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ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA NAZIRA LITAIFF MORIZ

A CABANAGEM
A revolta da mestiçagem no período regencial brasileiro

TEFÉ-AM
2020
ELBER DA ROCHA
GABRIEL DA COSTA OLIVEIRA
JACÓ MENDONÇA NOGUEIRA
JHON ERICK PEREIRA DOS SANTOS
RICHARD DE OLIVEIRA MOURA

A CABANAGEM
A revolta da mestiçagem no período regencial brasileiro

Trabalho de História, solicitado


para obtenção de notas da
Avaliação parcial do 4º bimestre,
da Escola Estadual Profa. Nazira
Litaiff Moriz.

Prof. Orientador: Afrânio Pereira


de Oliveira

TEFÉ-AM
2020
TEMA: A CABANAGEM
A revolta da mestiçagem no período regencial brasileiro

Serie/Turma:______________
Data:______/______/_______
Turno:___________________

1. OBJETIVO GERAL:

Analisar o conflito denominado historicamente de Cabanagem, ocorrido


no Brasil, no período regencial(1840-1845), e seus aspectos gerais, dentro do
contexto histórico-nacional.

2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

 Falar sobre a cabanagem;


 Apontar as principais causas desse movimento;
 Mostrar os principais líderes dessa revolta;
 Analisar a importância de se conhecer este fato histórico;
 Exibir vídeo para a melhor assimilação do assunto.

3. INTRODUÇÃO

A Cabanagem foi a revolta na qual negros e índios se insurgiram contra a elite política e
tomaram o poder no Pará. Ela ocorreu durante o período regencial no Brasil. O Período
regencial brasileiro (1831 — 1840) foi o intervalo político entre os mandatos imperiais da
Família Imperial Brasileira, pois quando o Imperador Pedro I abdicou de seu trono, o herdeiro
D. Pedro II não tinha idade suficiente para assumir o cargo. Devido à natureza do período e das
revoltas e problemas internos, o período regencial foi um dos momentos mais conturbados do
Império Brasileiro. Neste trabalho falaremos sobre a cabanagem, apontaremos as principais
causas desse movimento, mostraremos os principais líderes dessa revolta e por último
exibiremos um vídeo para a melhor assimilação do assunto.
4. DESENVOLVIMENTO:

Cabanagem foi uma revolta social ocorrida no Império do Brasil, na então província do
Grão-Pará, estendendo-se de janeiro de 1835 a 1840, durante o período regencial brasileiro.
Marcado por um cenário de pobreza extrema, fome e doenças, o conflito existiu muito devido à
irrelevância política à qual a província foi relegada após a Independência do Brasil. Dado o seu
saldo de mortos exorbitante e a chacina de povos promovida pela coroa, a Cabanagem é um dos
maiores conflitos já ocorridos na história do país.
A "cabanagem" remete ao tipo de habitação da população ribeirinha, espécie de cabanas,
constituída por mestiços.Nos antecedentes da revolta, havia uma mobilização da província do
Grão-Pará para expulsar forças reacionárias que desejavam manter a região como colônia
portuguesa. Muitos líderes locais da elite fazendeira, ressentidos pela falta de participação
política nas decisões do governo brasileiro centralizador, também contribuíam com o clima
de insatisfação após a instalação do governo provincial.
A revolta teve início em 6 de janeiro de 1835 quando o quartel e o palácio do governo de
Belém foram tomados por tapuios, cabanos, negros e índios liderados por Antônio Vinagre. O
então presidente da província foi assassinado e instituiu-se um novo presidente, Clemente
Malcher; a tomada de poder promoveu uma apoderação de material bélico por parte dos
grupos revolucionários. Malcher, no entanto, mais identificado com as classes dominantes,
foi rapidamente deposto. Sucedeu-se um conflito entre as tropas dele e as do líder dos
cabanos, Eduardo Angelim, tendo estas saído vitoriosas. O frágil e instável controle cabano
do Grão-Pará durou cerca de dez meses.O império, então, nomeou por si um novo presidente,
o barão de Caçapava, e, frente a essa afronta às tendências centralizadoras do governo
central, bombardeou impiedosamente Belém. A deposição dos cabanos do poder foi rápida,
porém, como muitos deles, mesmo fora do poder, continuaram a lutar, o império usou de seu
poderio militar para sufocar a revolta e, até 1840, promoveu um extermínio em massa da
população paraense. Estima-se que cerca de 30 a 40% da população de 100 mil habitantes do
Grão-Pará tenha morrido no conflito.

Após a independência do Brasil, a província do Grão-Pará mobilizou-se para expulsar


as forças reacionárias que pretendiam manter a região como colônia de Portugal. Nessa luta,
que se arrastou por vários anos, destacaram-se as figuras do cônego e jornalista João Batista
Gonçalves Campos, dos irmãos Vinagre e do fazendeiro Félix Clemente Malcher. Formaram-se
diversos mocambos de escravos foragidos e eram frequentes as rebeliões militares. Terminada
a luta pela escravidão e instalado o governo provincial, os líderes locais foram marginalizados
do poder. A elite fazendeira do Grão-Pará, embora com melhores condições, ressentia-se da
falta de participação nas decisões do governo central, dominado pelas províncias do Sudeste e
do Nordeste. Em julho de 1831, uma rebelião na guarnição militar de Belém do Pará resultou
na prisão de Batista Campos, uma das lideranças implicadas. A indignação do povo cresceu, e
em 1833 já se falava em criar uma federação. O presidente da província, Bernardo Lobo de
Sousa, desencadeou uma política repressora, na tentativa de conter os inconformados. O clímax
foi atingido em 1834, quando Batista Campos publicou uma carta do bispo do Pará, Romualdo
de Sousa Coelho, criticando alguns políticos da província. Por não ter sido autorizada pelo
governo da Província, o cônego foi perseguido, refugiando-se na fazenda de seu amigo
Clemente Malcher. Reunindo-se aos irmãos Vinagre (Manuel, Francisco Pedro e Antônio) e ao
seringueiro e jornalista Eduardo Angelim reuniram um contingente de rebeldes na fazenda de
Malcher. Antes de serem atacados por tropas governistas, abandonaram a fazenda. Contudo, no
dia 3 de novembro, as tropas conseguiram matar Manuel Vinagre e prender Malcher e outros
rebeldes. Batista Campos morreu no último dia do ano, ao que tudo indica de uma infecção
causada por um corte que sofreu ao fazer a barba.
Na madrugada de 7 de janeiro de 1835, liderados por Antônio Vinagre, os rebeldes
(tapuios, cabanos, negros e índios) tomaram de assalto o quartel e o palácio do governo de
Belém, nomeando Félix Antonio Clemente Malcher presidente do Grão-Pará. Os cabanos, em
menos de um dia, atacaram e conquistaram a cidade de Belém, assassinando o presidente Lobo
de Souza e o Comandante das Armas, e apoderando-se de uma grande quantidade de material
bélico. No dia 7, Clemente Malcher foi libertado e escolhido como presidente da província e
Francisco Vinagre para Comandante das Armas. O governo cabano não durou muito tempo,
pois o novo presidente, Félix Malcher - tenente-coronel, latifundiário e dono de engenhos de
açúcar - era mais identificado com os interesses do grupo dominante derrotado, e é deposto em
19 de fevereiro de 1835, com o apoio das classes dominantes, que pretendiam manter a
província unida ao Império do Brasil.[1]

Francisco Vinagre, Eduardo Angelim e os cabanos pretendiam se separar. O


rompimento aconteceu quando Malcher mandou prender Angelim. As tropas dos dois lados
entraram em conflito, saindo vitoriosas as de Francisco Vinagre. Clemente Malcher,
assassinado, teve o seu cadáver arrastado pelas ruas de Belém. Assumiu Francisco Vinagre
como o primeiro governador Cabano que participara ativamente da conquista de Belém.
Devido a intervenção do clero e outras mazelas no governo, Francisco Vinagre concordou em
entregar pacificamente o governo a Manuel Jorge Rodrigues (julho 1835) em troca de anistia
aos revolucionários e outras ações de cidadania. Muitos revolucionários descontentes e não
acreditando no cumprimento do acordo, principalmente por lembranças do massacre do Brigue
Palhaço em 1823, não entregaram as armas e se refugiaram no interior. Como previsto Jorge
Rodrigues não cumpriu o acordo e mandou prender Francisco Vinagre. Os cabanos,
indignados, reorganizaram suas forças e atacaram novamente Belém sob o comando de
Antonio Vinagre e Eduardo Angelim, em 14 de agosto. Após nove dias de batalha, mesmo com
a morte de Antônio Vinagre, os cabanos retomaram a capital.
Eduardo Angelim assumiu a presidência. Durante dez meses, a elite se viu atemorizada pelo
controle cabano sobre a província do Grão-Pará. A falta de um projeto com medidas concretas
para a consolidação do governo rebelde, provocaram seu enfraquecimento. Diante da vitória
das forças de Angelim, o império reagiu e nomeou, em março de 1836, o brigadeiro Francisco
José de Sousa Soares de Andréa como novo presidente do Grão-Pará, autorizando a guerra total
contra os cabanos. Em fevereiro, quatro navios de guerra se aproximavam de Belém, prontos
para atacar a cidade, tomada pela desordem, fome e varíola. Foi realizado um bloqueio naval na
cidade pelo brigadeiro d'Andrea que estacionou sua esquadra em frente a Belém. Os cabanos
insurgentes escapavam pelos igarapés em pequenas canoas, enquanto Eduardo Angelim e
alguns líderes negociavam a fuga. Uma esquadra inglesa chegou a oferecer ajuda a Eduardo
Angelim para que este acabasse com o bloqueio naval brasileiro, mas este recusou. Eduardo
Angelim conseguiu furar o bloqueio naval e se refugiou no interior. Os cabanos deixaram a
capital Belém vazia para as tropas de d´Andrea.
O brigadeiro d'Andrea, entretanto, julgando que Angelim, mesmo foragido, seria uma
ameaça, determinou que seus homens fossem ao seu encalço. Em outubro de 1836, numa tapera
da selva, ao lado de sua mulher, Angelim foi capturado, tornado prisioneiro na fortaleza da
Barra, até seguir para o Rio de Janeiro e depois Fernando de Noronha. A Cabanagem, porém,
não acabou com a prisão de Eduardo Angelim. Os cabanos, internados na selva, lutaram até
1840, até serem completamente exterminados (nações indígenas foram chacinadas; os murá e
os mauê praticamente desapareceram). Calcula-se que de 30 a 40% de uma população estimada
de 100 mil habitantes morreu. Em 1833 o Grão-Pará tinha 119.877 habitantes; 32.751 eram
índios e 29.977, negros escravos. A maioria mestiça ("cruzamento" de índios, negros e brancos)
chegava a 42 mil. A minoria totalizava 15 mil brancos, dos quais mais da metade eram
portugueses.Em homenagem ao movimento Cabano foi erguido um monumento, projetado pelo
arquiteto Oscar Niemeyer, na entrada da cidade de Belém: o Memorial da Cabanagem.
Contexto da Cabanagem - Dom Pedro I abdicou do trono do império brasileiro em
1831. Seu herdeiro, Dom Pedro II, tinha apenas cinco anos de idade e não poderia sucedê-lo.
Enquanto se aguardava a maioridade do futuro imperador, o Brasil foi governado por regentes.
Em 1834, foi publicado o Ato Adicional que concedia relativa autonomia às províncias. O
Período Regencial foi marcado por agitações políticas e revoltas em várias províncias
brasileiras.

O Brasil seguiu o caminho inverso das antigas colônias espanholas, que, logo após a
independência, transformaram-se em repúblicas. O ideal republicano esteve na pauta de várias
revoltas regenciais. Para derrotar essas revoltas e manter a unidade territorial do império
brasileiro, o governo regencial não poupou esforços em enviar tropas e derrotar os líderes das
revoltas. Em vários casos, usou-se da violência para que servisse de exemplo e evitar novas
revoltas.

O Grão-Pará era uma província que se localizava no Norte do Brasil e muito distante do
Rio de Janeiro, capital do império. Isso fez com que a província tivesse mais proximidade com
Portugal do que o governo imperial. As forças portuguesas tinham influência na região e
entraram em conflito com as forças brasileiras, que estavam em ascensão logo após a
independência do Brasil, em 1822.
Consequências - Embora a perseguição tenha sido violenta, alguns revolucionários
conseguiram escapar e fugiram para a floresta, o que permitiu a sobrevivência dos ideais da
cabanagem mesmo após sua derrota.A Cabanagem deixou uma carnificina de mais de trinta mil
mortos quase 30 a 40% de uma população da província. Dizimou populações ribeirinhas,
quilombolas, indígenas, bem como membros da elite local.Também desorganizou o tráfico de
escravos e os quilombos se multiplicaram na região.
5. ANÁLISE CRÍTICA

NOME: ELBER DA ROCHA PINHEIRO

ANÁNISE CRÍTICA

ORIGEM E CAUSAS DA CABANAGEM

Cabanagem foi como ficou conhecida a revolta que ocorreu entre 1835-1840 na
antiga província do Grão-Pará (não confundir com a Cabanada, que ocorreu em
Pernambuco e Alagoas em 1832). Após D. Pedro I abdicar do trono do Brasil, em 07 de
abril de 1831, seu filho, Pedro II, sucessor direto, tinha apenas cinco anos e quatro meses
de idade, enquanto a Constituição de 1824 determinava que, para assumir o cargo, o
imperador precisaria ter pelo menos 21 anos completos. Inicia-se, assim, o Período
Regencial (1831-1840), marcado por agitações políticas e diversas revoltas motivadas por
interesses distintos.
A Cabanagem foi uma dessas revoltas regenciais e corresponde a um dos
conflitos mais violentos e duradouros do período.A Cabanagem foi uma das maiores
revoltas com participação popular da história do Brasil.Com o início do Período
Regencial, o Brasil encontrava-se em uma situação econômica muito fragilizada e
politicamente conturbada. Desde a Revolução Industrial, no século XVIII, os países da
Europa passavam por uma série de transformações de ordem política e econômica, e o
Brasil, ainda no século XIX, mantinha-se como uma economia extrativista, apesar dos
esforços em modernizar o país durante o Império.
O Brasil não conseguia manter uma balança econômica favorável, na medida em
que importava mais produtos manufaturados do que exportava, aumentando o déficit
comercial em suas contas públicas. Elites econômicas locais disputavam entre si um
projeto de nação, bem como noções próprias de patriotismo, fazendo com que o grau de
descontentamento com o governo central aumentasse cada vez mais. Junto a isso, setores
populares (escravos alforriados, indígenas, quilombolas e pobres livres) começam a
surgir de forma mais decisiva no cenário político, em reação à situação de miséria em que
viviam. A Cabanagem faz parte de uma série de outras revoltas regenciais que, cada qual
a seu modo, correspondem a esse turbulento contexto histórico em que o Brasil
encontrava-se.
Antes mesmo da independência do Brasil, e do Grão-Pará deixar de ser capitania
para tornar-se província, em 1821, a administração central, estabelecida no Rio de
Janeiro, possuía um certo isolamento de outras regiões, considerando também as
dificuldades de comunicação e acesso ao extenso território brasileiro já naquele período.
Esse isolamento do Grão-Pará fazia com que, na ocasião, as atenções políticas estivessem
mais voltadas para Portugal do que propriamente para o Brasil litorâneo. Nesse contexto,
surgem duas forças políticas importantes, pois, a partir de uma delas, emerge-se uma das
principais lideranças que deram origem à Cabanagem. Mesmo com a resistência interna,
Angelim inicia seu governo na capital em agosto de 1835. Porém, essa discordância entre
lideranças enfraquece o movimento, prejudicando sua coesão, levando à perda de apoio
do governo Angelim, que deixa o poder em 1836.
A firme repressão do governo ao movimento, com a ocorrência de massacres,
enfraquece ainda mais os revoltosos. A luta cessa na capital, mas continua ativa entre
1836 e 1840 no interior da Amazônia. Os revoltosos passaram a utilizar-se de táticas de
guerrilha no intuito de sobreviver à repressão e reestruturar o movimento, o que não
logrou êxito. O saldo final da revolta foi de 30 mil mortos, Belém fora destruída e a
revolta, sufocada.
NOME: GABRIEL DA COSTA OLIVEIRA

ANÁNISE CRÍTICA

O DESENCADEAR DO MOVIMENTO CABANO E SEUS PRINCIPAIS


LÍDERES

Dentre o movimento, duas situações desencadeavam as ações, primeira delas


assumia um caráter mais conservador, representando os movimentos reacionários, em
defesa do absolutismo, e pregando uma maior aproximação com a monarquia portuguesa.
A segunda representava forças modernizadoras liberais na defesa do constitucionalismo,
aos moldes dos embates travados em Portugal no episódio da Revolução Liberal do Porto
em 1820, mas, também, de uma maior autonomia da então província do Grão-Pará. Os
componentes dessa segunda força autoproclamavam-se Patriotas.
Desse movimento mais autonomista e liberal, destacaram-se Batista Campos,
Eduardo Angelim e Félix Clemente Malcher. Quando ocorreu, em setembro de 1822, a
independência do Brasil, esse embate na província do Grão-Pará entre as forças lusitanas,
representando o movimento reacionário, e as forças liberais, cuja maior expressão acabou
sendo Batista Campos, estava a todo o vapor. Isso ao ponto de que o reconhecimento
oficial da independência na província só se deu em agosto de 1823, após o envio de uma
missão militar, chefiada pelo mercenário inglês John Pascoe Grenfell, para debelar os
revoltosos e manter o Grão-Pará como parte do então Império do Brasil.
A partir de então, instalou-se um Governo Provisório na província do Grão-Pará.
Batista Campos — que, após suas pregações e publicações no jornal O Paraense, recebeu
o apoio de parte da elite e também de uma grande massa de pessoas pobres que viviam
em cabanas à beira dos rios, composta também por indígenas e ex-escravos, os cabanos
—, juntamente com as outras lideranças de seu grupo, foi marginalizado da nova
administração implantada na província.
Essa direção que o Governo Provisório havia tomado provocou uma revolta local
com adesão, inclusive, das camadas mais populares, os cabanos, exigindo a participação
de suas lideranças. Como forma de conter as agitações, Grenfell, o mesmo mercenário
inglês, foi enviado para Belém. Dessa vez, Batista Campos acaba sendo preso, diversos
nativos são fuzilados, além de tantos outros prisioneiros torturados.
Os cabanos organizam-se e resistem às forças de Grenfell, que deixa o Pará, e
também se colocam em oposição às autoridades locais. Batista Campos volta para a
capital da província e já se destaca como uma das principais lideranças. O governo
central, então, nomeia Machado de Oliveira como presidente da província do Grão-Pará,
que passa a ter sua autoridade questionada pelos cabanos.
Buscando estabilizar a situação, a Regência Trina Permanente, autoridade central,
nomeia um novo governo para substituir Machado de Oliveira, que chega à capital,
Belém, em dezembro de 1833, com Bernardo Lobo de Sousa. Inicia-se, assim, uma
política repressora contra os agitadores que, ao invés de conter a situação, conseguiu
agravá-la.
Na primeira tomada, em agosto de 1835, liderados por Félix Melcher e Francisco
Vinagre, o controle da cidade foi rapidamente retomado pelas forças governistas
destacadas para enfrentar a revolta. Essas forças governistas contavam com a presença de
mercenários estrangeiros contratados pelo governo.
NOME: JACÓ MENDONÇA NOGUEIRA

ANÁNISE CRÍTICA

O PALCO DAS BATALHAS E AS CONSEQUÊNCIAS DO MOVIMENTO


CABANO

O que se sucede a partir de então é uma série de confrontos, que, no total, teriam
deixado mais de 30 mil mortos, além de um agravado quadro de instabilidade política.
Batista Campos e outras lideranças também se destacaram, como Clemente Malcher, os
Irmãos Vinagre (Francisco Vinagre, Antônio Vinagre e Manoel Vinagre) e Eduardo
Angelim.
Eduardo Angelim foi uma das lideranças do movimento cabano, além de também
ter sido o terceiro e último presidente cabano da província do Grão-Pará.
O discurso de transformação institucional (ligado às ideias liberais, à situação de
miserabilidade que grande parte das pessoas ali vivia, sobretudo os cabanos, e à crise de
credibilidade que o período da Regência sofreu após a abdicação de D. Pedro I) foi o
motivo principal para o clima de agitação que marcou uma das revoltas mais violentas e
marcantes desse período.
Como forma de tentar amenizar as revoltas regenciais, o governo central procurou
reformar a Constituição de 1824, de caráter autoritário e centralizado, por meio do Ato
Adicional de 1834, prevendo, inclusive, mais autonomia para as províncias. Contudo,
durante o período regencial, os conservadores impuseram sua hegemonia, e eram eles que
indicavam os presidentes de cada província. Sendo assim, o Ato Adicional não teve
forças suficientes para, ao menos, amenizar as sublevações políticas que estavam
ocorrendo.
Principais líderes da Cabanagem - Batista Campos - Uma das figuras centrais
responsáveis pelo momento inicial das revoltas na província foi o cônego, jornalista e
advogado João Batista Gonçalves Campos, ou apenas Batista Campos, como ficou
conhecido. Ele foi o principal mentor intelectual do movimento revoltoso, sobretudo a
partir de suas publicações no primeiro periódico da província, O Paraense.
Em 1834, Batista Campos faleceu devido a uma infecção provocada,
supostamente, por um corte feito enquanto cortava sua própria barba. Outras bibliografias
atribuem a sua morte a uma doença contraída enquanto se refugiava, na floresta, da
perseguição promovida por Bernardo Lobo de Sousa.
Félix Clemente Malcher - Foi presidente da província do Grão-Pará de janeiro
a fevereiro de 1835, após um levante, promovido pelos cabanos em Belém, ter dominado
toda a cidade e nomeado -o ao cargo. Contudo, após chegar ao poder, Malcher teria traído
os cabanos reprimindo o próprio movimento, tramando contra outros líderes e declarando
fidelidade ao imperador D. Pedro II, prometendo manter-se no poder até a sua
maioridade. Tendo governado poucos dias e sido acusado de traição, foi deposto pelo
próprio movimento e executado por uma das lideranças cabanas, Quintiliano Barbosa.
Francisco Vinagre - Fez parte do primeiro governo cabano como comandante
de armas, com o presidente Félix Clemente Malcher. Foi também um dos executores de
Bernardo Lobo de Sousa, presidente enviado em 1832 pelo governo central a Belém, com
o objetivo de debelar as agitações.
NOME: JHON ERICK PEREIRA DOS SANTOS

ANÁNISE CRÍTICA

O FIM DO MOVIMENTO CABANO E O NOVO PANORAMA SÓCIO-


POLÍTICO DA REGIÃO NORTE

Após a deposição de Malcher por ter traído o movimento (inclusive conspirando


contra o seu próprio comandante de armas), Francisco Vinagre assume a presidência com
o apoio dos revoltosos, tendo permanecido no cargo entre fevereiro e abril de 1835.
Contudo, assim como Malcher, Francisco também trai os cabanos colocando-se à
disposição da Regência.
Temendo os rumos que a revolta poderia tomar no Grão-Pará, o governo central
envia Manuel Jorge Rodrigues, que, após conflitos abertos com os cabanos, assume o
poder em Belém, colocando fim ao Segundo Governo Cabano, em acordo com o próprio
Francisco Vinagre.
Eduardo Angelim - Natural da província do Ceará, Eduardo Angelim teria
chegado no Grão-Pará na década de 1820, e, durante as agitações, lutou ao lado dos
Patriotas pela autonomia da província do Grão-Pará ficando ao lado dos cabanos. Foi
também o terceiro e último presidente cabano da província do Grão-Pará aos 21 anos de
idade, de novembro de 1835 a abril de 1836, após os cabanos retomarem o poder e
deporem Manuel Jorge Rodrigues.
Quintiliano Barbosa - Uma das poucas lideranças efetivamente cabanas cujo
nome ainda sabemos, contudo pouco ainda se sabe sobre a sua vida. Foi ele que executou
Félix Clemente Malcher, após este ter perseguido líderes e reprimido o próprio
movimento.
Três grandes abolicionistas negros brasileiros - Movimento do cabanos - Os
cabanos, em sua grande maioria, eram formados por indígenas (tapuios, entre outras
nações), pobres livres e negros que se revoltavam com a situação de miserabilidade em
que viviam somada à crise política que se instalou no Brasil após a abdicação de D. Pedro
I.
Batista Campos encarnava os ideais liberais no movimento ao prometer o fim da
escravidão, maior autonomia da província, a defesa de um regime republicano, entre
outras coisas que foram convergindo com as demandas políticas dos cabanos.
Enquanto Bernardo Lobo de Sousa assumia a presidência da província em 1833,
reprimindo e perseguindo os revoltosos, na capital Belém e nas zonas rurais, os cabanos e
lideranças, como Eduardo Angelim, Clemente Malcher, Batista Campos, os irmãos
Vinagre, entre outros, preparavam um levante que pudesse depor o governo estabelecido.
Do dia 06 para o dia 07 de janeiro de 1835, os cabanos conseguem tomar facilmente a
capital e executam Lobo de Sousa juntamente com outras autoridades.
A partir de então, formou-se o Primeiro Governo Cabano (1835), com Félix
Clemente Malcher como presidente da província e Pedro Vinagre como comandante das
armas. Contudo, Malcher passa a ser considerado traidor quando se alinha ao Governo
Regencial declarando, inclusive, lealdade ao Império. Francisco Vinagre passava a
ganhar a simpatia dos cabanos que se sentiam traídos.
Malcher, então, tenta um golpe contra Vinagre, porém malsucedido, sendo
deposto e executado. O ex-comandante de armas passa a assumir então o cargo de
presidente da província do Grão-Pará, sendo esse o Segundo Governo Cabano (1835).
NOME: RICHARD DE OLIVEIRA MOURA

ANÁNISE CRÍTICA

OS CAMINHOS DA REVOLTA CABANA E A RELAÇÃO COM A MÃO –DE-


FERRO DO IMPÉRIO BRASILEIRO

Temendo os caminhos que isso poderia tomar, a Regência envia o marechal


Manuel Jorge Rodrigues que, ao chegar em Belém, derrota facilmente as frágeis
embarcações utilizadas pelos cabanos, tendo ao seu lado uma esquadra imperial, e torna-
se o novo presidente da província em novembro de 1835, negociando a transição com o
próprio Francisco Vinagre.
As batalhas no interior não cessaram com a chegada do marechal Manuel Jorge
Rodrigues, contando com o apoio do comandante naval inglês Taylor. Os cabanos
voltaram a organizar-se com o objetivo de retomarem Belém. Tendo como líderes de
destaque Antônio Vinagre e Eduardo Angelim, marcharam em direção à capital,
conseguiram repelir as forças regenciais ali instaladas, chegaram a proclamar um regime
republicano, e Angelim torna-se, então, o presidente do Terceiro Governo Cabano e
último, ainda em novembro de 1835.
A investida definitiva do Império chegou em Belém em maio de 1836, sob o
comando do brigadeiro Francisco José de Sousa Soares de Andréa. Do dia 13 de maio,
após enfrentar as resistências que encontrou pelo caminho, ele consegue tomar Belém, e
os cabanos, já enfraquecidos, são derrotados e duramente reprimidos. Em agosto do
mesmo ano, Eduardo Angelim é preso pelas forças regenciais. Mesmo dispersos e sem
muita força, os cabanos continuam lutando até o ano de 1840, quando são eliminados os
focos de resistência, colocando fim, assim, ao movimento da Cabanagem.
Consequências e desfecho da Cabanagem - Estima-se que mais de 30 mil pessoas
foram mortas durante os confrontos, o que, na época, representava algo em torno de mais
de 30% da população local. Aldeias indígenas inteiras teriam sido dizimadas e
desaparecidas. O desfecho do conflito, no ano de 1840, marcava também o fim do
período mais crítico de instabilidade do Império, e, com o Golpe da Maioridade, D. Pedro
II, aos 14 anos, torna-se o segundo imperador do Brasil.A Cabanagem ainda é um tema
pouco trabalhado na história do Brasil, contudo o nível de violência em que a capital da
província foi submetida marca fortemente a história e imaginário locais.
A Cabanagem (que não deve ser confundida com a Cabanada) foi uma revolta do
período regencial ocorrido no norte do Brasil, mais precisamente na antiga província do
Grão Pará, que reunia, à época, os atuais estados do Amazonas, Pará, Amapá, Roraima e
Rondônia.
A província do Grão Pará era à época do governo regencial, a mais ligada ao
antigo governo colonial português. Isso faz com que tanto o governo quanto a própria
sociedade não reconheçam de pronto a independência proclamada por Dom Pedro I em
1822.Essa revolta tinha como grandes objetivos aumentar importância do Pará no
governo central brasileiro e enfrentar a questão da pobreza em que estava o povo da
região, cuja maior parte morava em cabanas de barro (daí o nome da revolta). Além
disso, a revolta foi um protesto pela retirada do poder de governantes que eram nomeados
para administrar a região, mas não se importavam com a situação social e, muitas vezes,
sequer já tinham ido à região.
Assim, a rebelião representava as classes mais baixas da população. As forças
rebeldes eram formadas, em sua maioria, por índios, mestiços e membros de uma classe
média desejosa de mais influência.
6. CONCLUSÃO

A cabanagem foi um movimento onde os cabanos se viram revoltados com a forma de


governo do Brasil colonial, este deixava os índios, os mestiços e os negros, habitantes da
provincia do Grão-Pará, em bastante opressão, causando um sentimento de revolta. Apesar
disso, a cabanagem não perdera sua importância, pois foi de caráter popular, fazendo com que
as pessoas buscassem seus direitos. Por fim, ela é de suma importância para o Brasil, porque
marca a grandeza e a soberania do povo brasileiro e principalmente o paraense, que não abaixa
a cabeça em situações complicadas.

7.REFERÊNCIAS.

 A Cabanagem; A revolta da mestiçagem no período regencial brasileiro. Disponivel em:


http://pt.wikipedia.org/wiki/cabanagem; acesso em 06/04/2020, Às 14:horas.

 A Cabanagem; A revolta da mestiçagem no período regencial brasileiro. Disponivel em:


http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/cabanagem.htm acesso em
28/03/2020, Às 14:horas.

 A Cabanagem; A revolta da mestiçagem no período regencial brasileiro. Disponivel em:


http://www.dicionarioinformal.com.br/cabanagem/ acesso em 19/03/2020, Às
17:30horas.

 A Cabanagem; A revolta da mestiçagem no período regencial brasileiro. Disponivel em:


http://www.geocities.ws/terrabrasileira/contatos/cabanagem.html acesso em
10/03/2020, Às 13:45horas.

 CHIAVENATO, Júlio José. Cabanagem, o povo no poder. São Paulo:


Brasiliense, 1984.p. 54-58

 CHIAVENATO, Júlio José. As lutas do povo brasileiro. São Paulo: Moderna,


1988.p. 81-89

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