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A tentativa do PCB serviu de pretexto para Vargas dar um golpe de Estado em 1937,
pondo fim ao período constitucional e inaugurando o Estado Novo. Mesmo contendo as
forças do integralismo, o Estado Novo marcou mais um período de extremo
autoritarismo do Estado Brasileiro.
Uma nova Constituição foi adotada e o Congresso foi fechado. Como forma de conter a
insatisfação popular e conseguir aumentar o poder de consumo do mercado interno,
Vargas promulgou uma série de leis que garantia alguns direitos à classe trabalhadora
urbana, além de proporcionar um nível de renda que impulsionasse o esforço de
industrialização.
Quarta República
Ao fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, Vargas estava enfraquecido. Um golpe
comandado pelo general Góes Monteiro o retirou do poder. Uma nova Constituição foi
adotada em 1946, garantindo a realização de eleições diretas para presidente da
República e para os governos dos estados. O Congresso Nacional voltou a funcionar e
houve alternância no poder.
Ditadura Militar
Iniciada em 01 de abril de 1964, a Ditadura Militar foi um dos períodos mais repressivos
da História da República. Inúmeros grupos políticos foram cassados, e seus membros
torturados e mortos. O que diferenciou o período foi a sistematização da repressão
estatal aliada ao incentivo ao desenvolvimento econômico.
A ditadura existiu até 1985 quando as pressões populares por abertura política tomaram
as ruas do país, principalmente na campanha das Diretas Já. Mesmo com milhares de
pessoas nas ruas, a reforma do Estado foi feita de forma “lenta e gradual”, como
queriam os militares.
A Nova República
A Nova República iniciou-se com o governo de José Sarney e permanece até os dias
atuais, com o primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff. Sarney foi eleito através
do voto indireto e durante seu governo foi elaborada uma nova Constituição,
promulgada em 1988, que garantia eleições diretas e livres a todos os cargos eletivos. A
divisão dos poderes foi mantida e uma nova perspectiva democrática liberal se abriu no
país.
O primeiro presidente eleito diretamente desde 1960 foi Fernando Collor de Melo, em
1989. Porém, os escândalos de corrupção o fizeram renunciar em 1992. A partir dessa
renúncia, marcaram a história política da República os mandatos de dois governantes. O
primeiro foi Fernando Henrique Cardoso que com o Plano Real pôde garantir a
estabilidade econômica necessária aos investimentos estrangeiros. Esses investimentos
foram possíveis em decorrência das privatizações realizadas em setores específicos da
econômica, como telecomunicações, mineração e siderurgia. Por outro lado, tais
medidas representaram o enxugamento das funções do Estado brasileiro, marcando o
período do neoliberalismo no Brasil.
FHC governou até 2002, quando foi substituído por Luiz Inácio Lula da Silva. O primeiro
presidente de origem operária da República buscou caracterizar seu governo pela
distribuição de renda, possibilitada pela estabilidade econômica do período anterior. A
distribuição de renda ocorreu através de políticas como Bolsa Família, que além de uma
renda mínima, garantiu a obrigatoriedade de um nível educacional mínimo à quase toda
a população em idade escolar, uma uniformização federal de procedimentos
administrativos e o estímulo econômico a regiões extremamente pobres do território
nacional.
Apesar da estabilidade política dos dois governos acima mencionados, os casos de
corrupção também se fizeram presentes, como as acusações de compra de votos para a
reeleição durante o governo FHC, em 1998, e o escândalo do mensalão, no governo Lula,
em 2005.
A alternância do poder garantiu ainda a eleição da primeira mulher para a presidência
da República, em 2010. Esse é um dos mais marcantes fatos da recente história
republicana brasileira."
Atividades
01. (Enem PPL 2020) Sendo função social antes que direito, o voto era concedido
àqueles a quem a sociedade julgava poder confiar sua preservação. No Império, como
na República, foram excluídos os pobres (seja pela renda, seja pela exigência de
alfabetização), os mendigos, as mulheres, os menores de idade, os praças de pré, os
membros de ordens religiosas.
CARVALHO, J. M. Os bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi. São Paulo:
Cia. das Letras, 1996.
a)Assalariados urbanos.
b)Oligarquias regionais.
c)Empresários industriais.
d)Profissionais liberais.
e)Círculos militares.
02. (Enem Digital 2020) O tenentismo veio preencher um espaço: o vazio deixado pela
falta de lideranças civis aptas a conduzirem o processo revolucionário brasileiro que
começava a sacudir as já caducas instituições políticas da República Velha. Os “tenentes”
substituíram os inexistentes partidos políticos de oposição aos governos de Epitácio
Pessoa e de Artur Bernardes.
PRESTES, A. L. Uma epopeia brasileira: a Coluna Prestes. São Paulo: Moderna, 1995
(adaptado).
Um dos objetivos do movimento político abordado no texto era
A situação descrita no texto alterou-se durante o regime do Estado Novo, porque o meio
de comunicação foi instrumentalizado para
CARVALHO, J. M. Os bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi. São Paulo:
Cia. das Letras, 1987 (adaptado).
Essa nova orientação dada à expansão ferroviária, durante a Primeira República, tinha
como objetivo a:
01. (Enem 2021) O governo Vargas, principalmente durante o Estado Novo (1937-1945),
pretendeu construir um Estado capaz de criar uma nova sociedade. Uma dimensão-
chave desse projeto tinha no território seu foco principal. Não por acaso, foram criadas
então instituições encarregadas de fornecer dados confiáveis para a ação do governo,
como o Conselho Nacional de Geografia, o Conselho Nacional de Cartografia, o Conselho
Nacional de Estatística e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), este de
1938.
A criação dessas instituições pelo governo Vargas representava uma estratégia politica
de
a)Reação popular.
b)Intervenção militar.
c)Abertura democrática.
d)Campanha anticomunista.
e)Radicalização oposicionista.
03. (Enem 2021) Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova — 1932
A Educação Nova, alargando a sua finalidade para além dos limites das classes. assume,
com uma feição mais humana, a sua verdadeira função social, preparando- se para
formar "a hierarquia democrática” pela “hierarquia das capacidades”, recrutadas em
todos os grupos sociais, a que se abrem as mesmas oportunidades de educação. Ela
tem, por objeto, organizar e desenvolver os meios de ação durável com o fim de “dirigir
os desenvolvimentos natural e integral do ser humano em cada uma das etapas de seu
crescimento”, de acordo com uma certa concepção do mundo.