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6º COMANDO REGIONAL DE POLÍCIA MILITAR

29º BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR


NÚCLEO DE ENSINO

Instrutor: Capitão QOPM 1-0 Cristiano Vitor Pelotão: Bravo

Alunos:
Sd. PM 2° Classe Kyllyjeferson Kylwen da Silva Morais N°:216
Sd. PM 2° Classe Matheus Roque de Oliveira N°:221
Sd. PM 2° Classe Onofre Geovani Aparecido da Silva N°:222
Sd. PM 2° Classe Pedro Henrique de Araújo Gonçalves N°:223
Sd. PM 2° Classe Rodrigo Falkievecz N°:227

HISTÓRIA DA POLÍCIA
MILITAR DO PARANÁ

Piraquara
Setembro/2022
1. Campanha do Contestado

A campanha do contestado foi um conflito armado de caráter


messiânico, que ocorreu em uma região litigiosa dos estados do Paraná e de
Santa Catarina no século XX entre os anos de 1912 e 1916, daí o nome de
contestado. A região de aproximadamente 47.880 km² rica em madeira e erva-
mate era disputada pelos estados a qual já tinha sido dado ganho de causa e
depois revogado na justiça. Muitos sertanejos moravam nessa terra de forma
irregular como posseiros, e em determinados lugares surgiram figuras
denominadas “monges” onde eram considerados líderes políticos e religiosos,
eles seriam capazes de conduzir a população para uma nova era de justiça e
felicidade na esperança de uma vida melhor. Esse caráter messiânico se
assemelha a outro conflito ocorrido no Brasil, Guerra de Canudos.
As ferrovias começaram a se espalhar no final do século XIX, e a
construção de uma que ligaria o estado de São Paulo e do Rio Grande de Sul
que atravessaria a região contestada foi um dos principais motivos para esse
conflito. O governo concedeu a uma empresa norte-americana, Brazil Railway
Company, uma faixa de terra de 15km para cada lado dessa linha férrea, e o
dono dessa mesma empresa Percival Fsrquhar era dono da madeireira
Southern Brazil Lumber & Colonization Company a qual começou a expulsar os
sertanejos da região e fazendo uma intensa exploração de madeira e tirando o
sustento das famílias que ali moravam. Porem para diminuir a tensão foram
contratados para construção dessa ferrovia pessoa que ali moravam e foi
contratado pessoas de demais regiões.
Com o fim da construção da ferrovia em 1910, a empresa mandou
cerca de 8 mil funcionários embora, os quais ficaram perambulando na região e
passando necessidade. Muitos povoados foram criados na região contestada,
um curandeiro chamado José Maria, nome verdadeiro Atanás Marcaf, construiu
um grupo de seguidores que passaram a venera-lo, e acabou se tornando líder
dos revoltosos armados, os quais começaram a fazer tentativas para tomada
das terras das quais tinham sido expulsos. Um grande conflito se estabeleceu
na região quando tropas do Regimento de Segurança Pública comandada pelo
Coronel João Gualberto tentaram expulsar esses sertanejos, esse conflito
conhecido como combate do Irani saiu mortos o coronel João Gualberto e o
Monge José Maria. Após algum tempo surgiu uma menina virgem chamada
Teodora de 11 anos, que dizia ter sonhos com o José Maria o qual ordenava os
seus seguidores a irem para Taquaruçu. Formam-se alguns redutos ou
“cidades santas”, em uma ação entre o governo federal e os estados do Paraná
e Santa Catarina, foi enviado um grande efetivo que contava com
equipamentos de artilharia e metralhadora os quais lograram êxito e destruíram
e incendiaram esse acampamento. Um outro ataque das tropas em Caraguatá
onde viviam cerca de 20.000 pessoas não foi bem-sucedido o que deu
esperança para os sertanejos os quais se juntaram e colocaram em pratica
técnicas de guerrilha e começaram a atacar as fazendas dos coronéis.
O governo federal temendo a proporção do conflito designou o General
Carlos Frederico de Mesquita para comandar as ações contra os rebeldes. Os
conflitos se intensificaram e o governo começou a agir de forma mais dura e
mandar mais homens, e pela primeira vez na história do Brasil foram usados
aviões para reconhecimento. Foi enviado um manifesto para os revoltosos que
garantiria a terra se eles se entregassem o qual não foi aceito. O governo então
começou a avançar e destruir tudo pelo caminho, a moral dos revoltosos ficou
baixa e as tropas do governo avançaram destruindo tudo, milhares morreram
de forma violenta. Após os conflitos sangrentos, um dos mais da história do
Brasil deixando cerca de 8.000 mortes, um acordo foi assinado entre os
estados do Paraná e de Santa Catarina, resolvendo as questões de fronteira,
pondo um fim ao litígio territorial e dividindo a terra contestada por ambos os
estados.

2. Epopeia da Lapa

Proclamada a República, em 1889, forças contrárias às ideias de


Marechal Deodoro o obrigaram a renunciar, e ele deu a presidência ao então
vice-presidente do país, Marechal Floriano Peixoto. Durante o governo de
Floriano Peixoto, ocorreu a Revolução Federalista, a qual aconteceu entre os
anos de 1893 e 1895. Esta revolução se originou devido a guerra civil gaúcha
entre os federalistas (maragatos) e os republicanos (pica-paus).
Os maragatos não estavam contentes com os atos do governo, pois
eram contrários ao sistema presidencialista, já os pica-paus defendiam o
sistema republicano. Os federalistas pretendiam avançar sobre os estados de
Santa Catarina e Paraná, até chegar ao Rio de Janeiro com o objetivo de depor
o presidente da república. Para auxiliar na defesa contra os federalistas, o
Paraná organizou tropas civis e reuniu suas forças policiais. Nesse momento
foi criado o Batalhão Patriótico, formado por funcionários do governo e
voluntários. Em Curitiba, o Batalhão de Voluntários e um regimento de
Segurança do Paraná ficaram sob ordens do coronel Cândido Dulcídio Pereira.
Esse batalhão e o regimento formaram uma brigada, a qual ficou à disposição
do governo federal e posteriormente veio a fazer parte da Coluna
Expedicionária sob comando do general Francisco de Paula Argolo. Durante os
combates, Curitiba, Paranaguá e Tijucas foram praticamente tomadas pelas
forças federalistas. Nesse ponto, a Lapa era o único ponto de resistência
restante.
Os combatentes da Lapa incluíam uma legião de 639 homens, tanto
militares quanto civis. No entanto, por combater mais de três mil federalistas
em número tão pequeno, não foi possível resistir. A cidade da Lapa foi quase
destruída durante os 26 dias de conflito armado.
A Lapa só fracassou com a morte do General Carneiro. Embora
derrotada, a Lapa provocou uma ruptura no movimento federalista. No tempo
em que a Lapa resistiu, Floriano teve tempo de reunir tropas para defender São
Paulo, o que resultou no desencorajamento dos federalistas em continuar com
o seu objetivo, desta forma a república foi mantida.
Um dos conflitos mais violentos já ocorridos em território nacional, o
Cerco da Lapa ainda existe no imaginário popular da cidade e região. Este
episódio nos ajuda a refletir e conhecer mais sobre a história brasileira.

3. Combate do Irani

O combate do Irani fora um combate que ocorreu na madrugada de 22


de outubro de 1912, nos campos do Irani (PR) entre alguns devotos do Monge
José Maria (um dos curadores/ rezadores/ místicos/ aconselhadores populares,
que circulavam pelo sul do Brasil naqueles tempos) e por José Fabrício das
Neves ("coronel" rural de velho tipo, loteador/colonizador informal das terras do
Irani, naquela época pertencentes ao Paraná), no qual comandava uma parcela
do Regimento de Segurança do Paraná, liderados pelo Coronel João
Gualberto. Este confronto mudou a história dos sertões de Santa Catarina e do
Paraná, dando início a Guerra do Contestado (1912 – 1916). Nesta faleceram o
monge José Maria, o Coronel João Gualberto e alguns indivíduos que tomaram
parte na luta de ambos os lados.

“[...] constando ao Governo do Paraná a existência de numeroso bando


armado chefiado pelo monge José Maria nas proximidades de Palmas” (O DIA,
15/10/1912), o Governador paranaense, Dr. Carlos Cavalcanti, determinou que
João Gualberto, capitão comandante do Regimento de Segurança, se dirigisse
imediatamente para a região de Palmas. Na companhia de 300 homens,
municiados com 30.000 cartuchos para carabinas, 3.500 para mosquetões e
10.000 para a metralhadora Maxim (A REPÚBLICA, 14/10/1912), Gualberto
partiu de Curitiba com ordens de dissolver tal ajuntamento. Depois de montar
acampamento na entrada dos Campos de Palmas e de ter enviado uma
parcela das forças do Regimento de Segurança para proteger o município,
João Gualberto determinou que um contingente seguisse atrás de José Maria.
Sob o comando do Tenente Busse, acompanhado do Coronel Soares, ocorreu
o primeiro encontro entre as tropas oficiais e os emissários de José Maria no
início da tarde do dia 18 de outubro de 1912. Vianna (2002) traz uma
informação que não aparece nos jornais. Este autor menciona uma carta que
João Gualberto teria enviado a José Maria dois dias antes do combate. Nesta
carta, Gualberto solicita que José Maria compareça em sua presença para
explicar os motivos de gente armada em seu entorno e que, caso não
atendesse essa intimação iria realizar o confronto. José Maria não foi ao
encontro de Gualberto, as tratativas de paz falharam. Ambos pareciam já se
preparar para o combate que mudaria para sempre os sertões do Estado do
Paraná e de Santa Catarina. No meio da madrugada, perto das 3 horas da
manhã do dia 22 de outubro, as tropas se puseram em direção ao Faxinal do
Irani. Começavam a surgir os primeiros raios de sol, quando Gualberto ordenou
que o pelotão de infantaria sitiasse as três casas que estavam localizadas a
uma pequena distância das tropas, ao acompanhar esse ato, o Coronel João
Gualberto instalava sua metralhadora Maxin, na qual depositava extrema
confiança, o tenente Busse seguiu ao encontro do restante das tropas, que se
encontravam um pouco atrasadas. Com o agrupamento, as tropas puseram-se
em linha de combate. O coronel João Gualberto realizou alguns disparos com a
metralhadora, em direção ao mato como quem testa a arma, que em seguida
falha por ter sido derrubada em um riacho durante a marcha. Desta forma,
após alguns disparos viram surgir em meio às matas um grande número de
sertanejos, aproximadamente 300, que entraram em franco combate com as
forças oficiais. Sob uma grande onda de disparos, José Maria e seus
seguidores avançavam em direção às forças do Regimento de Segurança,
estabelecendo assim, a partir deste momento um entrevero, os sertanejos
alcançaram as primeiras fileiras da força paranaense e, desembainhando os
facões, imprimiram seu modo de combate no confronto.

O tenente Busse, ao ver seu comandante morto, suas tropas sendo


destroçadas e a eminencia de sua morte, ordenou que batessem em retirada
as tropas do Estado do Paraná, colocando assim fim ao confronto que se
tornou o marco inicial da Guerra do Contestado. As forças do Regimento de
Segurança, que entraram em ação no combate eram compostas de setenta
homens. A partir dos esclarecimentos referentes ao combate, a historiografia
aponta que duzentos sertanejos lutaram ao lado de José Maria.

No combate além da morte de João Gualberto e outros indivíduos que


tomaram parte ao lado das forças do Regimento de Segurança do Paraná,
ocorreu a morte do monge José Maria, com um ferimento causado por arma de
fogo. A partir da morte do monge diversas reelaborações por parte de seus
adeptos foram realizadas. Passa a existir a crença de que José Maria iria
ressuscitar e com ele todos os mortos no Irani também.

4. Guerra do Paraguai

A Guerra do Paraguai foi um conflito armado que ocorreu no século


XIX se tornou o mais violento da América do Sul. Os motivos desse conflito
foram políticos, geográficos e econômicos. Na visão do Brasil a guerra
começou quando o presidente paraguaio Francisco Solano Lopes aprisionou
uma embarcação brasileira conhecida como Vapor Marques de Olinda no Porto
de Assunção no dia 12/11/1864 no Paraguai. Um mês e meio depois o exército
do Paraguai com 7.700 soldados invadiram a província brasileira do Mato
Grosso. Na sequência partiu em direção ao Uruguai para apoiar os blancos um
grupo composto por proprietários rurais na luta local. Para chegar no Uruguai o
exército precisava passar pela província da argentina onde tiveram sua
passagem negada, então Solano enviou 22 mil soldados para invadirem a
Argentina.
Diante desse cenário, Brasil, Argentina e Uruguai assinaram um acordo
conhecido como Tríplice Aliança em maio de 1865, contra o Paraguai. A partir
daí o exército paraguaio voltou para defender seu território da Tríplice Aliança.
Ocorreram diversas batalhas, mas uma em destaque foi Batalha Naval de
Riachuelo em junho de 1865 quando a Marinha brasileira destruiu a marinha do
Paraguai e isolou o país. O Brasil precisava de homens, foi então que criou o
Corpo de Voluntários da Pátria, com voluntários, integrantes das Forças
armadas e Organizações Policiais. No Paraná existia a Companhia de Força
Policial que era comandada pelo Capitão Manoel Eufrásio de Assumpção os
quais integraram o corpo de voluntários para lutar na guerra com um total de 71
homens. Um dos feitos da Companhia de Força Policial do Paraná (PMPR) foi
resgatar a Bandeira Imperial, atualmente guardada no museu do Rio de
Janeiro, guardada numa caixa de madeira com a inscrição em dourado, “A
memória de D. Pedro II - o valor e a constância”.
A guerra teve seu fim no dia 01 de março de 1870 com a morte do
Presidente paraguaio Solano Lopes. As consequências e o prejuízo do conflito
ficaram em maior parte aos paraguaios, pois parte da guerra se deu em seu
território causando grande destruição material, perdendo parte do seu território
e estima-se que houve mais de 300 mil mortes no lado Paraguaio. O conflito foi
responsável para o endividamento do governo brasileiro e o início da
decadência da monarquia do Brasil fortalecendo o exército.

5. Revolução de 1924

6. Revolução de 1930
Referências:

https://tribunaregionaldalapa.com.br/2020/02/07/cerco-da-lapa-o-episodio-
historico-que-marcou-a-lapa/

https://www.pmpr.pr.gov.br/Pagina/Revolucao-Federalista

https://brasilescola.uol.com.br/historiab/guerra-paraguai.htm

https://www.pmpr.pr.gov.br/Pagina/Guerra-do-Paraguai

https://www.pmpr.pr.gov.br/Pagina/Campanha-do-Contestado

https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Guerra_do_Contestado

https://www.pmpr.pr.gov.br/Pagina/Criacao-da-Policia-Militar-do-Parana

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