PORTUGUESA TRADIÇÃO REBELDE: REVOLTAS ESCRAVAS NA BAHIA PORTUGUESA • A guerra contra os brancos no tempo do conde da ponte: 1. Subúrbio e periferia de Salvador como palco de realização das rebeliões escravas; 2. Aglomeração de escravos e o medo social; 3. Clandestinidade negra no meio urbano; 4. Quilombos como abrigo provisório e permanente para negros escravos (fugido) e livres, e como centros religiosos (Localizados nos bairros atuais de nossa senhora dos mares e no cabula); 5. Repressão aos quilombos organizada pelo governador João de Saldanha através da atuação do capitão-de- assalto com a ajuda de capitães-do-mato e de cabos de polícia. TRADIÇÃO REBELDE: REVOLTAS ESCRAVAS NA BAHIA PORTUGUESA • Resistência cultural e articulação da “guerra contra os brancos” cujo objetivo era tomar a cidade, instalar seus líderes no governo como no cargo de “bispo”, eliminar toda população branca, e escravizar os mulatos e crioulos; • Rebeldes que tinham os islamismo como religião; • “Mandiga: amuleto muçulmano; • Líderes do movimento foram punidos com açoites (entre 300, 500 e 1.000), alguns foram vendidos pra fora da província, e foram proibidas reuniões, festas africanas e a livre circulação de libertos nas ruas de Salvador e do Recôncavo. TRADIÇÃO REBELDE: REVOLTAS ESCRAVAS NA BAHIA PORTUGUESA • Conspiração de 1807 composta por elementos que seriam usados em rebeliões posteriores, como: papel da ideologia e da liderança religiosa, concentração em torno de um grupo étnico, organização política e militar para recrutar adeptos; • “Paz escravocrata” abalada com a ocorrência de novas revoltas em Salvador (resistiram até serem mortos ou presos) e em Nazaré das farinhas no ano de 1809; • Aumento do controle sobre a população escrava após essa rebelião; • Os revoltosos foram punidos pelo “imprudente desejo de recuperarem o estado natural de liberdade”. TRADIÇÃO REBELDE: REVOLTAS ESCRAVAS NA BAHIA PORTUGUESA • Resistência escrava e controle esclarecido: 1. Conde dos Arcos (governador) interpretava que a ocorrência das revoltas estava relacionada com a existência da escravidão, e procuraria reduzir os excessos dos senhores; 2. Ao invés de reprimir procurou dissuadir os escravos permitindo a realização de suas práticas religiosas pois era bom permitir que eles se divertissem “para esquecer durantes algumas horas a sua triste condição.” TRADIÇÃO REBELDE: REVOLTAS ESCRAVAS NA BAHIA PORTUGUESA • Em 1814, no mês de fevereiro, ocorreu uma revolta onde 250 rebeldes atacaram armações de pesca de baleias, queimaram redes de pesca, mataram um feitor e membros da sua família, mataram muitas pessoas incluindo escravos e escravas que não quiseram aderir ao movimento, incendiaram mais de 150 casas e enfrentaram as tropas da cavalaria, o que resultou na morte de 58 rebeldes e os demais foram punidos; • 1 mês depois ocorreu outra revolta em Iguape, em que, segundo o juiz, a intenção era tomar a cidade de Maragogipe; • No final de maio, uma denúncia desarticulou outra revolta que estava prestes a acontecer e que atingiria toda a cidade e que contaria com a participação de várias etnias negras e com a participação inédita de indígenas. TRADIÇÃO REBELDE: REVOLTAS ESCRAVAS NA BAHIA PORTUGUESA • Em 1816, no mês de fevereiro, ocorreu uma rebelião em que escravos de Santo Amaro e São Francisco do Conde iniciaram um quebra-quebra em que queimaram diversos engenhos, atacaram casas e pessoas em Santo Amaro, mataram vários brancos e escravos que não aderiram ao movimento; • Após a derrota da rebelião, várias medidas violentas foram tomadas para conter os escravizados.