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TEXTO COMPLEMENTAR DE HISTÓRIA:

Lembra de como você mesmo era há cinco anos? O que mudou em você desde aquela época? O
que ainda permanece? Os historiadores fazem perguntas parecidas: o que mudou na sociedade?
O que permaneceu?

Suponha que você esteja em pé na fila de um banco. O relógio marca duas horas até você ser
atendido. Puxa, como demorou! Agora, você vai para uma festa junto com seus amigos Tudo é
muito divertido. De repente, você olha para o relógio e constata que já passaram duas horas...
Caramba, passou tão rápido! Pois é, nos dois casos, o tempo cronológico (marcado pelo relógio)
foi o mesmo. Mas você sentiu o tempo de maneira totalmente diferente, não foi na história das
sociedades acontece algo semelhante. Existem transformações rápidas, que mudam a vida de
muitas pessoas e que acontecem em poucos dias ou meses. Outras mudanças são bem lentas, e
só começam a ser notadas depois de vários séculos. É exatamente sobre isso que a historiadora
e professora Vavy Pacheco Borges escreve:

"A História, como as outras formas de conhecimento da realidade, está sempre se constituindo o
conhecimento que ela produz nunca é perfeito ou acabado. (...) A História procura
especificamente ver as transformações pelas quais passaram as sociedades humanas. A
transformação é a essência da história; quem olha para trás, na história de sua própria vida,
compreenderá isso facilmente. Nós mudamos constantemente; isso é válido para o indivíduo e
também é válido para a sociedade. Nada permanece igual e é através do tempo que se percebem
as mudanças.

Eis por que se diz que o tempo é a dimensão da análise da história. O tempo histórico através do
qual se analisam os acontecimentos não corresponde ao tempo cronológico que vivemos e que é
definido pelos relógios e calendários. No tempo histórico podemos perceber mudanças que
parecem rápidas, como os acontecimentos cotidianos: por exemplo, num golpe de Estado
[quando, de repente, um governo é derrubado à força), cujo desenrolar acompanhamos pelos
jornais. Vemos também transformações lentas, como no campo dos valores morais: o machismo
[a ideia de que os homens são superiores às mulheres], por exemplo, é um valor que impera na
maior parte das sociedades que a História estuda (...). No Ocidente, aproximadamente de um
século para cá, surge um questionamento mais constante desse valor milenar." (BORGES, Vavy
Pacheco. O que é História. 12 ed. São Paulo: Brasiliense, 1987, pp. 47-48.)

A partir do que é apresentado pela autora do texto acima, procure responder:

1. Por que a transformação é a essência da história"?

2. O que é o tempo cronológico?

3. Explique a diferença entre o tempo cronológico e o tempo histórico.

4. Cite um exemplo de uma mudança lenta em sua vida e de uma mudança rápida. 5. Por que as
mudanças na mentalidade machista são mudanças lentas?

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