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HISTÓRIA

Ação Pacificadora de Duque de Caxias


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AÇÃO PACIFICADORA DE DUQUE DE CAXIAS

A Ação Pacificadora de Caxias: Balaiada, Farroupilha e Revoltas Liberais de 1842

Luís Alves de Lima e Silva (1803-1880)

• Filho de Francisco de Lima e Silva (comandante da expedição militar contra a confe-


deração do Equador).
• Aos cinco anos de idade recebeu o título de Cadete da 1ª Classe, no 1º Regimento de
Infantaria de Linha do Rio de Janeiro.
• Cursou a Academia Real Militar entre 1818 e 1821.
• Em 1823, o Batalhão do Imperador, do qual fazia parte, foi destacado para a Bahia,
onde pacificou o movimento contra a independência, comandado pelo General
Madeira de Melo.
• Em 1825, junto com o Batalhão do Imperador, participou da campanha da Cisplatina.
5m
• Em 1837, já promovido a tenente-coronel, Caxias é escolhido para pacificar a provín-
cia do Maranhão, onde havia iniciado o movimento da Balaiada. Em 1839, é promovido
a coronel e nomeado presidente da província do Maranhão e Comandante-Geral das
forças em operações.
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• Em 1841, em atenção aos serviços prestados na pacificação do Maranhão, foi-lhe


conferido o título nobiliárquico de Barão de Caxias. É promovido a brigadeiro e eleito
deputado à assembleia legislativa pela província do Maranhão.
• Em março de 1842, é investido no cargo de Comandante das Armas da Corte. Em maio
de 1842, o Partido Liberal iniciou um levante na província de São Paulo.
• O brigadeiro Lima e Silva é nomeado comandante-chefe das forças em operações na
província e seu vice-presidente. Cumprida a missão em pouco mais de um mês, o
governo nomeia Caxias comandante do exército pacificador em Minas Gerais. Já no
início do mês de setembro, a revolta estava abafada e a província pacificada.
• No sul do império, a Guerra dos Farrapos persistia, mais de dez presidentes de provín-
cia e generais se haviam sucedido desde o início da luta, sempre sem êxito. Em 1842,
o governo imperial nomeou Caxias comandante-chefe do Exército em operações e
presidente da província do Rio Grande do Sul. Em 1 de março de 1845, é assinada a
paz de Ponche Verde, dando fim à Revolução Farroupilha. Caxias é proclamado não
10m só Conselheiro da Paz, como também “O Pacificador do Brasil”.
• Em 1845, Caxias é efetivado no posto de marechal-de-campo e elevado a conde. Em
seguida, foi indicado pelo Rio Grande para senador do império. Em junho de 1851, foi
nomeado presidente do Rio Grande e comandante-chefe do Exército do Sul. Sua prin-
cipal missão era preparar o Império para uma luta nas fronteiras dos pampas gaúchos.

Existia uma intencionalidade da Argentina e do Uruguai em formar uma nação no Prata,


que imporia ao Brasil uma rivalidade/concorrência.

• Em setembro de 1851, Caxias adentra o Uruguai, batendo as tropas do presidente uru-


guaio, Manuel Oribe, e diminuindo as tensões que existiam naquela parte da fronteira.
Em 1852, é promovido ao posto de tenente-general e recebe a elevação ao título Mar-
quês de Caxias.
• Em 1853, passa a tomar parte direta na elevada administração do Estado e, em 1855,
é investido do cargo de ministro da guerra. Em 1857, por moléstia do Marquês de
Paraná, assume a presidência do Conselho de Ministros do Império, cargo que vol-
taria a ocupar, em 1861, cumulativamente com o de ministro da guerra. Em 1862,
foi graduado marechal-do-exército, assumindo novamente a função de senador no
ano de 1863.
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“Em 1865 tem início a Guerra da Tríplice Aliança, reunindo Brasil, Argentina e Uruguai
contra as forças paraguaias de Solano López. Em 1866, Caxias é nomeado comandante-
-chefe das forças do império em operações contra o Paraguai, mesma época em que é efeti-
vado marechal-do-exército. Em janeiro de 1869, Caxias dá por encerrada sua participação na
guerra com a tomada de Assunção, capital do Paraguai. Caxias tem seu título nobiliárquico
elevado a duque, mercê de seus relevantes serviços prestados na guerra contra o Para-
guai. Caxias foi o único Duque brasileiro. Em 1875, pela terceira vez, é nomeado Ministro da
Guerra e presidente do Conselho de Ministros. Caxias ainda participaria de fatos marcantes
da história do Brasil, como a “Questão Religiosa”, o afastamento de Dom Pedro II e a regên-
cia da Princesa Isabel. No dia 7 de maio de 1880 morre o Duque de Caxias.”
http://bndigital.bn.gov.br/dossies/guerra-do-paraguai/os-personagens/duque-de-caxias/

15m
A Balaiada (Maranhão, 1838-1841)

“Os balaios chegaram a ocupar a Vila de Caxias, importante centro urbano da província,
e ameaçavam tomar também a capital, São Luís.
O movimento foi derrotado pelas tropas do governo sob o comando do coronel Luís Alves
de Lima e Silva, que graças a essa vitória recebeu o título de barão de Caxias. Cosme Bento
foi enforcado e os negros rebelados foram novamente escravizados.
Verifica-se uma situação espantosamente singular. Os remanescentes das lutas de inde-
pendência foram abandonando, em vários pontos do território, soldados e bandidos. [...]
Coronel, são necessários os seus serviços nesta hora. O fanatismo do cangaço com a
luta dos partidos ameaça tragar o Maranhão. É preciso estancar esse sangue de qualquer
forma. E já.”
http://imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD26AGO1981.pdf

Revoltas Liberais de 1842


20m
Dom Pedro II assume a partir de um golpe dado pelos liberais. A Regência Una, de Araújo
Lima, era conservadora. Os liberais, que estão fora do poder, começam a acusar a existência
das regências, afirmando que ela é responsável pelas crises, revoltas e rebeliões que acon-
teciam pelo país. Dessa forma, anteciparam a maioridade de Dom Pedro II, que se tornou o
imperador do Brasil.
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No Segundo Reinado, então, Dom Pedro II inclui os liberais no governo e, logo após,
acontecem as eleições. Porém, as eleições foram marcadas por muita corrupção e pela vio-
lência empreendida. Por isso, as eleições ficaram conhecidas como “eleições do cacete”.
Os liberais venceram, mas houve a denúncia por parte dos conservadores. Por isso, os
liberais foram retirados dos postos políticos nos quais foram colocados. Nesse contexto, os
liberais se tornam os revoltosos. Duque de Caxias foi chamado para agir nessa situação.

• Levantes dos liberais da província de São Paulo e Minas Gerais.


• Ao final das Eleições do Cacete, o Partido Liberal havia conseguido eleger a maioria
dos deputados eleitos para a Assembleia dos Deputados.
• O Conselho de Ministros, formado, na maioria, por Conservadores, solicitou a D. Pedro
II que anulasse os votos da Eleição do Cacete.
• Em 1842, dissolução do ministério liberal, posse dos conservadores.
• Revolta dos Liberais.
• Lideranças: Padre Diogo Feijó, Teófilo Otoni, Campos Vagueiro, entre outros.
• Coluna Libertadora.
• Repressão do Barão de Caxias.
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Revoltas Liberais de 1842

Após algumas situações iniciais de confronto entre os grupos, que envolviam eleições
ilegítimas, com o recurso à violência (as chamadas “eleições do cacete”), e lutas contra o
poder central, como a Revolução Farroupilha e a Revolta Liberal de 1842, reprimidas pelo
Duque de Caxias, foi estabelecido o parlamentarismo, em 1847, reforçando a consolidação
do Império.
25m
Era o chamado parlamentarismo às avessas, de caráter centralizador e oligárquico, não
representativo da sociedade brasileira, em virtude da exclusão escravista e do critério censi-
tário. Em 1853, estabeleceu-se a conciliação partidária em um novo ministério, formado por
liberais e conservadores. A tranquilidade propiciada pela conciliação durou até 1858, quando
se retomou o revezamento de liberais e conservadores no poder, situação que predominou
até o fim do Império.

A revolução Farroupilha (Rio Grande do Sul, 1835-1845)

Durante o Segundo Reinado, a rebelião entrou em declínio, especialmente diante da


repressão empreendida pelo governo central, comandada pelo Barão de Caxias. O acordo
de paz com o Império garantia anistia geral aos revoltosos e o atendimento de algumas rei-
vindicações que originaram a revolta. Por sua importante atuação, Caxias recebeu o título de
“Pacificador do Império”.
Tendo Caxias autorização do Imperador para decidir acatar ou não os termos de paz
apresentados pelos farrapos, reúne-se com as principais lideranças Farroupilhas daquele
ano de 1845, exceto pela figura de Bento Gonçalves, que se encontrava enfermo. Tendo
também recebido de Bento Gonçalves aval de semelhante teor, Canabarro poderia decidir se
aceitava ou recusava os termos oferecidos por Caxias.
A paz finalmente é assinada em 28 de fevereiro de 1845 e o fim da Revolução Farroupilha
é oficialmente proclamado às tropas de ambos os lados em 1º de março de 1845, fato come-
morado até os dias de hoje.
Militarmente não restam muitas dúvidas quanto à vitória das tropas legalistas, porém,
ainda nos dias de hoje, diversos historiadores defendem que os verdadeiros vencedores
foram os bravos Farroupilhas, pois conquistaram grande parte daquilo que almejavam no
início da Revolução, em 20 de setembro de 1835.
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Fernando Augusto de Paiva Rodrigues

Por exemplo, Duque de Caxias aceitou que as dívidas da república proclamada passas-
sem a ser do Império. Na ação pacificadora houve a aceitação da transformação dos postos
dos soldados militares farroupilhas em militares do Exército Brasileiro. Aceitou-se a liberta-
ção dos negros que haviam lutado na Farroupilha, embora muitos tenham sido escravizados
novamente.
Essas ações de Duque de Caxias fizeram com que ele se tornasse um político da região
e um comandante militar, nessa região que era de extrema importância para o Exército.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Admilson Costa Santos.
�A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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