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Revolução Pernambucana de 1817

A Revolução Pernambucana foi uma revolta de caráter republicano que questionava os gastos da
família real portuguesa no Brasil, enquanto a região sofria com a crise do açúcar.

A Revolução Pernambucana de 1817 foi um movimento que aconteceu na Capitania d e P e r n a m b u c o d u r a n t e


o p e r í o d o c o l o n i a l . E s s e m o v i m e n t o d e caráter separatista e republicano manifestou a insatisfação local com
o controle de Portugal sobre a região e com as desigualdades sociais existentes. O acontecimento da Revolução
Pernambucana estava diretamente relacionado com os desdobramentos da transferência da Corte
portuguesa para o Brasil.

Antecedentes

Semelhantemente à Inconfidência Mineira e à Conjuração Baiana, a Revolução Pernambucana teve caráter


separatista e defendia o sistema republicano. No entanto, essa revolta foi o único movimento dos três que
conseguiu superar a fase conspiratória e deflagrar, de fato, a revolução, chegando, inclusive, a tomar o poder de
Pernambuco e instalar um governo provisório.
A Revolução Pernambucana foi resultado das insatisfações locais que já existiam havia um certo tempo e que
foram aumentadas com a transferência da Corte portuguesa para o Brasil. Essa mudança ocorreu em 1807 e 1808
por causa da invasão de Portugal pelas tropas napoleônicas.
O descontentamento com a presença da Corte portuguesa no Brasil era explicado pelo aumento dos impostos,
realizado para manter os luxos da família real portuguesa e para financiar as campanhas militares que eram
travadas na Cisplatina. Além disso, D. João VI também havia nomeado portugueses a cargos públicos importantes,
principalmente no exército, prejudicando as elites locais.
Essa insatisfação pernambucana com o domínio português, no entanto, era antigo. No começo do século XIX, em
1801, uma conspiração foi denunciada e desmontada pelas autoridades portuguesas. Conhecida
como Conspiração dos Suassunas, ela já evidenciava a existência de um alto grau de descontentamento com a
Corte naquela capitania.
A Revolução Pernambucana foi um movimento que se inspirou nos ideais liberais difundidos à época
pelo Iluminismo. A presença dos ideais iluministas na região deveu-se à existência de uma loja maçônica
conhecida como Areópago de Itambé. Além disso, esses ideais liberais eram largamente propagados na
comunidade eclesiástica local a partir do Seminário de Olinda.
A Revolução Pernambucana iniciou-se no dia 6 de março de 1817, com a morte do brigadeiro português Manoel
Joaquim Barbosa de Castro. O brigadeiro português foi morto quando estava cumprindo as ordens do governador
local de prender o capitão José de Barros Lima, denunciado por participar de uma conspiração. Barros Lima reagiu
à voz de prisão, o que resultou na morte de Castro.
Após esse evento, a revolta espalhou-se por Recife e levou à tomada da cidade pelos revolucionários. O
governador da capitania de Pernambuco abrigou-se em um forte local, o Forte do Brum, e logo embarcou para a
cidade do Rio de Janeiro. Após conquista de Pernambuco, os revolucionários instalaram um Governo Provisório.
Esse Governo Provisório aprovou uma série de medidas que foram colocadas em vigor: foi proclamada a
República na Capitania de Pernambuco, decretada a liberdade de imprensa e credo, instituído o princípio dos três
poderes e aumentado o soldo dos soldados. Todas essas mudanças iam em direção dos ideais liberais, apesar
disso, os revolucionários optaram por manter a instituição da escravidão.
Esse fato explicava-se pela quantidade de grandes fazendeiros que haviam aderido ao movimento. A abolição do
trabalho escravo não era do interesse dessa classe e, além disso, a defesa dos “direitos iguais” por grande parte
dos revolucionários partia muito de um ponto de vista elitista, que tendia a ignorar os interesses da massa popular
e dos menos favorecidos.
Os grandes nomes da Revolução Pernambucana foram:
Domingos José Martins,
José Barros Lima,
Padre João Ribeiro e
Cruz Cabugá, entre outros. Cruz Cabugá, inclusive, foi enviado em missão diplomática aos Estados Unidos durante
a revolução. Com 800 mil dólares em mãos, Cabugá tinha a tarefa de comprar armas e contratar mercenários,
além de obter o apoio do governo americano ao movimento pernambucano.
A duração da Revolução Pernambucana foi razoavelmente curta. A reação portuguesa foi intensa, e uma frota foi
enviada do Rio de Janeiro com o objetivo de bloquear a cidade de Recife. Também foram enviados soldados por
terra da Bahia com a missão de invadir essa cidade. A derrota dos revolucionários aconteceu oficialmente no dia
20 de maio de 1817.
A repressão ordenada por D. João VI foi violenta, com os principais nomes da Revolução Pernambucana
sendo severamente punidos. Domingos José Martins, por exemplo, foi arcabuzado (fuzilado). Outros envolvidos,
além de arcabuzados, foram martirizados e muitos ainda ficaram presos por anos.

A Revolução de 1817 foi influenciada pelas ideias iluministas.

O Governo Provisório era composto por membros que representavam as classes dominantes.

A Revolução Pernambucana de 1817 foi motivada pela crise econômica que atingia o comércio, a forte seca que
assolava a região e as despesas com a Corte Portuguesa.

O Governo Provisório aprovou uma série de medidas: Proclamação da República na Capitania de Pernambuco,
decretação da liberdade de imprensa e credo, instituição da divisão dos três poderes e aumento do soldo dos soldados.
Todas essas mudanças iam em direção dos ideais liberais e, apesar disso, os revolucionários optaram por manter a
escravidão. Isso pode ser explicado pela quantidade de grandes fazendeiros que haviam aderido ao movimento. A
abolição do trabalho escravo não era do interesse dessa classe e a defesa dos “direitos iguais” por grande parte dos
revolucionários partia muito de um ponto de vista elitista, que tendia a ignorar os interesses da massa popular e dos
menos favorecidos.

GUERRA DOS EMBOABAS


A Guerra dos Emboabas foi uma reação dos paulistas contra os invasores estrangeiros.
A Guerra dos Emboabas marcou o início da exploração do ouro em Minas Gerais no começo do século XVIII (os
anos setecentos). Os invasores eram pejorativamente chamados de “emboabas” por causa das vestimentas que
usavam para se embrenharem nas difíceis picadas de mato. A guarnição nas pernas fazia com que se
parecessem com as aves emboabas, de pés empenados, conforme o termo indígena designa.
Os paulistas por terem descoberto o ouro na região de Minas Gerais se achavam no direito de serem os únicos a
explorarem a região, mas os emboabas (grupo de migrantes, portugueses na maioria, que se envolveu na de
terras na região de Minas Gerais) também queriam o direito de explorar os minérios.
Com a busca por metais preciosos a interiorização do Brasil avançou. Ao perder a guerra os paulistas
continuaram a interiorização em busca de novas áreas com metais preciosos. Por isso migraram para onde hoje
se encontra o Estado de Goiás, em busca de ouro, iniciando a povoação do território.

A Revolução Liberal de 1842 foi um levante dos liberais da província de São Paulo e Minas Gerais. Uma revolta
que se originou das disputas políticas dos liberais x conservadores.
A revolução de 1842 foi durante o Império do Brasil. O Partido Liberal não gostou de perder o poder para o
Partido Conservador. As reformas feitas pelos conservadores levaram ao cabo a rebelião em São Paulo e Minas
Gerais.
A Guerra do Paraguai foi um conflito que aconteceu de dezembro de 1864 a março de 1870 e colocou o
Paraguai contra Brasil, Argentina e Uruguai. A guerra foi resultado do choque de interesses políticos e
econômicos que as nações platinas possuíam durante a década de 1860. Aconteceu durante o governo de D.
Pedro II.

A Revolução Farroupilha, também chamada de Guerra dos Farrapos, foi uma luta civil que aconteceu no Rio
Grande do Sul ao longo de dez anos, entre 1835 e 1845. Nesse período, a província sulina deixou o Império do
Brasil para formar a República Rio-Grandense. A Farroupilha foi no Rio Grande do Sul (1836-1845 ). A revolta
demostrou a insatisfação dos estancieiros gaúchos contra as pressões dos fazendeiros do sudeste e do nordeste
de taxar os produtos do Rio Grande do Sul, especialmente o charque.

A Guerra dos Canudos foi em 1897 e inclusive pregavam a volta da monarquia. (mas a monarquia não era a
forma de governo nesse período)
Eles desejavam viver à parte do sistema. Carnudos foi composta de sertanejos que perambulavam pelo sertão
baiano.
A luta de Conselheiro, líder do movimento, era contra a alta cobrança de impostos, o desemprego crônico e
contra republica. A causa de sua morte ainda é motivo de desavença entre historiadores, mas ele faleceu antes
do fim de Canudos.
Guerra de Canudos ou Campanha de Canudos foi um conflito armado que envolveu o Exército Brasileiro e
membros da comunidade sócio-religiosa liderada por Antônio Conselheiro, em Canudos, no interior do estado da
Bahia. Os confrontos ocorreram entre 1896 e 1897, com a destruição da comunidade e a morte da maior parte
dos 25 000 habitantes de Canudos.
Durante a Primeira República (1889 – 1930), houve, na sociedade brasileira, revoltas que, a despeito das
diferenças, expressaram a insatisfação e a crítica de grupos populares quanto aos mecanismos de exclusão
social e política e às estratégias de expansão dos interesses oligárquicos então vigentes. Essas revoltas são
Guerra de Canudos e Revolta da Vacina. Ambas as revoltas expressaram a insatisfação e a crítica de grupos
populares quanto aos mecanismos de exclusão social e política e às estratégias de expansão dos interesses
oligárquicos na Primeira República brasileira. A Guerra de Canudos (1896-1897) foi liderada por Antônio
Conselheiro, um líder religioso e social que contestava as desigualdades e o autoritarismo do governo
republicano. Já a Revolta da Vacina (1904) foi uma manifestação popular contra as medidas de saúde pública
adotadas pelo governo federal, especialmente a obrigatoriedade da vacinação contra a varíola.

A Revolta da Vacina foi uma rebelião popular contra a vacina anti-varíola, ocorrida no Rio de Janeiro, em
novembro de 1904.

A IMIGRAÇÃO PORTUGUESA foi grande, principalmente quando foi descoberto ouro em Minas Gerais.
Quando a corte portuguesa veio para o Brasil fugindo das invasões napoleônicas também trouxe consigo uma
leva de portugueses.
Depois disso, em 1850, os portugueses passaram a vir para o Brasil a procura de melhores condições de vida,
visto que Portugal teve uma forte mecanização agrícola. Isso deixou uma imensa massa de desempregados, que
vieram tentar a vida no Brasil.
No início da colonização os que aventuravam nas novas terras buscavam forma de se enriquecer. Muitos
portugueses se tornaram bandeirantes em busca de ouro e predas preciosas.
Muitos imigrantes foram para colônias. A imigração passa a ser incentivada também pelo governo: “ Em 1871 o
governo brasileiro cria a lei que permite a emissão de apólices de até 600 contos de réis para auxiliar no
pagamento das passagens e no adiantamento de 20 mil-réis a cada família imigrante. No mesmo ano, é formada
a Associação Auxiliadora de Colonização de São Paulo, que reúne grandes fazendeiros e capitalistas e tem o
apoio do governo provincial.”

https://www.portalsaofrancisco.com.br/historia-do-brasil/imigracao-no-brasil

A maioria dos imigrantes ia para São Paulo trabalhar na lavoura de café e os imigrantes italianos representavam
a maioria deles.
A maioria dos imigrantes ia para o estado São Paulo e os imigrantes italianos chegaram a representar em 1988
90% do total.
"Os italianos, assim como os demais imigrantes, deixaram seu país basicamente por motivos econômicos e
socioculturais. A emigração, muito praticada na Europa, aliviava os países de pressões socioeconômicas, além
de alimentá-los com um fluxo de renda vindo do exterior, em nada desprezível, pois era comum que imigrantes
enviassem economias para os parentes que haviam ficado.
No caso específico da Itália, depois de um longo período de mais de 20 anos de lutas para a unificação do país,
sua população, particularmente a rural e mais pobre, tinha dificuldade de sobreviver tanto nas pequenas
propriedades que possuía ou onde simplesmente trabalhava, quanto nas cidades, para onde se deslocava em
busca de trabalho.
Nessas condições, portanto, a emigração era não só estimulada pelo governo, mas era também uma solução de
sobrevivência para as famílias. Assim, é possível entender a saída de cerca de 7 milhões de italianos no período
compreendido entre 1860 e 1920."

PERÍODO IMPERIAL
Confederação do Equador (1824) [Primeiro Reinado]
Cabanagem (1835-1840),
Farroupilha (1835-1845),
Malês (1835),
Balaiada (1838-1841)
Sabinada (1837-1838) [Período Regencial]
Revolta liberal em SP e MG (1842)
Revolução Praieira (1848-1849) [Segundo Reinado]

PERÍODO REPUBLICANO
Revolução Federalista (1893 - 1895) e
Revolta da Armada (1891-1894) [República da Espada]
Revolta da Vacina (1904),
Revolta da Chibata (1910),
Guerra de Canudos (1893 – 1897) e
Guerra do Contestado (1912 – 1916) [República oligárquica]

A motivação do GOLPE MILITAR DE 1964 NO BRASIL, conforme exposto, relaciona-se com a influência das
classes dominantes sob liderança do bloco multinacional e associado, que empreenderam uma campanha
ideológica e político-militar para proteger seus interesses.
O golpe não foi motivado pela aproximação com a China Comunista ou pela guerrilha urbana instituída pelo
Estado brasileiro. A Aliança Renovadora Nacional (ARENA) não lutou pela preservação da democracia e contra a
ditadura militar, mas foi um partido político criado pelos militares para dar apoio ao regime autoritário.
Se pode afirmar que o Golpe Militar não se realizou apenas por influências internas e exclusivamente brasileiras,
tendo havido também a participação de agentes externos, como os Estados Unidos, que apoiaram e financiaram
o regime militar.
O Golpe Militar conduzido entre 31 de março e 2 de abril de 1964 foi uma conspiração realizada pelos militares
contra o governo de João Goulart. O conchavo contra esse presidente aconteceu por conta da insatisfação das
elites com os projetos realizados nesse governo, em especial as Reformas de Base. Além disso, contou com a
participação americana, pois os Estados Unidos entendiam que a política de João Goulart não atendia aos
interesses americanos. Sendo assim, financiaram instituições e campanhas de políticos conservadores a fim de
minar o governo de Jango.

A Marcha da Família com Deus pela Liberdade foi uma grande manifestação realizada em março de 1964 na
cidade de São Paulo, que reuniu centenas de milhares de pessoas em apoio às forças conservadoras e
contrárias ao governo de João Goulart. A manifestação foi convocada por grupos como a União Cívica Feminina,
a Liga Eleitoral Católica e o Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (IPES), que eram contrários às reformas
propostas pelo governo Goulart e acusavam-no de ser comunista. Na época, Goulart vinha implementando
reformas que visavam a distribuição de renda e a melhoria das condições de vida dos trabalhadores, mas que
eram vistas como uma ameaça pelos setores mais conservadores da sociedade brasileira, que temiam o avanço
do comunismo no país. A Marcha da Família com Deus pela Liberdade foi uma manifestação pública de grupos
conservadores, antipopulistas e anticomunistas contrários às reformas de base propostas pelo então presidente
da República, João Goulart
Primeira República do Brasil:
A política dos governadores e a política do café com leite foram políticas importantes durante o período da
Primeira República e sustentavam as estruturas no âmbito político, reduzindo conflitos entre as oligarquias.
A POLÍTICA DO "CAFÉ-COM-LEITE" foi uma aliança política entre os estados de São Paulo e Minas
Gerais durante a República Velha, que se estendeu de 1889 a 1930. A aliança tinha como objetivo controlar a
política nacional, alternando-se no poder através de uma política de revezamento na Presidência da República.
Esse acordo consistia em que os dois estados se revezavam no poder, com um presidente apoiado por São
Paulo, seguido por outro apoiado por Minas Gerais, e assim por diante. Essa aliança foi importante para a
estabilidade política durante a República Velha, mas também contribuiu para a centralização do poder nas mãos
de poucos estados e grupos políticos.
a Primeira República Brasileira, também conhecida como República Velha, foi o período da história do Brasil
que se estendeu da proclamação da República, em 15/11/1889 até a Revolução de 1930; a chamada República
velha é dividia pelos historiadores em dois períodos: REPÚBLICA DA ESPADA e REPÚBLICA
OLIGÁRQUICA; Durante a República Velha, os coronéis tinham um domínio sobre suas terras e uma influência
sobre algumas regiões. O domínio dos coronéis sobre suas terras permitiu que eles controlassem os eleitores em
seus currais eleitorais, que eram regiões controladas politicamente pelos coronéis, para que esses eleitores
sempre votassem nos candidatos impostos pelo coronel. Esse tipo de voto era conhecido como ‘‘voto de
cabresto”. a constituição de 1891 foi a segunda constituição do Brasil e a primeira no sistema republicano de
governo, marcando a transição da monarquia para a República; O primeiro período da República velha, chamado
de República da Espada, foi dominado pelos setores mobilizados do Exército apoiados pelos republicanos, e vai
da Proclamação da República do Brasil, e vai até 1894, sendo depois substituído pelo período chamado
de República do Café com Leite até 1930. O primeiro presidente civil foi Prudente de Morais, seguido por
Campos Sales, Rodrigues Alves, Afonso Pena e Nilo Peçanha.

REPÚBLICA VELHA = REPÚBLICA DA ESPADA = REPÚBLICA OLIGÁRQUICA

Washington Luís governou de 1926 a 1930, sendo deposto pela Revolução de 1930.

O PODER MODERADOR foi instituído pela Constituição do Império do Brasil de 1824 e tinha como finalidade
equilibrar os outros poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), podendo ser utilizado para resolver conflitos
entre eles. No entanto, o Imperador detinha o controle exclusivo desse poder e não podia ser responsabilizado
por nenhum ato realizado por meio dele. Dessa forma, o Poder Moderador era uma ferramenta de concentração
de poder nas mãos do Imperador, garantindo sua autoridade e poder absoluto sobre a nação.

Constituições Brasileiras:
1ª) 1824 (OUTORGADA) = Constituição do Brasil Império! = Constituição Outorgada!
2ª) 1891 (PROMULGADA) = 1ª Constituição do Brasil República!
3ª) 1934 (PROMULGADA) = Constituição da 2ª República = Constituição do Estado Novo!
4ª) 1937 (OUTORGADA) = Constituição Polaca – esse é o nome pelo qual ela ficou conhecida, por seu viés
totalitário.
5ª) 1946 (PROMULGADA) = Constituição de 1946 = Constituição do Fim do Estado Novo!
6ª) 1967 (OUTORGADA) = Constituição do Regime Militar!
7ª) 1988 (PROMULGADA)= Constituição Cidadã!

PROMULGADA, quando é elaborada por representantes dos eleitores


OUTORGADA é o mesmo que dizer que ela foi imposta

Os eventos da história do Brasil com seus respectivos períodos são:


A. República Velha (1889-1930)
B. Era Vargas (1930-1945)
C. República Populista (1946-1964)
D. Regime Militar (1964-1985)
E. Nova República (1985 em diante)

Constituição de 1824
A Constituição Brasileira de 1824 foi outorgada por Dom Pedro I em 25 de março de 1824.
A primeira Carta Magna brasileira garantia a unidade territorial, instituía a divisão do governo em quatro poderes
e estabelecia o voto censitário (voto ligado à renda do cidadão).
A Constituição de 1824 foi a primeira da história brasileira e vigorou até a Proclamação da República, em 1889.
Foi a Carta que, por mais tempo, esteve em vigor, permanecendo por 65 anos. Ela começou a ser elaborada em
1823, durante uma Assembleia Constituinte, na qual as províncias (o equivalente aos estados) enviaram seus
representantes. Porém, o imperador Dom Pedro I resolveu fechá-la, por causa da tentativa dos constituintes de
limitar os poderes dele.
Essa Constituição foi outorgada em 1824 e seguia os desejos expressos por Dom Pedro I. Com ela, foi criado o
Poder Moderador; o voto tornou-se censitário, e o catolicismo foi estabelecido como religião oficial. Logo após a
Independência do Brasil, em 1822, o nosso primeiro texto constitucional inaugurou um período de liberdade
política, mas trouxe várias heranças do tempo colonial.
O regime de governo estabelecido foi a monarquia hereditária.
 Existência de Quatro poderes: Poder Executivo, Poder Legislativo, Poder Judiciário e o Poder Moderador.
 O Poder Moderador, exercido pelo imperador, lhe dava o direito de intervir nos demais poderes, dissolver a
assembleia legislativa, nomear senadores, sancionava e vetava leis, nomeava ministros e magistrados, e os
depunha.
 Poder Executivo: exercido pelo Imperador que, por sua vez, nomeava os presidentes de províncias.
 Poder Legislativo: era composta pela Câmera dos Deputados e pelo Senado. Os deputados eram eleitos por voto
censitário e os senadores eram nomeados pelo Imperador.
 Poder Judiciário: os juízes eram nomeados pelo Imperador. O cargo era vitalício e só podiam ser suspensos por
sentença ou pelo próprio Imperador.
 Direito ao voto: para homens livres, maiores de 25 anos, e renda anual de mais de 100 mil réis era permitido
votar nas eleições primárias onde eram escolhidos aqueles que votariam nos deputados e senadores.
 Por sua parte, para ser candidato nas eleições primárias, a renda subia a 200 mil reis e excluía os libertos. Por
fim, os candidatos a deputados e senadores deviam ter uma renda superior a 400 mil réis, serem brasileiros e
católicos.
 Estabeleceu o catolicismo como religião oficial do Brasil. No entanto, a Igreja ficou subordinada ao Estado
através do Padroado.
 Com a proclamação da independência, em 1822, realizada pelo Imperador Dom Pedro I, o Brasil viu se diante da
necessidade de estruturar o funcionamento de seus poderes políticos e organizar-se enquanto Estado soberano e
independente.
 Em 25 de março de 1824, então, foi outorgada a Constituição do Império, fruto dos trabalhos do Conselho de Estado.
 Criação do Conselho de Estado, composto por dez conselheiros escolhidos pelo imperador.
 A capital do Brasil independente era o Rio de Janeiro, que não estava submetida à Província do Rio de Janeiro.
Esta tinha sua capital na cidade de Niterói.
 Foi a única constituição do Brasil monárquica (quanto à forma de governo, éramos uma monarquia hereditária
constitucional).
 A Constituição de 1824 estabeleceu no Brasil uma monarquia constitucional HEREDITÁRIA E REPRESENTATIVA.
As províncias não teriam autonomia e seriam governadas por pessoas indicadas pelo imperador. A capital do
Império continuou sendo o Rio de Janeiro.
Salvo o Ato Adicional de 1834, não foram introduzidas nenhuma alteração significativa no texto desta
Constituição.
CONSTITUIÇÃO OUTORGADA X PROMULGADA

Uma Constituição é PROMULGADA, quando é elaborada por representantes dos eleitores, e seu texto é
discutido e votado pelos constituintes, sendo assinada pelo chefe do governo, que jura o seu cumprimento. Se a
Assembleia de 1823 não tivesse sido fechada por Dom Pedro I, a primeira Constituição brasileira teria sido
discutida por representantes dos eleitores, votada e assinada pelo imperador, que faria o juramento do seu
cumprimento. Contudo, a primeira Constituição brasileira que foi promulgada foi apenas a de 1891, a primeira
do período republicano.

Dizer que uma Constituição foi OUTORGADA é o mesmo que dizer que ela foi imposta por um soberano
absolutista ou por um chefe de governo autoritário. O texto constitucional de 1824 foi elaborado por uma
comissão de legisladores escolhidos pelo governante e não foi submetido a nenhuma discussão e nem votação.

Logo após a outorga do governante, a Constituição já entrou em vigor. Além da Constituição de 1824, outra que
também passou pela outorga de um governante autoritário foi a Carta de 1937, que vigorou durante a ditadura
do Estado Novo de Getúlio Vargas (1937-1945).

CONSTITUIÇÃO DE 1891

A Constituição de 1891 foi a primeira Constituição do Brasil da era republicana. Foi promulgada dois anos após a
Proclamação da República.
Teve como características a instituição do regime republicano presidencialista e a separação entre o Estado e a
Igreja.
O Brasil passava por um momento de transição do regime monárquico para o republicano. Desta maneira, o
governo precisava mudar a Carta Magna que regia o país desde 1824 e criar uma Constituição que se ajustasse à
nova realidade.
Foi escolhida uma Assembleia legislativa que elaborou a nova Constituição em três meses. Grande parte da
redação ficou a cargo dos juristas Rui Barbosa e Prudente de Morais.
A nova Constituição se inspirou, dentre outras, na Carta Magna dos ESTADOS UNIDOS, tendo como eixo a
federalização dos Estados e a descentralização do poder.
Inclusive o nome do novo país recebeu influência americana, pois foi denominado "Estados Unidos do Brasil".
Em 24 de fevereiro de 1891 foi aprovada e promulgada a nova Constituição do Brasil. Esta seria alterada em 1926
e revogada quatro anos mais tarde devido à Revolução de 1930.

Características da Constituição de 1891


A Constituição de 1891 determinava:

 A criação de três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário, ficando extinto o Poder Moderador;
 A separação entre o Estado e a Igreja Católica. O Estado seria o responsável pela emissão de certidões e
certificados; e o clero católico deixaria de receber subvenção do Estado;
 A liberdade de culto para todas as religiões;
 A garantia do ensino primário obrigatório, laico e gratuito;
 A proibição do uso de brasões ou títulos nobiliárquicos;
 A instituição do voto universal para cidadãos brasileiros alfabetizados, maiores de 21 anos;
 A criação do Poder Legislativo bicameral. Os deputados tinha um mandado de três anos e os senadores nove anos.
Isto pôs fim ao Senado vitalício;
 O surgimento do Poder Legislativo provincial. Assim, as províncias poderiam criar suas próprias leis e impostos,
tendo mais autonomia em relação ao poder central.

Resumo da Constituição de 1891

A Constituição de 1891 trouxe uma nova configuração política ao Brasil.


Além das cláusulas que acabavam com a monarquia, o país agora seria configurado de outra maneira. Haveria
mais autonomia provincial e foi instituído o Estado Laico. A religião católica deixou de ser a oficial do país e todas
as confissões religiosas poderiam realizar cultos públicos.
É importante assinalar que algumas propriedades da Igreja foram confiscadas nesse momento.
Igualmente, a mudança do voto não trouxe grandes transformações. O voto era aberto e o cidadão tinha que
assinar uma lista que podia ser facilmente controlada e adulterada. Com o novo critério – saber ler e escrever – o
número de eleitores caiu, ao invés de aumentar.
Esta Carta Magna foi concebida para atender as demandas da elite paulista, que apoiou a proclamação da
República. Estes haviam defendido maior descentralização do Estado e com este documento, o conseguiram.

CONSTITUIÇÃO DE 1934

A Constituição de 1934 foi a 3ª Constituição brasileira e a 2ª da República.


A Carta Magna trouxe novidades como a instituição do VOTO FEMININO e da Ação Popular.

Contexto Histórico
O Brasil passava por mudanças políticas significativas na década de 30.
Getúlio Vargas e seus aliados, por um golpe de Estado, tinham conseguido derrubar o presidente Washington
Luís e uma Junta Militar instaurou um Governo Provisório.
Neste período, a Constituição de 1891 deixou de vigorar e em substituição foi feito o Decreto 19.380/30 que
determinava:
 O fim da política dos governadores;
 O desarmamento dos coronéis;
 A dissolução do Congresso Nacional, das Assembleias Legislativas e Câmeras Municipais;
 O governo Provisório exerceria os Poderes Legislativos e Executivo;
 O presidente da República governaria por decretos.
Estas medidas deveriam ter um caráter transitório, mas Getúlio Vargas não fazia nenhum movimento para
mudar esta situação. Assim, o estado de São Paulo, lançou a Revolução de 1932 visando derrubar o governo e
dar ao país uma Constituição. Apesar de os paulistas saírem derrotados, Vargas não pôde mais adiar a
convocação de uma Assembleia Legislativa se quisesse permanecer no poder. Por isso, convocou eleições
legislativas e inaugurou os trabalhos para a elaboração da nova Constituição.

Características da Constituição de 1934



 → República Federativa como forma de governo;
 → Incorporou o voto feminino;
 → Determinou que o sufrágio eleitoral fosse universal, secreto, direto e por maioria dos votos;
 → Estabeleceu o ensino primário gratuito e obrigatório;
 → A Câmara dos Deputados era eleita de forma direta, mas também havia representantes eleitos por
organizações profissionais;
 → O Poder Executivo era exercido pelo presidente da República com o mandato de quatro anos e sem direito à
reeleição;
 → Estabeleceu a Justiça Eleitoral e a Justiça do Trabalho;
 → Previa o Mandado de Segurança;
 → Instituiu a Ação Popular.
→ A Constituição de 1934 foi a que menos durou em toda História do Brasil: apenas três anos.

Constituição de 1937
A Constituição de 1937 foi a 4ª Constituição brasileira e a 3ª do período republicano. Ficou conhecida como a
Constituição “Polaca” por ter leis de inspiração fascista, tal qual a Carta Magna polonesa de 1935.
O texto foi elaborado pelo jurista Francisco Campos e outorgada em 10 de novembro de 1937.

Contexto Histórico
Na década de 30, a democracia liberal estava cada vez mais desacreditada e o mundo se voltava para ideologias
totalitárias como o nazismo alemão ou o fascismo italiano. Igualmente, o socialismo pregado por Stalin se
revelava cada vez mais autoritário e centralista.
No Brasil, essas correntes políticas eram representadas pelo Partido Comunista Brasileiro, alinhado com a União
Soviética e a Ação Integralista Brasileira, de inspiração fascista.
O presidente Getúlio Vargas também já havia dado mostras que preferia um regime político mais centralizado.
Demorou a convocar eleições para a Constituinte de 1934, e desagradava a vários adversários por concentrar o
poder cada vez mais em suas mãos.
A Constituição de 34 era liberal e descentralizadora, e parecia que a democracia havia voltado ao Brasil. Ao
tomar posse como presidente, Vargas jurou sobre este texto constitucional, mas no dia seguinte, pronunciaria
sua famosa frase “Eu serei o revisor desta Constituição”.
No ano seguinte, Getúlio Vargas sofre uma tentativa de golpe armado pelos comunistas liderados por Luís Carlos
Prestes. O episódio, conhecido por Intentona Comunista, teve como consequência dois anos de repressão e
prisões arbitrárias, e serviria de pretexto para a consolidação de Vargas no poder.
Em 1937, foi descoberta outra tentativa de golpe que seria supostamente tramada pelos comunistas, o Plano
Cohen. Diante desta ameaça, Getúlio Vargas declara a criação do Estado Novo. De uma só vez, dissolve a Câmara
dos Deputados e o Senado e outorga uma nova Constituição ao país. Esta deveria passar por um referendo, mas
tal nunca aconteceu.

Características da Constituição de 1937


 → caberia ao presidente nomear os interventores (governadores estaduais) e estes deveriam nomear as
autoridades municipais.
 → A Justiça Eleitoral e os partidos políticos foram extintos,
 → suspenso o direito de Mandado de Segurança ou Ação Popular,
 → Instituição da censura prévia aos meios de comunicação, os meios de comunicação estavam obrigados a
publicar e/ou transmitir os comunicados do governo,
 → Proibição do direito de greve,
 → Previsão de pena de morte para crimes políticos.
 → O poder Legislativo, em todos os níveis, foi extinto. Assim não existiam mais as Câmaras de Vereadores ou de
Deputados Estaduais.
Nota de encerramento das atividades do Tribunal Regional Eleitoral, 14.11.1937.

Consequências
Com a Constituição de 1937, o poder do presidente atingiu seu ápice centralizador. Em cerimônia simbólica, no
Rio de Janeiro, foram queimadas as bandeiras estaduais, proibidos os hinos regionais e os partidos políticos
locais.
Getúlio Vargas sofreria uma nova tentativa de golpe pelos integralistas em 1938, mas esses foram desbaratados
rapidamente. Assim, pôde governar de maneira ditatorial até 1945 quando sofreria um golpe de Estado
articulado pelo Exército e parte das forças conservadoras brasileiras.

"Resumo sobre o Plano Cohen

O Plano Cohen foi um documento divulgado pelo governo de Getúlio Vargas, em 1937, que serviu de pretexto
para o golpe de Estado que iniciou a ditadura do Estado Novo em novembro do mesmo ano.
Apesar de os comunistas terem se rebelado contra Getúlio Vargas em 1935, na Intentona Comunista, não havia
qualquer plano de tomar o poder em 1937.
O golpe de 1937 anulou a Constituição de 1934 e outorgou uma Carta que dava amplos poderes a Vargas. Além
disso, o Congresso foi fechado, os partidos políticos foram extintos e as liberdades individuais foram suspensas.
A farsa do Plano Cohen só foi revelada em 1945, quando o Estado Novo estava em crise. O general Góis Monteiro
divulgou a falsidade do documento, e os envolvidos alegaram disciplina militar e não desmoralização das Forças
Armadas para justificar o silêncio sobre a farsa."

5ª - Constituição de 1946

Essa Constituição, datada de 18 de setembro de 1946, retomou a linha democrática de 1934 e foi promulgada de
forma legal, após as deliberações do Congresso recém-eleito, que assumiu as tarefas de Assembleia Nacional
Constituinte.

Entre as medidas adotadas, estão o restabelecimento dos direitos individuais, o fim da censura e da pena de morte. A
Carta também devolveu a independência ao Executivo, Legislativo e Judiciário e restabeleceu o equilíbrio entre esses
poderes, além de dar autonomia a estados e municípios. Outra medida foi a instituição de eleição direta para
presidente da República, com mandato de cinco anos.

As demais normas estabelecidas por essa Constituição foram: incorporação da Justiça do Trabalho e do Tribunal
Federal de Recursos ao Poder Judiciário; pluralidade partidária; direito de greve e livre associação sindical; e
condicionamento do uso da propriedade ao bem-estar social, possibilitando a desapropriação por interesse social.

Destaca-se, entre as emendas promulgadas à Carta de 1946, o chamado ato adicional, de 2 de setembro de 1961, que
instituiu o regime parlamentarista. Essa emenda foi motivada pela crise político-militar após a renúncia de Jânio
Quadros, então presidente do país.

Como essa emenda previa consulta popular posterior, por meio de plebiscito, realizado em janeiro de 1963, o país
retomou o regime presidencialista, escolhido pela população, restaurando, portanto, os poderes tradicionais
conferidos ao presidente da República.

Constituição de 1967

A Constituição de 1967 foi a 4º Carta Magna brasileira e a terceira do período republicano.


A Constituição, elaborada durante o regime militar, entrou em vigor em 15 de março de 1967.

Contexto Histórico

Na década de 60, uma série de golpes militares derrubaram regimes democráticos na América Latina. O medo que o
comunismo se instalasse no continente, após a Revolução Cubana, fez os Estados Unidos apoiarem direta ou
indiretamente uma série de governos militares na região.
A direita brasileira e os militares se uniram para derrubar o presidente João Goulart. Acusado de querer implantar o
comunismo internacional no país, o presidente foi deposto em 1º de abril de 1964 dando ao início à ditadura militar
que só terminaria em 1985.

Elaboração da Constituição de 1967


Ao contrário de algumas ditaduras, o regime militar brasileiro quis passar uma aparência de normalidade e o
Congresso Nacional foi mantido aberto por dois anos.
Apesar dos militares e dos civis que os apoiavam dominarem o cenário político, o governo quis fazer uma nova
Carta Magna. Com isso, pretendiam incorporar os Atos Institucionais que foram publicados desde 1964.
Em 1966, o governo publicou um projeto de Constituição escrito pelo ministro da Justiça, Carlos Medeiros Silva, e
pelos juristas Francisco Campos, Levi Carneiro, Temístocles Cavalcanti e Orozimbo Nonato.
No entanto, diante do protesto feito pelo MDB (oposição) e pela Arena, o governo reabre e convoca o Congresso
para discutir e votar a nova Magna Carta, entre 12 de dezembro de 1966 e 24 de janeiro de 1967.
O texto final seria aprovado sem muitas modificações pelos deputados e senadores. Como esta Constituição não foi
elaborada por uma Assembleia Constituinte, muitos autores afirmam que ela foi outorgada. Porém, outros
estudiosos afirmam que a aprovação por parte do Congresso Nacional já bastaria para caracterizá-la como
promulgada.

Características da Constituição de 1967


Dentro da lógica da Guerra Fria, o texto constitucional privilegiava temas como a segurança nacional, o aumento
dos poderes da União e do presidente da República. Também incorporava a redução da autonomia individual e a
suspensão dos direitos e garantias constitucionais por parte do Estado.
Manteve a República como forma de governo e Brasília continuou a ser a capital federal.
Embora tenha mantido a separação dos três poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário – o poder de decisão
estava concentrado no Poder Executivo. Também foram incorporados o Ato Institucional nº1, nº2 e nº3 que haviam
regido o país até aquele momento.
Desta maneira, os principais pontos da Carta Magna de 1967 eram:
 O presidente era eleito de forma indireta, por um Colégio Eleitoral, em sessão pública, para um mandato de quatro
anos.
 cassação e suspensão de direitos políticos pelo Poder Executivo, estabelecia o bipartidarismo, determinava eleições
indiretas para governadores e prefeitos, instituía a pena de morte para crimes contra a segurança nacional,
restringia o direito de greve, aumentava a Justiça militar, estendendo o foro especial a civis. Mais tarde, em 1968,
foi incorporado o AI-5 que determinava:
 O fechamento do Congresso por parte do Poder Executivo, a censura prévia aos meios de comunicação,
 Intervenção militar em estados e municípios, suspensão de direitos civis e políticos dos cidadãos, que cometiam
crimes contra a Segurança Nacional.

Fim da Constituição de 1967


A Constituição de 1967 foi revogada quando o governo militar terminou.
Em 1986 foram eleitos os deputados que formaram a Assembleia Constituinte e formularam a nova Carta Magna de
acordo com o novo regime democrático restaurador.

Constituição de 1988
A "Constituição da República Federativa do Brasil", "Constituição Cidadã" ou simplesmente "Constituição de 1988"
foi promulgada no dia 5 de outubro de 1988.
Foi a sétima constituição do Brasil desde a sua Independência, em 1822 e a sexta do período republicano.
Resumo

O deputado Ulysses Guimarães ergue um exemplar da Constituição no dia da promulgação


O documento foi elaborado pela Assembleia Nacional Constituinte, eleita democraticamente em 15 de novembro
de 1986, e presidida por Ulysses Guimarães. Na ocasião, o presidente da República era José Sarney.
Os trabalhos da Constituinte se desenvolveram de fevereiro de 1987 a setembro de 1988 e marcaram o processo de
redemocratização do país, após o regime militar.
Principais Características
1. Direitos Trabalhistas
A nova constituição consolidou diversos conquistas aos trabalhadores, como:
O abono de indenização de 40% do FGTS na demissão e o seguro-desemprego;
O abono de férias e o 13º salário para aposentados;
Jornada semanal de 44 horas, quando antes era de 48 horas;
Licença maternidade de 120 dias e licença paternidade de 5 dias;
Direito à greve e a liberdade sindical.

2. Direitos Humanos
Além disso, várias outras conquistas foram alcançadas no campo dos direitos humanos:
Fim da censura dos meios de comunicação;
Liberdade de expressão;
Direito das crianças e adolescentes;
Eleições diretas e universais com dois turnos;
Direito ao voto para os analfabetos;
Voto facultativo aos jovens entre 16 e 18 anos;
A prática do racismo passou a ser crime inafiançável;
Proibição da tortura;
Igualdade de gêneros;
Fomento ao trabalho feminino.

3. População Indígena
A Carta Magna de 1988 determinou que os índios teriam a posse das terras que ocupavam bem como aquelas que
eles tradicionalmente ocupavam.
Também garante à União o direito de legislar sobre os índios e garantir a preservação dos seus costumes, línguas e
tradições.

4. Quilombolas
Igualmente, a Constituição de 1988 reconheceu o direito de posse às terras ocupadas por remanescentes
de Quilombos.

Estrutura da Constituição Federal


A Constituição de 1988 está estruturada em nove títulos, a saber:
Título I - Princípios Fundamentais
Título II - Direitos e Garantias Fundamentais
Título III - Organização do Estado
Título IV - Organização dos Poderes
Título V - Defesa do Estado e das Instituições
Título VI - Tributação e Orçamento
Título VII - Ordem Econômica e Financeira
Título VIII - Ordem Social
Título IX - Disposições Gerais

A Constituição rege o ordenamento jurídico do país, estabelece regras que regulam e pacificam os conflitos de
interesse dos grupos que integram uma sociedade.
Mudanças no texto da constituição estão previstos por lei e podem ser feitas através de emenda constitucional.
Com exceção das cláusulas pétreas (aquela que não podem ser alteradas), entre elas estão:
O Sistema Federativo do Estado;
O voto direto, secreto, universal e periódico;
A separação dos poderes;
Os direitos e as garantias individuais.
Após 25 anos em vigor, completados no dia 5 de outubro de 2013, a Constituição já recebeu 75 emendas
constitucionais.

A Constituição de 1988 é a Constituição Federal do Brasil em vigor atualmente. Ela foi elaborada pela Assembleia
Nacional Constituinte, convocada em 1986, e promulgada em 5 de outubro de 1988. É considerada a Constituição
mais democrática e participativa da história do país, sendo resultado de um processo amplo e plural de discussão e
elaboração. A Constituição de 1988 estabeleceu o Estado Democrático de Direito, assegurando a separação dos
poderes, a liberdade de expressão, de associação e de manifestação, além de garantias fundamentais como a
igualdade perante a lei, a inviolabilidade da vida, da liberdade, da propriedade e da privacidade. Ela também
estabeleceu a base jurídica para políticas públicas nas áreas de saúde, educação, assistência social, meio
ambiente e cultura, além de instituir o sistema de seguridade social, que engloba a previdência social, a saúde e a
assistência social.

"A atual Carta Constitucional brasileira, ou, em outros termos, nossa atual Constituição, foi promulgada no dia 5 de
outubro de 1988. Sua promulgação foi aclamada com fervor tanto pelos políticos que participaram do processo de sua
composição quanto pela população do Brasil daquele período, que, naquele momento, estava, de fato, completando a
tão falada “transição democrática

A DITADURA MILITAR NO BRASIL ocorreu entre 1964 e 1985, quando militares das Forças Armadas
tomaram o poder em um golpe de estado e governaram o país de forma autoritária e repressiva. Durante o período,
a Constituição foi suspensa, o Congresso Nacional foi fechado, partidos políticos foram proibidos e as liberdades
civis foram suprimidas.

“De 1966 a 1979 a legislação partidária no Brasil permitiu a existência de apenas dois partidos: Arena e MDB. A Arena
congregava as forças que apoiavam o regime militar, reunindo políticos que antes estavam na UDN e PSD, enquanto o
MDB era o partido de oposição ao governo, com representantes da esquerda, do antigo PTB e da ala mais progressista
do PSD.”
A Ditadura militar foi um período da história brasileira no qual o poder foi tomado pelos militares, formando um governo
autoritário, que teve como principiais características a censura aos meios de comunicação, a restrição aos direitos
políticos e individuais e a forte repressão aos opositores do governo. Destacando a nova organização partidária, o
Bipartidarismo: contendo apenas, dois partidos, um representando o Governo e o outro a Oposição. Os 2(dois) partidos
que existiram durante este período foram Arena e MDB.

O Regime Militar, período que foi compreendido entre os anos de 1964 a 1985 caracterizado pelo autoritarismo, que
através do Ato Institucional n.°1, modificou a Constituição em vigor, onde o Executivo Federal podia cassar mandatos de
parlamentares, suspender direitos políticos de qualquer cidadão, decretar estado de sitio, sem aprovação do Congresso,
entre outras medidas. Após 30 anos o Regime Militar se desgastou devido às dificuldades econômicas, como a crise
internacional do petróleo, aumento dos juros e o descontentamento da população, então diversos setores sociais, citando
alguns como exemplos: Sindicatos de Trabalhadores, Igreja Católica, Universidades, Imprensa, advogados reivindicavam
a redemocratização do País, citando como marco desta Redemocratização do Brasil a criação da Lei de Anistia, o fim do
Bipartidarismo, culminando com a Promulgação da Constituição Federativa do Brasil, que foi promulgada em:05/10/1988.

O golpe militar teve o apoio dos Estados Unidos que estavam insatisfeitos com a possibilidade de estatização das
multinacionais. Outra preocupação era a possibilidade de controle de remessa de lucros.
A política do Macarthismo tinha uma política anticomunista. Por isso, os EUA apoiaram o regime contrário ao dos
comunistas no Brasil.
DIRETAS JÁ!
EMENDA DANTE DE OLIVEIRA
Na véspera da votação da Emenda Dante de Oliveira, o então presidente da República João Figueiredo decretou estado
de emergência e as manifestações favoráveis a ela foram duramente reprimidas. A partir daí, houve uma alteração no
quórum de emendas que voltou a exigir 2/3 dos votos para aprovação. Dessa forma, a emenda não foi aprovada. Com a
queda da emenda Dante de Oliveira, que possibilitaria eleições diretas, teve início uma negociação entre os partidos e em
1985 Tancredo Neves venceu a eleição, que foi feita pelo Colégio Eleitoral.
Tancredo faleceu antes de assumir, e seu vice Sarney tornou-se o 1º presidente civil após o Regime Militar iniciado em
1964 e encerrado em 1984.
Muitos assinalam erroneamente José Sarney como o 1º presidente eleito no período democrático atual. De fato ele foi em
1985 o 1º presidente da República no período democrático, após o período de Regime Militar, porém, não foi “eleito”
diretamente. Sarney não foi eleito pelo voto direto, mas sim, por votação no Colégio Eleitoral.
O 1º presidente eleito pelas Diretas Já foi, então, Fernando Collor.

Após o término da ditadura militar no Brasil, o primeiro presidente eleito democraticamente pelo voto direto da população
foi: Fernando COLLOR

"Diretas Já" foi um movimento político de cunho popular que teve como objetivo a retomada das eleições diretas ao cargo
de Presidente da República no Brasil. O movimento começou em maio de 1983 e foi até 1984, tendo mobilizado milhões
de pessoas em comícios e passeatas. Em 25 de abril de 1984, a emenda constitucional das eleições diretas foi
colocada em votação. Porém, para a desilusão do povo brasileiro, ela não foi aprovada e em 15 de janeiro de 1985,
ocorreram eleições INDIRETAS, sendo eleito o primeiro presidente civil após o regime de Ditadura Militar (1964-1985),
que foi: TANCREDO NEVES.

CUIDADO:
Primeiro presidente civil eleito após a Ditadura Militar INDIRETAMENTE: Tancredo Neves, em 1985
Primeiro presidente eleito mediante voto direto após a Ditadura Militar: Fernando Collor de Melo, em 1990

A Segunda Guerra Mundial eclodiu durante a Era Vargas. Pouco se fala, mas o Brasil teve papel fundamental na
resolução desse conflito. A Força Expedicionária Brasileira (FEB) travou importante batalha para conter o avanço do
Exército Alemão no Norte da Itália. Essa batalha ficou conhecida como:
Batalha de Monte Castelo
A Batalha de Monte Castelo durou de novembro de 1944 a fevereiro de 1945. Foram feitos seis ataques que resultaram
em baixas brasileiras, mas trouxe a conquista da fortificação montada pelos alemães durante a ocupação da Itália.
" Os expedicionários lutaram ao lado das forças aliadas nas batalhas de Camaiore, Monte Castelo, Castelnuovo, Montese
e Fornovo."

Desde a proclamação da República em 15 de novembro de 1889, o Brasil teve diversos chefes de governo, o nome de
presidente eleito indiretamente é João Figueiredo.
João Figueiredo foi um dos cinco generais que comandaram a ditadura civil-militar no Brasil. Figueiredo , do ARENA, foi
indicado por Geisel, seu antecessor, com sua indicação ratificada pelo colégio eleitoral por 355 votos contra 266 votos
para Euler Bentes Monteiro do MDB.

ERA VARGAS

WASHINGTON LUÍS foi eleito presidente do Brasil em 1926 e assumiu o cargo em 15 de novembro de 1926. Durante
seu governo, ocorreu a crise econômica de 1929, que afetou o país e gerou descontentamento entre a população. Além
disso, Washington Luís foi acusado de apoiar a candidatura de Júlio Prestes, seu sucessor, o que gerou ainda mais
insatisfação. Em 1930, houve uma revolução liderada por Getúlio Vargas, que tinha como objetivo depor Washington
Luís e impedir a posse de Júlio Prestes. A revolução foi vitoriosa e Getúlio Vargas assumiu a presidência do Brasil em
novembro de 1930, dando início ao período conhecido como Era Vargas.
"O que é Revolução Verde?

"A Revolução Verde foi uma das profundas transformações pelas quais o mundo passou após a Segunda Guerra Mundial. Essa
inovação ficou conhecida por melhorar a produção agrícola e aumentar a produção de alimentos a partir das décadas de 1960
e 1970.
Entretanto, essa revolução não trouxe apenas melhoras no campo da agricultura e pecuária. Algumas consequências negativas
surgiram, como a dependência tecnológica dos países subdesenvolvidos e/ou em desenvolvimento para com os países
desenvolvidos."
A Revolução Verde tratou-se de um conjunto de inovações tecnológicas que permearam o setor primário da economia
(agricultura e pecuária) a fim de melhorar tais atividades. Essas inovações caracterizaram-se por conter um conhecimento
técnico avançado, com cientistas empenhados em fortalecer as produções agrícolas mundo afora.
Dentre essas inovações, podemos citar o desenvolvimento de Agrotóxicos, Fungicidas, Herbicidas, fertilizantes químicos
sementes mais adaptáveis a climas extremos. Além disso, também houve a criação dos Organismos Geneticamente
Modificados (OGMs).

Características da Revolução Verde

Como características da Revolução Verde, podemos citar o alto índice de tecnologia, pesquisa e estudo nas áreas do setor
primário e, posteriormente, do setor secundário da economia, com o aprimoramento de máquinas pesadas para o trabalho
rural.
"Essas pesquisas trouxeram grandes avanços na produção agrícola, em todos os tipos de alimentos, com os fertilizantes
químicos e agrotóxicos, permitindo aos agricultores (desde o pequeno até o grande latifundiário) maior controle de pragas e
incremento de lavouras mais rentáveis, tornando as propriedades mais produtivas.

Origem da Revolução Verde

Grande parte das inovações promovidas pela Revolução Verde surgiu a partir da década de 1940, mas a revolução ganhou seu
auge na década de 1970, com a expansão de fronteiras agrícolas nos países do Hemisfério Sul, como no Brasil.
O termo Revolução Verde foi cunhado por William Gown, em 1966, na cidade de Washington, Estados Unidos, durante uma
conferência na capital estadunidense. Contudo, as inovações começaram com Norman Borlaug, na década de 1930. Borlaug
era agrônomo estadunidense e pesquisou a variedade de sementes de trigo que fossem resistentes a pragas e doenças. Seus
estudos foram aplicados, primeiramente e em larga escala, no México, que viu sua produção de trigo saltar sete vezes na
década de 1940.
Em 1970, os estudos de Borlaug renderam-lhe o Prêmio Nobel da Paz, pela proeza de aumentar a produção de alimentos, o
que poderia erradicar a fome nas décadas seguintes.

Pontos positivos e negativos da Revolução Verde


A Revolução Verde surgiu com o intuito de aumentar-se a produção alimentícia e erradicar-se a fome no mundo por meio de
novas técnicas agrícolas, geração de emprego em áreas de clima extremo, além de novas maneiras de corrigir-se a acidez do
solo e da utilização de máquinas e equipamentos agrícolas.
Em termos práticos e na relação aumento de produção x área plantada, a Revolução Verde foi um sucesso, pois conseguiu seu
objetivo inicial de aumento na produção agrícola, sendo possíveis plantações em localidades semiáridas ou de climas frios."
"As sementes tornaram-se mais resistentes às pragas, além de vitaminas e outros nutrientes que foram acrescidos aos OGMs.
Áreas menores começaram a produzir mais alimentos, pois muitas sementes eram modificadas para reduzir-se seu tempo de
reprodução. Um avanço extraordinário.
No campo da pecuária, as inovações permitiram que animais crescessem mais rápido e com menor percentual de gordura nos
derivados (leite, carne, ovos), podendo ser resistentes a determinadas doenças. A variedade de plantas comerciais, como
milho, soja e arroz, também foi algo benéfico da Revolução Verde, elevando o Produto Interno Bruto (PIB) de países agrários e
exportadores de commodities.
No entanto, todo esse êxito alimentício transformou a agricultura em um grande empreendimento capitalista, intensificando-
se a concentração fundiária nos países em desenvolvimento. Além disso, o uso exagerado de agrotóxicos e fertilizantes,
segundo alguns estudos, pode causar câncer, alergia e outras doenças semelhantes em quem consome alimentos regados a
esses itens químicos.
Como a Revolução Verde trouxe grandes incentivos tecnológicos, houve a dependência dos países subdesenvolvidos e em
desenvolvimento em relação às empresas que produzem essas melhorias. Grande parte dessas empresas é de transnacionais
de países desenvolvidos, favorecendo-se a lógica histórica de dependência norte x sul tão criticada nas últimas décadas.

Revolução Verde no Brasil

No Brasil, a Revolução Verde trouxe uma série de benefícios para os grandes produtores rurais, como a expansão da fronteira
agrícola nas regiões Norte e Centro-Oeste do país, na década de 1970.
Grande parte dessa expansão teve contribuição significativa do governo federal, que criou órgãos responsáveis pela adoção
das melhorias tecnológicas oriundas da revolução. Dentre um desses órgãos, podemos citar a Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa), fundada em 1973. As melhorias foram tão significativas que o período conhecido por “milagre
econômico” nessa época teve como um dos pilares a agricultura.
Com base nisso, o Brasil tornou-se uma das grandes lideranças mundiais na produção e exportação de alimentos, com
destaque para a soja e o milho, grãos destinados, em sua maioria, ao mercado interno de países do Hemisfério Norte."
"Atualmente, o Brasil ainda mantém o status de liderança exportadora em alguns produtos agrícolas, como cana-de-açúcar,
laranja e milho, e é o segundo maior exportador de soja, atrás dos Estados Unidos. Essa liderança é devida às inovações da
Revolução Verde, que transformaram a agricultura brasileira em algo bastante mecanizado e competitivo no cenário mundial.
Contudo, essa competição tem custos, muitas vezes, pagos pelo meio ambiente e pela população carente, que acaba se
mudando da zona rural para as cidades em busca de empregos por não encontrar algo nas grandes propriedades rurais,
acentuando-se o êxodo rural e o inchaço urbano.
Para corroborar com esse cenário, podemos observar a composição da população brasileira em termos de espaços ocupados.
Na década de 1960, a população rural era de 55%, e a população urbana, de 45%. Na década seguinte, os números
inverteram-se, tornando-se o Brasil um país urbano, com 55% da população vivendo nas cidades, percentual que só aumentou
nas últimas décadas do século XX e nas primeiras décadas deste século.

Consequências da Revolução Verde

Com as mudanças promovidas pela Revolução Verde, graças à tecnologia e às pesquisas científicas, nas últimas décadas do
século XX, foi constatado o aumento considerável do número de alimentos, e alguns países passaram a ser protagonistas
nesse campo econômico, com Brasil e México (este o pioneiro nas inovações agrícolas ainda na década de 1940).
Todavia, essas inovações são caras e relacionadas com elementos químicos perigosos à natureza, ao solo, aos alimentos e aos
seres humanos consumidores desses alimentos. Nas áreas plantadas, houve a retirada da vegetação natural para expandir-se a
produção agrícola, o que acentua problemas ambientais, como: processos erosivos; assoreamento de rios; contaminação do
solo por parte do uso excessivo de agrotóxicos; perda da biodiversidade natural, entre outros processos negativos para com a
natureza.
Há, também, o problema social, como a acentuação do êxodo urbano por parte da população mais carente e o endividamento
de produtores rurais para a compra dos insumos químicos, gerando-se concentração de renda e terra.
A ideia inicial da Revolução Verde era erradicar a fome do planeta nas décadas posteriores à sua implantação, mas isso não
ocorreu, como sabemos. Ao contrário, cada vez mais pessoas passam fome mundo afora. A revolução beneficiou as grandes
empresas detentoras das patentes químicas dos OGMs e agrotóxicos, responsáveis pela produção e distribuição desses
materiais. Essas empresas aumentaram suas riquezas e são fundamentais na cadeia agrícola mundial, o que não significa algo
positivo."

A história do Brasil é marcada por diversos ciclos:


• Ciclo do pau-brasil;
• Ciclo do açúcar;
• Ciclo do ouro;
• Ciclo da borracha/café;
• Ciclo da soja;
• Ciclo do algodão.

DIVISÃO REGIONAL DO BRASIL

O Brasil é dividido em cinco regiões: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul.

Nelas estão agrupados os 27 estados da federação.

O território do Brasil foi sofrendo modificações durante sua formação. Algumas regiões foram perdidas, como a
Cisplatina, enquanto outras foram incorporadas, como o Acre.

Divisão regional do Brasil atual

Atualmente, o Brasil é dividido em cinco regiões:

 Região Norte: Amazonas, Pará, Roraima, Amapá, Rondônia, Acre e Tocantins.


 Região Nordeste: Piauí, Maranhão, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba, Ceará, Bahia, Alagoas e Sergipe.
 Região Centro-Oeste: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás.
 Região Sudeste: São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais.
 Região Sul: Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina.

A última mudança na configuração do mapa do Brasil ocorreu em 1990 devido à criação do estado de Tocantins,
incluído na Região Norte, e outras alterações apresentadas na Constituição de 1988.
O critério principal da regionalização proposta por MILTON SANTOS e MARIA LAURA SILVEIRA
foi o “meio técnico-científico-informacional”, isto é, a informação e as finanças estão irradiadas de maneiras
DESIGUAIS e DISTINTAS pelo território brasileiro, determinado “quatro brasis”:

Região Amazônica - inclui os estados do Amapá, Pará, Roraima, Amazonas, Acre e Rondônia. Baixas densidades
técnicas e demográficas.

Região Nordeste - inclui os estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio grande do Norte, Paraíba, Pernambuco,
Alagoas, Sergipe e Bahia. Primeira região a ser povoada, apresenta uma agricultura pouco mecanizada se
comparada à Região Centro-Oeste e à região Concentrada.

Região Centro-Oeste - inclui Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do sul e Tocantins,apresenta uma agricultura
globalizada, isto é, moderna, mecanizada e produtiva.

Região Concentrada - inclui Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina e Rio
Grande do Sul, é a região que concentra a maior população, as maiores indústrias, os principais portos,
aeroportos, shopping centers, supermercados, as principais rodovias e infovias, as maiores cidades e
universidades. Portanto, é a região que reúne os principais meios técnico-científicos e as finanças do país.

Em 1967, o geógrafo brasileiro PEDRO PINCHAS GEIGER propôs uma divisão regional do país, em três Regiões
Geoeconômicas ou Complexos Regionais.

Esta proposta se baseia no processo histórico de formação do território brasileiro, levando em conta,
especialmente, os efeitos da industrialização. Dessa forma, ela busca refletir a realidade do país e compreender
seus mais profundos contrastes. De acordo com Geiger, são três as regiões geoeconômicas: Amazônia, Centro-Sul
e Nordeste.

Essa organização regional favorece a compreensão das relações sociais e políticas do país, pois associa os espaços
de acordo com suas semelhanças econômicas, históricas e culturais.
Diferentemente da divisão proposta pelo IBGE, os complexos regionais não se limitam apenas às fronteiras entre
os Estados. Nessa regionalização, o norte de Minas Gerais, por exemplo, encontra-se no Nordeste, enquanto o
restante do território mineiro está localizado no Centro-Sul.

Essa organização regional é muito útil para a geografia, pois oferece uma nova maneira de entender a história da
produção do espaço nacional.

TIPOS DE MAPAS TEMÁTICOS


-> Mapa físico: características naturais de um espaço
-> Mapa econômico: distribuição de riquezas de uma área
-> Mapa demográfico: aspectos populacionais
-> Mapa político: representa a distribuição do território com as fronteiras, divisas, etc.
-> Mapa histórico: informa sobre aspectos que aconteceram no passado

AS REGIÕES

São elas: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Cada região é formada por estados que possuem
características comuns entre si e por isso foram classificados na mesma região.

REGIÃO NORTE
• sete estados
• 45% do território brasileiro: área de, aproximadamente, 3.853.676,948 km2
• População: Segundo o IBGE, a região abriga cerca de 18.182.253 milhões de habitantes. A densidade demográfica
é de 4,72 habitantes por km2.
• Economia: A região baseia-se nas atividades primárias como extrativismo mineral e vegetal, agricultura e pecuária, e
também em atividades do setor secundário, nas indústrias.
• Aspectos naturais: Nessa região encontra-se a maior floresta tropical do planeta, a Floresta Amazônica, bem como a
maior bacia hidrográfica do mundo, a Bacia do Rio Amazonas. Predomina nela o clima equatorial úmido, com um
regime de chuvas bem definido e umidade do ar elevada.

REGIÃO NORDESTE
• nove estados
• 18% do território brasileiro. Possui uma área de, aproximadamente, 1.544.291 km2
• População: O Nordeste brasileiro abriga cerca de 56.560.081 habitantes, sendo a segunda região mais populosa do
Brasil. A densidade demográfica é de, aproximadamente, 32 habitantes por km2.
• Economia: O turismo é uma das atividades mais preponderantes na economia nordestina. São desenvolvidas na
região atividades de extrativismo e agropecuária.
• Aspectos naturais: Compreende os biomas Caatinga, Mata Atlântica e faixas de transição com o Cerrado. O clima
predominante é o semiárido, mas em áreas de transição podemos encontrar o clima equatorial úmido e o clima
tropical. Boa parte dessa região sofre com a falta de chuvas. A seca extrema é um dos obstáculos para o
desenvolvimento da região.

REGIÃO CENTRO-OESTE
• três estados
• 19% do território brasileiro. Possui uma área de, aproximadamente, 1.606.403 km²
• População: A região abriga um pouco mais de 16 milhões de habitantes. A densidade demográfica é de,
aproximadamente, 10 habitantes por km2.
• Economia: A economia baseia-se especialmente na agricultura e pecuária, sendo responsável pelos produtos que
estão à frente das maiores exportações do país, como a soja. No Centro-Oeste brasileiro, também há intensa prática
de extrativismo mineral e a maior reserva de nióbio do mundo. O turismo também é representativo, pois na região
encontram-se lugares muito procurados pelos amantes da natureza, com a Chapada dos Veadeiros e a Chapada dos
Guimarães.
• Aspectos naturais: A região abrange o Planalto Central e também a área dos aquíferos, como o Aquífero Guarani. O
clima predominante na região é o tropical sazonal, que possui duas estações bem definidas: inverno seco e verão
chuvoso. Predominam na região os biomas Cerrado e Pantanal.

REGIÃO SUDESTE
• quatro estados
• um décimo do território nacional. Possui uma área com cerca de 924.620 km2.
• População: O Sudeste brasileiro abriga cerca de 87.711.946 habitantes. Possui a maior densidade demográfica do
país, com, aproximadamente, 92 habitantes por km2. É uma das regiões que mais atraem migrantes que buscam
melhores oportunidades e qualidade de vida.
• Economia: Possui o maior Produto Interno Bruto brasileiro, correspondente a 55,2% do PIB nacional. A economia
baseia-se no setor industrial, financeiro e comercial, com destaque para as indústrias automobilísticas, siderúrgicas e
petrolíferas. O turismo também é representativo. O estado do Rio de Janeiro atrai milhões de turistas durante todo o
ano.
• Aspectos naturais: Há predominância dos planaltos nessa região. Os climas predominantes são o tropical e o
tropical de altitude. Abrange o bioma Mata Atlântica e há faixas de Cerrado e Caatinga.

REGIÃO SUL
• três estados
• População: O Sul do Brasil abriga, aproximadamente, 29.016.114 habitantes. A densidade demográfica é de cerca
de 47 habitantes por km2. É a região que apresenta os melhores indicadores sociais.
• Economia: Baseia-se no extrativismo vegetal, realizado na região da Mata das Araucárias, e também na
agropecuária, com a criação de suínos e a produção de uva. Essa região possui o segundo maior PIB nacional.
• Aspectos naturais: Devido à sua localização, abaixo da zona tropical, essa é a região que apresenta as estações do
ano bem definidas. Os invernos apresentam baixas temperaturas, com ocorrência de geadas. A chuva é distribuída
homogeneamente durante todo o ano.

RANKING
POPULAÇÃO ABSOLUTA ( é a quantidade total de habitantes de um determinado lugar):Sudeste / Nordeste /
Sul / Norte / Centro-Oeste

POPULAÇÃO RELATIVA (o termo refere-se à relação entre a população absoluta do local e a área por ela
ocupada) : Sudeste / Sul / Nordeste / Centro-Oeste / Norte

EXTENSÃO TERRITORIAL: Norte / Centro-oeste / Nordeste / Sudeste / Sul


SOCIEDADE DE CONSUMO
A sociedade de consumo é um termo bastante utilizado para representar os avanços de produção do sistema
capitalista, que se intensificaram ao longo do século XX notadamente nos Estados Unidos e que, posteriormente,
espalharam-se – e ainda vem se espalhando – pelo mundo. Nesse sentido, o desenvolvimento econômico e social é
pautado pelo aumento do consumo, que resulta em lucro ao comércio e às grandes empresas, gerando mais
empregos, aumentando a renda, o que acarreta ainda mais consumo. Uma ruptura nesse modelo representaria
uma crise, pois a renda diminuiria, o desemprego elevar-se-ia e o acesso a elementos básicos seria mais dificultado.
Uma das grandes críticas ao sistema capitalista é a emergência desse modelo. Suas raízes estão vinculadas ao
processo de Revolução Industrial, mas foi a emergência do American Way Of Life (jeito americano de viver) em
1910, nos Estados Unidos, que intensificou essa problemática. A consequência foi uma crise de superprodução das
fábricas, que ficaram com grandes estoques de produtos sem um mercado consumidor capaz de absorvê-los,
gerando a crise de 1929. Na época, para combater os efeitos da crise, o governo desenvolveu formas de intervir na
economia e provocar o seu aquecimento em um plano chamado New Deal (Novo Acordo).

O cartaz expressa o American Way of Live, enquanto a população carece de recursos durante a crise
Consequentemente, para que as fábricas continuassem produzindo em massa e os produtos difundissem-se, foram
estabelecidos modelos de desenvolvimento pautados na melhoria de renda e no crédito facilitado com o objetivo
de ampliar ainda mais o consumo. Com isso, a crise econômica do século XX teve fim, mas uma problemática ainda
maior se estabeleceu, pois o consumo pelo consumo é uma maneira contraditória e ineficaz de manter o
desenvolvimento das sociedades. Tal dinâmica não se modificou mesmo com a retomada do modelo neoliberal a
partir da década de 1970 em todo o mundo.
As críticas sobre a sociedade de consumo direcionam-se não apenas pela perspectiva econômica, mas também pelo
viés ambiental. Afinal, um dos efeitos do consumismo é a ampliação da exploração dos recursos naturais para a
geração de matérias-primas voltadas à fabricação de mais e mais mercadorias. Estimativas apontam que seriam
necessários quatro planetas e meio para garantir os recursos naturais para a humanidade caso todos os países
mantivessem o mesmo nível de consumo dos EUA.
Com isso, há a devastação das florestas e o esgotamento até mesmo dos recursos renováveis, tais como a água
própria para o consumo, as florestas e o solo. Além disso, os recursos não renováveis vão contando os dias para a
escassez completa, tais como as reservas de petróleo e de diversos minérios utilizados para a fabricação dos mais
diferentes produtos utilizados pela sociedade.
Um dos aspectos mais criticados no que se refere à sociedade de consumo é a obsolescência programada – ou
obsolescência planejada –, que consiste na produção de mercadorias previamente elaboradas para serem
rapidamente descartadas, fazendo com que o consumidor compre um novo produto em breve. Assim, aumenta-se
o consumo, mas também aumenta a demanda por recursos naturais e maximiza a produção de lixo, elevando ainda
mais a problemática ambiental decorrente desse processo.
A intensiva geração de lixo é um dos principais problemas da sociedade de consumo atual
Com isso, além da adoção de políticas sociais de controle ao consumismo exagerado, é preciso encontrar meios
econômicos alternativos ao desenvolvimento pautado no consumo. Não obstante, faz-se necessária também a
promoção de políticas de reciclagem, além da reutilização ou reaproveitamento dos produtos não mais utilizados,
contendo, assim, a geração de lixo e a demanda desenfreada por matérias-primas.

Globalização

A globalização é um fenômeno de cunho econômico, político e social que marca a integração dos diferentes
países por meio de tecnologias de transporte e comunicação.
Globalização é o termo que designa o fenômeno de integração mundial.
A globalização é um fenômeno de integração das diversas regiões do globo por meio especialmente do
desenvolvimento dos transportes e das comunicações. Ela ocorreu em quatro grandes fases, caracterizadas pela
modernização das atividades produtivas, por meio das chamadas revoluções industriais.

Esse processo não ocorreu de forma homogênea no globo, logo apresenta pontos positivos e negativos, e os
movimentos antiglobalização expressam a sua insatisfação com a acentuação das desigualdades mundiais.
No Brasil, a globalização intensificou-se a partir da segunda metade do século XX, com a maior inserção do país
no mercado econômico global.

Resumo sobre globalização

 A globalização é um fenômeno resultante do processo de integração dos aspectos econômicos, políticos e sociais
em nível mundial.

 O desenvolvimento dos transportes e das comunicações foi fundamental para possibilitar a ocorrência da
globalização.

 As Grandes Navegações, ocorridas entre os séculos XV e XVII, marcaram o início do processo de globalização.

 As grandes revoluções industriais são utilizadas para demarcar as inovações tecnológicas proporcionadas nas
quatro fases da globalização.

 A globalização econômica mundial resultou na ascensão das transnacionais e na criação dos blocos econômicos.

 A globalização cultural marca a influência da integração das cadeias produtivas globais nos hábitos culturais da
população.

 A globalização apresenta pontos positivos e negativos mediante a forma desigual pela qual esse fenômeno
ocorreu.

 Os movimentos antiglobalização são resultantes da insatisfação de grupos específicos com os efeitos da


globalização.

 O Brasil é um país integrado às cadeias globais de produção, sendo um importante exportador de bens primários.

O que é globalização?
A globalização é um fenômeno caracterizado pelo desenvolvimento dos transportes e das comunicações em
escala mundial. Esse desenvolvimento possibilitou o aumento dos diversos fluxos no planeta, resultando assim
em um processo de integração mundial, tendo como base o sistema capitalista de produção. Portanto, a
globalização remete ao aprofundamento das relações econômicas, políticas e sociais entre os países do globo.

Como surgiu a globalização?

O início da globalização foi marcado pelo período das Grandes Navegações, entre os séculos XV e XVII, em que
houve a exploração de rotas marítimas e comerciais pelas principais potências mundiais da época. As Grandes
Navegações significaram o início do estabelecimento de relações produtivas em larga escala no mundo, por meio
da comercialização de diversos produtos, além de trocas diversas entre os diferentes países.

Tal processo desenvolveu-se ao longo do tempo, especialmente por causa da hegemonia do sistema capitalista
de produção. O Colonialismo e o Imperialismo são marcos históricos que contribuíram para a introdução das
relações de produção capitalista no globo. Por sua vez, a ocorrência das sucessivas revoluções industriais, com o
desenvolvimento de tecnologias diversas, culminou na integração produtiva do planeta em larga escala,
consolidando o processo de globalização.

Fases da globalização

A globalização é um processo que se deu ao longo da história por meio de quatro fases bastante específicas. São
elas:

 Primeira fase: corresponde ao período das Grandes Navegações. Ela marcou o início das relações comerciais
mundiais em larga escala, com a comercialização de diversos bens pelas potências dominantes da época. O
acúmulo de capital gerado nesse período foi um dos precursores da Primeira Revolução Industrial.

 Segunda fase: essa fase da globalização teve início na Segunda Revolução Industrial, por meio do
desenvolvimento de novas tecnologias produtivas, especialmente em áreas de transportes, comunicações e
fontes de energia. As tecnologias advindas desse período propiciaram a maior dinamização do comércio. Nesse
momento houve o crescimento da industrialização e da urbanização mundial.

 Terceira fase: iniciada após a segunda metade do século XX, essa fase ocorreu com o advento da Terceira
Revolução Industrial. Esse período da globalização foi marcado pelo desenvolvimento de altas tecnologias, em
campos como a informática e a robótica, que contribuíram de maneira decisiva para a industrialização mundial.
Nessa fase houve a ascensão das chamadas empresas transnacionais e do meio técnico-científico informacional.

 Quarta fase: a atual fase da globalização, marcada pela Quarta Revolução Industrial, corresponde ao período
atual da humanidade. Ela é caracterizada pelo desenvolvimento tecnológico e científico em diversos campos da
sociedade. Essa fase é marcada pela hegemonia do sistema capitalista de produção em quase todo o globo e pela
forte integração cultural entre os países.

Globalização econômica

A globalização econômica é uma expressão que caracteriza a integração das cadeias produtivas globais, desde a
fabricação até a comercialização, que é uma característica importante do processo de globalização. São
exemplos desse processo a ascensão das chamadas empresas transnacionais, que possuem unidades em
diversos países, e dos blocos econômicos, uniões entre países com objetivos comuns. Por meio da globalização
econômica, há o aumento das disputas comerciais, além da acentuação dos diversos fluxos e do papel dos
organismos financeiros internacionais.

Globalização cultural

A globalização difundiu hábitos culturais entre a população mundial.


A globalização cultural é um termo que se refere ao grau de integração social entre as diversas culturas do
mundo. Esse processo foi facilitado pelas tecnologias desenvolvidas na globalização, com a modernização dos
sistemas de transportes e de comunicações. A difusão de valores culturais de diversas sociedades globais
culminou no aumento do interesse pelas práticas sociais mundiais. Logo, há uma maior disseminação de hábitos
culturais, como línguas, esportes, vestimentas, alimentação etc., que ocorre em larga escala, especialmente por
meio de veículos de comunicação instantânea como a internet.

Brasil e a globalização

O Brasil integra o processo de globalização desde o período das Grandes Navegações , quando atuou como um
importante fornecedor de matérias-primas para o mercado mundial, com a exploração empreendida pela
colonização portuguesa. Porém, a globalização intensificou-se no Brasil somente a partir da segunda metade do
século XX, quando o país passou a integrar de forma mais atuante a cadeia produtiva global, com o crescimento
da industrialização nacional. A globalização no Brasil nos dias atuais corresponde ao elevado grau de integração
do país aos principais centros mundiais, especialmente por meio da exportação de gêneros primários. Por sua
vez, no âmbito local, a globalização culminou no aumento da integração da hierarquia urbana brasileira, no
desenvolvimento do mercado interno e no maior acesso aos produtos manufaturados. Porém, a globalização
também resultou no aumento da desigualdade socioespacial brasileira.

Vantagens e desvantagens da globalização

A globalização é um processo que envolve variáveis econômicas, políticas e sociais. Logo, produz no espaço
geográfico diversas consequências, pontos positivos e negativos, dentro da atual lógica de integração mundial.

Sendo assim, considerando as diversas facetas da globalização, pode-se afirmar que são vantagens desse
processo:

 a acentuada integração dos mercados globais, facilitando as trocas comerciais entre os países;

 o desenvolvimento de diversas tecnologias, especialmente nas áreas dos transportes e das comunicações;

 a elevada difusão de conhecimento, tecnologias e serviços que permitiram a melhoria da qualidade de vida da
população;

 a divulgação de hábitos culturais de diversas sociedades, por meio da difusão tecnológica, especialmente a partir
do advento da internet;

 o aumento da produção de riqueza em nível mundial, com o desenvolvimento econômico dos mercados globais.

Contudo, a globalização não é um processo homogêneo, tampouco apresenta somente pontos positivos. A
integração global resultou em profundas disparidades econômicas, políticas e sociais, uma vez que não
aconteceu de forma igualitária no globo.
São desvantagens do processo de globalização:

 a elevada pressão sobre os recursos naturais, amplamente utilizados para a produção de bens manufaturados;

 o aumento do impacto nos ambientes naturais do globo, como a poluição da água, do ar e do solo, além dos
desmatamentos e das queimadas;

 a precarização das legislações trabalhistas e ambientais, com o intuito de diminuir os custos de produção
industrial;

 a acentuação da desigualdade social, especialmente em países emergentes e menos desenvolvidos.

Movimentos antiglobalização

Os movimentos antiglobalização são entendidos, de certa forma, como uma resposta aos aspectos negativos da
globalização, sobretudo ao impacto provocado pela integração das cadeias produtivas globais à sociedade e ao
espaço. Esses movimentos são bastante heterogêneos e reúnem ativistas que buscam atenuar os efeitos da
globalização, especialmente sobre zonas ambientalmente vulneráveis e populações formadas por minorias
diversas.

São exemplos de movimentos antiglobalização a atuação de organizações não governamentais, grupos de


ambientalistas diversos, sindicatos industriais públicos e privados, além de grupos organizados de indígenas,
ribeirinhos e quilombolas. A existência de movimentos antiglobalização e sua atuação remetem ao caráter
perverso da globalização, que, apesar do aumento da geração de riqueza em nível mundial, provocou
profundas desigualdades sociais.

GEOGRAFIA

O Brasil é um país com dimensões continentais, sendo que a localização do Brasil se indica por longitudes
negativas, no hemisfério ocidental.

As fronteiras brasileiras, todas elas posicionadas na América do Sul, totalizam 23.102 quilômetros de extensão.
Desse total, mais de 15 mil quilômetros encontram-se em terras emersas, fazendo fronteira com todos os países
sul-americanos, exceto Chile e Equador.

O Brasil é um país inteiramente ocidental, predominantemente do Hemisfério Sul e da Zona Intertropical, sendo
que situa-se a oeste do Meridiano de Greenwich, e, ao sul, é cortado pelo Trópico de Capricórnio.

A-O Iluminismo se iniciou como um movimento cultural europeu do século XVII e XVIII que buscava gerar
mudanças políticas, econômicas e sociais na sociedade da época. Para isso, os iluministas acreditavam na
disseminação do conhecimento, como forma de enaltecer a razão em detrimento do pensamento religioso.

B-Liberalismo econômico é uma doutrina econômica que surgiu durante o século XVIII na Europa. Tendo como
um de seus precursores o filósofo e economista escocês Adam Smith (1723-1790), o liberalismo econômico
defende a não intervenção do Estado nas atividades econômicas, a autorregulação do mercado e a livre
concorrência.
C-A Doutrina Monroe tinha como objetivos a não interferência dos países europeus nos países americanos e
que nenhuma nação americana fosse recolonizada. Defendia, também, a não intervenção nos assuntos internos
dos países americanos e a não intervenção dos Estados Unidos nos conflitos entre os países europeus.

D-O destino manifesto foi a crença de que os americanos deveriam expandir o território das Treze Colônias em
direção ao oeste, rumo ao Pacífico. O termo foi criado pelo jornalista John Louis O'Sullivan, em 1845, para
incentivar a ocupação das terras a oeste, expandindo o domínio americano para a costa do Pacífico.

E- O protestantismo é um conjunto de doutrinas religiosas cristã do século XVI, derivada da Reforma


Protestante liderada pelo padre alemão Martinho Lutero. O protestantismo, junto com o catolicismo e com a
ortodoxia formam as três principais divisões do cristianismo.

Atos Institucionais

Atos Institucionais eram decretos com poder de Constituição, emitidos pelos militares, entre 1964 e 1969, com o
objetivo de legitimar a violência da ditadura.

Os Atos Institucionais são as normas elaboradas no período de 1964 a 1969, que permitiram a
institucionalização e radicalização do regime militar. Os AIs, como são chamados, foram editados pelos
Comandantes-em-Chefe do Exército, da Marinha e da Aeronáutica ou pelo Presidente da República, para
garantir a estabilidade do regime.

O Ato Institucional de 1964

Esse ato deveria ser o único, mas o regime acabou publicando 17 atos institucionais.

No primeiro AI, a Constituição de 1946 é alterada para conferir aos Comandantes-em-chefe das Forças
Armadas o poder de suspender direitos políticos e cassar mandatos legislativos. Assim, foram os políticos
ligados ao governo de João Goulart que mais sofreram com essa medida. Esse ato surgiu da sugestão do jurista
Francisco Campos, conhecido por apoiar medidas autoritárias.

AI-2 (1965)
Figuras ligadas a João Goulart e ao PSD ganharam as eleições de 1965 para governador do Rio de Janeiro e Minas
Gerais. Como resposta ao medo do regime ser afetado pela perda de base política, o AI-2 foi instituído para
colocar os partidos políticos na ilegalidade e definir o bipartidarismo. Foi nesse contexto que foram criados o
partido do governo, Aliança Renovadora Nacional ou Arena (uma fusão da UDN e do PSD) e o partido da
“oposição consentida”, o Movimento Democrático Brasileiro ou MDB, que abrigou os opositores do regime, mas
com margem restrita de atuação.

Além disso, a partir do AI-2, os poderes do presidente foram ampliados, passando a poder decretar 180 dias de
Estado de Sítio sem a aprovação prévia do Congresso Nacional. Outros artigos dessa medida também definiram
eleições indiretas para presidente da República, autorizaram a intervenção na política estadual, a demissão
dos funcionários públicos que não se adequassem ao novo governo e a emissão de decretos relacionados à
segurança nacional.

AI-3 (1966)
Anunciado ainda no governo Castelo Branco, o AI-3 tornou eleições para governadores estaduais indiretas,
evitando, assim, dissidências entre o governador eleito e o prefeito da capital.

AI-4 (1966)
No mesmo ano, o AI-4 foi instituído para permitir a reabertura do Congresso Nacional, em recesso desde o
golpe. O objetivo da abertura foi permitir a aprovação da constituição de 1967 e manter a imagem de
legitimidade do regime. Nesse momento, o Congresso foi pressionado a discutir as normas com urgência (para
evitar maiores debates…), sem falar que a possibilidade do mandato ser cassado impedia maiores alterações ao
projeto apresentado ao Congresso.

AI-5 (1968)
Marcando o final do processo de institucionalização do regime, o AI-5 deu caráter mais autoritário ao regime por
meio das seguintes medidas:
- Suspensão do habeas corpus para determinados crimes;
- Fechamento do Congresso Nacional, das Assembléias Legislativas e das Câmaras de Vereadores;
- Autorização para o Presidente da República decretar estado de sítio por tempo indeterminado, suspender
direitos políticos e cassar mandatos eletivos;
- Permite confiscar bens privados e intervir em todos os estados e municípios.

Histórico do sistema eleitoral brasileiro


A história do voto no Brasil começou em 1532, quando os moradores da vila de São Vicente elegeram os representantes
que determinariam os componentes do Conselho Muncipal. Isto representou uma votação indireta e, como hoje, era
proibida a presença de autoridades nos locais de voto.
Até o ano de 1821, todas as eleições eram feitam em âmbito municipal e eram permitidos somente os votos de homens
livres.
No ano de 1821 ocorreram eleições para os representantes do Brasil junto à Coroa portuguesa, onde participaram os
homens livres e os analfabetos.
Em 1824 ocorreram eleições para a Assembléia Geral Constituinte, onde foi usada pela primeira vez a constituição
eleitoral, elaborada pelo Dom Pedro I. Esta constituição determinava o voto censitário, com identificação do eleitor através
dos componentes da Mesa Apuradora e de testemunhas.
Em 1881 foi instituído o título de eleitor, a fim de diminuir as fraudes, mas não auxiliou muito, pois não havia foto no
título.
Ao longo deste período, entre a Proclamação da Independência e a tomada do poder por Getúlio Vargas, podemos
observar várias formas de fraude. No início, as fraudes eram realizadas em sua maioria através do sistema de voto por
procuração. Podemos observar também outras formas de fraude, como a assinatura prévia da lista de eleitores votantes.
Dessa forma, muitos votos eram realizados no nome de crianças, mendigos, pessoas mortas. Temos também o voto de
cabresto, em que o eleitor vendia seu voto por pratos de comid, cestas básicas, etc.

Um problema persistente até aqui é a limitação do poder de voto aos homens livres, permanecendo negros, analfabetos
dentre outros excluidos do processo eleitoral.

Em 1930, Vargas assume o poder, suprimindo o sufrágio universal e intervindo nos governos dos Estados. A partir daí, e
até 1945, não só as reeleições de Vargas pra presidência como a Assembléia Constituinte e os governantes dos estados
foram eleitos através de eleição indireta.

Em 1945, com a redemocratização, o sufrágio universal foi adotado, com extensão de direito de voto às mulheres.

Em 1964, com o golpe militar, o voto universal foi abolido novamente, através dos atos institucionais (AI's). Os direitos
políticos foram suprimidos e as eleições passaram a ser indiretas (os candidados eram eleitos pelo congresso).

Em 1982, com a lei 6996/82, foi permitido o uso de sistemas de processamento de dados nos serviços eleitorais, dando
início ao processo de informatização do sistema eleitoral brasileiro. Em 1985, com a lei 7444/85, foi permitido o uso do
processamento de dados para o cadastramento dos eleitores e revisão do eleitorado, permitindo o recadastramento do
eleitorado nacional no ano seguinte.
Em 1985, com a reabertura política, o governo foi passado de volta para os civis, com a eleição do primeiro civil para
presidente. Em 15 de maio deste mesmo ano, com a Emenda Constitucional nº 5, as eleições diretas foram restabelecidas
em todos os níveis do sistema governamental.

O processo de informatização das eleições deu início na década de 1960, quando Ricardo Puntel criou e apresentou ao TSE
um modelo de máquina de votar. Entre os anos 1960 e 1990, várias tentativas de informatização do processo eleitoral
foram feitas por vários TRE's, com destaque para o de Minas Gerais. Em 1989 contou-se com a totalização eletrônica. Em
1993 contou-se com a apuração eletrônica dos votos em todos os municípios brasileiros e, em 1996, iniciou-se o processo
de informatização do voto, com sua totalização no ano 2000, quando todos o eleitores puderam usar a urna eletrônica
para eleger prefeitos e vereadores.

GEOGRAFIA

"O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores mundiais de commodities, em especial as commodities agrícolas
e minerais. Essa classe de mercadorias representa atualmente uma parcela de 70% de toda a remessa brasileira para
o exterior, além de dominarem os respectivos setores que as produzem. Em se tratando do setor agropecuário, a soja
lidera as exportações, ao lado do minério de ferro e petróleo quando se trata do setor extrativo.
Abaixo apresentamos uma lista das principais commodities brasileiras: soja; minério de ferro; petróleo; cana-de-açúcar;
carne bovina; café; celulose; milho; laranja.
Entre os principais compradores dos produtos primários do Brasil, podemos citar países como China, que absorve
principalmente a soja e minérios de ferro, Estados Unidos e Argentina, além daqueles pertencentes à União Europeia."

"Maiores municípios produtores de soja – em toneladas


1. Sorriso (MT) – 2.283.300
2. Formosa do Rio Preto (BA) – 1.619.930
3. São Desidério (BA) – 1.462.200
4. Nova Ubiratã (MT) – 1.449.360
5. Nova Mutum (MT) – 1.433.850
6. Rio Verde (GO) – 1.404.000
7. Campo Novo do Parecis (MT) – 1.377.060
8. Sapezal (MT) – 1.288.320
9. Diamantino (MT) – 1.181.952
10. Querência (MT) – 1.170.000".

As rochas plutônicas e vulcânicas são dois tipos principais de rochas ígneas que se formam a partir do magma. As
rochas plutônicas, também conhecidas como intrusivas, são formadas a partir do magma que se solidifica lentamente
abaixo da superfície terrestre, geralmente a profundidades de alguns quilômetros. Exemplos de rochas plutônicas
incluem granito, diorito e gabro.
Já as rochas vulcânicas, também conhecidas como extrusivas, são formadas a partir do magma que é expelido para a
superfície terrestre durante uma erupção vulcânica. O magma é resfriado rapidamente, o que resulta em uma textura
fina ou vítrea. Exemplos de rochas vulcânicas incluem basalto, riolito e andesito.

Durante a formação das rochas magmáticas, quando o resfriamento do magma ocorre dentro da superfície, as rochas
são classificadas em intrusivas ou plutônicas, como o granito. Quando esse processo ocorre sobre a superfície, as
rochas originadas são chamadas de extrusivas ou vulcânicas, como o basalto.

O crescimento vegetativo, também chamado de crescimento natural, busca avaliar o aumento de uma população.
Assim, ele é resultado da diferença entre a taxa de natalidade e a de mortalidade de uma população.

A Otan é uma aliança militar que se funda sobre um tratado de segurança coletiva, o qual, por sua vez, indica a criação
de uma organização internacional com o objetivo de manter a democracia, a paz e a segurança dos seus integrantes.
NÃO É UM BLOCO ECONOMICO)

Os elementos obrigatórios dos mapas são: título, legenda, escala e orientação cartográfica. Sem um desses códigos, a
interpretação pode ser prejudicada.
Os SIG’s (Sistemas de Informações Geográficas) são resultado da união entre as técnicas milenares da Cartografia e
as inovações gráficas e tecnológicas.

ESCALA é a parte de um mapa responsável por apontar a proporção entre a superfície real e a representação gráfica
dessa superfície.

Quanto maior for uma escala, menor será a área representada e, em virtude do grau de aproximação do mapa, o nível
de detalhamento será maior. Por outro lado, quando a escala for menor, maior será a área representada e,
consequentemente, o nível de detalhamento será menor.

As legendas são os significados dos símbolos existentes nos mapas. Esses símbolos podem apresentar-se em forma
de cores, ícones, hachuras, pontos, linhas e outros. Alguns desses símbolos apresentam padronizações, como o azul
para representar a água; o verde, para as florestas e áreas verdes, linhas com traços para representar ferrovias; aviões
para representar aeroportos, entre outros inúmeros exemplos.

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) é um movimento social ligado às questões agrárias do
Brasil. O seu principal objetivo é a defesa da reforma agrária.
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) é um movimento de origem social que defende a
reforma agrária no campo brasileiro. Ele surgiu em um contexto histórico-econômico marcado pela luta da
sociedade civil organizada em prol da democracia e possui uma função importante em defesa das populações
campesinas brasileiras.

O movimento atua por meio da defesa do acesso à terra. Ele funciona de forma democrática e com base em uma
organização descentralizada. O MST é um importante produtor de alimentos que abastece o mercado interno
brasileiro.

Leia também: Demarcação de terras indígenas — a garantia dos direitos dos povos indígenas à terra

Resumo sobre o MST

 O MST tem como foco as questões ligadas ao espaço rural, com destaque para a defesa da reforma agrária.

 A partir do 1º Encontro Nacional de Trabalhadores Sem Terra, realizado na cidade de Cascavel (Paraná), foi
fundado o MST.

 Seu objetivo central como movimento de cunho social é a promoção da reforma agrária no espaço rural brasileiro.

 Organiza-se tradicionalmente por meio de núcleos que respeitam uma lógica democrática e participativa.

 Sua atuação dá-se por meio de campanhas, manifestações, incursões e demais atos em defesa do acesso à terra.

 A produção de alimentos, especialmente para abastecimento do mercado interno, é amplamente praticada pelo
MST.

 O MST é um importante ator na defesa da reforma agrária e na luta contra a concentração fundiária no campo
brasileiro.

 A bandeira símbolo do MST representa a luta das famílias brasileiras pelo acesso à terra e pela reforma agrária.
 O MST procura, por meio de suas ações, pressionar o Incra para a realização de uma ampla reforma agrária no
Brasil.

O que é MST?

O MST é um movimento de origem popular, ligado ao campo brasileiro, que tem como objetivo promover a luta
dos trabalhadores rurais em prol da reforma agrária (redistribuição mais justa das terras). Esse agrupamento, um
dos principais movimentos sociais do país, tem como enfoque as questões ligadas ao espaço rural, com destaque
para a defesa da melhor distribuição de terras, em oposição ao cenário de concentração fundiária que prevalece
no Brasil.

Assim, nesse contexto, a principal objetivação do movimento é o estabelecimento de uma política de reforma
agrária no campo brasileiro. No entanto, ao longo das décadas, novas discussões foram sendo incorporadas à luta
do MST, como a defesa da agricultura familiar, da agroecologia e da preservação ambiental.

Qual a origem e a história do MST?

A origem do MST data de décadas anteriores, e foi alimentada pelo agrupamento de entidades autônomas, com
destaque para a participação da sociedade civil organizada ligada ao campo brasileiro. A data oficial da fundação
do MST é janeiro de 1984.

Nesse marco histórico, ocorreu o 1º Encontro Nacional de Trabalhadores Sem Terra, na cidade de Cascavel
(Paraná). Esse encontro possibilitou a fundação das bases ideológicas e práticas do MST enquanto um movimento
social civil organizado que tem como objetivo a promoção da reforma agrária no Brasil.

Destaca-se que o contexto histórico de fundação do MST está ligado, primeiramente, ao período do governo
militar no Brasil, marcado pela ainda maior concentração de terras no campo brasileiro. O movimento não
concordava com a forma de distribuição de terras realizadas pelo governo federal brasileiro da época. Ademais, o
surgimento do movimento está ligado ainda ao processo de redemocratização brasileiro, em um momento de
luta pela volta da democracia e pela maior participação da sociedade civil no governo.

Quais são os objetivos e a função do MST?

O objetivo central do MST é a promoção da reforma agrária no campo brasileiro. Nesse contexto, esse
movimento social representa um importante ator de luta em defesa da melhor distribuição de terras agrícolas no
país, justamente por meio de políticas públicas como a reforma agrária.

Ademais, ao longo do tempo e com base no contexto nacional, o MST incorporou novas lutas, sempre ligadas ao
meio rural, como a defesa de práticas alternativas de agricultura e a busca pelo estabelecimento de melhores
condições de vida no campo. O movimento defende ainda pautas relacionadas ao meio ambiente, à segurança
alimentar e ao combate à desigualdade social. A defesa de minorias, como os ribeirinhos e os quilombolas,
também faz parte do conjunto de lutas empreendidas pelo MST ao longo tempo.

Portanto, avalia-se que esse movimento social tem como função a defesa dos Direitos Humanos e sociais,
especialmente das populações ligadas ao campo brasileiro, com destaque para o acesso à terra. Assim, o MST
tem uma função importante de coordenar e promover um espaço de diálogo e de luta frente às questões agrárias
brasileiras.
Como são a estrutura e a organização do MST?

A organização e a estrutura do MST estão baseadas nos preceitos da democracia popular. A participação das
diferentes lideranças do movimento, assim como dos seus associados, é considerada um pilar importante na
construção das lutas das populações campesinas.

Tradicionalmente, o MST organiza-se por meio de núcleos, como produção, comunicação, educação, saúde,
finanças, entre outros. Esses núcleos são responsáveis pela organização de cada área do movimento, assim como
pela assistência direta às famílias assentadas.

A democracia exercida pelo movimento é visualizada em vários aspectos, por exemplo, por meio do direito ao
voto nas assembleias, nas quais todos os participantes do MST opinam, e, ainda, pela divisão das tarefas e espaços
estratégicos do movimento. No mesmo sentido, são asseguradas a participação igualitária de homens e mulheres,
inclusive em cargos de liderança, e também de minorias diversas de origem campesina.

Como o MST atua?

A atuação do MST dá-se por meio de uma organização participativa das entidades e dos indivíduos mobilizados.
Ele possui uma atuação descentralizada, em diversos estados brasileiros, nos quais são organizados, por meio de
seus grupos centrais, campanhas, manifestações, incursões e demais atos em defesa do acesso à terra.

Os acampamentos do MST, uma das principais formas de atuação do movimento, são realizados prioritariamente
em áreas improdutivas com o objetivo de pressionar os agentes públicos para a desapropriação de fazendas
classificadas como de interesse público. O MST também possui outros instrumentos de atuação, inclusive no meio
político, que buscam contribuir para promoção da reforma agrária no Brasil.

O que é produzido pelo MST?

O MST é um importante produtor de bens agropecuários. O movimento, especialmente por meio dos seus
assentados, produz grande quantidade de alimentos, no geral, legumes e hortaliças, que abastecem o mercado
local e regional brasileiro.

A produção agropecuária do MST está concentrada no modelo de agricultura familiar, voltado para o mercado
interno e para a policultura de alimentos. Mesmo assim, o MST possui destaque em produções de larga escala,
como a de arroz orgânico. Nesse contexto, destaca-se o incentivo do MST às novas formas de produção
agropecuária, como a agricultura orgânica, a agroecologia e a agrofloresta.

O MST também é um importante ator na produção agropecuária por meio de cooperativas. Atualmente, estima-
se que o movimento possua 450 mil famílias assentadas que cultivam vasta quantidade de alimentos e outros
produtos de origem agropecuária.

Qual a importância do MST?

O MST é um movimento social organizado, envolvendo diferentes atores da sociedade civil, que possui grande
centralidade no campo brasileiro. Esse movimento é reconhecido, inclusive em nível internacional, pela sua luta
em relação ao direito à terra no Brasil.
Assim, a sua importância está em denunciar o cenário de concentração fundiária e desigualdade social presente
no campo brasileiro e, ainda, promover a luta pela reforma agrária e pelo acesso à terra, um direito das famílias
camponesas brasileiras.

O MST também tem sua importância na contribuição de vários debates, como a promoção de novas formas de
agricultura, a diminuição do uso de agrotóxicos, a necessidade da segurança alimentar e a preservação do meio
ambiente.

Veja também: Agronegócio — um dos modelos de produção mais criticados pelo MST

Bandeira do MST

A bandeira do MST é formada por um fundo vermelho e um escudo branco. A cor vermelha presente na bandeira
do movimento representa a luta empreendida pelos camponeses em prol da reforma agrária. Por sua vez, o
escudo branco apresenta o nome do movimento e a imagem de um casal de agricultores. A imagem do casal está
disposta do mesmo tamanho, acompanhada de um mapa do Brasil e de um facão, comumente usado no meio
rural. Assim, o escudo indica justamente a luta das famílias sem-terras no Brasil.

MST e Incra

Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, o Incra é a entidade governamental brasileira responsável
pelos assentamentos agrários no Brasil. Ele surgiu como uma forma de conter a ocorrência de conflitos agrários
no país, especialmente em zonas ainda poucas povoadas, como o centro-norte local. Atualmente, o Incra é um
importante ator na promoção de políticas de reforma agrária por meio do assentamento de famílias sem-terras
brasileiras.

Nesse contexto, o MST procura, por meio de suas ações, pressionar o Incra para que cada vez mais famílias de
sem-terras sejam assentadas e, consequentemente, que o processo de reforma agrária no território brasileiro
torne-se amplo e efetivo. Dessa forma, o MST cobra do Incra uma ação de reforma agrária ainda mais ampla, que
procure atenuar o quadro de concentração fundiária e desigualdade social bastante presente no campo brasileiro.

Movimentos Sociais do Campo

Os movimentos sociais do campo visam à democratização da posse pela terra e à reparação


de injustiças sociais sobre os trabalhadores do campo.
Os movimentos sociais do campo são aqueles que envolvem o campesinato, isto é, os trabalhadores
rurais. Entre as suas principais bandeiras de luta estão a reforma agrária, a melhoria das condições de
trabalho e o combate ao processo de substituição do homem pela máquina no meio agropecuário.

Apesar de haver as mais variadas siglas, os movimentos sociais do campo constituíram-se,


historicamente, a partir de duas principais frentes: as Ligas Camponesas, entre as décadas de 1940 e
1960, e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), criado na década de 1980.

As Ligas Camponesas surgiram após o final da ditadura militar do Governo Vargas e estruturaram-se
com bases e orientações do PCB – Partido Comunista Brasileiro. Porém, foi somente durante a década
de 1950 que as Ligas conseguiram uma integração que envolveu quase a totalidade do país, através
das organizações ou ligas regionais. No entanto, com o golpe militar de 1964, as Ligas Camponesas
foram extintas pelo poder da repressão ditatorial.
Em 1984, durante o período da redemocratização, os trabalhadores rurais novamente se organizaram
e fundaram o MST, durante o primeiro congresso nacional do movimento, realizado na cidade de
Cascavel, no Paraná. Em sua agenda de lutas estão: a reforma agrária, a luta pela terra e a
transformação social.

Desde a sua fundação, o MST atua através da ocupação de grandes latifúndios e terras improdutivas,
construindo assentamentos. Porém, é importante observar que esse é apenas o seu método de ação, e
não o seu objetivo final. Após a ocupação, o movimento realiza pressão para que o Estado ofereça
condições de infraestrutura básica como rede elétrica e outros.

Durante as ocupações, o MST costuma oferecer apoio às famílias, com a criação de escolas e cursos
de formação política e de técnicas de cultivo e agricultura familiar, estimulando a organização dos
pequenos produtores rurais em cooperativas.

A demografia – ou Geografia da População – é a área da ciência que se preocupa em estudar


as dinâmicas e os processos populacionais. Para entender, por exemplo, a lógica atual da
população brasileira é necessário, primeiramente, entender alguns conceitos básicos desse
ramo do conhecimento.
População absoluta: é o índice geral da população de um determinado local, seja de um país,
estado, cidade ou região. Exemplo: a população absoluta do Brasil está estimada em 180
milhões de habitantes.
Densidade demográfica: é a taxa que mede o número de pessoas em determinado espaço,
geralmente medida em habitantes por quilômetro quadrado (hab/km²). Também é chamada
de população relativa.
Superpovoamento ou superpopulação: é quando o quantitativo populacional é maior do que
os recursos sociais e econômicos existentes para a sua manutenção.
Qual a diferença entre um local, populoso, densamente povoado e superpovoado?
Um local densamente povoado é um local com muitos habitantes por metro quadrado,
enquanto que um local populoso é um local com uma população muito grande em termos
absolutos e um lugar superpovoado é caracterizado por não ter recursos suficientes para
abastecer toda a sua população.
Exemplo: o Brasil é populoso, porém não é densamente povoado. O Bangladesh não é
populoso, porém superpovoado. O Japão é um país populoso, densamente povoado e não é
superpovoado.
Taxa de natalidade: é o número de nascimentos que acontecem em uma determinada área.
Taxa de fecundidade: é o número de nascimentos bem sucedidos menos o número de óbitos
em nascimentos.
Taxa de mortalidade: é o número de óbitos ocorridos em um determinado local.
Crescimento natural ou vegetativo: é o crescimento populacional de uma localidade medido a
partir da diminuição da taxa de natalidade pela taxa de mortalidade.
Crescimento migratório: é a taxa de crescimento de um local medido a partir da diminuição da
taxa de imigração (pessoas que chegam) pela taxa de emigração (pessoas que se mudam).
Crescimento populacional ou demográfico: é a taxa de crescimento populacional calculada a
partir da soma entre o crescimento natural e o crescimento migratório.
Migração pendular: aquela realizada diariamente no cotidiano da população. Exemplo: ir ao
trabalho e voltar.
Migração sazonal: aquela que ocorre durante um determinado período, mas que também é
temporária. Exemplo: viagem de férias.
Migração definitiva: quando se trata de algum tipo de migração ou mudança de moradia
definitiva.
Êxodo rural: migração em massa da população do campo para a cidade durante um
determinado período. Lembre-se que uma migração esporádica de campo para a cidade não é
êxodo rural.
Metropolização: é a migração em massa de pessoas de pequenas e médias cidades para
grandes metrópoles ou regiões metropolitanas.
Desmetropolização: é o processo contrário, em que a população migra em massa para cidades
menores, sobretudo as cidades médias.
Resumo Das Constituições

1° 1824 - Outorgada, analfabetos votam (Imperial)

2° 1891- Promulgada (Brasil República)

3° 1934 - Promulgada (Eva Vargas, após a revolução de 1932)

4° 1937 - Outorgada (Estado novo de Vargas)

5° 1946 - Promulgada (Fim da Era Vargas)

6 °1967 - Promulgada (Isso pode cair na sua prova, a CF67 não foi
outorgada)

7° 1988 - Promulgada (Voto analfabeto facultativo)


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1823

Monarquia Representativa

Divisão dos 3 Poderes

Voto censitário

NÃO FOI INSTITUÍDA

1824

Monarquia

3 poderes + MODERADOR

Voto censitário

OUTORGADA

1891

República

Divisão dos 3 Poderes

Voto censitário

PROMULGADA

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As Constituições do Brasil em ordem cronológica:

1824 - Outorgada. Cria os poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e


Moderador. Voto censitário (por renda) e exige renda ainda maior para
ser votado a depender do cargo.

1891- Promulgada. Inaugura a Primeira (Velha) República. Extingue o


poder moderador e segue o modelo liberal clássico. Acaba com o voto
censitário, mas cria restrições ao voto, sendo: vedação do voto aos
analfabetos, párocos e militares de baixa patente.

1934 - Promulgada. Já na Era Vargas, após a Revolta Paulista de 1932. O


sufrágio feminino é finalmente alcançado. A restrição aos analfabetos se
mantém. Institui o Concurso público como forma de obtenção de cargo
efetivo.

1937 - Outorgada. Estado Novo de Vargas. Aqui temos uma cópia do


Estado Novo português e forte influência da Carta del Lavoro italiana.
Apelidada de "polaca" pela inspiração com a Constituição da Polônia de
1937. Nessa constituição os partidos políticos são suprimidos e os
sindicatos são trazidos para dentro do Estado. A proibição da greve e a
pena de morte volta a Constituição que havia sido retirada em 1934. O
voto para presidente é indireto.

1946 - Promulgada. Marca o Fim da Era Vargas do ponto de vista jurídico.


A Constituição de 1946 retoma diversos pontos quanto ao voto em
relação a Constituição de 1934. O mandato presidencial passa a ser de 5
anos e não 4 como era anteriormente.

1967 - Outorgada (é aqui que a porca torce a rabiola). Existem debates se


a CRFB de 1967 foi outorgada ou promulgada. Do ponto de vista da
democracia como entendemos hoje foi outorgada, pois os partidos de
esquerda estavam na ilegalidade, bem como em 1964 um golpe militar foi
dado e Atos Institucionais supraconstitucionais foram instituídos. Para
qualquer estudante de direito não existem normas supraconstitucionais,
mesmo os tratados internacionais são incorporados a Constituição e não
estariam acima dela. Pois bem para os defensores do regime o
Congresso não estava fechado, portanto a Constituição seria
promulgada. Retoma a pena de morte abolida em 1946. Reconhece os AI.
Restringe o direito a greve. Mandato presidencial eleito de forma
indireta.

1988 - Promulgada. Apelidada de Constituição Cidadã. Voto dos


analfabetos. Mantém a pena de morte, ainda que em completo desuso.
Reconhece direitos sociais, portanto o direito a greve e ao trabalho. Fim
da censura prévia como estabelecia a constituição anterior. Amplia a
noção de democracia com o reconhecimento do plebiscito e do
referendo.

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