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REBELIÕES REGENCIAIS - NIVELAMENTO

REVOLTA DOS MALÊS (SALVADOR - BAHIA 1835) - LEVANTE ESCRAVO, OCORRIDO NA NOITE DE 24 PARA 25 DE
JANEIRO, EM SALVADOR.

Malê1 - “escravo africano adepto da religião muçulmana ou maometana”.

Africanos participantes - pertenciam às etnias iorubá-nagô, jeje e hauçá não desconheciam a escravidão.

Origem da insatisfação – repressão das autoridades locais as suas manifestações religiosas.


Exemplo: interrupção de uma festa islâmica em novembro do ano anterior; destruição da Mesquita na freguesia de
Vitória.

Três libertos – denunciaram o movimento precipitando os acontecimentos.

Forças policiais – invadiram um sobrado na ladeira da Praça onde 60 africanos se reuniam.

Africanos – resistiram à invasão e saíram pelas ruas com armas cortantes.

Projeto Malê – transformar brancos e cativos nascidos no Brasil em escravos.

CABANAGEM (GRÃO - PARÁ 1835-1840)

Fator causador – divergências entre as elites locais, que desejavam escolher o presidente da província.

1832 – o desembargador José Mariani indicado pelo governo central para o governo da província foi impedido de
tomar posse.

Novo presidente indicado – Lobo de Souza promoveu uma política conciliatória sem êxito.

Oposição – fazendeiros e pequenos proprietários apoiados pela população miserável e pelo bispo de Belém.

1835 – rebeldes atacam e tomam Belém.

Cabanos – governaram Belém por dez anos, mas não romperam radicalmente com o Império.

Repressão – facilitada pela linha de navios a vapor entre o Rio de Janeiro e o norte do Brasil.

Resultado – estima-se a morte de quase 30% dos habitantes da província.

SABINADA A “REPÚBLICA UTÓPICA” (SALVADOR – BAHIA ENTRE NOVEMBRO DE 1837 E MARÇO DE 1838)

Fatores causadores – reação de grupos liberais exaltados ao domínio do governo central sobre as províncias durante
a regência una de Araújo Lima.

Grupos envolvidos – pessoas ligadas ao meio urbano como:


 Profissionais liberais (médicos, advogados e jornalistas);
 Pequenos comerciantes;
 Funcionários públicos;
 Artesãos;

1 “A explicação que nos parece mais sensata até agora é a de Pierre Verger, que associa o termo malê a imale, expressão iorubá para islão ou muçulmano”.

REIS, João José. Rebelião escrava no Brasil: a história do levante dos malês. São Paulo: Brasiliense, 1986. P. 115.
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 Militares.

Líder – Francisco Sabino.

Objetivo – proclamar a República Baiense até a maioridade do príncipe herdeiro Pedro de Alcântara.

Defesa da abolição dos escravos – os cativos nascidos no Brasil e os que combatessem as tropas oficiais seriam
alforriados e seus proprietários indenizados.

Março de 1838 – violenta repressão por parte do Império.

Saldo – mais de 1200 pessoas morreram e quase três mil foram presas.

Agosto de 1840 – anistia concedida pelo Imperador Pedro II.

BALAIADA (MARANHÃO E PIAUÍ 1838-1841)

Fatores causadores – 3 focos:

1º FOCO – divergências políticas entre elites conservadoras e liberais:


 Liberais – bem-te-vis
 Conservadores – cabanos

Liberais – tinham apoio de grandes proprietários rurais e segmentos médios e urbanos.

Conservadores – negociantes portugueses, produtores de algodão e grandes criadores de gado.

2º FOCO – recrutamento forçado de pequenos agricultores ou criadores para servir nas tropas oficiais do Império.
* Manuel Francisco dos Anjos Ferreira – o fazer de balaios

3º FOCO – insurreição de escravos liderada pelo liberto Cosme Bento, o Preto Cosme.

Movimento – havia assumido um caráter de revolta popular, com a participação de lavradores e escravos.

Repressão – máxima violência, embora os balaios não tenham ambicionado separar o Maranhão e o Piauí do Império.

Saldo – morte de mais de 3 mil rebeldes e a prisão de outros milhares.

FARROUPILHA (SUL DO BRASIL 1835-1845) – ÚNICA REVOLTA QUE BUSCOU SEPARAR RADICALMENTE A PROVÍNCIA
DO RIO GRANDE DE SÃO PEDRO DO IMPÉRIO DO BRASIL E IMPLANTAR UM REGIME REPUBLICANO.

Farrapos – proprietários rurais e grandes criadores.

Sul do Brasil no século XVIII – criação de uma elite militarizada por conta da afirmação territorial. Região importante
na criação de gado bovino e de muar.

Grupos poderosos incomodados com a centralização política:


 Estancieiros – proprietários de fazendas de gado.
 Charqueadores escravistas – fazendas de gado com finalidade da produção do charque.

Liberais e conservadores – consideravam que o governo regencial privilegiava as províncias do Rio de Janeiro, Minas
Gerais e São Paulo.
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Presidência da Província – promoveu o aumento dos impostos

Governo Regencial - favorecia os fazendeiros escravistas do Vale do Paraíba.

Províncias do Sul – tinham a produção voltada para o mercado interno.

Rebeldes:
 Tomaram Porto Alegre em 20 de setembro de 1835;
 Proclamaram a República Rio Grandense em 1836;
 Proclamaram a República em Piratini em 1838;
 Proclamaram a República Juliana e avançaram para Santa Catarina tomando a Cidade de Laguna.

Repressão – pressão constante contra os rebeldes.

1842 – Luis Alves de Lima e Silva foi nomeado presidente da Província e comandante de armas.

1845 – acordo assinado entre Luis Alves de Lima e Silva e David Canabarro.

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