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Presidentes da República
Segue abaixo os presidentes que fizeram parte da
República Velha, após a República da Espada, liderada
pelos militares: Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto
Vacinação obrigatória
O médico Oswaldo Cruz (1872-1917), contratado para
combater as doenças, impôs vacinação obrigatória contra a
varíola, para todo brasileiro com mais de seis meses de
idade.
Políticos, militares de oposição e a população da cidade
se opuseram à vacina. A imprensa não perdoava Oswaldo
Cruz dedicando-lhe charges cruéis ironizando a eficácia
do remédio.
Crise Cafeeira
Na segunda metade do século XIX, o café era o mais
importante produto brasileiro de foma que 70% de toda a
produção mundial era proveniente dos cafezais do Brasil.
A expansão cafeeira se avolumava pelas terras de São
Paulo, como resultado dos altos preços do produto no
mercado internacional.
Os primeiros sinais da crise surgiram ainda no final do
século XIX, quando o mercado consumidor, sobretudo o
mercado externo, não crescia na mesma proporção.
Com isso os preços caíram assustadoramente. Em 1893, a
saca era vendida a 4,09 libras, em 1896 caiu para 2,91,
chegando a 1,48 em 1899.
Para saber mais: História do Café e Ciclo do Café
Contexto Histórico
Na época, vale destacar que na Marinha do Brasil, os
marinheiros eram principalmente os negros escravos recém
libertos. Estes eram submetidos a uma árdua rotina de
trabalho em troca de baixos salários.
Qualquer insatisfação era punível e a disciplina nos
navios era mantida pelos oficiais por meio de castigos
físicos, dos quais a “chibatada”, era a punição mais
comum.
Apesar de ter sido abolida na maioria das forças armadas
do mundo, os castigos físicos ainda era uma realidade no
Brasil.
A insatisfação dos marujos cresceu depois que os oficiais
receberam aumentos salariais, mas não os marinheiros.
Além disso, os novos e modernos encouraçados que o
governo brasileiro havia encomendado, o "Minas Gerais" e
o "São Paulo", demandavam uma quantidade ainda maior de
homens para serem operados, sobrecarregando os
marinheiros. Essas duas belonaves eram as mais poderosas
e modernas da esquadra brasileira.
Assim, com o aumento dos salários dos oficiais e a
criação de uma nova tabela de serviços que não alcançou
os baixos escalões, alguns marinheiros passaram a
planejar um protesto.
O Levante
Na madrugada de 22 de novembro de 1910, os marinheiros do
Encouraçado "Minas Gerais" se rebelaram.
O estopim se deu após assistirem o castigo do marujo
Marcelino Rodrigues Menezes, açoitado até desmaiar com
250 chibatadas (o normal eram 25) por agredir um oficial.
O levante foi liderado pelo experiente João Cândido
Felisberto, marujo negro e analfabeto. O motim terminou
com a morte do comandante do navio e mais dois oficiais,
os quais não aceitaram abandonar a nave de guerra.
Nesta mesma noite, juntou-se ao motim o Encouraçado "São
Paulo". Nos dias seguintes, outras embarcações aderiram
ao movimento, como o "Deodoro" e o "Bahia", naves de
guerra de grande porte.
Por sua vez, no Rio de Janeiro, o presidente Hermes da
Fonseca tinha acabado de tomar posse e enfrentava sua
primeira crise. Os navios rebeldes bombardearam a cidade
do Rio de Janeiro para demonstrarem que não estavam
dissimulando.
Em carta ao governo, os revoltosos solicitavam:
• o fim dos castigos físicos;
• melhores condições de alimentação e trabalho;
• anistia para todos envolvidos na revolta.
Assim, no dia 26 de novembro, o presidente Marechal
Hermes da Fonseca acatou as reivindicações dos
amotinados, encerrando aquele episódio da revolta.
Contudo, dois dias depois de entregarem as armas, é
decretado “estado de sítio”, iniciando o expurgo e prisão
daqueles marinheiros considerados indisciplinados.
Fim da Revolta
Os marinheiros foram presos na Ilha das Cobras sede do
Batalhão Naval. Sentindo-se traídos, os marinheiros se
amotinaram, em 9 de dezembro de 1910.
A resposta do governo foi dura e a prisão foi bombardeada
e destruída pelo exército, matando centenas de fuzileiros
navais e prisioneiros.
Os amotinados, totalizando 37 pessoas, foram recolhidos a
duas prisões solitárias, onde morreram sufocados. Somente
João Cândido e outro companheiro de luta sobreviveram.
Com isso, em 1911, aqueles que aderiram ao movimento já
haviam sido mortos, presos ou expulsos do serviço
militar. Muitos dos envolvidos foram mandados para campos
de trabalhos forçados nos seringais da Amazônia e na
construção da ferrovia Madeira-Mamoré.
Como saldo, o conflito deixou mais de duzentos mortos e
feridos entre os amotinados, dos quais cerca de dois mil
foram expulsos após a revolta. Na porção legalista,
morreram cerca de doze pessoas, entre oficiais e
marinheiros.
Quanto ao líder, João Cândido, após sobreviver á prisão e
ter sido inocentado, ele foi considerado desequilibrado e
internado num hospício. Por sua audácia, a imprensa da
época o chamou de Almirante Negro
Ele seria absolvido das acusações de conspiração em 1º de
dezembro de 1912, mas foi expulso da Marinha.
Sobreviveu como pescador e vendedor até que o jornalista
Edmar Morel resgatou sua história do esquecimento e
lançou o livro "A Revolta da Chibata", em 1959.
Somente em 23 de julho de 2008, o governo brasileiro
entendeu que as causas da revolta eram legítimas e
concedeu anistia aos marinheiros envolvidos.
Padre Cícero
Padre Cícero Romão Batista (1844-1934), popularmente
chamado de “Padim Ciço”, nasceu no Ceará e foi um dos
mais importantes líderes da Revolta do Juazeiro.
Figura mística, muito respeitado e querido, ao lado da
família tradicional Acyoli, liderada pelo coronel Antônio
Pinto Nogueira Accioly, então presidente do Ceará, que
possuía grande poder na época, Cícero convocou a
população para lutar contra o Estado e reivindicar o
poder, que estava anteriormente, dominado pelas
oligarquias do Ceará.
Em 1911, com o apoio dos fazendeiros, foi eleito Prefeito
de Juazeiro, e tornou-se símbolo da Revolta sendo
considerado um santo, profeta e protetor dos nordestinos.
Causas
O motivo do conflito se deveu ao fato da construção da
estrada de ferro que ligaria São Paulo ao Rio Grande do
Sul ter deixado muitas pessoas em más condições de vida
em detrimento dos interesses dos coronéis e da empresa
norte-americana Brazil Railway Company.
Com o objetivo de construir a estrada de ferro, a Brazil
Railway Company precisava de mão-de-obra, levando, assim,
muitas pessoas para a região.
Ao mesmo tempo, o governo cedeu uma grande extensão de
terra, cerca de 15 mil metros, nos limites do Estado do
Paraná e de Santa Catarina, mas aproveitou o pretexto e
desapropriou as terras dos camponeses porque descobriu
que poderia lucrar com a erva-mate, bem como com a
madeira existente na localidade.
Quando a linha férrea ficou pronta, a empresa não
garantiu o regresso das pessoas que tinham se deslocado
para a região, permanecendo ali sem qualquer apoio;
acresce ainda o fato de os camponeses terem ficado
desempregados e sem as suas terras para trabalhar,
situações que provocaram o empobrecimento da população
dessa região.
O líder
Num momento de grandes dificuldades para a população,
surge José Maria de Santo Agostinho, um monge peregrino
que se sensibilizou com a situação dos camponeses, os
quais respeitavam muito os peregrinos e qualquer
movimento messiânico, assim, José Maria logo ganhou
adepto
Desdobramentos do Tenentismo
Mesmo que não tenha conseguido produzir resultados
práticos de efeitos pragmáticos, o movimento tenentista
foi capaz de abalar os alicerces políticos do Brasil e
manter viva a revolta contra o poder até que esta
revolucionasse e modificasse definitivamente as
estruturas de poder no país, fenômeno esse consolidado em
1964 com o projeto dos militares no Poder.
Ademais, a Coluna Prestes, como foi denominado o grupo
composto por civis e militares armados e sob a liderança
de Luís Carlos Prestes, que percorreu mais de 24 mil
quilômetros de território brasileiro derrotando as forças
legalistas.
Em outro extremo do movimento, o Tenentismo viria a
participar da Aliança Liberal em 1929 e, após a vitória e
posse de Getúlio Vargas, os mesmos foram nomeados
interventores e passam a integrar a vida política do
País.
Por outro lado, em 1937, enquanto um grupo decide seguir
Luís Carlos Prestes, outro rompe com Getúlio Vargas e
passa a exercer a oposição ao seu regime, até que em
1945, o Tenentismo Anti-Getulista consegue auxiliar na
queda do Ditador e instaurar um novo regime no Brasil.