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Exercícios Brasil Imperial

01 - (UNESP)

É correto interpretar a charge, que representa D. Pedro II e foi publicada em 1887, como
uma

a )Demonstração da exaustão provocada pela diversidade de atividades exercidas pelo


imperador.
b) Valorização do esforço do imperador em manter-se atualizado em relação ao que
acontecia no país.
c) Crítica à passividade e à inoperância do imperador em meio a um período de dificuldades
no país.
d) Denúncia da baixa qualidade da imprensa monárquica e de suas insistentes críticas ao
imperador.
e) Celebração da serenidade e harmonia das relações sociais no país durante o Império.

02 - O escritor José de Alencar relata como ocorriam as reuniões do Clube da Maioridade,


realizadas na casa de seu pai em 1840. Discutia-se nessas ocasiões a antecipação da
maioridade do imperador D. Pedro II, então com apenas 14 anos, para que ele pudesse
assumir o trono antes do tempo determinado pela Constituição. No fim da vida, José de
Alencar rememora os episódios de sua infância e chega a uma surpreendente conclusão:
os políticos que frequentavam sua casa na ocasião iam lá não porque estavam pensando
no futuro do país, mas apenas para devorar tabletes e bombons de chocolate. Conforme o
relato do escritor, os membros do Clube da Maioridade, discutindo altos assuntos na sala de
sua casa, pareciam realmente gente séria e preocupada com os destinos do Brasil, até que
chegava a hora do chocolate. Para Alencar, a discussão política no Brasil se resumia a um
“devorar de chocolate”, isto é, cada um defendia apenas seus interesses particulares e nada
mais.
(Adaptado de Daniel Pinha Silva, “O império do chocolate”, em http://www.revistadehistoria.com.br/secao/leituras/o-imperio-do-chocolate.
Acessado em 01/08/2016.)(Adaptado de Daniel Pinha Silva, “O império do chocolate”, em
http://www.revistadehistoria.com.br/secao/leituras/o-imperio-do-chocolate. Acessado em 01/08/2016.)
Sobre o Golpe da Maioridade e a visão de José de Alencar a esse respeito, é correto
afirmar que:
A. O golpe foi uma manobra das elites políticas, que criaram uma forma de alterar a
Constituição e contemplar os seus interesses durante o período regencial, fato
criticado por Alencar ao fazer uma anedota com o chocolate.
B. Ao entregar o poder a um jovem de 14 anos, alegando ser maior de 18, os políticos
do Império manifestavam uma ousada visão política para evitar a influência da
Inglaterra nos assuntos brasileiros, preservando seus interesses como donos de
escravos.
C. O golpe foi uma resposta dos conservadores às propostas liberais que pretendiam
estabelecer a República no país, e Alencar apontou uma prática política dos
parlamentares que é recorrente na história do país.
D. José de Alencar expressou sua decepção com os políticos e, ao registrar sua visão
sobre o Clube da Maioridade, o escritor contribuiu para inibir procedimentos
semelhantes durante o Império, assegurando uma transição pacífica e legal para a
República, em 1889.

03 - Promulgada em 1850, a chamada Lei de Terras determinou as normas sobre a posse,


manutenção, uso e comercialização das terras no período do Segundo Reinado,
modificando as relações fundiárias no Brasil.
A partir desta data, ficou estabelecido que as terras
A. Seriam tomadas pelo Estado e transformadas em cooperativas, visando aumentar a
produtividade e combater o problema da fome nas cidades.
B. Seriam demarcadas e entregues a membros da aristocracia imperial, em um regime
de administração que ficou conhecido como Capitanias Hereditárias.
C. Passariam a ser adquiridas por meio de compra e venda ou por doação do Estado,
com registro em cartório, ficando proibida a obtenção de terras por meio de
ocupação.
D. Seriam divididas em pequenos lotes e distribuídas a escravos alforriados e
imigrantes europeus, em um sistema que ficou conhecido como colonato.
E. Pertenceriam ao Estado e seriam geridas por funcionários públicos concursados, por
meio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

04 - (UNIVESP) Leia o texto para responder à questão.


“O governo imperial [...] esmagou a nossa principal indústria, vexando-a ainda mais. [...]
Repetidas reclamações de nossa parte sobre este assunto foram constantemente
desprezadas pelo governo imperial [...]. Um só recurso nos restava, um único meio se
oferecia à nossa salvação; e este recurso e este meio único era a nossa independência
política e o sistema republicano [...].”
Manifesto dos Farrapos, Piratini, 1838. In: PESSOA, R.C. A ideia republicana no Brasil
através dos documentos. São Paulo: Alfa-Ômega, 1973. pp.21-31.
A Revolução Farroupilha ou Guerra dos Farrapos, no Rio Grande do Sul, foi a mais longa
rebelião do Brasil Império, estendendo-se de 1835 a 1845. Entre as causas da insatisfação
dos rebeldes, estava
A. O movimento migratório promovido pelo governo imperial, que deslocou
contingentes de população do Norte e do Nordeste para o Rio Grande do Sul e para
Santa Catarina.
B. A expropriação das fazendas de algodão para fins de reforma agrária, atendendo à
demanda dos imigrantes europeus recém-chegados à região.
C. O projeto republicano defendido por políticos do Sudeste e contestado pelos
gaúchos, beneficiados pelas políticas imperiais.
D. O aumento dos impostos sobre o gado, a terra e o sal, que afetou os negócios dos
pecuaristas gaúchos.
E. A manutenção da escravidão no Brasil, considerada um obstáculo ao
desenvolvimento da indústria no Sul do país.

05 - Leia o texto.
Em abril de 1831, Dom Pedro I abdicou ao trono do Brasil em favor de seu filho, Dom Pedro
de Alcântara que tinha, então, cinco anos de idade. Uma Regência foi criada para governar
até que Dom Pedro II, como ficaria conhecido, atingisse a maioridade e pudesse ser
coroado.
Durante o Período Regencial, a política brasileira foi marcada
A. Pela intensificação da política expansionista do regente Feijó, que acentuou os
conflitos internacionais no Cone Sul (Guerras da Cisplatina e do Paraguai), e pelo
aumento progressivo da dívida externa brasileira.
B. Pela fragmentação do Império, marcada pela perda de territórios fronteiriços
(Província Cisplatina, Amazônia Colombiana) nos combates com as tropas de Simón
Bolívar e José de San Martín.
C. Pelo pacto federativo, conduzido pelo jovem imperador, que favoreceu as demandas
dos regionalistas, concedendo autonomia administrativa às províncias.
D. Pela promulgação da primeira Constituição do Império, que sofreu forte resistência
das elites regionais por seu caráter centralizador, pela criação do poder Moderador e
pela extensão do direito de voto aos analfabetos.
E. Pela criação das Assembleias Legislativas Provinciais e pela eclosão de rebeliões
em diversas províncias, sendo algumas de caráter popular (como a Cabanagem) e
outras comandadas pelas elites regionais (caso da Guerra dos Farrapos).

06 - Leia o anúncio e responda:

CRIOULO FUGIDO.

Anda fugido, desde © dia 18 de Outubro de 1854, o


escravo erioulo de nome FORTUNATO, de 20 e tantos annos de idade, com falta de dentes
na frente, com pouca ou nenhuma barba, baixo, reforçado,
é muito pachola, mal encarado, fala
apressado e com a boca cheia olhando para
o chão; costuma às vezes andar calçado “intitulando-se forro, e dizendo chamar-se
Fortunato Lopes da Silva. Sabe cozinhar, trabalhar de
encadernador, e entende de plantações da roça donde &
natural. Quem o prender, entregar à prisão, e avisar na
corte ao seu senhor Eduardo Lacmmert, rua da
Quitanda n.º 77, receberá 30U000 de gratlicação.

O anúncio exemplifica uma prática que se tornou comum na imprensa brasileira no século
XIX:
a divulgação de oferta de recompensas por escravos fugidos. Tal prática possibilita situar a
importância dessa mão de obra em diversas atividades econômicas.

a) A partir das informações do anúncio, identifique duas características da condição de vida


dos escravos, no Brasil, naquele momento.

b) Indique, também, a principal transformação no mercado de compra e venda de escravos


ocorrida em 1850 que justifique o pagamento de uma
recompensa.

07 - A Guerra do Paraguai (1864-1870) foi o conflito externo de maior repercussão para os


países envolvidos — Paraguai, Brasil, Argentina e Uruguai —, quer quanto à mobilização e
perda de homens, quer quanto aos aspectos políticos e financeiros. Essa guerra foi, na
verdade, resultado do processo de construção dos Estados nacionais no rio da Prata e, ao
mesmo tempo, marco nas suas consolidações.

Adaptado de DORATIOTO, F. F. M. Maldita guerra: nova história da Guerra do Paraguai.


São Paulo: Companhia das Letras, 2002.

Os motivos que justificaram a Guerra do Paraguai, ou Guerra da Tríplice Aliança, continuam


gerando controvérsias cento e cinquenta anos depois. Apresente dois motivos que
expliquem essa guerra, tendo em vista as disputas na região do rio da Prata durante a
segunda metade do século XIX.

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