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Guerra de Canudos (00:00 - 10:00)

 Considerada a mais terrível guerra civil do Brasil durante a


Primeira República.
 Canudos era uma comunidade religiosa fundada por Antônio
Conselheiro que atraía camponeses pobres e miseráveis que
buscavam uma saída para suas péssimas condições de vida.
o Conselheiro prometeu que aqueles que se juntassem à
comunidade e obedecessem às suas regras seriam salvos do
apocalipse iminente.
 A existência da comunidade começou a desafiar o poder dos
oligarcas locais, levando a uma revolta contra o governo.
o Essa revolta provocou a desintegração do poder oligárquico
local e repercutiu em todo o país, afetando a política
nacional.
 A obra clássica "Os Sertões", de Euclides da Cunha, descreve a
tragédia de Canudos e mostra como a falta de educação e o
descaso do Estado contribuíram para as más condições de vida
que levaram à revolta.

Revolta da Vacina

 A maior revolta urbana da Primeira República e símbolo da luta


contra a tutela estatal sobre a vida dos pobres.
 A visão popular de que a revolta foi causada pela ignorância foi
desmentida por historiadores.
 A revolta foi causada pela rejeição do controle estatal sobre a vida
privada dos pobres, exacerbada pelo deslocamento forçado das
populações pobres do centro da cidade pelo governo Pereira
Passos.
 A revolta foi liderada por escravos recém-libertos que foram alvo
dessa política autoritária e excludente.

Comparação das duas revoltas


 Ambas as revoltas foram causadas pelo descaso do Estado com a
vida e o bem-estar dos pobres.
 A tentativa do Estado de impor controle e tutela sobre a vida dos
pobres foi um fator comum em ambas as revoltas.
 As duas revoltas tiveram um impacto significativo na sociedade e
na política brasileiras, e continuam a ser lembradas e analisadas
até hoje.

Importância da erradicação da febre amarela (10:01 - 19:59)

 A febre amarela é uma doença grave que afeta os direitos das


pessoas.
 No entanto, erradicá-la é um desafio.

Exército na política durante a Primeira República

 Durante a Revolta da Vacina, os cadetes militares viram uma


oportunidade de derrubar a república oligárquica.
 O Exército era sensível às lutas da classe média baixa e se via
como uma arma democrática.
 O Exército era crítico da república oligárquica e não acreditava
que a população brasileira pudesse exercer plenamente a
democracia.

Revolta dos soldados no Rio de Janeiro

 O exército abrigava populações pobres e uma pequena burguesia,


o que explica a politização dos militares durante a Primeira
República.
 No Rio de Janeiro, houve um levante popular e os soldados se
rebelaram contra o governo, vendo-se como a expressão dessa
raiva popular.

Revolta do Contestado
 Assim como Canudos, a Revolta do Contestado teve a mesma
natureza, embora tenha ocorrido no sul do país.
 Convergiu na disputa pela terra e questionou lideranças locais e o
discurso religioso.
 Era o início das greves dos trabalhadores rurais no Brasil.

Ciclo de greves

 Ribeirão Preto viu as primeiras grandes greves de trabalhadores


rurais, principalmente ligados à indústria cafeeira.
 Os trabalhadores urbanos também entraram em greve,
expressando conflitos interclassistas durante a Primeira
República.
 A historiografia do movimento criou um mito de que a imigração
estrangeira de italianos e espanhóis explica o nascimento do
movimento operário no Brasil, mas isso não é totalmente verdade.

Políticas econômicas durante a Primeira República

 A Primeira República foi marcada por uma política sistemática de


apoio à agricultura agroexportadora, principalmente o café.
 Houve tentativas de diversificar a economia por meio da criação
de indústrias, mas isso resultou em uma crise financeira, inflação
e dívida externa.
 Campos Sales implementou uma política de estabilização
financeira, impopular entre a população.
 A política funcionou para as finanças nacionais, mas causou
retração econômica e problemas urbanos.

Imigração durante a Primeira República

 A Primeira República foi conhecida pela grande imigração para o


Brasil, principalmente europeus atraídos pela indústria cafeeira.
 O crescimento populacional causou problemas urbanos
complicados de lidar.
Introdução (20:01 - 29:59)

 O livro de Boris Fausto descreve o conflito entre trabalho urbano


e indústria em São Paulo.
 O crescimento de São Paulo impacta a percepção do cidadão
sobre a propriedade e a insegurança coletiva.
 O crime foi tema de debate público no início do século e foi
atribuído aos imigrantes, criando preconceito contra eles.

Industrialização e Café

 O mercado interno de bens não duráveis levou à industrialização


derivada do café.
 A crise de 1929 teve forte impacto na economia do café,
demonstrando os limites da supervalorização.
 A economia cafeeira é marcada por flutuações nos preços
internacionais e afeta a estabilidade financeira do país.

Política do Café

 Políticas de valorização de preços e manipulação cambial foram


utilizadas para atrair mercados internacionais e garantir mais
recursos para os cafeicultores.
 O governo comprava e queimava café para retirar o excesso do
mercado internacional e aumentar seu preço, mas os cidadãos
pagavam por meio de impostos.
 A falta de estímulo a outras atividades econômicas, especialmente
as industriais, causou desconforto entre a classe média urbana.

Crise da Primeira República

 A crise foi marcada pela entrada de novos atores sociais e


políticos: os militares e o movimento operário.
 As tensões entre oligarquias começaram a se transformar em
agendas políticas.
 Formou-se a Aliança Liberal, composta principalmente por Rio
Grande do Sul, Minas Gerais e Paraíba, contra o candidato
paulista.
 Getúlio Vargas liderou a Aliança Liberal e a Revolução de 1930.

Questões Sociais

 O movimento operário tornou-se um problema que as elites


começaram a perceber de forma diferente, especialmente após a
Revolução Russa.
 O movimento foi historicamente marcado pelo projeto socialista, o
que poderia significar uma crise não só política, mas também
social, podendo até levar a outra sociedade.
 O Partido Comunista foi fundado no Brasil em 1922 e, em 1927,
estabeleceu um bloco parlamentar, que foi significativo na
tentativa de interferir no sistema político.

Fundo (30:02 - 33:56)

 No início dos anos 1900, havia candidatos socialistas que não


eram comunistas ou anarquistas, mas lutavam para ganhar
poder político.
 No final da década de 1910, o movimento operário estava
crescendo, e o Partido Comunista surgiu em 1922 com o objetivo
de criar uma nova sociedade inspirada na Revolução Russa.
 O Bloco Operário formou uma coalizão com os tenentistas,
nacionalistas, antioligárquicos e favoráveis às reformas
econômicas e eleitorais.

Revoltas e implosão da Primeira República

 Os tenentistas lideraram revoltas armadas ao longo da década de


1920 com um programa focado no nacionalismo, na reforma
econômica e nos valores políticos.
 As revoltas levaram à implosão do arranjo político da Primeira
República, que se baseava no domínio oligárquico.
 A Revolta de 1930, que alguns consideram um golpe, foi resultado
da dissidência oligárquica unindo forças com os tenentistas para
derrubar o governo e estabelecer uma nova estrutura de poder
nacional.

O tenentismo e o Partido Comunista

 A mais significativa das revoltas tenentistas foi a Revolta de 1924


em São Paulo e a subsequente viagem de três anos da Coluna
Prestes pelo interior do Brasil, tentando levantar um exército
camponês.
 Os tenentistas estavam divididos entre extrema direita e
esquerda, com Luis Carlos Prestes surgindo como líder da facção
de esquerda.
 Em 1930, Luis Carlos Prestes filiou-se ao Partido Comunista e
anunciou um movimento tenentista de esquerda.

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