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QUESTÕES 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
RESPOSTA
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RESPOSTA
01.Observe o mapa abaixo. Revoltas provinciais brasileiras do século XIX*
a) As revoltas provinciais ocorreram em todas as regiões do Brasil e foram lideradas pelas elites
regionais, que reivindicavam a autonomia das províncias em relação ao governo central.
b) A Revolta dos Malês, a Balaiada e a Cabanagem foram revoltas populares, ocorridas nas
províncias ao Norte e ao Nordeste do país, e reivindicavam melhoria nas condições de vida das
populações de suas regiões.
c) A Farroupilha e a Sabinada foram revoltas populares que exigiam o fim da escravidão no Brasil
e a independência das províncias do sul.
d) As revoltas regenciais ocorreram somente nas províncias ao Norte e Nordeste do país e
reivindicavam melhoria nas condições de vida e espaço na cena política do país.
02. Em geral, os Índios são inclinados à embriaguez, ao furto e à devassidão; a preguiça os
domina; a pesca e a caça são a sua habitual ocupação; têm gênio belicoso, e são valentes,
o que prova que ainda se ressentem de sua selvageria. Eles são susceptíveis de educação
e ensino. Perdem-se bons músicos, etc.
Francisco Camboim, Diretor Geral Interino dos Índios da Província de Pernambuco, 1870 (APE,
Cód. DII-19, 15/11/187, fl.175) apud HELY SILVA, Edson. O lugar do índio. Conflitos, esbulhos de
terras e resistência indígena no século XIX: o caso de Escada-PE (1860-1880). Dissertação
(Mestrado), História da UFPE, Recife, 1998, p.27. Disponível em: . Acesso em: 1º ago. 2018.
Com base no texto, identifique: qual era a visão que parte da elite brasileira tinha sobre as
populações indígenas no século XIX?
a) Para os homens brancos, o indígena era tido por preguiçoso, selvagem, incapaz de aprender
algum ofício ou de produzir algum tipo de arte.
b) O indígena era visto como selvagem, mas sua educação era possível, desde que ele
assimilasse a cultura dos brancos.
c) A visão predominante sobre o indígena era de que ele era educado e apto a produzir arte, e sua
cultura era valorizada.
d) Os homens brancos viam o indígena de forma real, não pejorativa, pois compreendiam bem
sua cultura e a respeitavam.
03. (Ufrn) A Guerra dos Farrapos ou Revolução Farroupilha (1835-1845) eclodiu como uma
reação ao(s):
a) pesados impostos cobrados pela Coroa, que diminuíam a capacidade de concorrência dos
produtos gaúchos, especialmente do charque.
b) regime de propriedade das terras gaúchas, que favorecia a concentração da posse de
latifúndios nas mãos dos nobres ligados à Corte.
c) intensos movimentos do exército imperial no Rio Grande do Sul, que limitavam a atuação
política dos estancieiros gaúchos.
d) sistema de representação eleitoral, que excluía a possibilidade de participação política das
camadas populares da sociedade gaúcha.
05. (Unesp) "Mais importante, o país é abalado por choques de extrema gravidade; não
mais os motins... mas verdadeiros movimentos revolucionários, com intensa participação
popular, põem em jogo a ordem interna e ameaçam a unidade nacional. Em nenhum outro
momento há tantos episódios, em vários pontos do país, contando com a presença da
massa no que ela tem de mais humilde, desfavorecido. Daí as notáveis conflagrações
verificadas no Pará, no Maranhão, em Pernambuco, na Bahia, no Rio Grande do Sul."
(Francisco Iglésias, "BRASIL, SOCIEDADE DEMOCRÁTICA".)
Este texto refere-se ao período:
06. (Uff) Por ser o herdeiro de menor idade, a abdicação de D. Pedro I, em 1831, resultou
na formação de governos regenciais que, até 1840, enfrentaram inúmeras dificuldades para
manter a integridade territorial do Império. Entre as várias rebeliões irrompidas nas
províncias, a ocorrida no Maranhão notabilizou-se pela diversidade social dos insurgentes,
entre os quais não faltaram escravos a quilombolas.
A revolta mencionada denomina-se:
a) Cabanagem b) Balaiada c) Farroupilha d) Revolta dos Malês e) Praieira
09. (PUC-PR) O texto abaixo reproduz algumas das impressões de um viajante estrangeiro
sobre Pernambuco pouco depois da eclosão da Revolução Praieira (1848-1849).
"Como a cultura da cana exige uma qualidade de terras particular [...], a mor parte dos engenhos
possue vastas extensões de terrenos incultos. [...]. Ora, os proprietários se recusam a vender
estes terrenos, e até a arrendá-los. Se possuirdes 30 ou 40 contos de reis, então podereis
comprar um engenho; mas se sois pobre, e quizerdes comprar ou arrendar algumas geiras de
terra, não achareis! É isso o que faz que a população improdutiva das cidades, a classe dos
solicitadores de empregos publicos se augmente todos os dias, que os crimes contra a
propriedade se tornem mais frequentes e o paiz se empobreça de dia em dia [...]. O poder dos
grandes proprietários do interior (e este poder é grand tem por base o numero desses vassalos
obedientes que elles manteem nas suas terras.”
Adaptado de HADFIELD, W. El Brasil, el Rio de la Plata y el Paraguay vistos por un viajero en 1852. Buenos Aires: Editorial Difusam,
1943.
Além da concentração fundiária, desigualdade social e dependência econômica apontadas pelo
autor, assinale a alternativa que indica CORRETAMENTE outras razões para a Revolução
Praieira:
A. O domínio do comércio pelos portugueses e a decadência da economia açucareira.
B. O domínio do Partido Liberal na província e a influência holandesa na política local.
C. A descentralização administrativa do Segundo Reinado e as revoltas de escravos.
D. A profissionalização do Exército e a exclusividade do comércio com a Inglaterra.
E. A adoção do parlamentarismo e a dissolução dos partidos Liberal e Conservador naquela
província.
10. A República Oligárquica foi o momento em que o Brasil esteve na mão dos setores das
oligarquias de São Paulo e Minas Gerais. Os grandes fazendeiros – os “coronéis” –
estavam diretamente ligados ao poder, influenciando as eleições para presidente e
governador.
Sobre esse período da história republicana brasileira, marque V nas afirmativas verdadeiras e F,
nas falsas.
( ) As agitações sociais da República Velha, como a Guerra de Canudos, abriram espaço para a
expansão de movimentos de esquerda, como o Tenentismo, que pretendeu estabelecer uma
república socialista no país.
( ) Os anos iniciais da República foram de grande agitação social, marcados por movimentos
insurgentes, como a Revolução Federalista do Rio Grande do Sul e a Guerra de Canudos, no
Sertão da Bahia.
15. Sobre o período da Primeira República, que vai de 1889 a 1930, compreende-se que:
a) se tratou de um período bastante homogêneo, uma vez que por todo esse tempo foram os
militares que governaram o país, mantendo assim a estabilidade social e econômica por todos
esses anos.
b) foi um período em que a população obteve plenos direitos, como é o caso do sufrágio universal,
da garantia do direito à moradia e escolarização a todos, além de grandes avanços na ciência e
na saúde pública.
c) houve projetos em disputa, como dos militares e latifundiários, sendo que o país passou por um
período inicial governado pelos militares e um período atendendo aos interesses da elite cafeeira.
d) mostrou o predomínio político das elites cafeeiras em todo o período, que controlaram desde o
início da República o eleitorado brasileiro, com práticas políticas coercitivas como o “coronelismo”
e o “voto de cabresto”.
e) apresentou características plenamente democráticas e que permitiram a participação política de
todos os grupos e minorias da população brasileira, contando, por esse motivo, com amplo apoio
social.
16. (Enem) A escravidão não há de ser suprimida no Brasil por uma guerra servil, muito
menos por insurreições ou atentados locais. Não deve sê-lo, tampouco, por uma guerra
civil, como o foi nos Estados Unidos. Ela poderia desaparecer, talvez, depois de uma
revolução, como aconteceu na França, sendo essa revolução obra exclusiva da população
livre. É no Parlamento e não em fazendas ou quilombos do interior, nem nas ruas e praças
das cidades, que se há de ganhar, ou perder, a causa da liberdade.
NABUCO, J. O abolicionismo [1883]. Rio de Janeiro: Nova Fronteira; São Paulo: Publifolha 2000
(adaptado).
No texto, Joaquim Nabuco defende um projeto político sobre como deveria ocorrer o fim da
escravidão no Brasil, no qual
a) copiava o modelo haitiano de emancipação negra.
b) incentivava a conquista de alforrias por meio de ações judiciais.
c) optava pela via legalista de libertação.
d) priorizava a negociação em torno das indenizações aos senhores.
e) antecipava a libertação paternalista dos cativos.
17. (Enem) Rodrigo havia sido indicado pela oposição para fiscal duma das mesas
eleitorais. Pôs o revólver na cintura, uma caixa de balas no bolso e encaminhou-se para
seu posto. A chamada dos eleitores começou às sete da manhã. Plantados junto da porta,
os capangas do Trindade ofereciam cédulas com o nome dos candidatos oficiais a todos
os eleitores que entravam. Estes, em sua quase totalidade, tomavam docilmente dos
papeluchos e depositavam-nos na urna, depois de assinar a autêntica. Os que se
recusavam a isso tinham seus nomes acintosamente anotados.
VERISSIMO. E. O tempo e o vento. São Paulo: Globo. 2003 (adaptado).
Erico Veríssimo tematiza em obra ficcional o seguinte aspecto característico da vida política
durante a Primeira República:
a) Identificação forçada de homens analfabetos.
b) Monitoramento legal dos pleitos legislativos.
c) Repressão explícita ao exercício de direito.
d) Propaganda direcionada à população do campo.
e) Cerceamento policial dos operários sindicalizados.
18. (Enem) Os seus líderes terminaram presos e assassinados. A “marujada” rebelde foi
inteiramente expulsa da esquadra. Num sentido histórico, porém, eles foram vitoriosos. A
“chibata” e outros castigos físicos infamantes nunca mais foram oficialmente utilizados; a
partir de então, os marinheiros – agora respeitados – teriam suas condições de vida
melhoradas significativamente. Sem dúvida fizeram avançar a História.
MAESTRI, M. 1910: A revolta dos marinheiros – uma saga negra. São Paulo: Global, 1982.
A eclosão desse conflito foi resultado da tensão acumulada na Marinha do Brasil pelo(a)
a) engajamento de civis analfabetos após a emergência de guerras externas.
b) insatisfação de militares positivistas após a consolidação da política dos governadores.
c) rebaixamento de comandantes veteranos após a repressão a insurreições milenaristas.
d) sublevação das classes populares do campo após a instituição do alistamento obrigatório.
e) manutenção da mentalidade escravocrata da oficialidade após a queda do regime imperial.
19. (Enem) O problema central a ser resolvido pelo Novo Regime era a organização de
outro pacto de poder que pudesse substituir o arranjo imperial com grau suficiente de
estabilidade. O próprio presidente Campos Sales resumiu claramente seu objetivo: “É de lá,
dos estados, que se governa a República, por cima das multidões que tumultuam agitadas
nas ruas da capital da União. A política dos estados é a política nacional”.
CARVALHO, J. M. Os Bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi. São Paulo: Companhia das Letras,
1987 (adaptado).
Nessa citação, o presidente do Brasil no período expressa uma estratégia política no sentido de
a) governar com a adesão popular.
b) atrair o apoio das oligarquias regionais.
c) conferir maior autonomia às prefeituras.
d) democratizar o poder do governo central.
e) ampliar a influência da capital no cenário nacional.
20. (Enem) O instituto popular, de acordo com o exame da razão, fez da figura do alferes
Xavier o principal dos Inconfidentes, e colocou os seus parceiros a meia ração de glória.
Merecem, decerto, a nossa estima aqueles outros; eram patriotas. Mas o que se ofereceu a
carregar com os pecadores de Israel, o que chorou de alegria quando viu comutada a pena
de morte dos seus companheiros, pena que só ia ser executada nele, o enforcado, o
esquartejado, o decapitado, esse tem de receber o prêmio na proporção do martírio, e
ganhar por todos, visto que pagou por todos. ASSIS, M. Gazeta de Notícias, n. 114, 24 abr.
1892.