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REVOLTA DOS MALÊS E CABANAGEM

● Amanda Mendes
● Jennifer Sampaio
● Jhenyfer Tais
● Luana Tais
● Renan
● Ruth Rensi

O que foi o período regencial?


O período regencial foi um
momento na história do Brasil em
que houve regentes no governo do
país. Isso se deve por conta da
abdicação de D. Pedro I do trono
em 1831. De acordo com a lei, seu
filho Pedro de Alcântara deveria
lhe suceder, porém o garoto tinha
apenas 5 anos no momento, por
isso o governo foi feito por
regentes até ocorrer o golpe da
maioridade em 1840, aos 14 anos
de Pedro de Alcântara.

As Regências:

O Período Regencial contou com as seguinte regências:

↳ Regência Trina Provisória (Abril a Julho de 1831);

↳ Regência Trina Permanente (1831 a 1834);

↳ Regência Una do Padre Feijó (1835 – 1837);

↳ Regência Una de Araújo Lima (1837 – 1840);

Principais Conflitos:

O período regencial foi marcado por instabilidades políticas e disputas internas. As


más condições sociais e a pouca contribuição do governo central com as regiões
fizeram surgir conflitos em diversos estados do Brasil. Os principais deles foram:

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↳ Balaiada;

↳ Cabanagem;

↳ Guerra dos Farrapos;

↳ Revolta dos Malês;

↳ Sabinada;

Obs: O período regencial foi uma época turbulenta e cheia de revoltas, entretanto
estaremos focando nossa apresentação na Revolta dos Malês e na Cabanagem.

Revolta dos malês

O que desencadeou a Revolta dos Malês

Na noite do dia 24 para 25 de janeiro de 1835


em Salvador, então capital da província da
Bahia, ocorreu a revolta dos Malês, conhecida
como a maior revolta de escravos do Brasil,
reunindo mais de 600 deles para lutar contra a
escravidão e a imposição da igreja católica.

Sua maior motivação era acabar com a escravidão. Os escravos estavam fartos de
sofrer abusos sexuais, humilhações públicas, torturas, violências físicas e
psicológicas. Além disso, lutavam pela sua sonhada carta de alforria e liberdade.

Entretanto, o movimento liderado por africanos e muçulmanos fracassou, resultando


na morte e punição de diversas pessoas envolvidas.

Principais objetivos da Revolta dos Malês:

↳ Libertação dos escravos;

↳ Fim da discriminação racial;

↳ O extermínio do catolicismo, religião imposta a eles desde o momento em


que chegaram ao Brasil;

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↳ O confisco dos bens das pessoas brancas e mulatas;

↳ Conquista dos mesmos direitos que tinham os cidadãos brancos;

↳ Implantar uma República islâmica no país;

Características:

Os grupos que mais participaram da revolta foram os escravos nagôs, Haussás e


muçulmanos, embora tenha havido pessoas de outras matrizes. Porém as pessoas
que eram muçulmanas era tão significativo que deu origem ao nome da revolta,
malê vem de “imalê” que significa muçulmano.

Entretanto, os escravos que participaram da Revolta do Malês eram


majoritariamente escravos urbanos e trabalhavam em diversos ofícios como
sapateiros, ferreiros, carregadores de cadeira etc. Os escravos da lavoura eram a
minoria dos envolvidos e os poucos que participaram da revolta vieram da região do
Recôncavo Baiano.

Curiosidade: Nesta época, haviam cerca de 65 mil habitantes em Salvador, sendo


destes 78% negros e apenas 22% brancos. De toda a população, 40% era
composta de escravos, um número muito significativo.

Participantes da revolta (líderes):

Centenas de pessoas participaram da revolta dos Malês, porém algumas pessoas


se destacaram como líderes do movimento. Sendo algumas delas:

↳ Ahuna;

↳ Pacífico Licutan;

↳ Sule ou Niobé;

↳ Dassault ou Da Malu;

↳ Gustard;

↳ Manuel Calafate;

↳ Luís Sanim (esse era do povo tapa e também chamados de nupes);

↳ Elesbão do Carmo ou Dandara (esse era haussá);

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Consequências e Desfecho:

Porém os malês foram delatados por duas escravas libertas, resultando no fracasso
da revolta. Durante esta madrugada muitos foram mortos, feridos e presos. Cerca
de 281 escravos foram sentenciados à prisão e 1200 chicotadas, enquanto apenas
4 foram condenados e executados.

Outra consequência da revolta foi uma lei aprovada em Salvador no mesmo ano,
em que dizia que todos os africanos suspeitos de envolvimento com a revolta
seriam deportados para a África novamente. Com isso, cerca de 20% dos 5 mil
escravos libertos foram deportados.

Revolta da Cabanagem

O que
desencadeou/características:

A cabanagem, que aconteceu na


província do Grão-Pará, foi
desencadeada por diversos motivos,
sendo eles:

↳ A escolha do presidente da província;

↳ Crise econômica da província;

↳ Condições precárias de vida para os menos afortunados;

↳ Brasileiros querendo a expulsão dos portugueses;

↳ Autoritarismo dos regentes;

↳ Desejo de independência do Governo Central;

A cabanagem foi uma série de revoltas regenciais que marcou 5 anos (1835-1840)
conturbados na região. A palavra “cabanagem” vem de cabano, nome dado para as
moradias dos envolvidos na revolta, que se pareciam com cabanas.

Esta revolta é considerada uma das maiores, onde reuniu as camadas populares
para derrubar o governo atual e obtiveram sucesso. Porém mesmo com a vitória
houveram conflitos internos no novo poder e em consequência, novos golpes.

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O que foi a cabanagem?

Cabanagem, Cabanada ou Guerra dos Cabanos foi uma revolta ocorrida


entre 1835 a 1840 na antiga província do Grão-Pará (atualmente Pará,
Amazonas, Amapá, Roraima e Rondônia).
Curiosamente, o nome deste movimento é um termo pejorativo e se refere às
habitações típicas da província, construídas como "cabanas" ou "palafitas".

Esse movimento teve como causa a extrema pobreza pela qual a região
passava e o abandono político após a Independência do Brasil. A Guerra
dos Cabanos teve participação de diversos setores da sociedade e o nome
do movimento tem como referência as habitações dos ribeirinhos que era
uma espécie de cabana.

Participantes do movimento :

↳ João Batista Gonçalves Campos - foi o autor intelectual da cabanagem,


através de livros autorais ele dissipou suas ideias. Morreu ao contrair uma infecção
após se cortar se barbeando.

↳ Félix Antônio Clemente Malcher - um dos executores de Bernardo Lobo de


Sousa, se tornou o presidente do Grão-Pará. Porém governou por apenas um mês e
meio, pois se declarou apoiador de D. Pedro II e foi considerado traidor, sendo
então executado.

↳ Francisco Vinagre - foi o mestre de armas de Félix e após a execução do


mesmo, assumiu o cargo de presidente. Posteriormente também se declarou
apoiador da regência.

↳ Eduardo Angelim - Foi o terceiro e último presidente cabano da província do


Grão-Pará aos 21 anos de idade, de novembro de 1835 a abril de 1836, após os
cabanos retomarem o poder e deporem Manuel Jorge Rodrigues.

↳ Quintiliano Barbosa - Pouco se sabe sobre sua vida mas se sabe que Foi
ele que executou Félix Clemente Malcher, após este ter perseguido líderes e
reprimido o próprio movimento.

Consequências:

A Cabanagem deixou uma carnificina de mais de trinta mil mortos, cerca de 40%
da população da província. Dizimou populações ribeirinhas, quilombolas, indígenas,
bem como membros da elite local. Também desorganizou o tráfico de escravos e os
quilombos se multiplicaram na região. Resultando na imensa diminuição
populacional do Pará.

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Fim do período regencial:

Devido a todo esse conflito e instabilidade, havia a possibilidade de desintegração


do território, por isso o Partido Liberal propôs que houvesse a antecipação da
maioridade de Pedro de Alcântara. Tal ideia foi a votação porém foi negada. O “não”
não era uma opção, portanto políticos aplicaram o Golpe da Maioridade aos 14 do
príncipe.

Um ano mais tarde, inicia-se o Segundo Reinado com D. Pedro II no poder, dando
fim ao turbulento período regencial do Brasil.

Referências
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/revolta-males.htm

https://brasilescola.uol.com.br/historiab/cabanagem.htm#:~:text=Cabanagem.

https://www.todamateria.com.br/cabanagem/

https://mundoeducacao.uol.com.br/historiadobrasil/cabanagem.htm

https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/cabanagem

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