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A CABANAGEM
A revolta da mestiçagem no período regencial brasileiro
TEFÉ-AM
2020
ELBER DA ROCHA
GABRIEL DA COSTA OLIVEIRA
JACÓ MENDONÇA NOGUEIRA
JHON ERICK PEREIRA DOS SANTOS
RICHARD DE OLIVEIRA MOURA
A CABANAGEM
A revolta da mestiçagem no período regencial brasileiro
TEFÉ-AM
2020
TEMA: A CABANAGEM
A revolta da mestiçagem no período regencial brasileiro
Serie/Turma:______________
Data:______/______/_______
Turno:___________________
1. OBJETIVO GERAL:
2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
3. INTRODUÇÃO
A Cabanagem foi a revolta na qual negros e índios se insurgiram contra a elite política e
tomaram o poder no Pará. Ela ocorreu durante o período regencial no Brasil. O Período
regencial brasileiro (1831 — 1840) foi o intervalo político entre os mandatos imperiais da
Família Imperial Brasileira, pois quando o Imperador Pedro I abdicou de seu trono, o herdeiro
D. Pedro II não tinha idade suficiente para assumir o cargo. Devido à natureza do período e das
revoltas e problemas internos, o período regencial foi um dos momentos mais conturbados do
Império Brasileiro. Neste trabalho falaremos sobre a cabanagem, apontaremos as principais
causas desse movimento, mostraremos os principais líderes dessa revolta e por último
exibiremos um vídeo para a melhor assimilação do assunto.
4. DESENVOLVIMENTO:
Cabanagem foi uma revolta social ocorrida no Império do Brasil, na então província do
Grão-Pará, estendendo-se de janeiro de 1835 a 1840, durante o período regencial brasileiro.
Marcado por um cenário de pobreza extrema, fome e doenças, o conflito existiu muito devido à
irrelevância política à qual a província foi relegada após a Independência do Brasil. Dado o seu
saldo de mortos exorbitante e a chacina de povos promovida pela coroa, a Cabanagem é um dos
maiores conflitos já ocorridos na história do país.
A "cabanagem" remete ao tipo de habitação da população ribeirinha, espécie de cabanas,
constituída por mestiços.Nos antecedentes da revolta, havia uma mobilização da província do
Grão-Pará para expulsar forças reacionárias que desejavam manter a região como colônia
portuguesa. Muitos líderes locais da elite fazendeira, ressentidos pela falta de participação
política nas decisões do governo brasileiro centralizador, também contribuíam com o clima
de insatisfação após a instalação do governo provincial.
A revolta teve início em 6 de janeiro de 1835 quando o quartel e o palácio do governo de
Belém foram tomados por tapuios, cabanos, negros e índios liderados por Antônio Vinagre. O
então presidente da província foi assassinado e instituiu-se um novo presidente, Clemente
Malcher; a tomada de poder promoveu uma apoderação de material bélico por parte dos
grupos revolucionários. Malcher, no entanto, mais identificado com as classes dominantes,
foi rapidamente deposto. Sucedeu-se um conflito entre as tropas dele e as do líder dos
cabanos, Eduardo Angelim, tendo estas saído vitoriosas. O frágil e instável controle cabano
do Grão-Pará durou cerca de dez meses.O império, então, nomeou por si um novo presidente,
o barão de Caçapava, e, frente a essa afronta às tendências centralizadoras do governo
central, bombardeou impiedosamente Belém. A deposição dos cabanos do poder foi rápida,
porém, como muitos deles, mesmo fora do poder, continuaram a lutar, o império usou de seu
poderio militar para sufocar a revolta e, até 1840, promoveu um extermínio em massa da
população paraense. Estima-se que cerca de 30 a 40% da população de 100 mil habitantes do
Grão-Pará tenha morrido no conflito.
O Brasil seguiu o caminho inverso das antigas colônias espanholas, que, logo após a
independência, transformaram-se em repúblicas. O ideal republicano esteve na pauta de várias
revoltas regenciais. Para derrotar essas revoltas e manter a unidade territorial do império
brasileiro, o governo regencial não poupou esforços em enviar tropas e derrotar os líderes das
revoltas. Em vários casos, usou-se da violência para que servisse de exemplo e evitar novas
revoltas.
O Grão-Pará era uma província que se localizava no Norte do Brasil e muito distante do
Rio de Janeiro, capital do império. Isso fez com que a província tivesse mais proximidade com
Portugal do que o governo imperial. As forças portuguesas tinham influência na região e
entraram em conflito com as forças brasileiras, que estavam em ascensão logo após a
independência do Brasil, em 1822.
Consequências - Embora a perseguição tenha sido violenta, alguns revolucionários
conseguiram escapar e fugiram para a floresta, o que permitiu a sobrevivência dos ideais da
cabanagem mesmo após sua derrota.A Cabanagem deixou uma carnificina de mais de trinta mil
mortos quase 30 a 40% de uma população da província. Dizimou populações ribeirinhas,
quilombolas, indígenas, bem como membros da elite local.Também desorganizou o tráfico de
escravos e os quilombos se multiplicaram na região.
5. ANÁLISE CRÍTICA
ANÁNISE CRÍTICA
Cabanagem foi como ficou conhecida a revolta que ocorreu entre 1835-1840 na
antiga província do Grão-Pará (não confundir com a Cabanada, que ocorreu em
Pernambuco e Alagoas em 1832). Após D. Pedro I abdicar do trono do Brasil, em 07 de
abril de 1831, seu filho, Pedro II, sucessor direto, tinha apenas cinco anos e quatro meses
de idade, enquanto a Constituição de 1824 determinava que, para assumir o cargo, o
imperador precisaria ter pelo menos 21 anos completos. Inicia-se, assim, o Período
Regencial (1831-1840), marcado por agitações políticas e diversas revoltas motivadas por
interesses distintos.
A Cabanagem foi uma dessas revoltas regenciais e corresponde a um dos
conflitos mais violentos e duradouros do período.A Cabanagem foi uma das maiores
revoltas com participação popular da história do Brasil.Com o início do Período
Regencial, o Brasil encontrava-se em uma situação econômica muito fragilizada e
politicamente conturbada. Desde a Revolução Industrial, no século XVIII, os países da
Europa passavam por uma série de transformações de ordem política e econômica, e o
Brasil, ainda no século XIX, mantinha-se como uma economia extrativista, apesar dos
esforços em modernizar o país durante o Império.
O Brasil não conseguia manter uma balança econômica favorável, na medida em
que importava mais produtos manufaturados do que exportava, aumentando o déficit
comercial em suas contas públicas. Elites econômicas locais disputavam entre si um
projeto de nação, bem como noções próprias de patriotismo, fazendo com que o grau de
descontentamento com o governo central aumentasse cada vez mais. Junto a isso, setores
populares (escravos alforriados, indígenas, quilombolas e pobres livres) começam a
surgir de forma mais decisiva no cenário político, em reação à situação de miséria em que
viviam. A Cabanagem faz parte de uma série de outras revoltas regenciais que, cada qual
a seu modo, correspondem a esse turbulento contexto histórico em que o Brasil
encontrava-se.
Antes mesmo da independência do Brasil, e do Grão-Pará deixar de ser capitania
para tornar-se província, em 1821, a administração central, estabelecida no Rio de
Janeiro, possuía um certo isolamento de outras regiões, considerando também as
dificuldades de comunicação e acesso ao extenso território brasileiro já naquele período.
Esse isolamento do Grão-Pará fazia com que, na ocasião, as atenções políticas estivessem
mais voltadas para Portugal do que propriamente para o Brasil litorâneo. Nesse contexto,
surgem duas forças políticas importantes, pois, a partir de uma delas, emerge-se uma das
principais lideranças que deram origem à Cabanagem. Mesmo com a resistência interna,
Angelim inicia seu governo na capital em agosto de 1835. Porém, essa discordância entre
lideranças enfraquece o movimento, prejudicando sua coesão, levando à perda de apoio
do governo Angelim, que deixa o poder em 1836.
A firme repressão do governo ao movimento, com a ocorrência de massacres,
enfraquece ainda mais os revoltosos. A luta cessa na capital, mas continua ativa entre
1836 e 1840 no interior da Amazônia. Os revoltosos passaram a utilizar-se de táticas de
guerrilha no intuito de sobreviver à repressão e reestruturar o movimento, o que não
logrou êxito. O saldo final da revolta foi de 30 mil mortos, Belém fora destruída e a
revolta, sufocada.
NOME: GABRIEL DA COSTA OLIVEIRA
ANÁNISE CRÍTICA
ANÁNISE CRÍTICA
O que se sucede a partir de então é uma série de confrontos, que, no total, teriam
deixado mais de 30 mil mortos, além de um agravado quadro de instabilidade política.
Batista Campos e outras lideranças também se destacaram, como Clemente Malcher, os
Irmãos Vinagre (Francisco Vinagre, Antônio Vinagre e Manoel Vinagre) e Eduardo
Angelim.
Eduardo Angelim foi uma das lideranças do movimento cabano, além de também
ter sido o terceiro e último presidente cabano da província do Grão-Pará.
O discurso de transformação institucional (ligado às ideias liberais, à situação de
miserabilidade que grande parte das pessoas ali vivia, sobretudo os cabanos, e à crise de
credibilidade que o período da Regência sofreu após a abdicação de D. Pedro I) foi o
motivo principal para o clima de agitação que marcou uma das revoltas mais violentas e
marcantes desse período.
Como forma de tentar amenizar as revoltas regenciais, o governo central procurou
reformar a Constituição de 1824, de caráter autoritário e centralizado, por meio do Ato
Adicional de 1834, prevendo, inclusive, mais autonomia para as províncias. Contudo,
durante o período regencial, os conservadores impuseram sua hegemonia, e eram eles que
indicavam os presidentes de cada província. Sendo assim, o Ato Adicional não teve
forças suficientes para, ao menos, amenizar as sublevações políticas que estavam
ocorrendo.
Principais líderes da Cabanagem - Batista Campos - Uma das figuras centrais
responsáveis pelo momento inicial das revoltas na província foi o cônego, jornalista e
advogado João Batista Gonçalves Campos, ou apenas Batista Campos, como ficou
conhecido. Ele foi o principal mentor intelectual do movimento revoltoso, sobretudo a
partir de suas publicações no primeiro periódico da província, O Paraense.
Em 1834, Batista Campos faleceu devido a uma infecção provocada,
supostamente, por um corte feito enquanto cortava sua própria barba. Outras bibliografias
atribuem a sua morte a uma doença contraída enquanto se refugiava, na floresta, da
perseguição promovida por Bernardo Lobo de Sousa.
Félix Clemente Malcher - Foi presidente da província do Grão-Pará de janeiro
a fevereiro de 1835, após um levante, promovido pelos cabanos em Belém, ter dominado
toda a cidade e nomeado -o ao cargo. Contudo, após chegar ao poder, Malcher teria traído
os cabanos reprimindo o próprio movimento, tramando contra outros líderes e declarando
fidelidade ao imperador D. Pedro II, prometendo manter-se no poder até a sua
maioridade. Tendo governado poucos dias e sido acusado de traição, foi deposto pelo
próprio movimento e executado por uma das lideranças cabanas, Quintiliano Barbosa.
Francisco Vinagre - Fez parte do primeiro governo cabano como comandante
de armas, com o presidente Félix Clemente Malcher. Foi também um dos executores de
Bernardo Lobo de Sousa, presidente enviado em 1832 pelo governo central a Belém, com
o objetivo de debelar as agitações.
NOME: JHON ERICK PEREIRA DOS SANTOS
ANÁNISE CRÍTICA
ANÁNISE CRÍTICA
7.REFERÊNCIAS.