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Revisão P1 – 3º trimestre – Ciências Humanas

Brasil República

Proclamação da República
Monarquia – quem governa é um rei, rainha, imperador ou imperatriz. O poder é hereditário (passa de pai pra filho após a
morte ou renúncia do monarca).
Dom Pedro II, foi o último imperador do Brasil. Ele queria deixar o trono para a filha, a Princesa Isabel, mas os brasileiros não
aceitavam a ideia de ter um estrangeiro governando o país, por que ela era casada com um francês (Conde d’Eu).

República – forma de governo onde os governantes são escolhidos pelo povo, através do voto direto ou indireto em eleições
periódicas.
Eleição indireta: apenas os representantes do Congresso Nacional podem votar.
Eleição direta: o povo que vota.
O mandato dos governantes é por tempo determinado (geralmente 4 anos).

Os mais insatisfeitos com a monarquia eram:


Fazendeiros – se sentiram prejudicados com a Abolição da Escravatura porque tiveram que começar a pagar os trabalhadores;
Militares – depois da Guerra do Paraguai, se fortaleceram como grupo, tiveram contato com novas ideias e passaram a defender
a república;
Bispos – no regime monárquico, a igreja devia seguir as ordens do imperador, que tinha poder de escolher os cargos mais
importantes dentro da igreja.

Partido Republicano – formado em 1870, era favorável ao fim da monarquia. Faziam parte alguns homens notáveis como:
Benjamin Constant, Quintino Bocaiúva, Rui Barbosa e Campos Sales.
No dia 15 de novembro de 1889, as tropas do Exército, chefiadas por Marechal Deodoro da Fonseca, tomaram o poder,
declarando o fim da monarquia. Marechal Deodoro da Fonseca foi escolhido para ser o 1º presidente da república. Dom Pedro II
foi intimado a deixar o país.
O povo não participou diretamente do movimento, somente os representantes das elites tomaram parte dele. A Proclamação da
República foi uma decisão militar.

Linha do tempo – Brasil República


Governo Provisório (1889-1891) – Proclamação da República (1889)
Primeira República (1891-1930) – Semana de Arte Moderna (1922)
Era Vargas (1930-1945) – Revolução Constitucionalista (1932)
República Populista (1946-1964) – Inauguração de Brasília (1960)
Governos Militares (1964-1985) – Golpe de Estado Militar (1964)
Nova República (1985-até hoje) – Impeachment do presidente Fernando Collor de Mello (1992)
Criação do Plano Real (1994)

Governo Provisório (1889 a 1891)

Depois da Proclamação da República em 15 de novembro de 1889, um grupo liderado pelo Marechal Deodoro da Fonseca,
organizou um governo provisório que durou até 1891.
Algumas medidas tomadas nesse período foram:
* criação da primeira Constituição da República brasileira, ficou pronta em 24 de fevereiro de 1891;
* criação da bandeira republicana, no dia 19 de novembro;
* criação do registro de nascimento e do casamento civil;
* instituição do direito de todos os estrangeiros residentes no Brasil se tornarem cidadãos brasileiros, se assim desejassem.

A Constituição de 1891, também chamada de Carta Magna ou Lei Maior, estabelecia que o primeiro presidente e seu vice,
seriam eleitos pelos representantes do Congresso Nacional, por meio de uma eleição indireta.
Em 25 de fevereiro de 1891, Marechal Deodoro da Fonseca, foi eleito presidente e o Marechal Floriano Peixoto, vice-presidente.

Enquanto não havia eleições para presidente e para o Congresso Nacional (Senadores e Deputados), existia um governo
provisório chefiado pelo Marechal Deodoro; não havia Congresso, os governadores eram nomeados pelos militares e a lei
estabelecida que qualquer pessoa que fizesse oposição ao governo poderia ser presa imediatamente. Em geral, isso acontecia
com as pessoas pobres que protestavam contra o favorecimento das elites.

Primeira República (1891 a 1930)


Começou depois do Governo Provisório e terminou em 1930. O Brasil foi governado por presidentes indicados pelos estados de
Minas Gerais e São Paulo, pois estes estados tinham maiores populações e as maiores rendas.
O governo era oligárquico, pois poucas pessoas ou famílias se revezavam no poder. Época marcada pelo domínio dos coronéis.
Durante este período, em geral, em presidente paulista era sucedido por um mineiro e vice-versa. Esse esquema de governo era
chamado de política do café com leite, por que em São Paulo plantava-se muito café e em Minas Gerais havia grande produção
de leite.
O coronelismo
É uma prática política que se tornou comum no Brasil durante a Primeira República. A figura do coronel — latifundiário que
exercia o poder político, econômico e social, principalmente no interior do país — mantinha-se no poder por meio de alianças
políticas com as oligarquias estaduais, e, por meio da coação eleitoral, obrigava seus subordinados a votarem em seus
candidatos, mantendo assim o seu domínio local.
O voto de cabresto é a principal característica do coronelismo. O termo “cabresto” se refere a um arreio colocado no cavalo para
controlar o seu movimento. Esse acessório foi associado ao coronelismo porque os coronéis conseguiam controlar a votação em
sua região de domínio. Esse controle se dava mediante trocas de pequenos favores e ameaças. Os eleitores eram conduzidos às
zonas eleitorais por transportes financiados pelos coronéis, e, como a grande maioria era analfabeta, apenas colocava nas urnas
eleitorais a cédula já preenchida com o candidato fiel ao coronel.

Economia e política
O café continuou sendo a principal atividade econômica do país, durante a Primeira República. O Brasil se destacava apenas na
agricultura e isso representava um atraso em relação aos outros países, principalmente os europeus, que vendiam produtos
industrializados. Por isso, o governo incentivou a instalação de novas indústrias no Rio de Janeiro e em São Paulo.
A chegada da indústria e a modernização do comércio foi lenta, pois não interessava aos fazendeiros, que lucravam com a
agricultura e a criação de gado
Na Primeira República também foram definidos os limites territoriais entre o Brasil e outros países. O responsável foi o barão do
Rio Branco.

Revoltas e conflitos
Houve vários conflitos que resultaram entre o governo e a população que era desprezada pelo poder público.

Guerra dos Canudos (1893-1897)


Onde é o atual Nordeste brasileiro, especialmente o sertão, sofria com a miséria e com a opressão dos grandes fazendeiros, que
exploravam os trabalhadores. Jagunços e cangaceiros cuidavam da segurança dos coronéis, e beatos pregavam a salvação pela
religião.
Em 1893, no sertão da Bahia, havia uma comunidade chamada Canudos, liderada por um beato que tinha virado em espécie de
líder religioso, chamado Antônio Conselheiro. Enquanto a população baiana sofria com a exploração promovida pelos
fazendeiros e com a miséria, o povoado de Canudos se transformou em uma comunidade sustentável. Não havia donos de terra e
tudo pertencia a todos. A comunidade começou a prosperar e chegou a ter 5 mil casas e 30 mil habitantes.
Os fazendeiros e padres da região, começaram a se sentir incomodados com a prosperidade e autonomia de Canudos, e
pressionavam o governo para atacar a comunidade, com a justificativa de que se tratava de um lugar de fanáticos. Em 1897, em
um último ataque de canhões, Canudos foi completamente destruída.

Revolta da Vacina (1904)


No início do século XX, o
s governantes desejavam tornar o Brasil tão moderno quanto a Europa. Mas as condições das cidades eram muito precárias: não
tinha serviço de esgoto e as doenças se espalhavam, o que impedia o desenvolvimento das cidades e que houvesse investimentos
externos no Brasil.
O médico Oswaldo Cruz, a mando do governo, organizou uma campanha de vacinação geral e obrigatória contra a febre amarela
e a varíola, principalmente no Rio de Janeiro.
As pessoas, irritadas e com medo devido a falta de informação sobre o que estava acontecendo e da abordagem agressiva durante
a aplicação da vacina, revoltaram-se contra a vacinação coletiva.

Guerra do Contestado (1912-1916)


A população da região da fronteira entre Paraná e Santa Catarina sofria coma falta de regularização das posses de terra. A
situação piorou quando pequenos proprietários foram retirados de suas terras para a construção de uma ferrovia. Essas pessoas
faliram e muitos trabalhadores ficaram desempregados. Foi então que os moradores da região decidiram se unir para combater o
governo. Eles foram liderados por monges que afirmaram que aquela era a uma guerra santa (guerra causada por motivos
religiosos).

Brasil

Colônia República

Império

Monarquia

Brasil República (1899-hoje)

Primeira República (1889-1930) – Proclamação da República


Era Vargas (1930-1945) – Revolução de 1930 – Golpe de Estado

República Populista (1946-1964) – Final da II Guerra Mundial/final pacífico da Era Vargas

Ditadura Militar (1964-1985) – Golpe Militar tira João Goulart da presidência

Nova República (1984-hoje) – Fim do regime militar – eleição indireta do 1º presidente civil em 200 anos Tancredo Neves

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