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...
“Policarpo
Quaresma, herói
do Brasil”, foi
feito em 1998 e
é baseado na
obra “Triste fim
de Policarpo
Quaresma”
O romance é
dividido em 3
grandes partes
...
A primeira parte relata a
vida do personagem
principal, Policarpo
Quaresma, como
funcionário público na
cidade do Rio de Janeiro
a segunda parte relata o
personagem principal
como um simplório
proprietário rural e a
realidade agrícola do país.
A terceira parte relata Quaresma como
soldado voluntário na Revolta da
Armada em 1893 (movimento de
rebelião promovido por unidades da
Marinha do Brasil em oposição política
contra o Governo de Floriano Peixoto)
e sua final desilusão com as questões e
reformas nacionais que sempre
defendeu.
Outras obras de Lima
Barreto
“Numa e
Ninfa”, de
1915, Publicado em
1915 como folhetim pelo
jornal A Noite, este romance
satírico de Lima Barreto
reproduz de forma crítica o
ambiente político do
governo do marechal
Hermes da Fonseca ao
contar a história de Numa
Pompílio de Castro.
Filho de um pequeno empregado e à custa de muito esforço, Numa fez-se bacharel em
direito, embora não dispusesse de qualquer pendor ao estudo ou às letras jurídicas.
Interessado apenas nos cargos e proventos que o título lhe permitiria alcançar, casa-se
com Edgarda Cogominho, filha do chefe da oligarquia local, e elege-se deputado graças
à influência do sogro.
Reconhecido e empossado, Numa não deu sinal de si durante o primeiro ano e meio
de legislatura, enquanto a esposa vive mergulhada em leituras, desgostosa da
modéstia intelectual de seu marido. Mas o "genro do Cogominho" surpreende a todos
e deixa para trás seu epíteto quando profere na câmara um discurso inesquecível e o
casal finalmente recebe a admiração de que se via digno.
Contexto político
Crítica ao decoreba da época
“Não fora a sua ignorância que o fizera dizer semelhante dislate; foram os
cadernos. O primeiro estudante escrevera certo; o copista que se seguira,
atrapalhara-se na vírgula dos décimos e, de copista em copista, de erro em erro a
apostila levara Numa a repetir tão imensa tolice nas bochechas dos seus sábios
professores.” (p. 6-7)
“— Quem era essa senhora?
— É a viúva do Lopo Xavier.
— Que queria ela?
—O meu voto para que lhe fosse concedida uma pensão que requereu.
— Prometeste?
— Prometi.
— E o Bastos?
— Não se incomoda
— Tu a conheces?
— Não.
— Pois saibas tu de uma coisa: ela é rica, não muito, mas tem com que
viver.
— Quem te disse?
— Todos sabem. O pai deixou-lhe dinheiro e o marido alguma coisa. O que
ela quer é luxar... Não precisa... O que tem dá e sobra. (p. 25)
“Vida e morte de M.J.
Gonzaga de Sá”, de
1919
A história é narrada por Augusto Machado,
biógrafo de Gonzaga. De saída, coloca-se uma
questão extremamente atual, da qual tem se
ocupado grande parte da literatura
contemporânea: as pontes entre realidade e ficção.
A linguagem documental é trabalhada no âmbito
da ficção. O romance não segue um enredo linear,
nem trabalha os conflitos do ponto de vista da
narrativa clássica.
Machado relata encontros com seu biografado, cuja
morte anuncia no início do livro, dando voz a ele em
diálogos, cartas, anotações deixadas. E é assim que
tomamos contato com as inquietudes de Gonzaga
diante daquilo que vê ao transitar pela cidade. E
como são atuais suas reflexões acerca da hipocrisia
que rege a civilização.
“Clara dos Anjos”,
romance póstumo de
1948
“Clara dos anjos” é uma das suas grandes obras
póstumas. O livro conta uma história que atravessa
as dinâmicas sociais que envolviam as mulheres,
pessoas negras e birraciais no início do século XX —
quando o Brasil entrava num período de
“modernização” quase forçada e o fantasma da
escravização ainda se fazia muito presente na vida
das pessoas negras.
Em “Clara dos anjos”, vemos um processo doloroso
e, ainda sim, muito real, de uma jovem de 17 anos
que descobre o lugar social que ocupa no espaço e
tempo em que vive: mulher, negra e pobre no Brasil
República.
—Ora, vejam vocês, só! É possível? É possível admitir-se
meu filho casado com esta... As filhas intervieram:
—Que é isto, mamãe?
A velha continuou:
—Casado com gente dessa laia... Qual!... Que diria meu
avô, Lord Jones, que foi cônsul da Inglaterra em Santa
Catarina — que diria ele, se visse tal vergonha? Qual!
Parou um pouco de falar; e, após instantes, aduziu:
—Engraçado, essas sujeitas! Queixam-se de que
abusaram delas... É sempre a mesma cantiga... Por acaso,
meu filho as amarra, as amordaça, as ameaça com faca e
revólver? Não. A culpa é delas, só delas...
“Diário do hospício e
Cemitério dos vivos”,
publicados em 1953
Os manuscritos do Diário do Hospício
redigidos por Lima Barreto durante a sua
segunda internação no Hospital Nacional de
Alienados, entre dezembro de 1919 e fevereiro
de 1920, encontram-se na Seção de
Manuscritos da Biblioteca Nacional, Coleção
Lima Barreto.
Referências
https://www.taglivros.com/blog/clara-dos-anjo
s-e-um-livro-sobre-descobrir-seu-lugar-social-
no-mundo/
. Acesso em: 17/02/2023.
https://www.culturagenial.com/livro-clara-dos-
anjos/
. Acesso em: 17/02/2023.