Você está na página 1de 51

Egito

“O Egito é a dádiva do
Nilo”. Heródoto.
A civilização egípcia vem sempre envolta numa nuvem
mística, resultado da inevitável mistura de deuses,
mitos, monumentos e personagens que marcaram a
história da humanidade

Terra do Nilo
e das
Pirâmides, o
Egito fascina
a quem dele se
aproxima,
envolvendo a
todos num
clima de
mistério e
grandiosidade
.
Você sabe onde
se localiza o
Egito?
Localização geográfica
• O Egito está situado no
Nordeste da África em meio a
dois imensos desertos: o da
Líbia e o da Arábia.

• O Egito Antigo possuía um


território estreito e comprido
que compreendia duas
grandes regiões: o Alto Egito
(região do vale) e o Baixo
Egito região do Delta do
Nilo).
No passado, o Egito era assim..
Atualmente, o Egito
chama-se República Árabe do
Egito.
Sua capital é a cidade do Cairo.
Hoje o Egito é um pais bem
diferente do que foi no passado.
Cairo
atualmente
A língua oficial do Egito é o árabe.
A moeda é a libra e 80% da população é
muçulmana.
Quem estuda o Egito são os egiptólogos.
Estes estudiosos baseiam seus estudos em
pesquisas
sobre os vestígios deixados por essa civilização.
Descobriram que o início da civilização egípcia
antiga se deu por volta de 3200 a.C. e foi até,
aproximadamente
715 a.C. .
Formação do Egito Antigo
Nomos: conjuntos de aldeias governadas
pelos nomarcas, nome dado aos chefes
mais poderosos.
• Por volta do ano 3200 a.C., o
rei Menés, do Alto Egito (no
vale do Nilo), conquistou o
Baixo Egito (no delta do
Nilo), unificando os dois
reinos.

• Menés tornou-se então o


primeiro faraó (nome que se
dava ao rei entre os egípcios)
e o fundador da primeira
dinastia (sucessão de reis
pertencentes a uma mesma
família).
A coroa era um dos principais símbolos do faraó. Antes da
unificação, o soberano do Alto Egito utilizava a coroa
branca;
branca a coroa vermelha era usada no Baixo Egito. Quando
o Egito passou a ser governado por um único soberano, o
faraó, a coroa tornou-se dupla: vermelha e branca,
simbolizando a união dos dois reinos. Ao comandar suas
tropas na guerra, o faraó usava a coroa azul.
Periodização da história
egípcia
EGITO, dádiva do Nilo
• O Nilo corta o Egito de sul a norte e deságua no mar
Mediterrâneo.

• Anualmente, de junho a setembro, o Nilo transborda


e rega a terra, tornando-a favorável à agricultura.A
partir de outubro, inicia-se o período de semeadura,
que se prolonga até mais ou menos fevereiro.A
colheita ocorre de abril a junho.
Organização Econômica

A agricultura era a base da economia egípcia e, como já vimos,


dependia das águas do Nilo. O trigo, a cevada, os legumes e as uvas
constituíam as principais culturas.
• Os egípcios dedicavam-se também à criação de bois, asnos, patos e cabritos.
Além disso, praticavam também a mineração de ouro, pedras preciosas e
cobre, este último muito usado nas trocas comerciais com outros povos. O
comércio era feito à base de trocas, mas limitava-se ao pequeno comércio e
à permutação de artigos de luxo com o exterior.
• O artesanato do Egito era conhecido no mundo antigo. Com a madeira, o
cobre, o ouro, o marfim, o couro, o papiro, o bronze, seus artesãos
produziam móveis, brinquedos, jóias, tecidos, barcos, armas, tijolos e uma
variedade de outros objetos.
Sociedade
Faraó
• Era considerado um deus vivo, filho do Sol (Amon-Rá) e encarnação do deus-
falcão (Hórus).

• Para os egípcios, toda a felicidade dependia do faraó e seu poder era ilimitado.
Comandava os exércitos, distribuía a justiça, organizava as atividades
econômicas.

• O faraó ostentava uma coroa e um cetro, símbolos de sua autoridade. Para os


povos do Egito Antigo, o faraó era o pai e a mãe dos seres humanos; um
governante com autoridade sobrenatural para recrutar o trabalho em massa
necessário à manutenção do sistema de irrigação ao longo do Nilo.

• Além do poder e prestígio, o faraó possuía enorme riqueza. Era considerado o


dono de todas as terras do Egito. Por isso, tinha o direito de receber impostos
(pagos em produtos) das aldeias.
• Vizir: A maior autoridade depois do faraó. Cabia a ele
tomar decisões jurídicas, administrativas e financeiras
em nome do faraó.

• Nobres:  Descendentes das famílias mais importantes dos


antigos nomos cuidavam da administração das províncias
ou ocupavam os postos mais altos do exército.

• Sacerdotes: Detinham muito poder, administravam todos


os bens que os fiéis e o próprio Estado ofereciam aos
deuses e tinham muita influência junto ao faraó.
Enriqueciam porque ficavam com parte das oferendas
feitas pela população aos deuses, além de serem
dispensados do pagamento de impostos.
Escribas
Os que
dominavam a
difícil escrita
egípcia,
encarregavam-se
da cobrança dos
impostos, da
organização das
leis e dos decretos
e da fiscalização
da atividade
econômica em
geral.
• Soldados: Nunca atingiam os postos de comando, pois estes eram
reservados à nobreza.Eles viviam dos produtos recebidos como pagamento
e dos saques que podiam realizar durante as guerras de conquista.

• Artesãos: Exerciam as mais diversas profissões. Trabalhavam como


pedreiros, carpinteiros, desenhistas, escultores, pintores, tecelões, ourives,
etc. Muitas de suas atividades eram realizadas nas grandes obras públicas
(templos, túmulos, palácios, etc.).

• Camponeses: Chamados no Egito de felás, constituíam a imensa maioria


da população. Trabalhavam nas propriedades do faraó e dos sacerdotes e
tinham o direito de conservar para si apenas uma pequena parte dos
produtos colhidos. Eram também obrigados a trabalhar na construção de
obras públicas grandiosas, como abertura de estradas, limpeza de canais,
transportes de pedras necessárias às grandes obras, como túmulos, templos
e palácios.
Escravos: Geralmente estrangeiros e prisioneiros de guerra, também
compunham a base da sociedade. Trabalhavam, principalmente, nas minas e
pedreiras do Estado, nas terras reais e nos templos. Muitas vezes faziam parte do
exército em época de guerra eram utilizados como escravos domésticos
Escrita
A escrita surgiu
no Egito por volta
de 3000 a .C.Os
caracteres que os
egípcios usavam
para escrever
eram chamados de
hieróglifos, usados
geralmente em
inscrições oficiais e
sagradas gravadas
em pedra.
Os egípcios
desenvolveram
também uma
forma
simplificada
dessa escrita
hieroglífica
chamada escrita
hierática (escrita
dos deuses),
utilizada
principalmente
pelos sacerdotes
sobre madeira ou
papiro.
• Havia ainda a escrita demótica (escrita do povo), mais popular, que era
uma simplificação da hierática, geralmente usada em cartas e registros
sobre papiro.

• Eles usavam tinta feita de fuligem e algumas vezes decoravam suas escritas
com tinta vermelha.
O papiro
Muito da história
do Egito nos foi
transmitido
pelos rolos de
papiro
encontrados
nos túmulos
dos nobres e
faraós.

Foram os egípcios
que, por volta
de 2200 antes
de Cristo,
inventaram o
papiro, espécie
de pergaminho
e antepassado
do papel.
Papiro é uma planta aquática
existente no delta do Nilo. Seu talo
em forma piramidal chega a ter de
5 a 6 metros de comprimento. Era
considerada sagrada porque sua
flor, formada por finas hastes
verdes, lembra os raios do Sol,
divindade máxima desse povo.
Embarcação feita de papiro muito utilizada pelos pescadores
egípcios.
Religião Egípcia
Produtos e instrumentos utilizados para a mumificação

Técnicas para retirada do cérebro, preenchimento interno


e armazenamento de vísceras
A Mumificação
O trabalho de
mumificação era
caro e demorado,
era feito por
artesãos
especializados.

Apenas as pessoas
pertencentes as
camadas
privilegiadas eram
mumificadas, as
demais eram
enterradas na areia
do deserto, em
cerimônias simples
Os Rituais de Mumificação
A mumificação e os rituais funerários obedeciam regras rígidas, estabelecidas
pelo próprio Anúbis e duravam 70 dias.

Após a retirada dos órgãos internos, os embalsamadores colocavam as vísceras


em vasos sagrados chamados "Vasos Canopos", cada um sob a proteção de um
dos quatro filhos de Hórus.

O coração era lacrado no próprio


corpo.

Os Egípcios o consideravam como o


órgão tanto da inteligência como do
sentimento e portanto, seria
indispensável na hora do juízo.

Somente à alguém com um coração tão


leve quanto a pluma da verdade, o deus
Osiris permitia a entrada para a vida
eterna.
Os Egípcios não davam nenhuma
importância ao cérebro. Após extraí-lo
através das narinas do morto, os
embalsamadores o jogavam fora.

Depois de secar o cadáver com sal de


natrão, eles o lavavam e besuntavam com
resinas conservadoras e aromáticas.

Finalmente, envolviam o corpo em


centenas de metros de tiras de linho, entre
essas tiras eram colocados diversos
amuletos que protegiam o morto contra
inimigos e demônios do mundo
subterrâneo.

Antes de a múmia ser colocada no


túmulo, um sacerdote funerário celebrava
a cerimônia da abertura dos olhos e da
boca, a fim de devolver á vida todos os
sentidos do morto.
Arqueólogos da
Universidade de
Mênfis
descobriram uma
tumba intacta com
cinco múmias no
Vale dos Reis,
perto da cidade de
Luxor no sul do
Egito.

A identidade das
múmias ainda não
foi estabelecida.
O Mito de Osíris

O deus Osíris foi assassinado e


retalhado por Set, seu irmão.
Ísis, sua irmã e esposa, auxiliada
por Hórus, Totem e Anúbis,
recolheu os pedaços do corpo de
seu marido e os colou. Aros e
Totem sopraram-lhe a boca,
devolvendo-lhe a vida. Este mito
simboliza a regressão das águas
no outono e a volta da inundação
na primavera.
O Livro dos Mortos
Fora das paredes,a representação é feita em rolos de papiros denominados “O livro
dos mortos” que contêm, além de gravuras, orações, feitiços, hinos e suplicas que
pretendiam afiançar a passagem segura e curta do falecido ao outro mundo. Esses
rolos de papiro eram colocados nos túmulos junto das múmias.

O tribunal de Osíris é um regulador social no mundo da civilização egipcia pois no


citado livro dos mortos estavam regras de conduta social que deveriam ser
obedecidas, sob pena de sofrimento no pós-vida.

Página do livro dos mortos que representa o morto


sendo apresentado no tribunal de Osíris.
Pirâmides
Há no Egito 80 pirâmides, construídas aproximadamente 4000 a.C. distam apenas
10Km da cidade do Cairo.

A maior pirâmide, e a mais antiga é a de QUEOPS. Possui 148 metros de altura,


234 metros de base. A área que ocupa é de 54.000 m².
As pedras foram trazidas da
Arábia e transportadas em
grandes barcaças pelo Rio
Nilo. No transporte de terra
eram colocadas em enormes
pranchas que por sua vez
deslocavam sob troncos
roliços de grandes
dimensões. Trabalharam na
construção cerca de 100.000
operários durante 20 anos
Queóps
As pirâmides, grandes construções de blocos de pedras, era o túmulo dos
faraós e de seus familiares.
Seu interior era decorado, possuía móveis, armas e jóias.
Alguns deles passaram toda a vida organizando a construção
e a decoração de seus túmulos.

Ordenavam aos seus auxiliares e escravos que


colocassem alimentos, animais de estimação, roupas
e objetos pessoais – acreditando que precisariam de
tudo isso na vida após a morte.

Os egípcios acreditavam que, após a morte, teriam de passar pelo tribunal dos
deuses, que julgaria quem mereceria uma vida.
Os premiados com a vida iriam precisar do corpo bem conservado para
abrigar sua alma quando ela retornasse.
Com esse objetivo, desenvolveram técnicas de mumificação para a
preservação dos corpos.
Arte Egípcia
A arte egípcia se caracteriza pela "lei da
frontalidade", ou seja, as figuras com rostos de
perfil e os olhos de frente.

O corpo está de frente e as pernas e pés de perfil.


Isto porque eles acreditavam que, com o corpo de
frente, a figura poderia receber inteiramente as
reverências e a admiração de quem as
contemplasse.

Os egípcios acreditavam que a vida continuava


após a morte, e o morto reviveria tudo aquilo que
fosse pintado no túmulo.

Costumavam mumificar os faraós, e faziam uma


estátua igual ao morto, para que, na volta da alma,
o corpo ali estivesse para recebê-la.
Os principais temas das gravuras
egípcias eram
as ações dos deuses, a vida de reis e
rainhas,
autoridades, vida após a morte,
religião e cotidiano.
Nas gravuras tumulares, por
exemplo, os temas
eram sempre a história do morto e a
passagem para o
mundo dos mortos. Nos templos, os
temas eram sempre
Jardim de Nebamun 1400 a.C. as ações dos deuses e a divindade
Mural de um túmulo em Tebas do rei, o faraó.
Detalhe do trono de Tutankamon que
mostra ele e sua esposa.

Trono de Tutankamon
Tatuagem
A história da tatuagem é muito mais antiga do que muitos pensam. A
história da tatuagem parece estar ligada com a evolução do homem e
do desenvolvimento da consciência do "eu". Foi no Egito antigo que a
tatuagem feita com perfurações introduzindo um pigmento na pele foi
praticada.

Existe provas arqueológicas


que provam que marcas de
tatuagens foram feitas em
seres humanos no Egito
entre 4000 e 2000 a.C. Foi
no Egito, também, que a
arte da tatuagem viajou o
mundo.
Sua viagem pelo Egito acaba aqui.

Mas não fique triste, na próxima aula, viajaremos para outro lugar.

Você também pode gostar