UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

PLANO NACIONAL DE FORMAÇÃO DE PROFESORES PARA EDUCAÇÃO

BÁSICA - PARFOR
CURSO: HISTÓRIA\SEMESTRE: 2020.2
MUNICÍPIO: Urbano Santos
DISCIPLINA/CÓDIGO: História do Brasil Republicano
PROFESSOR: João Batista Bitencourt
DISCENTE: Iolene Lisboa Mesquita

“Em julho de 1889, poucos meses antes da proclamação da República, Joaquim

Nabuco, observando a agitação que dominava o país dizia na Câmara dos Deputados,
que a força dos republicanos provinha do descontentamento causado pela Abolição.
Outros cronistas manifestaram-se da mesma maneira. A partir da proclamação da
República tornou-se comum dizer que a abolição provocou a Queda da Monarquia,
pelo descontentamento que gerou entre os fazendeiros. Essa ideia nascida da
apreciação superficial e apressada dos fatos é apenas em parte verdadeira.”
Emília Viotti da Costa

“Na narrativa dos massacres do início da República, Canudos ilumina o Contestado,

que revela a Revolta da Chibata, que denuncia as mortes não investigadas da greve
anarquista de 1917 e, nesta série, Quaresma aparece como uma outra vítima, ou herói,
que se defronta com o poder. Não é possível assegurar que o massacre da narrativa de
Quaresma seja, de fato, o da Revolta da Armada. A narrativa toda é uma armação,
onde o autoritarismo, os militares, a República e a violência política, a falácia da
cidadania são temas centrais.”
Edgar Salvatori de Decca

QUESTÃO

Descreva a Proclamação da República observando as causas apontadas pela

historiografia para aquele acontecimento e comente o descontentamento em relação
ao direito à cidadania aparente na Primeira República, mais notadamente observado
no enfrentamento de revoltas populares.
Em 15 de novembro de 1988, inicia -se o fim do segundo reinado com o
início do período republicano. Com a vitória na guerra do Paraguai, os militares
almejavam maior participação social na política, logo o segundo imperador se ausentava
bastante por questões de saúde, dando motivos para o fortalecimento dos discursos
republicanos.Com isso, fortalecia mais os republicanos, para aumentar seus objetivos
utilizaram a impressa para atacar o imperador, com ideias positivista trazidas da Europa
pelo militar Benjamin Constant.
A historiografia atribui as causas da Proclamação da República pelas
questões militares, uma vez que Pedro II não concedeu os as reivindicações dos
militares após guerra, onde pediam aumento de salário e maior participação na política.
Outro ponto marcante foi a questão religiosa, onde a união entre Império e Igreja,
quebrando a aliança entre império e Igreja católica, o fim da escravidão marcou o início
do período republicano, pois a abolição aconteceu sem indenização, ocasionando o
descontentamento dos fazendeiros. Sem falar que o estado de saúde do D. Pedro II, foi o
fator que favoreceu o movimento da tropa de Marechal, instalar a república no
Brasil.Com isso os republicanos objetivavam, descentralizar o poder central. Inspirados
em ideias positivista, foram as únicas salvações de mudança naquele momento.
Com a queda da monarquia e a Proclamação da República, aumenta-se as
expectativas da população, sobretudo das classes populares, com a chegada de reformas
sociais capazes de alterar a situação de exclusão social. Isto porque o regime
republicano tinha um discurso de modernidade e de progresso, com soluções para todos
os problemas enfrentados pelo país. Contudo, apesar dos benefícios da urbanização das
grandes cidades, houve uma série de problemas relacionados com as políticas sociais
que se queria implantar neste momento.
O êxodo rural e a falta de planejamento urbano para atender essa nova
demanda foi um dos problemas, pois não acompanhava as estruturas e os serviços das
cidades brasileiras. Com isso surgem várias revoltas que sacudiram o país, no geral,
essas revoltas mostravam insatisfação diante de um sistema de governo que alterava as
condições de vida da população. Entre as principais estão: Guerra de Canudos, Guerra
do Contestado, Revolta da Vacina, Revolta da Chibata, Cangaço e Tenentismo.