livro, está citado no e-book Akhnaton e o Logos
Solar (A Obra do Primeiro Monoteísta) de Alexandre David
de Oliveira Passos, probacionista da Fraternidade
Rosacruz Max Heindel, cujo endereço (recomendado)
para consulta é:
http://svmmvmbonvm.org/akhenalogos.htm

Ralph Maxwell Lewis = RML


Savitri Devi = AD
Sigmund Freud =SF
Wallis Budge = WB

Devo, ainda, advertir que a terceira parte do estudo não


está em ordem cronológica de absolutamente nada e
nem prioriza os ensinamentos de Akhnaton ou os
depoimentos/reflexões dos escritores pesquisados.
Didaticamente, misturei tudo. Por isso, à primeira vista,
este estudo, que ora divulgo na WEB, poderá parecer
uma colcha de retalhos. Mas certamente que não é; ao
final da leitura, tenho certeza de que terá sido construída
pelo leitor uma pintura mental consistente dos
ensinamentos e da vida Daquele que foi uma das LLuzes
projetadas em Khem, por amor e conscientemente para
os seres deste Planeta. Como complementação
preliminar, seria interessante que o leitor desse uma
paradinha aqui e pesquisasse o significado dos termos
Dharmakaya (Corpo de Essência ou Corpo Absoluto),
Sambogakaya (Corpo de Gozo) e Nirmanakaya (Corpo de
Emanação), todos derivados do Budismo. Sugestão para
uma rápida visita:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Kaya_(budismo)

Enfim, um último esclarecimento: preferi apresentar o


resultado final desta pesquisa desta forma, ao invés de
escrever mais um texto sobre a vida deste Illuminado
Faraó. Eu teria pouco a acrescentar ao que já está
divulgado; o muito pouco que sei que não está publicado,
por juramento, não posso tornar público. Em vista disso,
seria, mais ou menos, como elaborar e construir um texto
em cima do que já foi organizado e escrito, ainda que o
próximo item – Alicerces Místico-Históricos da Ordem
Rosacruz AMORC (e de outras Fraternidades
Rosacruzes) e Biografia Sucinta de Akhnaton – tenha
sido elaborado por consulta à bibliografia disponível.
Entretanto, com relação à última parte desta pesquisa,
não me pareceu que reescrever parafraseando o que já
está escrito fosse adequado ou conveniente. De qualquer
forma, como muitos conhecem pouquíssimo a respeito do
Filho de Aton2, devo repetir: ao final da leitura, estou
plenamente convicto, terá sido construída uma pintura
mental e espiritual muito bonita com os principais
ensinamentos e os aspectos mais emocionantes da vida
Daquele que foi uma das LLuzes que projetou sua Santa
Consciência para tentar Illuminar os seres-no-mundo este
Planeta – Akhnaton, o Filho de Aton, que viveu em Maat,
por Maat e para Maat, entendendo-se Maat como uma
abstração da Ética Divina, com seus atributos de Justiça,
Paz, Liberdade e Equilíbrio. Como bem escreveu Christian
Jacq no penúltimo parágrafo do seu livro Nefertiti e
Akhnaton - o Casal Solar, a experiência atoniana foi uma
luz (LLuz) para a eternidade. Conclui Christian Jacq:
Contemplar o Sol, tomando consciência de que Ele
transmite o Divino é um ato sagrado. Tentar compreender
a aventura amarniana exige, de uma certa forma, esta
meditação sobre uma luz (LLuz) que, para além da
História, é de ordem eterna.

Enfim, se ao final deste estudo você decidir fazer uma


breve meditação... Quem sabe... Aquilo que julgamos ser
impossível, às vezes se torna possível! Paz Profunda.
Alicerces Místico-Históricos
da Ordem Rosacruz AMORC4
(e de outras Fraternidades Rosacruzes)
e Biografia Sucinta de Akhnaton

Tradicionalmente, a Ordem Rosacruz AMORC remonta


à época da XVIII Dinastia de Khem (Antigo Egito), tudo
começando na Escola de Mistérios do Faraó Akhnaton,
sob os auspícios da Grande Loja Branca. A XVIII Dinastia
(criada pelo Faraó Ahmés que retomou o poder em 1550
a. C. após a expulsão dos Hicsos, povos de origem
asiática que comandaram o Egito por quase duzentos
anos) marcou o ápice e o declínio da cultura egípcia.
Naquela época, usualmente, os símbolos tinham para as
pessoas em geral significados exotéricos distintos.
Contudo, ordinariamente, MA e RA eram sentidos,
entendidos e totalmente respeitados como emblemando a
polaridade negativa e a polaridade positiva, sendo RA um
dos poderes criadores masculinos mais celebrados. A
polaridade positiva RA era representada, geralmente, por
um Disco Solar, e os dois símbolos reunidos, RA e MA,
representavam um modelo sobre a criação da Terra e da
vida pela combinação de forças duais. Nesse sentido, os
ensinamentos secretos eram ministrados e dialeticamente
discutidos em locais particularmente destinados para
essa finalidade notável e excelsa. Em alguns casos
específicos, classes especiais reuniam-se em aposentos
particulares do Faraó reinante. Dessas Reuniões, das
quais participavam as mais seletas e insignes
mentalidades da época, surgiu uma Ilustre Sociedade
Secreta e Autocrática - a Grande Fraternidade Branca.
Segundo Harvey Spencer Lewis (Sâr Alden), o primeiro
Faraó que reuniu grupos de místicos em seus aposentos
privados foi Ahmose I - o Libertador - (1580-1557 a. C.).
Nessas classes de estudantes não havia distinção de
sexo. Os ensinamentos de Jesus, no que concerne à
emancipação da mulher, são um eco do que era
praticado nas Escolas Heliopolitanas de Mistério do Egito
Antigo. Afinal, em princípio, a Rosa de Sharon foi
educada segundo as Leis Essênias e bebeu do mesmo
leite que Akhnaton. Tudo é um.

Mas, o esforço inicial para a organização da


Fraternidade bem como a criação de suas regras e de
seus estatutos preliminares são devidos ao Faraó
Thutmose III, que reinou até oitenta e nove anos,
passando pela transição em 1447 a. C. Esse Insigne
Faraó, ao que indicam os registros autênticos da Ordem
Rosacruz AMORC, enquanto manteve a forma externa da
religião por motivos estratégicos e políticos (os Kheri Hebs
- Altos Sacerdotes Egípcios - eram extremamente
influentes e poderosos naquelas pulsações),
implementou e organizou a estrutura orgânica da Secreta
Irmandade, aplicando-se em segredo e em silêncio às
Doutrinas Místicas. A ameaça permanente de invasões
por países vizinhos e a sombra diuturna e freqüente da
guerra pairavam sobre Khem. Assim, a vida de Thutmose
III e a própria segurança do País eram dependentes da
cooperação militar e da manutenção tolerante da velha
religião. Uma mudança radical durante seu reinado
provocaria uma provável reviravolta insuportável para o
povo e para o Estado, e, indubitável e dolorosamente,
10/03/2024, 12:47 AKHNATON

certamente haveria de contemplar conseqüências


aleatórias e desestabilizadoras. Thutmose III foi um Sábio;
não um locupletador menor ou um nefelibata sandeu.

A instalação do Primeiro Grande Conselho Iniciático


daquilo que muitos séculos mais tarde tomaria corpo
como a AMORC (e outras Fraternidades Rosacruzes)
aconteceu durante a semana - segundo o calendário
atual - que começou em 28 de março e se encerrou em 4
de abril de 1489 a. C. Doze Fratres e Sorores tiveram
assento especial e privilegiado nesse Supremo Conselho
composto por 9 (nove) Irmãos e 3 (três) Irmãs. É
extremamente simbólica e significativa tal combinação
numérica, como é, também, o número dos ilustres
integrantes desse Conselho. Na esfera do Misticismo
Arqueométrico Iniciático, a peculiar conformação deste
Conselho de imediato remete para o número 39 (trinta e
nove), que, por adição teosófica, sucessivamente, se
reduz, a 12 (doze) e a 3 (três). Mas, 1 (um) e 3 (três)
estão mística, cabalística, arqueométrica e
esotericamente interligados. Observe-se que o Valor
Pleno (soma dos Valores Externos das letras que
compõem uma palavra) da primeira letra hebraico-
arqueométrica, ALePh, é igual a 111 (1 + 30 + 80), sendo
que a adição teosófica dos algarismos do número 111 é
igual a 3 (1 + 1 + 1). Então, em termos místico-teosóficos,
fica de plano evidente que 39 = 12 = 3 = 1. O número 12
tem, ainda, a seguinte contraparte místico-cabalístico-
arqueométrica: 12 é a combinação ainda não cumprida de
3 e de 4, que somados dão 7, multiplicados dão 12 e têm
como ápice o 5. Tanto o 7 como o 12 aguardam,
respectivamente, suas culminações meritocráticas em 8 e
em 13; e 13, depois de 12, é a expressão do 1, em outro
nível, em um outro Tempo ou Plano, numericamente
simbolizado por 50 (cinqüenta), Tempo ou Plano no qual
se dará a Revelação integral do Verbum. Explicando: 13 =
paxprofundis.org/livros/akhnaton/akhnaton.htm 11/68
1 + 3 = 4; e 4 = 1 + 2 + 3 + 4 = 10. Teorema de Pitágoras:
3, 4, 5 —› 9, 16, 25, de tal sorte que 9 + 16 + 25 = 50.
Logo, 5 e 50 se equivalem. Tetractys: 10 = 1. Não há
fortuitidade em Misticismo. A dupla Regra é: Mérito ou
ignorância. LLuz ou treva. Vida ou morte.

A Irmandade, na época, não recebeu nenhum nome


profano, e a própria palavra Rosacruz não foi mencionada
pela Agremiação nem por ela utilizada. Essa Irmandade,
portanto, não era Rosacruz no sentido em que a AMORC
e outras Ordens Rosacruzes (como, por exemplo, a The
Rosicrucian Fellowship - Fraternidade Rosacruz -
fundada por Max Heindel3) são hoje internacionalmente
conhecidas. Mas, suas raízes, princípios e objetivos
derivam e datam daquela Venerável, Augusta e Antiga
Fraternidade, que, por sua vez, vinha de muito mais
longe. O que é certo é que os primeiros reis egípcios
foram Iniciados pelos Mestres Atlantes, que oficiavam os
vários graus de Iniciação no Templo de Mistérios da
Grande Pirâmide, conforme afirma Alexandre David de
Oliveira Passos, e conforme sabem todos os
Rosa+Cruzes.

Antes de seu falecimento, Thutmose III entronizou seu


filho, Amenhotep II, como co-Regente do Reino.
Sucederam-no Thutmose IV (consagrado pelos
sacerdotes de Heliópolis como 'Filho de Aton que purifica
Heliópolis e satisfaz Ra'), Amenhotep III e Amenhotep IV,
último Grande Mestre da estirpe do Fundador e com o
qual estão bem familiarizados todos os Rosacruzes de
todas as Fraternidades Rosacruzes hoje instaladas. Este
Ilustre Hierofante nasceu em 24 de Novembro de 1378 a.
C. e aos onze anos foi coroado Faraó. Sua Filosofia e
seus Ensinamentos, pertinentes e presentes até os dias
de hoje, continuam a ser ministrados e examinados
universalmente em todos os trabalhos realizados nas
Lojas Rosacruzes e nos Sancta privados. Entretanto, para
o grande público, até mais ou menos um século, tudo
isso ficou enterrado e oculto nas areias do Egito. Foram
aproximadamente 3.300 anos de completo silêncio.
Quase imediatamente após a Grande Iniciação de
Akhnaton, seus ensinamentos místicos foram
substituídos, a cidade que construiu foi demolida pedra
por pedra, e seu nome foi anatematizado, profanado e
sua memória sistematicamente apagada. Mas, por que
sucedeu assim? Savitri Devi, com quem concordo, tem
uma explicação muito simples, mas muito apropriada: o
culto a Aton fracassou porque dispensou os três
elementos básicos que contribuem para difundir qualquer
religião: a mitologia, os milagres e, em escala maior ou
menor, uma doutrina definida no que se refere à vida
futura. A única maneira de a nova religião ter obtido êxito
internacional era a violência, coisa que Akhnaton, o rei
mais rico e poderoso de seu tempo, abominava, pois seu
Coração universal era todo-Amor e todo-Compreensão,
isso para resumir a coisa com simples categorias
humanas. Para Akhnaton, tudo deveria acontecer
normalmente, progressivamente, ascensionalmente, no
Coração. Empregar força física ou aplicar intimidação
moral, portanto, não resultariam em nada de efetivamente
positivo ou ideal, e se a novíssima religião assim
nascesse acabaria se tornando mais uma religião
fundada no autoritarismo e no sangue. Isso, Akhnaton
não poderia admitir. Assim sendo, o Monoteísmo Solar de
Akhnaton – que não contemplava qualquer tipo de idéia
fantástica ou estereótipo mitológico, que não apresentava
milagres públicos a título de convencimento das massas
e que não cogitava da vida futura como prêmio ou castigo
por bom ou mau comportamento nesta vida – deveria
esperar mais ou menos 1.350 anos para receber um novo
impulso, ainda que com uma nova exterioridade, hoje
completamente adulterada.

A Proclamação do Faraó Solar Amenhotep IV pelo


Supremo Conselho como Mestre ocorreu em 9 de abril de
1365 a. C., no Templo de Luxor, em presença de toda a
família real e de sua futura esposa, Nefertiti (a bela que
veio). Para ver um retrato muito próximo da realidade, já
que Nefertiti não era fisicamente como está geralmente
apresentada em sua iconografia, sugiro uma visita à
Galeria de Quadros do Frater Vicente Velado, FRC, nos
Websites:
http://www.maat-order.org/galleryvel.htm

http://macarlo.com/novaera/galleryvel449.htm

A vida pública desse ilustre, incompreendido,


extraordinário e querido Faraó (carinhosamente chamado
pelos seus súditos, como recordou Alexandre David de
Oliveira Passos, de Senhor do Sopro da Doçura) é
bastante conhecida e, por isso, resumirei, tão-somente,
determinados episódios relevantes concernentes à sua
atuação mística.

Cosmicamente inspirado (desde jovem não lhe


agradavam as atividades relacionadas com a caça e o
manejo de armas), aboliu a adoração de ídolos e a
multiplicidade de deuses então existentes, instaurando o
culto a um só Deus, cuja manifestação física era
representada pelo Sol (Aton, a Energia no interior do
Disco) – o Símbolo da Vida e do Deus Verdadeiro –
consoante as Doutrinas Secretas nas quais era Iniciado e
das quais era depositário e profundo conhecedor. De
passagem, deixo uma pergunta para meditação: Qual a
diferença doutrinária entre os Preceitos Místicos de
Akhnaton e as Doutrinas Secretas e Públicas de Jesus - a
Rosa de Sharon?

A grande inovação geral e publicamente anunciada por


Akhnaton foi a mudança do culto ao Sol, como mais um
deus entre diversos deuses, para o culto de um
incomparável e único Deus (im)pessoal simbolizado pelo
Sol físico, pois Akhnaton estava absolutamente cônscio
de que todos os caminhos se abrem à chegada de Aton,
conforme Ele deixou escrito em seu Grande Hino a Aton.
Este fato enfureceu os seguidores da velha religião, mas,
timidamente, deu sustentação ao começo do monoteísmo
em Khem (ainda que haja defensores da idéia de que
Akhnaton fosse henoteísta, isto é, cultuasse uma única
divindade, considerada suprema, mas não negando a
existência de outros deuses) e à origem da
admissibilidade e da adoração de uma Divindade real,
espiritual, não-terreal, exclusiva, existente por Si e
presente em tudo e em todos, ainda que em potência e
oculta em cada ser, dependendo, por isso mesmo, de
cada um transformá-La conscientemente no Mestre-Deus
de seu Coração, coisa que só era ensinada aos Altos
Iniciados de sua Fraternidade, pois o povo, em geral,
ainda não estava preparado para esta suprema,
consciente, responsável e irreversível aventura, ainda
que, como expliquei mais acima, Akhnaton soubesse que
tudo, para todos, sem exceção, deveria acontecer
normalmente, progressivamente, ascensionalmente, no
Coração. Mas, para se fazer uma fritada de ovos é preciso
quebrar os ovos. Em outras palavras: antes de o
candidato poder conhecer os Mistérios Maiores (que,
como disse Annie Besant, jamais serão publicados em
livros e só podem ser transmitidos de Mestre a discípulo)
é preciso que o postulante tenha sido aprovado nos
Mistérios Menores. Logo, é fácil de se perceber que a
nova Religião de Akhnaton era, por assim dizer, dividida
em dois segmentos programáticos: um público, para o
povo; outro privado, para os Iniciados. Entretanto, pelo
mérito – exclusivamente pelo mérito – os catecúmenos de
Khem poderiam, no tempo próprio, cruzar, Câmara por
Câmara, o Umbral do Templo. Para que um neófito se
tornasse um Illuminado da Religião de Khem deveria
conquistar, por esforço pessoal, esse Sagrado Privilégio.
Uma imagem muito boa para se meditar é a seguinte
seqüência:

Um outro passo simbólico e muito interessante do


Grande Hino a Aton (que é todo simbólico e Iniciático) é o
que faz referência ao passarinho, que uma vez fora [do
ovo], corre com seus próprios pés. Isso, realmente, não
poderia interessar aos Kheri Hebs de Amon, como
continua a não interessar, hoje, a todas as religiões
lunares, pois todas baseiam sua estrutura de
funcionamento e de perpetuação no autoritarismo clerical,
na opressão, na tirania, na manipulação, na sedução, na
discriminação, na divisão, na ganância, no medo, na
mentira, na corrupção, no poder absoluto sobre os
confrades, no controle mental, enfim, na escuridão de
luna ao invés de no brilho de Aton, o que não está de
acordo com correr com os próprios pés gravado no Hino.
Mutatis mutandis, e, por assim dizer, transliterando a
frase de Akhnaton do Grande Hino – uma vez fora, corre
com seus próprios pés – proponho: uma vez dentro, voa
com suas próprias asas. Esse é, efetivamente, o sentido
oculto deste passo do Grande Hino a Aton, e o propósito
último de todas as Fraternidades solares autênticas,
relativamente ao desenvolvimento místico-espiritual de
seus membros. Uma fraternidade que não ensine e não
auxilie seus membros a se tornarem absolutamente livres
e delas independentes, é tudo, menos uma Fraternidade
Solar. Bem-aventurada Ordem Rosacruz–AMORC que
surgiu em minha vida, em 1969, quando eu já nem
sequer mais sabia quem eu exatamente era. Bem-
aventurada Tradicional Ordem Martinista–TOM que, mais
tarde, me ofertou ensinamentos preciosos e
complementares. Para concluir estas reflexões, preciso
acrescentar: quando afirmei acima que uma fraternidade
que não ensine e auxilie seus membros a se tornarem
absolutamente livres e delas independentes, é tudo,
menos uma Fraternidade Solar, essa mesma liberdade e
essa mesma independência adquirida e conquistada pelo
mérito com e pelo concurso de uma Fraternidade Solar,
autêntica e tradicional, não significa, a partir de então, o
abandono pelo Iniciado da Fraternidade que lhe
emprestou a Chave que lhe permitiu que fosse aberta a
Porta da LLuz interna. Não. O Iniciado que conquistou
esta Liberdade e esta Independência não pratica
defecção nem é motivo de escândalo; muito pelo
contrário, auxilia sua Fraternidade, com todas as suas
forças, a esparramar o Bem, a Beleza, a Liberdade e a
Independência que ele próprio conquistou. O contrário
disso é... Logo, se houve traições no tempo de Akhnaton
– e sabidamente houve – é porque a LLuz interna dos
traidores apenas bruxuleava timidamente com muito
pouca intensidade, e agonizou com a Transição do Faraó.
Isso deve servir de exemplo para reflexão de todos nós.
Quem, com segurança absoluta, pode dizer que está
definitivamente convertido? Por isso, vigilância e cautela
jamais serão demais ou dispensáveis.

Seguindo: Estava, desta forma, consumado o primeiro


sinal das futuras religiões ocidentais, ainda que todas, de
maneira geral, nunca tenham tido a dignidade de dizer
que copiaram essa idéia de Akhnaton. Aliás, como todo
mundo sabe, o que mais caracteriza todas as religiões
hoje existentes é o sincretismo, isto é, fusão de diferentes
cultos ou doutrinas religiosas, com reinterpretação de
seus elementos. E de reinterpretação em
reinterpretação...

No bojo das reformas que Akhnaton encetou,


desencorajou o culto aos deuses vigentes e tornou
inócuas as obras que seu pai - Amenhotep III - havia feito
erigir em Luxor e em Karnak - ali construídas tão-só para
apaziguar a casta sacerdotal, que não queria abdicar de
Amon, e, muito menos, ver diminuídos seus poderes e
privilégios. Igualzinho como hoje! Também mudou seu
nome original - que significa Amon Está Satisfeito - para o
simbólico Akhnaton (ou Ikhnaton) - A Glória de Aton.
Abandonou Tebas e construiu novos edifícios e um
Templo em forma de cruz em El Amarna (Akhetaton5 -
Horizonte do Sol - dedicada à Eterna LLuz e à reverente
comunhão com a Natureza), a mais ou menos 300 km ao
sul de Heliópolis. Sâr Alden informa que no quinto ano de
seu reinado, através de um Decreto Real, uma radical
reforma em todo o Egito aconteceu, tendo sido proibida
qualquer forma de culto, com exceção da adoração de
uma Única Deidade Espiritual que existia em toda parte e
em todas as coisas, mas não possuía origem [física]
terrena. Em um de seus Decretos Reais, inab-
rogavelmente, estava selado: Este é o meu Juramento de
Verdade que desejo pronunciar e do qual jamais direi que
seja falso.

Akhnaton viveu em Verdade (Maat) até partir para o


Eterno Oriente. A Cruz Ankh foi por ele introduzida, e
todos os membros da Organização usavam-na como
símbolo iniciático. Foi nessa época que surgiu o
monasticismo, pois, nos limites da Cidade, 296 (duzentos
e noventa e seis) irmãos da Ordem viviam sob juramento
de não se afastar da sombra do Templo. (Há uma oculta
relação entre 296, 17, 153 e a própria Tetractys
Pitagórica.) Na realidade, esses Irmãos compunham a
linha de frente - a infantaria, por assim dizer - para que
seu Faraó pudesse levar a bom termo a Missão Sagrada
de que estava incumbido.6

Entusiasmado e voltado quase exclusivamente para os


temas espirituais, revela sua biografia, Akhnaton
desinteressou-se, em parte, dos seus afazeres
administrativos, e não enfrentou politicamente, com a
reclamada energia, o momento histórico que vivia seu
País. Traições auxiliaram a piorar as coisas. Sua saúde
começou a decair, vindo a passar pela Transição,
volitivamente, em 24 de julho de 1350 a. C., com vinte e
oito anos incompletos. Como Buddha, Jesus e todos os
demais representantes cósmicos do Logos Solar
vivenciou sozinho seu Gethsemane. Historicamente se
sabe que ali também houve covardias, defecções e
infidelidades. A forma exata e rigorosa e a repercussão
planetária de sua excepcional Grande Iniciação só são
conhecidas dos Iniciados dos Altos Graus das
Fraternidades Autênticas. Uma Vontade, uma postura
corporal específica e Três Palavras... Para maiores e
melhores informações sobre este momento sublime,
recomendo a consulta ao livro digital Akhnaton e o Logos
Solar de Alexandre David, FRCMH, que roda em:
http://svmmvmbonvm.org/akhenasol/akhenasun.htm

Após o desaparecimento de Akhnaton – que veio como


um sonho de Bem, de Beleza e de Liberdade e acabou
amaldiçoado, criminalizado e acusado de heresia – o
culto a Amon foi imediatamente restabelecido por seu
filho Tut Ankh Aton (que mais tarde, recém entronizado,
mudaria seu nome para Tut Ankh Amon). Os antigos
Sacerdotes Iniciados de Aton foram cruelmente
perseguidos e muitos foram mortos, e a Fraternidade
instalada por Akhnaton teve quase sempre que se ocultar
até o primeiro quartel do século XX. Com a partida de
Akhnaton deste Plano, o conceito-diretor de Maat, levado
ao limite por este Illuminado Faraó, decaiu ab-
ruptamente. Passaram a prevalecer a ineficiência
governamental, a indiferença, a fuga às
responsabilidades e a desonestidade. A consciência
social, o interesse de grupo e a integridade pessoal
deixaram de existir. Pode-se dizer que já não havia mais
em Khem um homem efetivamente justo vivendo em
harmonia com a ordem divina estabelecida por Maat.
Deixara de prevalecer o conceito de bom caráter, de
dignidade humana e de decência. Quando a ordem
estabelecida por Maat, sobre a qual se apoiava o modo
de vida egípcio, foi descartada, a existência perdeu seu
significado espiritual, passando a prevalecer as ilusões do
mundo da matéria com todas as suas prisões e
pesadelos. Enfim, a antiga verdade, Maat, que
predominara por uns dois mil anos, deixara de se impor
quase imediatamente depois da Grande Iniciação de
Akhnaton. De permeio a esse letargo, mais ou menos
2.500 anos depois, houve a Ordem do Templo... Jacques
de Molay... Entretanto, o fato concreto e pouco conhecido
e divulgado é que a LLuz de Khem não foi decapitada, e
o Conhecimento que vinha de muito longe só era
transmitido após juramento solene e sagrado do
postulante, e sua divulgação só era autorizada no
perímetro das Lojas das Fraternidades Iniciáticas e
autênticas, sob a orientação dos Hierofantes da Grande
Loja Branca.

A partir de então, lenta, cuidadosa e silentemente, a


Ordem Mística instalada por Akhnaton esparramou-se de
Leste a Oeste e de Norte a Sul, e influenciou diversos
movimentos místicos e esotéricos com base nas Leis e
nos Princípios formulados pela Grande Loja Branca,
como é caso das diversas Ordens Rosacruzes
espalhadas hoje pela Terra. As principais Religiões
estabelecidas também estiveram (e continuam a estar)
sob a supervisão direta dessa Grande Loja. Esta
afirmação pode causar surpresa e, sou obrigado a
reconhecer, até uma controvérsia inconciliável. Todavia,
se forem feitas as conexões concertadas ao longo da
história, e ao serem aprofundados os estudos dos
diversos movimentos religiosos, serão observadas
similitudes em todos eles, como se todos estivessem
(como estão e estarão enquanto existirem) ancorados em
origens e princípios básicos comuns. Tudo é um.
Algumas dessemelhanças são de plano evidentemente
percebidas. Mas, no que concerne às doutrinas
particulares, é necessário observar que as distorções e as
apócopes doutrinárias sempre ocorreram, menos em
benefício das respectivas confrarias, mais em proveito das
classes dirigentes - quer religiosas, quer políticas -
progressivamente, obstinadamente, tristemente e
deturpadamente privilegiando o hipotético poder
temporal, e relegando para planos menos importantes a
própria espiritualidade e os muito antigos Princípios
Iniciáticos. Este é o porquê de, no dia-noite do inexistente
tempo – que é tempo e que não é tempo – as religiões
sempre acabarem por definhar e cair em obsolescência,
sendo sempre atualizadas por novos movimentos, até
que não haja mais necessidade de qualquer religião.

O percurso do afloramento consciente e do


desabrochamento espiritual dos entes é causal e
extremamente lento, e sempre foi silentemente observado
e acompanhado pela Grande Loja Branca e pelo Governo
Oculto do Mundo. Não há - nem talvez possa mesmo
haver um dia - assim, uma última e definitiva religião.
Ainda que possa contrariar o senso comum, a verdade é
que, no nulo e ilusório tempo, a tendência incontestável
será o completo desaparecimento das religiões na forma
pela qual, hoje, estão despótica, hipotética, equivocada,
autoritária e hierarquicamente muitíssimo bem
estruturadas. E pior: muitas delas estão geralmente a
serviço de poderes obscenos, porque são volitivamente e
demoniacamente contrárias ao pudor, à decência, à
honestidade e à inocência espiritual. Possivelmente,
penso que, ao caminhar a Humanidade para a conclusão
deste Ciclo, uma forma mais aprimorada de Governo
haverá de prevalecer. Costumo me referir a essa forma
mais aprimorada de Governo como Teociência, ou seja,
um tipo de Aristocracia (Filosófica) Internacional na qual
estariam consolidados - para regozijo meritório dos entes
- os conhecimentos acumulados de todos os tempos.
Entretanto, duas questões devem ser respondidas: será
isso possível nesta Terra atual ou algum tipo de mudança
(global e Iniciática) acontecerá para que essas coisas
possam ser efetivadas? Como e porquê isso poderá ou
deverá ocorrer? De qualquer forma, como já está
gradualmente acontecendo, os Conhecimentos Arcanos
serão mais difundidos, porque serão mais aceitos e
melhor compreendidos. Quando o Corpo Astral perder
sua força e primazia... Três exemplos desta convicção são
a Ordo Svmmvm Bonvm, a Ordem de Maat e a Ordo
Illuminati Ægyptorum, que autorizadamente divulgam, via
Internet, alguns preciosos ensinamentos que estavam
secularmente arquivados nos tabernáculos das
Fraternidades Iniciáticas, cuja primordial finalidade é a
preparação das consciências para o Dia da
Transformação, a grande mudança, individual e
planetária, que está se aproximando e que deverá ocorrer
em 2.034. Seus endereços na WEB são:
http ://www.maat-order.org
http://svmmvmbonvm.org

http://ordoilluminatorum.net/

Para ler sobre o Dia da Transformação, leia o texto:


http://svmmvmbonvm.org/Ascensplan.pdf

Lema de vida de Akhnaton até o Dia de sua Grande


Iniciação: Vivendo na Verdade (Maat7).

Embora, desde a infância, o Faraó demonstrasse ter


uma natureza contemplativa, suscetível de inspirações
inusitadas, podemos supor que foi entre os onze e quinze
ou dezesseis anos que, com sua maravilhosa inteligência
e aguda intuição, o jovem monarca passou por algumas
'experiências' religiosas particulares, depois das quais a
base de sua doutrina ficou assentada.
Na Ordo Svmmvm Bonvm, Akhnaton tem o título de
Frater Superior da Ordem Rosacruz.

Akhnaton não é lembrado pela riqueza, nem pelo


poderio militar egípcio. Não valorizava nada disso; nem
mesmo se contentava em predicar os cânones
consagrados como verdade pela casta sacerdotal
dominante. Viveu a vida de um sábio enquanto ocupava o
trono como um justo. (AD)

Akhnaton foi extremamente importante no cenário da


religião porque declarou um contexto religioso baseado
em um Deus capaz de ser visto física e normalmente por
qualquer ser deste Plano que possua olhos, e sentido por
quem tenha sensibilidade ao seu calor: o Disco Solar.
(FV).
Meus olhos se satisfazem, diariamente, só em
contemplá-Lo [Aton], quando Ele surge na casa de Aton e
enche-a com Sua presença, através de seus feixes
luminosos, maravilhosamente apaixonado, e derrama-os
sobre mim, alegrando-me a vida para todo o sempre...
(Akhnaton).

A palavra luz [LLuz], empregada por Akhnaton, não deve


ser interpretada apenas no sentido limitado de sua
propriedade física; significava amor e sentimento,
enquanto consciência espiritual. Assim, essa conceituação
da palavra luz surgiu muitos séculos antes do advento do
Cristo. (RML)

Aton (o Disco do Sol), por meio do ovo, produz vida,


continuamente; Aton é eterno e universal. O ovo é o
símbolo do Universo, como uma grande célula, o núcleo
que foi concebido como Força criadora de Vida. Portanto,
Aton envia, por emanação, a Essência que produz vida, a
partir da célula do Universo, que é transmitida à Terra e
anima todos os seres. Aton proporciona o Sopro de Vida,
e seus raios trazem Vida e Vigor. (RML).
A força criadora de vida, embora estando acima da
Terra, chega à ela através dos raios de Aton, lançados no
espaço... Ver os raios de Aton (ou ainda pensar neles)
corresponde a um Sopro de Vida. Sem tais raios, torna-se
impossível a união espiritual com Deus, do mesmo modo
que não há vida se a criatura não puder respirar. (RML).

Aton, Tu ages em meu Coração; ninguém Te conhece,


exceto eu, teu Filho. (Akhnaton).

Akhnaton foi um sonhador idealista que realmente


acreditava que os homens viviam em verdade e que
falavam a verdade. (JB).

Akhnaton, profeta revolucionário do Egito, fazia seus


ensinamentos a partir de uma contemplação tanto da
Natureza como da vida humana. (JHB).
Qualquer homem capaz de compreender a verdadeira
relação entre sua individualidade finita e a imanente e
impessoal Essência de todas as coisas pode se proclamar
Filho de Deus – humano e divino a um só tempo – pois
essa relação, da qual ele tem consciência, é uma das
igualdades substanciais inerentes à Suprema Essência.
(SD). [Esse foi, por exemplo, o caso de Akhnaton].

O culto a Aton fracassou porque dispensou os três


elementos básicos que contribuem para difundir qualquer
religião: a mitologia, os milagres e, em escala maior ou
menor, uma doutrina definida no que se refere à vida
futura. (SD).

A única maravilha sobre a qual Akhnaton discursava era


o milagre perpétuo da ordem e da fertilidade – o ritmo do
dia e da noite, o crescimento de um pássaro ou de uma
criança. (SD).
Akhnaton acreditava na Vida Eterna, mas jamais fez
alusão à natureza da vida após a morte. Em seus
ensinamentos não há qualquer referência a pecado,
recompensa ou castigo. (SD).

Akhnaton, mil anos antes de Sócrates e cerca de


novecentos antes de Buddha, uniu os aspectos mais
evidentes do Racionalismo à certeza intuitiva e profunda
da unidade de Deus, da unidade da vida e da fraternidade
entre todas as criaturas. Akhnaton viveu com religião e
razão, lado a lado. (SD).

Akhnaton ascendeu à Quarta Dimensão conjuntamente


com 39 Adeptos, constituindo na Mente Cósmica o Mestre
Multimente Amorcus, que orientou o Místico Harvey
Spencer Lewis na reorganização de sua Escola, na Era
moderna, com o nome de AMORC [Antiquus Mysticusque
Ordo Rosæ Crucis – Antiga e Mística Ordem Rosacruz].
(FV).
Da compreensão vem a ação, sem a qual o místico seria
apenas um intelectual. Assim, o Faraó Akhnaton foi
Rosacruz quando simplificou o modo de se olhar para a
Divindade, visando à evolução. (FV).

Akhnaton ascendeu à Quarta Dimensão em conjunto


com os 39 Iniciados de sua Escola, os Iluminados de
Khem... que continua viva e atuante nos dias de hoje, e
assim continuará por muito tempo, trabalhando para o
esclarecimento das consciências e sua evolução para o
benefício da Raça Humana como um todo e PARA
TODOS OS SERES como um conjunto uno e indivisível...
(KAM).

Único Mandamento de Aton: 'Vivei e deixai Viver'.


(KAM).

Quão múltiplas são Tuas obras!


Estão ante o homem escondidas.
Oh! Deus Único!
Em cujo lado não há nenhum.
Tu criaste a Terra
segundo Teu Coração. (Akhnaton).

Tu Aton vivo, Senhor da Eternidade... Enches as Duas


Terras com Teu amor, ó Deus que se constituiu a Si
mesmo... Tu és a Mãe e o Pai de tudo que fizeste... Ele
mostrou a todos Seu honorável Filho – Ua-en-Ra – como
Sua própria forma, sem jamais cessar de fazê-lo...
(Akhnaton).

Oh!, disco solar que com teu brilho ofuscante pulsas


como um coração e minha vontade parece tua. Oh!, disco
de fogo que me iluminas: teu brilho e tua sabedoria são
superiores à do Sol. (Akhnaton).

Nefer-Kheperura Ua-en-Ra disse: Eu sou Teu Filho para


Te contentar e exaltar Teu Nome. Tua força e Teu poder
estão estabelecidos em meu Coração... Tu estás só em Ti
mesmo, mas há milhões de partículas de poder de vida
em Ti, para fazê-las viver... (Akhnaton).

Akhnaton foi o primeiro ser humano [conhecido] que


possuiu o sentido do divino; foi o primeiro que, enquanto o
fragor das guerras dominava o mundo, predicou a paz, a
simplicidade e a honradez. Foi o primeiro que professou
amor à Humanidade, e foi, ainda, o primeiro que livrou seu
Coração da queda na barbárie. (AW).

Como um raio de ofuscante luz na noite dos tempos,


Aton, o Sol, símbolo do Deus verdadeiro, destaca-se por
um instante no seio da escuridão egípcia e, mais uma vez,
desaparece prenunciando as futuras religiões monoteístas
ocidentais. Poder-se-ia crer que o misericordioso, o Deus
todo-poderoso, teria Se revelado, por alguns instantes, ao
Egito. Nenhum homem, cuja mente esteja livre de
preconceitos, poderá ignorar a íntima semelhança dos
ensinamentos de Cristo com a religião de Akhnaton, tanto
quanto em Abraham, Isaac e Jacob. A fé do patriarca é a
linear ancestralidade da fé cristã; porém, o credo de
Akhnaton é seu protótipo isolado. (AW).
Ainda que as idéias de Akhnaton ultrapassassem as de
sua época, não se intimidou em afirmá-las e em pô-las em
prática... Akhnaton não foi apenas um vanguardista de sua
própria era; Ele foi o precursor de sucessivas eras. Seu
ideal ainda não foi atingido, ainda que seu eco se repita
nas bocas de muitos sábios. (CH).

Akhnaton, no quinto ano de seu reinado, com apenas 16


anos, eliminou o antropomorfismo, destruindo as estelas
[monumentos monolíticos] erigidas em homenagem a
Amon, sacrificando, até, as obras realizadas por seu pai...
Seus hinos declaram que Deus é um Ser invisível que não
pode ser representado por imagens. (AD).

Akhnaton simbolizou Aton como um disco solar


irradiando raios de luz. Dirigiu a atenção do povo ao '
Calor (Resplendor) que está no Sol', que representa o
Cristo Cósmico, o Espírito invisível e interno do Sol, que
existe atrás do esplendor externo do Sol. Ao Círculo
Interno, Akhnaton se referiu como Sol Espiritual, não
como Aton, mas como Mestre de Aton [exatamente o
oposto do deus Amon8, que era antropomorficamente
representado de várias formas: como um animal, com um
homem com cabeça de animal ou como um homem].
(AD).

Deus Amon versus Aton

Os templos de Akhetaton, delicados e graciosos em


estrutura, abertos em todos os lados à luz solar e
irradiando cor e fragrância, exemplificam o espírito do
Faraó ensinando que o homem está mais próximo de
Deus quando está mais próximo da Natureza. (AD).

Akhetaton não foi concebida apenas para que fosse a


nova capital de Khem. Deveria ser o centro principal de
irradiação, para todo o mundo, do culto a Aton, e servir de
modelo, em pequena escala, do Universo ideal que
existiria, caso o espírito da nova religião solar racional
prevalecesse: a morada ideal da Paz, da Beleza e da
Verdade — a Cidade de Deus. (SD).
Com Akhnaton, floresceram as artes e as ciências. Seu
amor à Natureza é comparado ao de São Francisco, e seu
sacerdócio inspirou a original Ordem fundada por São
Francisco de Assis, que também pretendeu restaurar a
devoção ao Logos Solar, eclipsada pela opulência da
Igreja Católica. (AD).

O Faraó Akhnaton, ao que tudo leva a crer, tinha


estreitas ligações com extraterrestres, que poderiam
incluir laços genéticos, como se poderia imaginar
observando-se a forma de sua cabeça e o restante do seu
corpo. (EAP).

Ler a palavra de Aton é o mesmo que ouvi-la pelos


olhos. (ASFCS).

Disse Akhnaton: Se o povo só pode ir a Aton por meu


intermédio, justo é que lhe facilitemos o acesso. (ASFCS).
Akhnaton era radicalmente contra a fé politeísta dos
seus antepassados, contra a magia e a superstição
primitivas, contra a escravidão, contra o abate de animais,
contra os altos impostos e contra as guerras. Poderia, por
isso e por muito mais, com justos motivos, ter o título de
Primeiro Ecologista da Humanidade.

Akhnaton e Nefertiti tiveram seis filhas. Em ordem


cronológica de nascimento foram: Meritaton, Maketaton,
Ankhsepaton, Neferneferuaton, Neferneferuré e
Sepetenré. Além delas, provavelmente, também Tut Ankh
Aton (que posteriormente, recém entronizado, mudaria
seu nome para Tut Ankh Amon), o único menino, que
mais tarde se casaria com a irmã Ankhsepaton e
sucederia seu pai.

Akhnaton baseou a soberania universal de Deus em seu


cuidado paternal dedicado a todos os homens,
independente de raça ou de nacionalidade. Para o egípcio
orgulhoso e exclusivista, Ele mostrou as maravilhas
universais do Pai comum da Humanidade... É este
aspecto do Espírito de Akhnaton que é particularmente
extraordinário; Ele foi o primeiro profeta da História.
(JHB).

Da verdade, da retidão e do conceito de justiça de Maat


vieram a consciência e o caráter. Akhnaton destacou
repetidamente o conceito de retidão de Maat. Ele
desenvolveu o reconhecimento da supremacia de Maat
como retidão e justiça em uma ordem moral nacional sob
um único Deus. (JHB).

O mundo moderno ainda está por avaliar


adequadamente, ou mesmo familiarizar-se com esse
homem [Akhnaton] que, em um período tão remoto e em
condições tão adversas, tornou-se o primeiro idealista do
mundo – o primeiro indivíduo e o mais insigne do mundo.
(JHB).

A filosofia religiosa de Akhnaton não poderia ser


logicamente aperfeiçoada na atualidade. (FP).
Se a religião de Akhnaton fosse inventada para
preencher nossas modernas concepções científicas, não
poderíamos encontrar uma falha na correção do seu ponto
de vista sobre o sistema de energia solar... Akhnaton, na
certa, alcançou, em seus pontos de vista e simbolismo,
uma posição que logicamente não podemos atingir hoje
em dia. Nessa nova fé, não encontramos qualquer vestígio
de superstição ou falsidade; ela surge do velho Aton de
Heliópolis, único Senhor do Universo. (FP).

Ao Teu nascer, todas as mãos se erguem em adoração


ao Teu Ka9. (Akhnaton).

Para Akhnaton, Aton é um princípio divino invisível,


intangível e onipresente, porque nada pode existir sem
Ele. Aton tem a possibilidade de revelar o que está oculto,
sendo o núcleo da força criadora que se manifesta sob
inúmeras formas, iluminando ao mesmo tempo o mundo
dos vivos e o mundo dos mortos e, portanto, iluminando o
espírito humano, sendo, por isso, a sua representação o
disco solar, sem rosto, mas que a todos ilumina.
(Anônimo).

Para Akhnaton, todos os homens são iguais diante de


Aton. A experiência espiritual de Akhnaton e os textos da
época amarniana [Interlúdio Amarna] deslumbraram mais
de uma vez os sábios cristãos. Em uma certa medida,
pode-se dizer que Ele é uma prefiguração do Cristianismo
que viria, com uma visão profunda da unicidade divina,
traduzida pelo monoteísmo. É espantosa a semelhança
existente entre o Hino a Aton e os textos do Livro dos
Salmos da Bíblia, em especial o Salmo 104. (Anônimo).

O monoteísmo judaico originou-se inteiramente do culto


de Aton. (SF).

O fim dramático da aventura amarniana é devido a


circunstâncias políticas e históricas que não diminuem em
nada o valor dos ensinamentos de Akhnaton. Se é
inegável que o fundador da Cidade do Sol, a Cidade da
Energia Criadora, entrou em conflito com os homens que
ele queria unir pelo amor de Deus, não é menos verdade
que ele abriu uma nova concepção sobre esta Luz que a
cada instante se oferece aos homens de boa vontade. Sua
experiência foi uma tentativa sincera de perceber a Eterna
Sabedoria e de torná-La perceptível a todos. A coragem
que demonstrou na luta constante por seus ideais, sem
dúvida, fez Dele um marco eterno na história da
Humanidade. (Anônimo).

Hoje, tanto tempo decorrido, pergunto-me, às vezes, se


essa admiração por Akhnaton, surgida na mocidade, não
constituiu a chama, distante e de certo modo romântica,
que acendeu e alimentou meu ideal, realizado na
maturidade, de construir, no Planalto Central, Brasília – a
nova Capital do Brasil. (JK).

Com uma espantosa intuição dos conhecimentos


científicos que mais tarde surgiriam, Akhnaton reconheceu
na energia da radiação solar a fonte de toda a vida sobre
a Terra, e venerou-a como símbolo do poder do seu Deus.
Gloriou-se da alegria pela criação e da sua vida em Maat
(verdade e justiça). (SF).
O Mestre Akhnaton faz parte da Hierarquia da Luz. É um
Mestre muito ativo que tem ajudado discípulos de outros
Mestres, além de seus discípulos e discípulas espalhados
pelo mundo. Seus ensinamentos estão baseados na
mesma trajetória e nos princípios que vem seguindo desde
que chegou à Terra. Seus objetivos são os mesmos de
todos os Mestres e Mestras que servem e trabalham para
a Hierarquia da Luz da Terra e que vem sendo seguido há
muito tempo, entre eles o despertar da ação das energias
e forças Divinas que residem dentro de cada átomo, de
cada ser, de cada criatura... E assim, que cada ser
humano consiga manifestar e exteriorizar as divinas
energias da Criação que estão dentro de si, de modo a
contribuir para a continuidade da Criação, da
espiritualização, da ascensão, libertação e iluminação dos
espíritos e almas, das mentes e consciências de todos os
seres humanos. (HR).

Todos os Grandes Seres que desceram ao mundo físico


e trouxeram ensinamentos revolucionários e libertários
para ensinar à Humanidade sempre foram
incompreendidos, perseguidos e maltratados. Em todas as
eras, geralmente, aqueles que em suas épocas tiveram o
poder político, econômico ou religioso, sempre tentaram
calar e destruir aqueles que traziam uma verdade libertária
(como Jesus, como exemplo), que anunciavam uma nova
ação da Luz Divina, novos ensinamentos e novas técnicas
para facilitar a evolução de todos. Estes que os
perseguiam viviam na mentira, na escuridão e
acomodados nas circunstâncias que criaram em seus
postos de poder se sentiram ameaçados no seu 'poder
humano econômico ou religioso', porém, suas ações
egoístas lhes trouxeram dores, sofrimentos e 'karmas'
muito pesados. Infelizmente, eles não eram conscientes
de suas ações erradas porque 'não sabiam o que faziam'
(como disse Jesus). Akhnaton sofreu o mesmo problema
e, muitos outros, antes ou depois Dele, passaram pelos
mesmos sacrifícios e incompreensões. Em sua época,
teve que enfrentar os sacerdotes de Amon [sem, contudo,
persegui-los], que ocupavam o poder há muito tempo,
controlavam tudo e ficavam a cada ano mais ricos e o
povo cada vez mais pobre. Portanto, os que serviam
Amon, um antigo deus lunar erradamente chamado de
deus solar, desejavam o poder absoluto sobre os povos e
continuaram reencarnando ao longo dos tempos, na
busca de perpertuar seu domínio. Se estudarem como
eles atuavam no Antigo Egito, constatarão que viviam
mentindo, corrompendo, mandando matar aqueles que se
colocavam em seu caminho ou que os ameaçavam, além
de controlar mentes, consciências e almas. Sua ganância
pelos tesouros materiais não tinha limites e,
impiedosamente, impunham suas ordens, com objetivos
ilícitos e opressores. Agiam com tirania, impedindo que as
liberdades fundamentais dos povos fossem alcançadas, e
que estes seguissem seus próprios caminhos religiosos
rumo à Luz Maior. O que hoje acontece nos meios
políticos, econômicos e religiosos do nosso tempo não é
muito diferente do passado e do tempo de Akhnaton. Na
verdade, os antigos servidores do 'deus Amon', os antigos
'sacerdotes de Amon', como os chamamos, continuam aí,
querendo controlar as mentes, as consciências e as almas
dos povos, por meio de suas falsas verdades, opressões,
manipulações, seduções, criando cada vez mais miséria,
fome, discriminações de todos os tipos e gêneros,
castigando todos os que não os servem ou ameaçando-os
com as penas de um inferno imaginário. Eles sempre
agiram desta maneira ao longo dos tempos. A história da
Humanidade é bem clara nesse aspecto. São facilmente
reconhecidos por suas posturas. Pode parecer estranho
para vocês falar de Amon e Aton desta maneira, mas,
para mim, são meros rótulos para designar tipos de forças
que sempre atuaram no seio da Humanidade... As forças
de Amon são as do tipo lunar, ou seja, são emocionais,
muito manipuladoras, sedutoras, discriminadoras,
divisoras, opressoras, controladoras das mentes, das
consciências e das almas dos homens. Geralmente, as
experiências geradas por elas, assim como sua forma de
ensinar, geram culpa, dor, sofrimento e guerras. Seu foco
principal de busca está voltado para o externo, para a
acumulação de riquezas materiais. Um outro lado de sua
ação é o trabalho e a expansão do emocional e da
sensitividade do ser humano, como, por exemplo, a fé em
um Deus externo, que torna o ser humano obediente e
dependente, entre outras coisas. As forças de Aton são
solares, unificadoras, libertárias das mentes, das
consciências e das almas de todos os seres humanos.
Agem por meio do amor, do equilíbrio, da harmonia, da
paz, da compaixão. Ensinam que, para evoluir, não é
preciso sofrer, desde que haja amor e sabedoria. Buscam
elevar todos a uma espiritualidade maior, de modo que
cada ser humano encontre seu próprio caminho interior e
se torne mestre de si próprio. Seu foco de
direcionamento está voltado para o interno, no desvendar
dos grandes mistérios da vida, na evolução do Universo,
na busca da riqueza espiritual, porque este é o único
tesouro que nos acompanhará por toda a eternidade, já
que o tesouro material ficará neste mundo físico quando
desencarnarmos. Grande parte dos direcionamentos,
métodos de educação, ensinamentos, desenvolvimentos e
controles da atual civilização são lunares. Portanto, ainda
estamos vivendo sob o domínio de uma civilização lunar,
ou seja, grande parte da Humanidade ainda é direcionada
pelo emocional, que normalmente controla a mente, a
consciência, a alma e a vida, contribuindo para a
expansão das paixões e dos vícios que, geralmente,
trazem dores, sofrimentos, angústias, ilusões e
desilusões. Contudo, está nascendo uma civilização solar,
em que os direcionamentos da vida estão vindo através da
alma, da mente, da consciência e dos verdadeiros
sentimentos, nada tendo a ver com [qualquer] religião.
Hoje, torna-se cada vez mais comum encontrar seres
humanos já direcionados pelos princípios superiores da
vida. Estes são componentes da nova civilização solar
que está nascendo no Planeta. Quando uma civilização
termina a sua função, como a atual, que está no seu
ocaso, uma nova civilização começa a nascer na Terra.
Isso sempre foi assim, basta ler a história da
Humanidade. Estas mudanças não são controladas por
ninguém, muito menos pelos Mestres, mas sim pelas Leis
Ocultas Universais, tais como a Lei dos Ciclos, a Lei da
Evolução, a Lei do 'Karma', a Lei do 'Dharma', a Lei da
Reencarnação, entre outras, que regem a vida e atuam
mais diretamente na Humanidade. (Grifos meus). (HR).

Akhnaton tinha uma imensa fome por amor universal,


sabedoria e espiritualidade. Desejava desvendar os
grandes mistérios ocultos, não apenas para Ele próprio,
mas, sim, para ensinar e repassar a todo o seu povo.
Achava que a Beleza era um elemento essencial na vida
de todos os homens. Qualquer alma com uma evolução e
espiritualidade um pouco acima da média, que vibre na
tônica do 2º Raio, sofre desta fome espiritual, desta
tendência natural de desbravar e pesquisar os grandes
mistérios da vida, da evolução e do Universo, para
transmitir e ajudar a todos os seus semelhantes, a fim de
que cada um se torne livre, um ser iluminado que
caminhe com seus próprios pés e que possa se tornar um
mestre de si próprio. Akhnaton não fugia à tendência
natural de uma alma do 2º Raio e de uma personalidade
do 4º Raio. Possuía uma alta sensibilidade e um grande
amor por todos, sem discriminar ninguém; basta
observar a beleza e a grandiosidade da cidade que
construiu. Isto nada tem a ver com alterações sexuais, até
porque Akhnaton estava muito bem casado, tinha filhas e
a união dele era muito segura, estável e saudável, tanto
que Nefertiti era a força que se juntava à Dele para
prosseguir na Sua ação revolucionária. Ela era seu chão,
sua âncora, seu porto de abrigo. (Grifos meus). (HR).

A próxima civilização será de tônica Solar. Todas as


almas que tenham passado por povos de tônica e cultos
de raízes solares, cujas almas tenham assumido um
compromisso com a Sabedoria da Luz Dourada do Sol,
estão se juntando, respondendo ao novo chamado para
criar as bases da Nova Civilização [Novus Ordo
Seclorum]. Isto ainda não é uma ação e trabalho de
quantidades humanas, mas sim de qualidade. Vários
Mestres, tendo à frente Akhnaton, Kut Hu Mi, o antigo
Grão Sacerdote do Egito, Hatshepsut, Nefertiti, Pallas
Atena, Serapis Bey e muitos outros, juntamente com seus
respectivos discípulos mais adiantados, que já estejam
despertos e conscientes no plano físico, estão procurando
unir o máximo possível de almas encarnadas no mesmo
trabalho que eles rotularam de 'O Caminho dos Filhos do
Sol'. (HR).

Na XVIII Dinastia, Akhnaton reenfatizou Maat como o


símbolo da verdade, da justiça e da retidão, e anexava
regularmente o símbolo de Maat à forma oficial do seu
nome verdadeiro. Em todos os monumentos de Estado
de Akhetaton estão escritas as palavras Vivendo na
Verdade.

Os seguidores do conceito monoteísta de Akhnaton


estavam plenamente cientes das convicções do Faraó
sobre Maat. Com freqüência, as pessoas da sua corte
eram encontradas glorificando Maat. Maat era a força
cósmica da harmonia, da ordem, da justiça, da
estabilidade e da segurança que acabou se dissipando
depois da Grande Iniciação do Faraó.

Grande Hino a Aton (Akhnaton)


Como é bela Tua aparição
no horizonte do céu,
Ó Aton vivo, princípio da Vida.
Quando Te ergues no horizonte oriental,
enches todas as terras com a Tua beleza.

Tu és belo, grande, resplandecente e excelso


sobre a Terra;
os Teus raios iluminam
todas as terras por Ti criadas.
Tu, ó Sol, desapareces em suas fronteiras
unindo-as com Teu amor.
Embora longe, Teus raios estão sobre a Terra;
permaneces nas alturas,
mas o dia desaparece com Tua ida.

Enquanto permaneces
no horizonte oeste dos céus,
a Terra se vê mergulhada
nas trevas semelhantes à morte.

Eles ficam em suas casas,


com as cabeças cobertas,
a respiração em suspenso
e olhos que não vêem;
suas coisas, até debaixo de suas cabeças,
desaparecem, e eles tudo ignoram.

Os leões abandonam suas cavernas,


e todas as serpentes picam.
A noite brilha com suas luzes
e a Terra recolhe-se em silêncio,
porque Aquele que as criou
está em seu horizonte.
A Terra torna-se mais clara,
pois, Tu ascendes no horizonte
brilhando como Aton do dia;
a escuridão desaparece,
pois Tu brindas Teus raios
a ambas as Terras,
que se regozijam diariamente.

Os homens despertam e se põem de pé,


pois Tu os levantas.
Eles se banham e se vestem,
erguem as mãos em adoração
ao Teu surgimento,
por sobre as terras que eles labutam.

O gado repousa nas pastagens,


nos quais crescem árvores e grama.
Os pássaros voam para fora dos abrigos,
suas asas adorando Teu Ka.
Revoadas de pássaros
saltam sobre seus pés;
os passarinhos só vivem
quando Tu brilhas sobre eles.

As ovelhas deixam os abrigos


ao norte e ao sul,
pois todos os caminhos
se abrem à Tua chegada.
Os peixes, nos rios,
nadam para a superfície
a fim de Te saudar,
pois Teus raios
penetram a profundidade do grande mar.
Tu criaste a concepção da mulher
dando herdeiros à espécie humana.
Tu fizeste que o filho
vivesse no corpo da mãe.
Tu o tranqüilizaste,
garantindo-lhe que ele não se lamentaria,
embalando-o no corpo dela
e concedendo-lhe o Espírito
que vive em todo seu crescimento.
Quando ele surge alegre,
no dia do seu nascimento,
Tu lhe abres a boca e o fazes falar.
Tu provês o que lhe faz falta.

O passarinho, no ovo,
ressoando dentro da casca,
Tu lhe dás o Sopro da Vida dentro do ovo,
vivificando o que criaste.
Ele concentra as energias
para romper o ovo;
sai e gorjeia com todas as suas forças.
E, uma vez fora,
corre com seus próprios pés.

Quantas são as coisas que fizeste!


Tu, só, criaste a Terra por Tua vontade,
com os seres humanos,
rebanhos e revoadas de pássaros,
tudo o que caminha com os próprios pés
na face da Terra,
e tudo o que voa
com as próprias asas no ar.

Nas colinas da Síria a Kush,


e nas planícies de Khem,
Tu dás a cada um seu lugar
– Tu traças suas vidas.
A cada qual atribuis seus pertences
e a duração dos seus dias.
Suas línguas são diversas em suas falas,
são diversas suas naturezas
e são diversas as cores de suas peles.
Como um divisor,
dividiste os povos estranhos.

Quando Tu fizeste o Nilo


mais abaixo do que a Terra,
Tu o fizeste de acordo
com o povo a quem faria viver.
Antes que o tivesses feito à Tua semelhança,
Tu és seu senhor,
mesmo em suas fraquezas,
Ó senhor da Terra que brilhas para eles.

Aton do dia,
reverenciado por todas as terras distantes:
Tu lhes deste vida.

Tu lhes puseste o Nilo no céu,10


de tal forma que possa chover sobre eles.
Que possa se converter em água sobre as colinas,
como o grande mar,
irrigando os campos entre suas cidades.
Quão excelentes são Teus métodos!

Ó Senhor da eternidade,
o Nilo no céu é para os povos estranhos
e para todo os animais
que caminham com os próprios pés.
O Nilo que sai de debaixo da Terra
é para a terra de Khem
o alimento que nutre todos os campos.
Tu brilhas; por isso eles vivem.

Tu estabeleceste as estações do ano


para criar suas tarefas;11
no inverno, fazendo-os sentir frio,
no verão, trazendo-lhes calor.
Tu criaste o paraíso distante,
para que nele brilhes,
para que possas ver tudo o que criaste
– Tu sozinho.

Brilhando sobre suas formas


– como Aton vivo –
retirando-se para longe e voltando,
os povoados, as cidades e as tribos,
ao longo do caminho e do rio,
todos os olhos Te vêem,
pois és Aton do dia sobre todas as terras.

Tu estás em meu Coração.


Não há quem Te conheça,
exceto Teu Filho Nefer-Kheperura Ua-en-Ra.
Tu fizeste com que Ele Te entendesse
em Teus caminhos e intenções.

A Terra está em Tuas mãos.


Quando Tu os fizeste,
Tu brilhas e eles vivem;
quando desapareces no céu, eles morrem.
Por Ti os povos vivem;
eles contemplam Tuas maravilhas
até Teu desaparecimento.
Eles abandonam suas tarefas
quando Te pões a Oeste.
Quando Tu nasces, eles recomeçam...
Desde o dia em que estabeleceste
Tuas funções na Terra,
Tu os despertas por Teu Filho,
que se originou de Tua Substância.
O rei de Khem
– vivendo em Maat –
Akhnaton, grande em sua duração.
E a Grande Esposa Real,
sua bem-amada e senhora das Duas Terras
– Nefer-Neferu-Aton Nefertiti –
vivendo e florescendo,
para sempre.
Eternamente.

Parece não haver dúvida alguma de que Akhnaton tinha


o apoio integral de sua esposa Nefertiti; na verdade, ela
superava Akhnaton em seu entusiasmo por Akhetaton,
pela nova religião e pelo novo conceito de monoteísmo.
Em virtude de a preocupação substantiva de Akhnaton e
Nefertiti ter sido a devoção à nova religião e os cuidados
com Akhetaton, as necessidades materiais de Khem
ficaram muito negligenciadas. Conquistas ou guerras
nunca estiveram nos planos do casal real. Akhnaton foi,
de fato, o primeiro humanista conhecido e um
revolucionário místico; fez tudo que pôde para libertar seu
povo da magia e da superstição primitivas e do culto
politeísta.

Nefertiti e Akhnaton, o casal solar, símbolos da


Divindade, foram intermediários entre a Luz da Origem e o
povo egípcio. Todos os dias, o Rei e a Rainha celebravam
no Templo o culto a Aton, e o Egito inteiro se comunicava
com Eles. Convidavam cada ser e se comunicar com tudo
o que vive, a fazer seu o desabrochar da flor, o movimento
rítmico da água, a alegria instintiva do animal, e
reconhecer em tudo a Obra Divina. (CJ).

O calor de Aton deu vida a Akhnaton e a manteve Nele;


e enquanto estava Nele, Aton permanecia com Ele. A vida
de Aton era Sua vida, e Sua vida era a vida de Aton. Por
conseguinte, Ele era Aton. (WB).

Em seus momentos finais, Akhnaton não empregou seus


poderosos conhecimentos místicos para recobrar a saúde,
tendo, inclusive, recusado os serviços dos médicos da
Ordem. Orava continuamente. Em 24 de julho, bem
depois do meio-dia, os Irmãos da Ordem que O assistiam
testemunharam que Akhnaton estendeu a mão direita em
direção a Deus, em sinal de súplica, para que O
recebesse no seio de 'nous'. Em um certo momento,
levantou seu corpo, para cair em seguida em doce
repouso com um sorriso de iluminação no rosto. (SA).
O reinado de Akhnaton foi comparado ao Renascimento,
na França, e os hieróglifos e as artes denotam um amplo
melhoramento baseado nos princípios da Verdade. (SA).

Entrando em seu 'Sanctum', o Faraó [Akhnaton] meditou


profundamente no Logos Solar e inspirou-O, pronunciando
as Três Palavras que o Senhor Ptah, o Vizir, vinha
confiando ao Deus Vivo. Ele disse ... ... ... e
imediatamente se fundiu na Alma de Ra, elevando os
braços e sendo erguido ao Cósmico, com toda a sua
Escola, de onde, hoje, nos orienta e ensina.12 (LSA).

Rio de Janeiro, 21 de fevereiro de 2007.

Notas:

1. Filho do Sol: Horus encarnado como atributo direto de Ra.

2. Conforme explica Alexandre David de Oliveira Passos, segundo a Escola


de Heliópolis, 'Aton ou o Sol é o corpo físico do Logos Diretor de nosso
Sistema Solar emanado do Logos Universal. O disco (globo) solar – fonte de
luz, calor e vida – é o transmutador prodigioso que recolhe as vibrações
transcendentes da Divina Fonte, criadora de mundos, e as transforma em
forças mentais, vibrações construtoras do Cosmos e energias vitais, que
verte sobre os astros opacos que a ele estão subordinados. Assim fecunda
nossa Terra, virgem e mãe, sem tocá-La nem manchá-La. O Sol é a imagem
viva da Divindade. Resplandece com a ofuscante Luz da Verdade Absoluta.
É o Senhor da Natureza.'

3. Ainda que Max Heindel tenha sido instruído por um Ser Superior da Quarta
Dimensão no sentido de que fundasse a The Rosicrucian Fellowship -
Fraternidade Rosacruz - a origem de tudo, salvo melhor entendimento, está
em Khem ou, se mais acuradamente se preferir, muito antes de Khem, na
Atlântida. E até muito antes da Atlântida. Uma coisa é certa: Khem não surgiu
do nada.

4. A Ordem Rosacruz, AMORC é uma organização internacional de caráter


místico-filosófico, que tem por missão despertar o potencial interior do ser
humano, auxiliando-o em seu desenvolvimento, em espírito de fraternidade,
respeitando a liberdade individual, dentro da Tradição e da Cultura
Rosacruz. (Reproduzido do Website da Ordem rosacruz - AMORC - Grande
Loja da Jurisdição de Língua Portuguesa).

5. No ano 6 do seu reinado Akhnaton abandonou Tebas (a mais rica, a mais


poderosa e a mais gloriosa cidade da Terra daquele tempo) e decidiu fundar
uma nova cidade dedicada a Aton. O local escolhido ficava entre Mênfis e
Tebas, situado na margem oriental do rio Nilo, na província egípcia de Al
Minya, a cerca de 312 quilômetros a sul da cidade do Cairo, e recebeu o
nome de Akhetaton (o horizonte de Aton), que mais tarde teve seu nome
mudado para Tell el-Amarna, pelos árabes. Os terrenos ao redor de Akhetaton
eram favoráveis à prática agrícola e à criação, assegurando o abastecimento
dos seus futuros habitantes. A cidade foi construída em quatro anos. Parte da
população que se fixou na nova capital era oriunda de Tebas, sendo
composta por agricultores, militares, escribas e artífices que acompanharam o
Faraó no seu projeto. Julga-se que Akhetaton teve uma população de cerca
de vinte mil habitantes. O urbanismo da cidade caracterizava-se pela
simplicidade, com grandes avenidas. No centro da cidade, encontrava-se o
Grande Templo de Aton, que tinha cerca de oitocentos metros de
comprimento e trezentos metros de largura. Sua arquitetura era
completamente diferente de outros templos da XVIII Dinastia. Não havia salas
escuras, pois sendo um Templo Iniciático dedicado a uma divindade solar a
escuridão não fazia sentido; a estrutura, construída ao ar livre, permitia que a
presença espiritual dos raios de Aton banhassem seu interior. Na inauguração
de Akhetaton, disse Akhnaton: — Aton, meu Pai, concebeu esta Cidade.
Nenhum nobre me conduziu à Ela; nenhum homem, em toda a face da Terra,
me guiou. Aton, meu Pai, mandou-me constuí-La. A Cidade do Horizonte,
como o Sol no céu, será eterna. Fisicamente, não foi; mas espiritualmente
continua viva no Coração* de todos os Iniciados, particularmente dos
Rosa+Cruzes. Eu não tenho a menor dúvida de que Akhnaton sabia disso.
Por outro lado, só os maldizentes e os escravos das trevas de sempre podem
imaginar que Akhnaton tenha falhado ou desistido, por não ter empregado
seus poderosos conhecimentos místicos para levar adiante seu projeto
místico, e para, em seus últimos momentos, recobrar a saúde, tendo,
inclusive, recusado os serviços dos médicos da Irmandade que Ele próprio
fundara. O que Ele tinha que fazer aqui na Terra foi muito bem feito e deu os
frutos que Ele esperava (e continua dando). Apesar de poder fazê-lo, por que
haveria de prolongar sua vida física? Salvo melhor juízo, o mesmo sucedeu
com Harvey Spencer Lewis (Frater Profundis, Sar Alden) que, aparentemente,
morreu prematuramente com a idade de 56 anos incompletos, depois de
haver cumprido excelsamente sua Missão na Terra – a instalação do 2º Ciclo
Iniciático da Ordem Rosacruz AMORC. Sucedeu-o nessa sagrada Missão
Ralph Maxwell Lewis (Sar Validivar), que passou por sua Grande Iniciação
aos 83 anos incompletos. Gary Lee Stewart, anteriormente escolhido por Sar
Validivar para sucedê-lo no cargo de Imperator da AMORC, afastou-se da
Ordem após sua reformulação em 1990 e fundou a Confraternidade Rosa-
Cruz (CR+C) e a Ordem da Milícia Crucífera Evangélica (OMCE) para
preservar e difundir o fundamentalismo spenceriano. Atualmente o Imperator
da AMORC é Christian Bernard (Sar Fenix).

* Na Era das Pirâmides, Ptah-hotep apresentou e estabeleceu o conceito de


que o coração era o centro da responsabilidade e da orientação do ser
humano. No tempo de Tutmosis III, na XVIII Dinastia, entendia-se que: O
Coração de um homem é seu próprio Deus, e meu Coração está satisfeito
com meus atos. Admitia-se que o coração físico fosse a sede da Voz Interior
do Coração Espiritual, e, com surpreendente percepção, chegou a ser
considerado como o local no qual estava localizado o Deus interior e pessoal
de um homem.

6. Mas há quem pense diferente. Parte da resposta do Rev. Onézio


Figueiredo à pergunta Há mais de um Deus?, é a seguinte: Houve uma
monolatria egípcia no tempo de Akhenaten (XVII dinastia) [sic], caracterizada
pela adoração do 'deus único', Aten, disco solar, ou 'Tehen-Aten', raio solar.
Embora não lhe fosse permitida a feitura de imagens, o monoteísmo egípcio
não passava de monolatria. Era apenas a exclusividade idolátrica de uma
divindade material, um culto monolátrico grosseiro. A monolatria de
Akhenaten, na verdade, não ia além de um jogo político de manipulação de
massas populares, pois a centralização do culto no único deus da
preferência palaciana facilitava o controle político dos vários segmentos
sociais. A fé exclusiva no deus oficial e nacional promovia a unidade
administrativa da coroa e transferia a obediência devida à divindade para o
faraó. A distância que separava a adoração de um deus nacional à prestada
ao próprio rei era curtíssima, e freqüentemente acontecia, quer por ordem
natural quer por imposição palaciana... A Bíblia nega peremptoriamente a
existência real de qualquer divindade além, acima ou abaixo de Javé...
Apesar de não concordar com o reverendo, incluí esta nota para ressaltar e
exemplificar o fato de que quando se ignora alguma coisa, particularmente de
natureza solar, ao se falar dessa mesma coisa, fala-se com preconceito e com
argumentos lunares. Entretanto, lunares ou solares, todos nós podemos
pensar e falar o que quisermos. Ninguém proíbe; e é inútil proibir. Acertos ou
erros, rancores ou preconceitos e ignorâncias ou crendeirices não mudam
absolutamente nada. O que foi, foi, e não pode ser mudado; o que é, é, mas
pode ser mudado; e o que será, depende exclusivamente de nós – ainda que
em termos de uma metafísica mística mais elevada e concertada, foi, é e será
sejam o sempre ser. Enfim, seja como tiver que ser, alguns, infelizmente, por
enquanto, por verem muito mal como é, só verão como será segundo seus
preconceitos lunares, ou seja: vibratoriamente, depois será como é feito vibrar
agora. Aqui se aplica muito bem o conceito irredutível de que depois será
como antes, ainda que, muitas vezes, esse depois possa ser um pouco pior.
Não se parem demônios pessoais e infernos coletivos pensando que depois
virá como recompensa um oceano de delícias. Não será assim porque não
pode ser assim. Por isso, alguns preconceituosos e outros tantos maldosos
não verão mesmo como será efetiva e realmente, nem se usarem aquele
conhecido instrumento óptico composto de dois telescópios focalizáveis
simultaneamente para a visão com ambos os olhos, que permite uma
observação acurada de objetos distantes com uma boa percepção da
profundidade – o velho binóculo! Por isso, conforme ensinou o Mestre Kut Hu
Mi, precisamos aprender que o maior consolo e o primeiro dever na vida é
não causar dor e evitar fazer sofrer homem ou animal. Quando se critica, com
ou sem fundamento, causa-se dor e sofrimento. O pior é que, geralmente,
critica-se sem fundamento.

7. Muitos séculos antes de as Leis Mosaicas – hoje conhecidas como Os Dez


Mandamentos – serem apresentadas para reger uma comunidade humana
em nome da Vontade de Deus, a África já vivia sob a égide de uma
Legislação Divina – as 42 Leis de Maat – uma série de confissões negativas
nas quais o ser humano se eximia de transgressões perante a Ética. Os
antigos acreditavam que sem Maat a criação não poderia ser sustentada e a
divina intenção teria sido frustrada. Em textos das pirâmides do Antigo Reino
está escrito: Depois Ele [Ra] pôs Maat no lugar do caos... Sua majestade
expulsou a desordem e a falsidade das Duas Terras para que a ordem e a
verdade fossem ali novamente estabelecidas. Os próprios funcionários
governamentais de Khem deveriam viver de acordo com Maat, conforme está
sugerido nesta citação: Se és líder e diriges os assuntos de uma multidão,
esforça-te por alcançar toda virtude até que não haja mais falhas em tua
natureza. Maat é boa e sua obra é duradoura. Ela não foi perturbada desde o
dia do seu Criador. Aquele que transgredir seus decretos será punido. Ela se
estende como um caminho à frente, até mesmo daquele que nada sabe. A
má ação, até hoje, nunca levou seu empreendimento a termo. Inclusive,
todos os deuses do panteão egípcio agiam de acordo com a ordem
estabelecida por Maat. Já os egípcios acreditavam que Maat seria a
mediadora entre eles e os deuses. De acordo com essa crença, quando um
homem errava não cometia crime contra um deus específico, mas atingia
diretamente a ordem estabelecida por Ra. Maat, portanto era também
reconhecida como ordem e essência da virtude, sendo eterna e inalterável.
Na pintura abaixo, a deusa Maat está usando como ornamento uma pluma de
avestruz, que simboliza a verdade, a retidão e a justiça.

Maat
(Deusa da Verdade,
da Retidão
e da Justiça)

Textos do Antigo Egito, escritos em papiros, fazem referência a um tribunal


que julgaria (pesaria) as ações do egípcio morto, cuja alma recém-chegada
era conduzida à sala do julgamento pela deusa Maat. O juiz é Osíris, que é
ajudado por quarenta e dois deuses que se sentavam com Ele para julgar os
mortos. Os deuses representavam os quarentas e dois nomos ou distritos
administrativos de Khem. O egípcio morto, que estava sendo julgado, não
confessava pecados, mas afirmava sua inocência dizendo: Não matei, não
roubei, não furtei... Sou puro! Sou puro! Sou puro!
As 42 Leis de Maat (declaração de inocência) são:

1. Não cometi assassinato, nem contratei ninguém para matar por mim.

2. Não cometi estupro, nem forcei nenhuma mulher a cometer adultério.

3. Não me vinguei de ninguém, nem ardi em cólera.

4. Não causei terror, nem jamais provoquei aflição.

5. Não fiz com que ninguém sentisse dor, nem provoquei tristeza.

6. Não fiz mal algum. Não prejudiquei ninguém e nem causei sofrimento.

7. Não causei dano a nenhuma pessoa, nem maltratei animais.

8. Não fiz ninguém chorar.

9. Não tomei conhecimento do mal e não agi nem com crueldade nem com
injustiça.

10. Não roubei. Não me apropriei de coisas que não me pertencem e nem
daquelas que pertencem a outrem. Não roubei nada dos pomares, nem tirei
o alimento das crianças.

11. Não cometi fraude, não acrescentei nada ao peso da balança, nem tornei
os pratos da balança mais leves.

12. Não devastei a terra lavrada, nem causei a destruição dos campos.

13. Não expulsei o gado de seus pastos, nem privei ninguém daquilo que
lhes pertencia de direito.

14. Não acusei ninguém falsamente, nem jamais apoiei nenhuma falsa
acusação.

15. Não menti, nem disse coisas falsas que prejudicassem alguém.

16. Não esbravejei, nem provoquei a discórdia.

17. Não agi com perfídia, não fui ardiloso, nem falei de modo enganoso que
prejudicasse ninguém. Não negociei com qualquer pessoa de forma
fraudulenta, nem atestei uma fraude que causasse dano a alguém.

18. Não falei com escárnio, nem me manifestei para falar contra homem
algum.

19. Não tentei escutar o que não era dirigido aos meus ouvidos.

20. Não fechei meus ouvidos para as palavras de Retidão e de Verdade.


21. Não fiz julgamentos apressados, nem fiz julgamentos impiedosos. Em
meus julgamentos jamais fui apressado e sob nenhuma condição fui
impiedoso.

22. Não cometi nenhum crime no lugar da Retidão e da Verdade.

23. Não fiz com que o senhor cometesse qualquer injustiça contra seu servo.

24. Não me enfureci sem motivo.

25. Não fiz a água voltar na época da maré alta, nem detive o fluxo das
correntes.

26. Não destruí o leito dos rios.

27. Não conspurquei as águas, nem poluí a terra.

PECADOS

28. Não blasfemei contra Deus, não desdenhei de Deus, nem fiz aquilo que
Deus abomina.

29. Não aborreci ou enfureci Deus.

30. Não roubei nada de Deus, nem furtei as oferendas dos templos.

31. Não acrescentei nem reduzi as oferendas que Lhe são devidas.

32. Não furtei os alimentos ofertados a Deus.

33. Não retirei as oferendas feitas aos mortos abençoados.

34. Não negligenciei as épocas designadas para as oferendas.

35. Não maltratei o gado destinado ao sacrifício.

36. Não impedi as procissões em honra a Deus.

37. Não abati com intenção maldosa o gado de Deus.

TRANSGRESSÕES PESSOAIS

38. Não agi com perfídia, nem agi com insolência.

39. Não fui excessivamente orgulhoso, nem me comportei com arrogância.


40. Não exagerei minhas condições além do limite do que era adequado e
conveniente.

41. A cada dia trabalhei mais do que me era exigido.

42. Meu nome não apareceu e jamais aparecerá no Barco do Príncipe. Sou
puro! Sou puro! Sou puro!

8. Amon ou Ámon foi um deus da mitologia egípcia, visto como rei dos deuses
e como força criadora de vida. É marido de Mut e pai de Khonsu. O seu nome
significa O Oculto. O deus Amon poderia ser representado de várias formas:
como um animal, com um homem com cabeça de animal ou como um homem.
Os animais associados a Amon eram o ganso e o carneiro, podendo por isso
o deus ser representado sob estas formas. Contudo, a representação como
um ganso era rara. Como carneiro surgia como chifres curvados e com uma
cauda curta (ovis platyura ægyptiaca). Na forma híbrida podia surgir como um
homem com cabeça de carneiro. Amon era representado com um homem com
barba postiça, de pele negra ou lápis-lazúli (uma alusão ao culto de Amon
como um deus celeste). A sua cabeça era encimada por um disco solar,
uraeus (adorno em forma de serpente simbolizando o poder exercido sobre os
dois reinos unidos) e duas plumas. Cada uma destas plumas encontrava-se
dividida verticalmente em duas seções, que refletiam a visão egípcia dualista
(rio Nilo/deserto; Vida/Morte etc.) e horizontalmente em sete segmentos. Na
parte posterior da coroa poderia levar uma fita vermelha. Na sua mão direita
segurava uma ankh e na esquerda o cetro uás. Em algumas representações,
Amon surge com um falo, em resultado da sua associação com o deus Min.

9. Segundo Savitri Devi, o Ka do Sol deve ser entendido como a alma do Sol,
o Princípio Sutil que é a Essência do Sol e que sobreviverá ao disco
material, caso ele um dia despenque e morra, ou seja: Ka é o Sol eterno em
oposição ao Sol visível.

10. Este é um passo profundamente esotérico do Grande Hino, no qual


Akhnaton demonstra, simbolizado no Nilo, que em tudo e para tudo que existe
há uma contraparte espiritual, desde sempre existente potencialmente na
Unidade da Vida. Nihil novum super Terram (Não há nada de novo há sobre a
Terra). Nihil novi sub Luna (Não há nada de novo sob a Lua). Nihil novi sub
Sole (Não há nada de novo sob o Sol). Nihil est in effectu quod non sit in
causa (Nada está no efeito que não esteja na causa).

11. Todas as coisas têm seu tempo, e todas passam debaixo do céu segundo
o tempo que a cada uma foi prescrito. Livro do Eclesiastes, III, 1.

12. Pelo sentido da citação, pode-se especulativamente depreender, s.m.j.,


que o significado exotérico dessas Três Palavras pronunciadas pelo Faraó
Akhnaton seja: Entrego minha Alma a Rá.
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