A República Velha (1889-1930) foi um período no Brasil marcado pela consolidação de um governo militar sem preocupações políticas ou sociais significativas. Foi dominado por oligarquias regionais de São Paulo e Minas Gerais que se revezavam no poder. A economia dependia fortemente da exportação agrícola, principalmente do café.
A República Velha (1889-1930) foi um período no Brasil marcado pela consolidação de um governo militar sem preocupações políticas ou sociais significativas. Foi dominado por oligarquias regionais de São Paulo e Minas Gerais que se revezavam no poder. A economia dependia fortemente da exportação agrícola, principalmente do café.
A República Velha (1889-1930) foi um período no Brasil marcado pela consolidação de um governo militar sem preocupações políticas ou sociais significativas. Foi dominado por oligarquias regionais de São Paulo e Minas Gerais que se revezavam no poder. A economia dependia fortemente da exportação agrícola, principalmente do café.
Consolidada após um golpe militar, sem qualquer preocupação política ou social
significativa e com o concurso apenas de reduzidos grupos civis e sem nenhuma participação ou clamor popular, a Primeira República Brasileira, também conhecida como República Velha ou República das Oligarquias, é o período da história do Brasil que se estendeu da Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, até a Revolução de 1930. O primeiro período da República Velha ficou conhecido como República da Espada, em virtude da condição militar dos dois primeiros presidentes do Brasil: Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto. Com a vitória em 15 de novembro de 1889 do movimento republicano liderado pelos oficiais do exército, foi estabelecido um "Governo Provisório", chefiado pelo Marechal Deodoro da Fonseca. O "Governo Provisório" terminou com a promulgação, em 24 de fevereiro de 1891, da primeira constituição republicana do Brasil, altamente influenciada pelos ideais positivistas, a constituição de 1891, passando, a partir daquele dia, Deodoro a ser presidente constitucional e seu vice Floriano Peixoto, ambos eleitos pelo Congresso Nacional, devendo governar até 15 de novembro de 1894. Com um governo conturbado e sob enorme pressão da oposição, Deodoro dissolve o congresso, que de imediato, organiza um contragolpe, culminando na renúncia do presidente e na posse de seu vice, Floriano Peixoto (1891-1894) que assumiu o cargo apoiado de uma forte ala militar. A dissolução do Congresso foi suspensa. A constituição determinava que fosse convocada novas eleições, o que acaba não acontecendo. Somente em 21 de abril de 1993 o povo brasileiro pode livremente escolher, através de um plebiscito nacional, o sistema de governo (presidencialismo ou parlamentarismo).No início da república, muito se temeu, especialmente no meio militar, uma restauração monárquica, que se aproveitaria da fragilidade do novo regime republicano. Manifestações a favor da volta da Monarquia eram reprimidas como no caso da Guerra de Canudos. O segundo período ficou conhecido como "República Oligárquica", e se estendeu de 1894 até a Revolução de 1930. Caracterizou-se por dar maior poder para as elites regionais, em especial do sudeste do país. As oligarquias dominantes eram as forças políticas republicanas de São Paulo e Minas Gerais, que se revezavam na presidência. Essa hegemonia denomina-se política do café com leite, devido à influência do setor agrário paulista , com grande produção de café, e do setor agrário mineiro, produtor de leite , que impediam a ocupação do principal cargo do Poder Executivo por representantes dos interesses de outros estados economicamente importantes à época, como Rio Grande do Sul e Pernambuco. Para que a política dos governadores desse certo, o coronel era uma figura essencial, uma vez que todo o arranjo para conquistar votos para eleger os deputados da oligarquia era feito por essa figura. O coronel, enquanto figura de poder local, utilizava- se do seu poderio financeiro para exercer pressão para que os eleitores votassem no candidato desejado. A intimidação de candidatos ficou conhecida como “voto de cabresto”. A economia brasileira sempre esteve ligada à origem de nossa colonização. Desde a época Colonial (1500-1822), passando pelo período Imperial (1822-1889) até a República Velha (1889-1930), a economia brasileira dependeu quase que exclusivamente do bom desempenho de suas exportações, as quais, durante todo período, restringiam-se a algumas poucas commodities agrícolas, ou seja, produtos com baixo valor agregado como a soja, o milho e outros grãos. Não havia a preocupação com o mercado interno, já que até 1888 o Brasil ainda adotava a mão - de-obra escrava em praticamente toda a produção. Os principais produtos destinados à exportação foram: açúcar, algodão, café e borracha. A República Velha pode ser considerada o período áureo da economia cafeeira agroexportadora, que favoreceu à acumulação de capital dos grandes produtores de café, e consequentemente o surgimento da indústria em nosso país. O grande problema econômico que a República herdou do Império foi a crise financeira.
a origem dessa crise financeira, embora complicando-se depois com
outros fatores, está no funcionamento do sistema monetário e no sempre recorrente apelo a emissões [de papel moeda] incontroláveis e mais ou menos arbitrárias de que o passado já dera, como vimos, tantos exemplos. (PRADO JÚNIOR, 2012, p. 364)
O que o historiador busca explicar é que a política econômica dos governos
estava alicerçada na emissão de papel-moeda, o que acaba gerando inflação, e aumento da dívida pública. Muito disso se deve pelo fato de que durante os primeiros anos da república, o ministério da fazenda do governo provisório, foi assumido por Rui Barbosa, que baixou vários decretos visando o aumento do valor de moeda e facilitou a criação de sociedades anônimas. Muitas empresas foram criadas, algumas reais outras fantásticas, dando a impressão de que a República seria o “reino dos negócios” devido à expansão do crédito. Por esse motivo, o ano inaugural da nossa República foi marcado por uma febre de negócios, favorecendo a especulação financeira que ficou conhecida como Encilhamento. O Encilhamento é considerada uma das maiores crises financeiras que o Brasil já enfrentou. Houve forte procura por empréstimos bancários, o que forçou o governo a injetar grande volume de dinheiro na economia, ocasionando desvalorização da moeda nacional. No início de 1891 veio a crise, várias empresas foram à falência, assim como alguns bancos e houve queda no preço das ações. A moeda brasileira, que naquela época era cotada em Libra inglesa, começou a despencar . A política da República Velha entrou em crise porque a estrutura política que sustentava as oligarquias no poder começou a ruir. Diretamente, o fim da República Velha está atrelado com a disputa na eleição presidencial de 1930. Nessa disputa, paulistas e mineiros romperam com seu acordo, pois os primeiros não queriam realizar o revezamento, conforme estipulava a política do café com leite. Sendo assim, os paulistas lançaram Júlio Prestes, e os mineiros aliaram-se com outras oligarquias e lançaram Getúlio Vargas como candidato à presidência. Após serem derrotados, a chapa de Vargas (Aliança Liberal) rebelou-se quando o vice de Vargas, João Pessoa, foi assassinado. O assassinato de João Pessoa não teve relações com a disputa eleitoral daquele ano, mas foi utilizado como justificativa para o levante contra o presidente Washington Luís. O resultado dessa revolta, conhecida como Revolução de 1930, foi a derrubada do presidente Washington Luís em outubro de 1930 e o impedimento de que Júlio Prestes assumisse a presidência.
REFERÊNCIAS:
FAUSTO, B. História do Brasil. 12 ed. São Paulo: Editora da Universidade de São
Paulo, 2006
FURTADO, C. Formação econômica do Brasil. 32 ed. São Paulo: Companhia Editora
Nacional, 2005 GREMAUD, A. M; VASCONCELLOS, M. A. S.; TONETO, R. Economia Brasileira e contemporânea. - 7.ed. – São Paulo: Atlas, 2014
KOIFMAN, F. Presidentes do Brasil. Departamento de Pesquisa da
Universidade Estácio de Sá; – São Paulo: Cultura, 2002.
MELLO, J. M. C. O Capitalismo Tardio. 3. ed. São Paulo: Brasiliense, 1984.
PRADO JÚNIOR, C. História econômica do Brasil. 26. ed. Brasiliense, 1976