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Governo Provisório
Criou a bandeira republicana com o lema “Ordem e Progresso”; decretou a separação entre igreja e
Estado e regulou o casamento civil.
Nela estavam assegurados os seguintes direitos: igualdade perante a lei, sigilo de correspondência,
livre exercício de qualquer profissão, liberdade religiosa e outros. Em suma, a Constituição
consagrava o regime republicano presidencialista como forma de governo, o liberalismo e era
federativa.
Deodoro da Fonseca
Eleito por um congresso ameaçado, Deodoro permaneceu apenas nove meses no cargo, num
período marcado por divergências entre o governo e a maioria dos deputados e senadores.
No dia seguinte, a oposição organizou a resistência de forma que civis e militares se aliaram e
prepararam a queda de Deodoro. Receoso de uma guerra civil, Deodoro renunciou e entregou a
chefia do governo ao vice-presidente Floriano Peixoto.
Floriano Peixoto
Apesar de ter sido um período marcado por crises políticas, o governo de Floriano contou com o
apoio dos cafeicultores, das camadas populares, da classe média e de uma forte ala militar. O
presidente baixou os preços do aluguel das casas dos operários, do pescado, da carne, dos gêneros
alimentícios em geral, e aprovou a lei de construção de moradias populares.
Floriano enfrentou protestos da oposição, pois era considerado um presidente ilegítimo. De acordo
com a Constituição, se um presidente não completasse dois anos de mandato, seriam convocadas
novas eleições.
Floriano tinha tudo para continuar no governo após terminar seu mandato. Porem não o fez. Estava
encerrada a “República da Espada” e começava a "República das Oligarquias" caracterizada pelo
domínio dos fazendeiros paulistas e mineiros. O poder econômico retomava o controle do poder
político.
República Oligárquica
Os presidentes desta época foram eleitos, na maioria das vezes, pelo Partido Republicano Paulista e
o Partido Republicano Mineiro.
Prudente de Morais (1894-1898), Campos Salles (1898-1902), Rodrigues Alves (1902-1906), Afonso
Pena (1906-1909), Nilo Peçanha (1909-1910), Hermes da Fonseca (1910-1914), Venceslau Brás
(1914-1918), Delfim Moreira (1919), Epitácio Pessoa (1919-1922), Artur Bernardes (1922-1926),
Washington Luís (1926-1930) e Júlio Prestes (-)
Coronelismo: era uma prática comum da Primeira República em que os coronéis (os grandes
proprietários de terra) exerciam domínio sobre as populações locais e utilizavam desses poderes
para garantir os votos necessários e, assim, atender os interesses da oligarquia estabelecida e,
consequentemente, do Governo Federal. O coronel garantia esses votos a partir da distribuição dos
cargos públicos (todos sob seu controle) da maneira como lhe interessasse.
A política do café com leite é um conceito clássico utilizado em referência ao acordo existente entre
as oligarquias de São Paulo e Minas Gerais a respeito da escolha dos presidentes. As duas oligarquias
tinham um acordo de revezamento dos candidatos que concorreriam à presidência do Brasil. Esse
conceito, no entanto, não abrange todo o período, já que por vezes as duas oligarquias entraram em
choque entre si, além de ter havido casos em que representantes de outras oligarquias foram
eleitos.
Voto de Cabresto:
Ocorreu em todo território nacional. Mas é notado principalmente nas pequenas províncias onde
verdadeiros Coronéis, proprietários de terras e, portanto os patrões de parte considerável da
população local orquestravam as decisões políticas através da pressão e da coação do voto de seus
empregados. Seus currais eleitorais eram espaços de mando e desmando, onde a decisão dos
Coronéis locais determinavam a ação da população local.
Desde o Império a fraude eleitoral sempre foi prática recorrente no Brasil, mas foi no momento da
Primeira República que a ação fraudulenta teve seu auge. Naquele momento o voto dos analfabetos
era proibido, porém como uma das práticas de fraude os Coronéis entregavam escritos em um papel
o nome do candidato aos seus empregados que depositariam na urna. O transporte aos locais de
votação também eram garantidos por esses coronéis que mantinham seus interesses em pauta
mexendo as peças do tabuleiro político como bem lhes apeteciam.
A Primeira República foi marcada pelo desrespeito aos direitos sociais, o que se refletiu diretamente
em diversas revoltas que aconteceram durante essa fase. As revoltas também resultavam das
dissidências políticas e da insatisfação da população com a pobreza e a desigualdade social. Entre as
revoltas, podem ser destacadas:
Guerra de Canudos: foi uma série de conflitos armados envolvendo o Exército brasileiro e sertanejos
que seguiam o líder religioso Antônio Conselheiro, tendo ocorrido entre 1896 e 1897, no Arraial de
Canudos, interior do estado da Bahia. O Brasil passava ainda pela transição para o sistema
republicano, tendo acabado de eleger seu primeiro presidente por voto direto e, também, o
primeiro presidente civil: Prudente de Morais.
Esses conflitos marcaram fortemente o início do período republicano, tanto pelo grau de violência
quanto pelos motivos que teriam justificado a destruição do arraial e a execução de
aproximadamente 25 mil pessoas que ali viviam.
Guerra do Contestado: Foi um conflito que aconteceu no Brasil entre 1912 e 1916, causando cerca
de 10 mil mortes. Aconteceu em uma região que era disputada pelos estados de Paraná e Santa
Catarina e foi motivada pela insatisfação política e social da população e por um elemento religioso,
o messianismo.
Revolta do cangaço: Foi um movimento de banditismo social, que existiu no Brasil entre o final do
século XIX e começo do século XX. Surgiu em um contexto de violência, pobreza e mandonismo na
região sertaneja, onde o urbanismo e o Estado estavam distantes e o controle da sociedade estava
na mão de latifundiários.
Esse movimento está diretamente relacionado à disputa da terra, coronelismo, vingança, revolta à
situação de miséria no Nordeste e descaso do poder público. Os cangaceiros aterrorizavam as
cidades, realizando roubos, extorquindo dinheiro da população, sequestrando figuras importantes,
além de saquear fazendas.
Revolta da Vacina: Foi uma revolta de caráter popular que aconteceu no Rio de Janeiro, em 1904.
Sua motivação foi a insatisfação da população com a campanha de vacinação obrigatória contra a
varíola implantada na cidade por meio de Oswaldo Cruz. Houve grande destruição material na
cidade e saldo de 31 mortos.
Tenentismo: Foi um movimento de revolta política e militar que surgiu entre os oficiais rasos do
exército brasileiro insatisfeitos com a política da Primeira República. O tenentismo foi um
movimento político e militar realizado por jovens oficiais brasileiros durante o período da Primeira
República.
Movimento Operário: Durante a greve geral de 1917, os operários lutavam por melhores salários,
jornada de trabalho de oito horas, direito a férias, fim do trabalho infantil, proibição do trabalho
noturno para as mulheres, aposentadoria e assistência médica. A Legislação trabalhista somente foi
implantada no Brasil no ano de 1943.
Semana de Arte Moderna: Foi uma manifestação artístico-cultural que ocorreu no Teatro Municipal
de São Paulo entre os dias 13 a 18 de fevereiro de 1922. O evento reuniu diversas apresentações de
dança, música, recital de poesias, exposição de obras - pintura e escultura - e palestras.
Os artistas envolvidos propunham uma nova visão de arte, a partir de uma estética inovadora
inspirada nas vanguardas europeias.
Revolução de 1930: foi um golpe de Estado que depôs o presidente Washington Luís, no dia 24 de
outubro de 1930.
O movimento foi articulado pelos estados de Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Sul e impediu a
posse do presidente eleito Júlio Prestes, sob alegação de fraude eleitoral.