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TEC

3º semestre | 3ª etapa

INICIAR

CIÊNCIAS HUMANAS
E SUAS TECNOLOGIAS

1
Módulo 1
Apresentação da Unidade 1
3º semestre | 3ª etapa

Olá estudante,

Olá estudante, vamos iniciar nossos estudos! Na unidade I você estudará relação da globalização e da Revolução Técnico-Científico-Informacional; as
conteúdos de História, Filosofia, Geografia e Sociologia. Em História verá sobre características e a importância das redes geográficas num mundo globalizado.
o início da República no Brasil, mas para compreender o assunto vamos voltar Por fim, no quadro “Hora da Sociologia”, você verá o tema: As principais teo-
ao Brasil Império. Ao estudar a Primeira República, trataremos de assuntos rias que influenciaram e constituíram a discussão na Sociologia contemporâ-
que fazem parte do mesmo período, como: Primeira Guerra Mundial e Revo- nea sobre a Revolução Informacional. Textos, vídeos e hirpelinks têm a função
lução Russa. No quadro “Hora de Filosofar”, você verá o tema Ética a partir de de auxiliá-los nos estudos, além de complementar vários assuntos. Façam as
dois importantes pensadores, Nietzsche e Sartre. Em Geografia você verá a atividades com atenção!

Bons Estudos!

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Início Final

1. A REPÚBLICA BRASILEIRA

Olá estudantes, vamos conhecer a nossa história republicana em seus BRASIL IMPÉRIO
primórdios, para isso vejam o vídeo: O Império foi o período da história do Brasil que se iniciou com a inde-
pendência, em 1822, e estendeu-se até 1889, quando a República foi pro-
clamada.

O que foi o período imperial?


O período imperial foi uma fase da história brasileira iniciada em 1822,
quando o Brasil tornou-se independente, e finalizada em 1889, quando hou-
ve a Proclamação da República. Nesse período, o Brasil organizou-se politi-
camente como uma monarquia, sendo governado por um imperador, cujo
poder era transmitido de maneira hereditária.

Independência do Brasil
PARA ASSISTIR O VÍDEO O período imperial da nossa história iniciou-se logo após a indepen-
ACESSE O LINK ABAIXO. dência do Brasil, declarada em 7 de setembro de 1822, quando Dom Pe-
dro realizou o grito da independência às margens do Rio Ipiranga, em São
https://tvuol.uol.com.br/video/proclamacao-da-republica-no-brasil- Paulo. Esse, no entanto, é apenas o final de um processo iniciado em 1808,
-completa-130-anos-04028C983668C8B96326 quando a família real portuguesa mudou-se para o Brasil, dando início ao
Período Joanino.
Vocês notaram que, no vídeo, para tratar do advento da República no A mudança da família real portuguesa aconteceu na virada de 1807 para
Brasil, foi preciso antes falar do Império? 1808, quando Portugal foi invadido pelas tropas napoleônicas. Com isso, a
Sim, é importante que nós saibamos de nossa história política de for- família real estabeleceu-se no Rio de Janeiro e iniciou uma série de trans-
ma processual, para podermos analisar esses processos, as transforma- formações que colocaram o Brasil em um novo patamar, responsável por
ções históricas ocorridas e os fatores que as determinaram. Por isso, va-
mos relembrar um pouco do Brasil Império. antecipar nossa independência.

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Apesar disso, o ponto de partida para a independência do Brasil ocorreu Com a independência, determinadas regiões do país, como Pará e Mara-
apenas em 1820, quando foi iniciada em Portugal a Revolução Liberal do nhão, permaneceram fiéis a Portugal, desencadeando uma guerra no país.
Porto. Nessa revolução, a burguesia portuguesa reivindicava o retorno do Com o fim da guerra de independência, era necessário garantir que Portu-
rei D. João VI para Portugal e exigia a revogação das medidas que garantiam gal reconhecesse a independência brasileira. Esse reconhecimento foi for-
maior liberdade econômica ao Brasil. malizado em 1825 por meio de negociações mediadas pela Inglaterra.
As exigências de Portugal foram enxergadas no Brasil como uma tenta- A outorga da Constituição de 1824 foi o exemplo mais claro do autorita-
tiva de recolonizar o país e de impedir o desenvolvimento econômico que rismo que marcou o reinado de D. Pedro I. Seu governo também foi mar-
estava em curso. A partir daí, surgiu uma insatisfação dos brasileiros em cado por decisões equivocadas, como a Guerra da Cisplatina, que destruiu
relação a Portugal, dando início ao processo de independência do Brasil, nossa economia, e por rebeliões, que demonstravam a fraqueza do gover-
liderado por Dom Pedro, nomeado por seu pai como regente do país. no no comando do Brasil. Pressionado por diversos grupos insatisfeitos, D.
Os desgastes nas relações entre Brasil e Portugal fizeram com que Dom Pedro I renunciou ao trono em 1831, em favor de seu filho.
Pedro proclamasse a independência do Brasil. O nosso país, então, conver- O filho de D. Pedro I, porém, não tinha idade para assumir o Brasil. As-
teu-se em uma monarquia, e Dom Pedro foi coroado imperador, tornando- sim, iniciou-se um período de transição em que o país foi governado por
-se Dom Pedro I. regentes até que o futuro imperador tivesse a idade mínima para assumir
o país – 18 anos –, conforme estipulava a Constituição de 1824.
Periodização Esse período de transição ficou conhecido como Período Regencial.
O período imperial do Brasil é dividido em três fases:
• Primeiro Reinado (1822-1831) Período Regencial
• Período Regencial (1831-1840) Regentes eleitos governaram o Brasil durante o Período Regencial, fase que
• Segundo Reinado (1840-1889) ficou marcada pelas disputas entre os parlamentares brasileiros e por rebeli-
ões provinciais. Ao longo desse período, aconteceram rebeliões como a Caba-
Primeiro Reinado nagem, Balaiada, Sabinada, Revolta dos Malês e a Revolução Farroupilha.
O Primeiro Reinado foi o período em que o país foi governado por Dom O período das regências teve fim com o Golpe da Maioridade, no qual os
Pedro I, filho de Dom João VI e regente do Brasil até sua independência. O Pri- políticos brasileiros anteciparam a maioridade de Pedro de Alcântara para
meiro Reinado ficou marcado pelos atritos entre D. Pedro I e grupos políticos que ele pudesse ser coroado imperador do Brasil com 14 anos de idade. Esse
do Brasil, pelo autoritarismo e pela incompetência na administração do país. golpe parlamentar aconteceu em 1840, dando início ao Segundo Reinado.
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Segundo Reinado Outro importante acontecimento do Segundo Reinado foi a Guerra do


O Segundo Reinado, período em que Dom Pedro II foi o imperador do Paraguai, conflito que começou em 1864 e acabou em 1870 com a vitória do
Brasil, estendeu-se de 1840 a 1889. O reinado de D. Pedro II pode ser dividi- Brasil e de seus aliados. Nesse combate, Brasil, Argentina e Uruguai uniram-
do em diversas fases: um período inicial de consolidação, seguido por uma -se para lutar contra o Paraguai e contra o ditador Solano López. A Guerra
fase de auge e, por fim, um estágio de decadência. do Paraguai foi resultado dos choques de interesses que existiam entre as
A campanha abolicionista seguiu um longo percurso e foi um dos gran- nações sul-americanas e teve como consequência final a destruição do Pa-
des acontecimentos que marcaram o Segundo Reinado. Quando D. Pedro raguai. Para o Brasil, as grandes consequências foram o enfraquecimento
II assumiu a presidência, o Brasil era pressionado pela Inglaterra a proibir o da monarquia e a instauração de uma forte crise econômica no país.
tráfico de escravos da África. Com a proibição do tráfico, em 1850, a monar- A decadência da monarquia, resultado de seu enfraquecimento nos
quia iniciou uma transição bem lenta até a abolição do trabalho escravo do meios políticos e nas elites econômicas do Brasil, fez com que o republica-
país, em 1888, durante os momentos finais da monarquia brasileira. nismo ganhasse força como alternativa política. Essa forma de governo foi
viabilizada pela conspiração dos militares contra a monarquia.
A Proclamação da República aconteceu em 15 de novembro de 1889,
quando foi organizado um golpe militar para destituir o gabinete ministe-
rial ocupado pelo Visconde de Ouro Preto. A destituição do gabinete e as
articulações políticas levaram José do Patrocínio a proclamar a república. D.
Pedro II e a família real partiram, então, para a Europa em exílio.

Política e trabalho
Nos primeiros anos da monarquia, a vida política do Brasil concentrava-
A Guerra
-se em torno de três grupos políticos: liberais moderados, liberais exaltados
do Paraguai
(1864-1870) foi e restauradores, cada um com suas próprias convicções políticas. Durante
um dos acon-
tecimentos o Primeiro Reinado e o Período Regencial, esses grupos converteram-se em
mais marcan- dois, liberais e conservadores, os quais controlaram nossa política no Se-
tes do Segun-
do Reinado. gundo Reinado.
Disponível em: https://commons.m.wikimedia.org/wiki/
File:505728_940188f495fcj90yd00va6_(1).jpg. Acesso em: 29 jun. 2020.
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Havia muitas tensões políticas no país envolvendo diferentes questões. as fazendas de café, que começaram a crescer no Oeste Paulista. Vieram
Existiam os federalistas, que defendiam maior autonomia para as provín- para o Brasil um grande número de italianos e portugueses, bem como ale-
cias, enquanto outros defendiam a centralização do poder para que as pro- mães e espanhóis.
víncias não tivessem autonomia; alguns eram monarquistas, enquanto ou-
tros eram republicanos, etc. Resumo
A disputa entre liberais e conservadores pelo poder no parlamento, por Brasil Império é o nome dado ao período que se estendeu de 1822 a
meio do gabinete ministerial, deixava nossa política bastante instável. D. Pe- 1889. A independência do Brasil marcou o início do período imperial, que
dro II foi o responsável por controlar as disputas políticas e por criar um re- foi encerrado com a Proclamação da República. O período imperial é dividi-
gime conhecido como parlamentarismo às avessas, sistema parlamentar no do em três fases: Primeiro Reinado, Período Regencial e Segundo Reinado.
qual o imperador tinha plenos poderes de destituir o gabinete ministerial. O Primeiro Reinado destacou-se pelo autoritarismo de D. Pedro I, que
Em relação ao trabalho, as duas grandes questões eram referentes ao levou ao desgaste da sua relação com a elite política e econômica do país,
trabalho escravo e à chegada dos primeiros imigrantes europeus ao Brasil. fazendo com que o imperador renunciasse ao cargo.
No que diz respeito à escravidão, destaca-se a pressão dos ingleses para O Período Regencial foi um momento de transição e teve dois grandes
que o Brasil colocasse fim ao tráfico de escravos – o que, inclusive, quase destaques: as brigas políticas e as revoltas provinciais.
levou nosso país à guerra contra os ingleses. Por fim, o Segundo Reinado foi o maior e mais estável período da monar-
O processo de transição para o fim do trabalho escravo foi realizado lenta- quia no Brasil, quando D. Pedro II governou o país por quase meio século.
mente, demonstrando o desinteresse da monarquia em acabar com a escra- Essa época foi marcada por importantes eventos no Brasil, como a Guerra
vidão no Brasil, uma vez que isso poderia prejudicar politicamente o monarca do Paraguai. Durante esse período, o país passou por transformações que
brasileiro. No final da década de 1880, quando a situação já era insustentá- levaram ao fim do trabalho escravo e à chegada de milhares de imigrantes
vel, a campanha abolicionista ganhou força no país. Em 1888, a Lei Áurea foi no país. O golpe militar que conduziu à proclamação da República deu fim
assinada, proibindo o trabalho escravo dos negros em nosso país. à monarquia em 1889.
A vinda dos imigrantes ao Brasil surgiu como alternativa para substituir
os escravos, que, após 1850, com a proibição do tráfico negreiro, estavam Por Daniel Neves Silva
escasseando em nosso país. Os imigrantes foram muito importantes para Graduado em História.
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiab/brasil-monarquia.htm. Acesso em: 24 jun.
2020(adaptado).

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Agora que já relembramos um pouco do Período Imperial, vamos ver AMPLIANDO OS CONHECIMENTOS
como se deu a proclamação de nossa República.
O positivismo foi uma corrente teórica criada pelo filósofo francês
Assistam a vídeo-aula! Auguste Comte (1798-1857) que defendia que a regra para o progres-
so social seria a disciplina e a ordem, o que influenciou a teoria mo-
Atenção à aula para que possam elaborar um relatório seguindo o ral utilitarista de John Stuart Mill (1806-1873). Stuart Mill reformulou
roteiro a seguir: o primeiro utilitarismo fundado por seu professor, o filósofo e jurista
• Os motivos do fim da monarquia. Apresente-os de forma resumida. Jerehmy Bentham.
• Como aconteceu a proclamação da República? Quais os envolvidos? No Brasil, o positivismo político de Comte, renovado pela carga
• Quando, de fato, o Brasil passou a ser uma república? moral utilitarista, influenciou a política praticada nos primeiros anos
da Primeira República (1889-1930), devido às referências positivistas
Entregue esse relatório ao professor na aula presencial. trazidas pelos militares e pelo primeiro presidente, o marechal Ma-
nuel Deodoro da Fonseca.

Positivismo no Brasil - “Ordem e Progresso”

A Primeira República
no Brasil, que teve início
em 1889, com a depo-
sição de D. Pedro II, foi
um período fortemente
influenciado pelo posi-
tivismo, principalmente
em seu início. O mare-
chal Manuel Deodoro
PARA ASSISTIR O VÍDEO ACESSE O LINK ABAIXO. da Fonseca, o primeiro
presidente, e os milita-
https://www.youtube.com/watch?v=5eoNlltNabo “Ordem e Progresso”, o lema estampado na
res de um círculo social que se bandeira brasileira tem inspiração positivista.
tornava influente no Brasil, prin-
cipalmente após a Guerra do Paraguai, eram republicanos.

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• Consolidação (1889-1898): período marcado pela consolidação das es-


Símbolos nacionais, como a bandeira brasileira e o Hino à Ban-
deira, surgiram no período de influência positivista. A frase gravada truturas políticas e econômicas da Primeira República. Foi assinalado
no centro da bandeira, “ordem e progresso”, atesta tal influência, que por crises na política e na economia.
impõe a necessidade da ordem política e social e valoriza a liberdade • Institucionalização (1898-1921): período no qual a estrutura política
individual (que carrega consigo a responsabilidade moral do agir).
da Primeira República estava devidamente consolidada. Aqui se defini-
Disponível em: https://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/positivismo.htm. ram políticas como a dos governadores e do café com leite.
Acesso em: 24 jun. 2002(adaptado).
• Crise (1921-1930): período no qual as estruturas políticas da Primeira
República entraram em crise por conta da incorporação de novos ato-
1.1 - A Primeira República res na política brasileira. Conflitos entre as oligarquias também contri-
buíram para o fim da Primeira República.
Período da história do Brasil que aconteceu de 1889 a 1930, tendo sido
iniciado com a Proclamação da República que aconteceu em 15 de novem- MAPA MENTAL - PRIMEIRA REPÚBLICA
bro de 1889 e encerrou-se com a deposição de Washington Luís como con-
sequência da Revolução de 1930. Esse período é conhecido por muitos como
República Velha, mas entre os historiadores o termo utilizado para referir a
esse período é Primeira República.

Periodização
A Primeira República, conforme já mencionado, estendeu-se de 1889 a
1930. Um período específico da Primeira República que foi de 1889 a 1894,
também é conhecido como República da Espada. Esse nome se deve ao
fato de que os dois presidentes brasileiros (Deodoro da Fonseca e Floria-
no Peixoto) foram militares. A República da Espada, porém, é um período
incorporado à Primeira República.
Toda a Primeira República pode ser dividida em três grandes fases, con-
forme estabelece o professor Marcos Napolitano|1|:

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Características entre 1898 e 1902. Foi com a política dos governadores que o funcionamen-
A Primeira República, além de República Velha, é muito conhecida tam- to político brasileiro na Primeira República foi estruturado. Por meio dessa
bém como República Oligárquica e isso porque esse período ficou marcado política, foi possível realizar uma aliança entre executivo e legislativo.
pelo predomínio das oligarquias sobre nosso país. As oligarquias eram O historiador Boris Fausto definiu os objetivos da política dos governa-
forças políticas que baseavam o seu poder em suas posses, isto é, na terra dores da seguinte maneira:
(os oligarcas eram, em geral, grandes proprietários de terra). Seus objetivos podem ser assim resumidos: reduzir ao máximo as disputas po-
O predomínio das oligarquias sobre a política do Brasil começou a ser líticas no âmbito de cada Estado, prestigiando os grupos mais fortes; chegar a
um acordo básico entre a União e os Estados; pôr fim à hostilidade existente
consolidado a partir de 1894, quando Prudente de Morais foi eleito presi- entre Executivo e Legislativo, domesticando a escolha dos deputados|2|.
dente. A eleição de Prudente de Morais também marcou o fim do citado
período conhecido como República da Espada. O predomínio das oligar- Na prática, essa política funcionava da seguinte maneira: o Governo Fe-
quias resultou em algumas características que são consideradas grandes deral daria apoio à oligarquia mais poderosa de cada Estado. Em troca, o
marcas da Primeira República. governo exigia que cada oligarquia apoiasse as propostas do Governo Fe-
Essas características são o mandonismo, o clientelismo e o coronelis- deral no legislativo.
mo. Essas três simbolizam o poder das elites agrárias do país manifestado Assim, as oligarquias deveriam eleger deputados dispostos a atuar em
na posse de terras, além de manifestar o poder dos coronéis sobre as re- favor do governo no legislativo. Com o apoio à oligarquia mais poderosa,
giões interioranas do Brasil e a troca de interesse, elemento fundamental o Governo Federal esperava que os conflitos políticos respingassem o mí-
para a sustentação das oligarquias no poder. nimo possível no âmbito federal e ficassem reduzidos apenas ao âmbito
Outras características muito importantes desse período foram as políti- estadual.
cas que sustentavam as estruturas no âmbito político do Brasil. Aqui esta- O funcionamento da política dos governadores dependia consideravel-
mos falando da política dos governadores e da política do café com lei- mente da figura do coronel, pois seria ele que, a nível regional, mobilizaria
te. Essas políticas foram muito importantes, porque reduziram os conflitos os votos necessários para eleger os candidatos certos, de acordo com o in-
entre as oligarquias, mas não acabaram com eles. teresse de cada oligarquia.
O coronel usava seu poder financeiro para pressionar as pessoas a vo-
• Política dos governadores tar em determinado candidato. Essa intimidação dos eleitores é conhecida
A política dos governadores, também conhecida como política dos es- como “voto de cabresto”. Além da intimidação, a fraude das atas que re-
tados, foi criada durante o governo de Campos Sales, presidente do Brasil gistravam os votos eram uma prática comum.
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• Política do café com leite realizaria um empréstimo de 15 milhões de libras para conseguir realizar a
A política do café com leite é um conceito clássico quando nos referimos compra do excedente dessas sacas.
à Primeira República. Essa política ganhou força no Brasil, sobretudo a par- Na Primeira República também aconteceu um pequeno desenvolvi-
tir de 1913, com a assinatura do Pacto de Ouro Fino, entre as oligarquias mento industrial, sobretudo no Estado de São Paulo. O desenvolvimento
de São Paulo e Minas Gerais. Esse conceito refere-se ao revezamento dos industrial em São Paulo foi, em parte, financiado pela prosperidade do ne-
candidatos lançados à presidência por essas duas oligarquias. gócio cafeeiro e a cidade de São Paulo concentrou grande parte desse cres-
Segundo esse pacto, paulistas e mineiros alternavam-se na presidência cimento industrial.
da República. O nome “café com leite” faz referência ao fato de que São As indústrias receberam um grande número de trabalhadores imigrantes
Paulo era o maior produtor de café do Brasil, enquanto que Minas Ge- e o crescimento industrial resultou no surgimento do movimento operário
rais era o maior produtor de leite. do Brasil, sobretudo a partir de 1917, quando aconteceu a Revolução Russa.
O uso desse conceito para explicar a Primeira República tem sido criticado
pelos historiadores, porque as oligarquias mineira e paulista eram importan- SILVA, Daniel Neves. "Primeira República"; Brasil Escola.
tes, mas o funcionamento do jogo político desse período não passava exclu- Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiab/primeira-republica.htm. Acesso em 29 de junho
sivamente por elas, uma vez que existiam outras oligarquias no país. de 2020(adaptado).

Economia
No campo econômico, o Brasil seguiu com grande dependência do café. 1.2 - A Primeira República e o cenário internacional
O grande produtor dele no Brasil era o estado de São Paulo. No começo
do século XX, os cultivadores começaram a aumentar a quantidade de café Brasil na Primeira Guerra Mundial
produzida, o que acarretou a queda do preço desse produto, uma vez que A participação do Brasil na Primeira Guerra Mundial foi estabelecida
o mercado ficou abarrotado com a mercadoria. Visando a defender seus em função de uma série de episódios envolvendo embarcações brasilei-
interesses, os cafeicultores reuniram-se no Convênio de Taubaté. ras na Europa. No mês de abril de 1917, forças alemãs abateram o navio
Nesse convênio, decidiu-se que o governo brasileiro compraria o ex- Paraná nas proximidades do Canal da Mancha. Seis meses mais tarde,
cedente de sacas de café com o objetivo de controlar o preço desse pro- outra embarcação brasileira, o encouraçado Macau, foi atacado por ale-
duto no mercado internacional. Isso garantiria os lucros dos fazendeiros e mães. Indignados, populares exigiram uma resposta contundente das
resolveria a questão do preço do café. Além disso, decidiu-se que o Estado autoridades brasileiras.
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Na época, o presidente Venceslau Brás firmou aliança com os países A retração econômica sofrida pelas grandes nações industriais europeias
da Tríplice Entente (Estados Unidos, Inglaterra e França), em oposição abriu portas para que o parque industrial se desenvolvesse.
ao grupo da Tríplice Aliança, formada pelo Império Austro-húngaro,
Alemanha e Império Turco-otomano. Sem contar com uma tecnologia Por Rainer Sousa
bélica expressiva, podemos considerar a participação brasileira na Pri- Mestre em História
meira Guerra bastante tímida. Entre outras ações, o governo do Brasil SOUSA, Rainer Gonçalves. “Brasil na Primeira Guerra”; Brasil Escola.
enviou alguns pilotos de avião, o oferecimento de navios militares e Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiab/brasil-primeira-guerra.htm. Acesso em 14
apoio médico. de julho de 2020(adaptado).

Incumbidos de proteger o Atlântico de possíveis ataques de subma- 2. A REVOLUÇÃO RUSSA


rinos alemães, sete embarcações foram usadas na Primeira Guerra:
dois cruzadores, quatro contratorpedeiros e mais um navio auxiliar. A Assista a vídeo-aula!
pequena tripulação destes navios, mesmo tendo um papel breve, foi Atenção à aula para que possam compreender o assunto e, posterior-
mente, fazer as atividades.
vítima da epidemia de gripe espanhola que assolou a Europa nesse pe-
ríodo. A experiência de maior sucesso brasileiro no conflito aconteceu
com os grupos enviados para lutarem ao lado de soldados franceses
e britânicos.
Os brasileiros tiveram participação nos conflitos das tropas da frente
ocidental e na região da Jutlândia. O mais conhecido caso de participa-
ção brasileira se refere ao militar José Pessoa Cavalcanti de Albuquer-
que. Relatos contam que este militar foi responsável pelo comando de
pelotões de cavalaria francesa e uma pequena unidade de tanques. A
experiência por ele adquirida abriu portas para que, logo em seguida, o
Brasil adquirisse seus primeiros carros blindados.
O apoio brasileiro teve muito mais presença com o envio de suprimen- PARA ASSISTIR O VÍDEO ACESSE O LINK ABAIXO.
tos agrícolas e matéria-prima procurada pelas nações em conflito. No Bra- https://www.youtube.com/watch?v=6RawMVE-mOU
sil, a Primeira Guerra teve implicações significativas em nossa economia.
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Revolução Russa de 1917 alavanca movimentos sociais de operários Considerada um marco para a história contemporânea, a Revolução
no Brasil Russa de 1917 influenciou uma série de mudanças no Brasil. Conforme o
Vitória dos bolcheviques motivou socialistas e operários brasileiros professor de história Lula Couto explica [...], a vitória dos bolcheviques foi
a reivindicarem melhores condições de trabalho. capaz de estimular o movimento de socialistas e de operários brasileiros
para reivindicar melhores condições de trabalho.
Revolução Russa no Brasil “A Europa estava abalada pela Primeira Guerra Mundial e os bolchevi-
ques, na Rússia, haviam conseguido o poder. Os efeitos da Revolução Russa
foram divulgados por toda a Europa e, no Brasil, as notícias chegaram prin-
cipalmente por meio da militância dos socialistas”, afirma o docente.
Ainda de acordo com Lula Couto, o grupo era formado, em sua maioria,
por imigrantes que militavam e organizavam o movimento operário no Bra-
sil. “Isso foi feito num período chamado de República Velha, marcado pelo
Revolução Russa estimula
realização de movimentos poder dos coronéis, dos grandes fazendeiros, e que reservava pouco espa-
sociais de socialistas no Brasil ço para os direitos sociais”, explica o professor.
Expedientes cumpridos durante 15 horas seguidas, ausência de férias
e de leis trabalhistas eram algumas das características da época. Com a
Revolução Russa, a classe trabalhista se sentiu fortalecida para mudar
essa situação.
“Foi a partir da luta dos operários, organizando greves, protestos e fun-
dando sindicatos, que se começou a pensar na possibilidade concreta de
organizar uma legislação que protegesse o trabalhador”, ressalta o docen-
te. No ano de 1934, as reivindicações sociais foram garantidas por meio da
PARA ASSISTIR O VÍDEO ACESSE O LINK ABAIXO.
Constituição, no governo do presidente Getúlio Vargas.
https://g1.globo.com/pe/pernambuco/video/revolucao-russa-estimula-re- Disponível em:https://g1.globo.com/pernambuco/educacao/noticia/revolucao-russa-de-1917-alavanca-
alizacao-de-movimentos-sociais-de-socialistas-no-brasil-6197961.ghtml movimentos-sociais-de-operarios-no-brasil.ghtml. Acesso em: 29 Jun. 2020 (adaptado).

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Getúlio Vargas foi derrotado, mas membros de sua chapa eleitoral, in-
3. DECADÊNCIA DA PRIMEIRA REPÚBLICA conformados com a derrota, começaram a conspirar contra o governo. A
desculpa utilizada pelos membros da Aliança Liberal (chapa de Vargas) para
A Primeira República iniciou sua fase decadente na década de 1920. A iniciar uma revolta armada contra o governo foi o assassinato de João Pes-
entrada de novos atores na política nacional, como os tenentistas, contri- soa, vice-presidente de Vargas. O assassinato de João Pessoa, porém, não
buiu para seu fim. O desgaste do pacto que mantinha as oligarquias mini- teve relação com a disputa eleitoral entre Júlio Prestes e Vargas.
mamente em paz também contribuiu para o fim desse período da história A revolta contra o governo, nomeada como Revolução de 1930, iniciou-
brasileira. Na década de 1920, os tenentistas foram uma força que abalou -se em 3 de outubro de 1930, e, no mesmo mês, no dia 24, resultou na
a estrutura da Primeira República. deposição de Washington Luís da presidência. Júlio Prestes foi impedido
Isso aconteceu porque os tenentistas reivindicavam o fim das estrutu- de assumir a presidência do país e, em novembro do mesmo ano, Getúlio
ras oligárquicas que estavam estabelecidas no país. Ao longo da década de Vargas foi empossado como presidente provisório do país. Esse era o
1920, os tenentistas realizaram uma série de revoltas por todo o país fim da Primeira República, e o início da Era Vargas, período que se estendeu
como a Revolta dos 18 do Forte de Copacabana, a Revolta Paulista de 1924 por quinze anos.
e a Coluna Prestes.
Importante mencionar que a Primeira República foi um período marca- Por Daniel Neves
do por tensões sociais que resultaram em conflitos por diferentes regiões Graduado em História
do Brasil. Aqui podemos citar a Guerra de Canudos, Revolta da Armada, SILVA, Daniel Neves. "Primeira República"; Brasil Escola.
Guerra do Contestado, Revolta da Vacina, Revolta da Chibata etc. Leia este Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiab/primeira-republica.htm. Acesso em 29 de junho
texto para saber mais sobre revoltas da Primeira República. de 2020(adaptado).

O estopim para o fim da Primeira República foi a eleição presidencial de


1930. Naquela ocasião, o presidente Washington Luís resolveu romper com
HORA DE FILOSOFAR!
o Pacto de Ouro Fino e em vez de lançar um candidato mineiro optou por O ato de filosofar caracteriza-se como um pensar por si mesmo,
lançar Júlio Prestes, candidato paulista. Isso desagradou profundamente por conta própria, mas só conseguimos isso apoiando-se na reflexão
a oligarquia mineira que se aliou à oligarquia gaúcha e aos tenentistas, e de outros, isto é, na reflexão dos filósofos e pensadores que escreve-
ram, ou escrevem sobre a filosofia;
juntos lançaram Getúlio Vargas como candidato presidencial.

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A REVOLUÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICO-
Filosofar é ainda pensar, refletir e criticar os próprios pensamentos,
as próprias ideias preconcebidas acerca de algo ou alguém. Diga-se de
INFORMACIONAL
passagem: filosofar é colocar nossos preconceitos sob a luz revelado- Na segunda metade do século XX, teve início a Revolução Técnico-
ra da crítica. E mais: filosofar é refletir, a partir dos princípios lógicos -Científico- Informacional, fundamentada na automatização e na robo-
oferecidos pela filosofia. É pensar sobre nós mesmos, sobre o mundo,
tização da produção - que colaborou, por um lado, para reduzir o uso
sobre as coisas, sobre o outro, etc.. Estar diariamente se pensando, se
questionando e pensando acerca da realidade, é estar filosofando. intensivo de mão de obra, matéria-prima e energia, mas, por outro,
contribuiu para elevar a produtividade industrial, o que indiretamente
MOMENTO FILOSÓFICO: obrigou as empresas a repensar suas estratégias de ação e produção.
TEMA: ÉTICA
Avanços na tecnologia em áreas do conhecimento - como a infor-
FILÓSOFOS:
• FRIEDRICH WILHELM NIESTZSCHE; mática, as telecomunicações, a biotecnologia, a robótica e a química
• JEAN-PAUL CHARLES AYMARD SARTRE possibilitaram o desenvolvimento de novas técnicas, produtos e maté-
rias-primas, exigindo cada vez mais o uso de mão de obra altamente
especializada.
Nesse contexto, a competitividade nos mercados mundiais passou
a ser determinada cada vez mais pelo controle e pelo uso de novas tec-
nologias. É preciso considerar, porém, que a contínua incorporação das
tecnologias de ponta no processo produtivo demanda um alto inves-
timento, exigindo, portanto, a ampliação em escala do mercado con-
ASSISTA AS VÍDEO-AULAS! sumidor. Com isso, corporações transnacionais as únicas capazes de
assumir tais custos passaram a liderar uma ampla integração do mer-
https://www.youtube.com/watch?v=BxqzJD4sxhI
https://www.youtube.com/watch?v=V5UBJbruhic cado mundial.
A fusão entre a microeletrônica e as telecomunicações ajudou a pro-
Atenção às aulas para que possam compreender o assunto e, pos- pagar a Revolução Técnico-Científico-Informacional, contribuindo para
teriormente, fazer as atividades a intensificação dos fluxos de mercadorias, capitais e informações en-
tre os mercados nacionais. O crescimento do comércio internacional

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estimulado pela redução das barreiras alfandegárias, imposta pelas nanceiras ocorrem e notícias importantes são divulgadas; até reuniões
políticas neoliberais disseminou as tecnologias e os produtos da Re- de negócios não mais necessitam da presença física de todos os seus
volução Técnico-Científico-Informacional por todo o planeta. A rápida participantes, o que exemplifica o grau de avanço técnico das redes.
circulação de informações propiciada pelas redes informatizadas defi- Para a economia pós-industrial, em que os fluxos informacionais e
niu padrões mundiais de consumo, bem como difundiu as marcas das financeiros adquirem cada vez maior importância, as redes digitais são
empresas globalizadas. primordiais. Por elas, fluxos financeiros são processados de forma ins-
tantânea, o que viabiliza a constituição e o fortalecimento de mercados
A IMPORTÂNCIA DAS REDES GEOGRÁFICAS NO financeiros mundializados, operacionalizados nas principais bolsas de

TEMPO DA GLOBALIZAÇÃO valores da Europa, da Ásia, dos Estados Unidos e do Brasil. Ao mesmo
tempo, as redes digitais permitem que a comunicação entre indivíduos
O conceito de “redes geográficas" é fundamental para a análise das e instituições se dê em tempo real, conectando pessoas diferentes e
transformações socioespaciais. A noção do que é uma rede surge a distantes pontos do planeta, otimizando decisões e diminuindo custos.
partir da análise das formas de apropriação do espaço promovidas pe- As redes, portanto, são instrumentos que permitem fazer circular e
las relações comerciais capitalistas. Uma rede geográfica pode ser de- comunicar fluxos de todo tipo de mercadorias as informações. Existem
finida como um conjunto de locais na superfície, articulado por vias pontos de ligação entre as diversas redes que as conectam a lugares e
e perpassado por fluxos de todo tipo, de mercadorias a informações. redes específicas, são chamados de nós: lugares de poder e de referên-
Esses fluxos dependem da existência das redes que os transportam e cia, onde as redes se encontram. As cidades, especialmente as de mé-
os articulam. dio e grande portes, podem ser identificadas como nós de redes. São
A Revolução Técnico-Científica Informacional intensificou sobrema- lugares de conexão entre as diferentes escalas global, nacional, regional
neira a expansão das redes, incluindo a própria rede de transportes, por e local por meio dos quais fluxos de toda natureza circulam.
meios dos aviões e jatos mais avançados. A formação das redes digitais Compare as duas figuras, em relação à intensidade dos fluxos de pas-
e os avanços nas redes de comunicação tornaram-se grandes marcos sageiros por via aérea quanto ao correspondente movimento de passa-
para esse período. Assim, em tempo real, comunicados e transações fi- geiros em cada cidade, na década de 1970 e no ano de 2010.

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Disponível em: https://pt.calameo.com/


read/002899327a52e3679fa29?authid=gjwm0E1zscvf.
Acesso em: 13 julho de 2020.

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As redes geográficas são, afinal, um importante elo entre as diferentes Fluxos da sociedade global
partes do espaço geográfico que integram o sistema mundial em tempos de Os fluxos da sociedade global expressam-se pela grande conectividade
globalização. Assim, elas permitem o transporte e difusão de inúmeros ins- e deslocamento de capitais, informações e pessoas por todo o planeta.
trumentos técnicos, além de mercadorias, informações e conhecimentos, es- Os avanços promovidos pela Revolução Técnico-Científica Informacio-
tando diretamente associadas à maioria dos elementos que compõem a vida nal acarretaram uma maior expansão do sistema capitalista pelo mundo,
cotidiana das sociedades. Todavia, o acesso e o poder de difusão dessas redes transcendendo todas as suas fronteiras e ampliando os seus horizontes de
dependem das diferentes hierarquias nas sociedades, constituídas pelo poder ação. Assim, consolidou-se o processo de globalização – visto, por muitos,
econômico ou político. Assim, quem possui mais recursos ou poder possui como uma mundialização –, que permitiu a instauração da chamada “Aldeia
uma maior possibilidade de usufruir da estrutura das redes geográficas. Global”.
Entende-se por fluxos da sociedade global a cadeia interconectada entre
as diferentes partes do mundo que permite a circulação – nem sempre li-
Para sistematizar o conceito de redes geográficas em um mundo
vre – de elementos econômicos, informações e pessoas. Portanto, os fluxos
globalizado, acesse o link abaixo!
E assista o vídeo! podem ser considerados, em muitas abordagens, como a materialização da
globalização no espaço geográfico.

Fluxos econômicos
Os fluxos econômicos na sociedade global apresentam-se por meio do
deslocamento de capitais, empresas, mercadorias e investimentos. Com
os avanços proporcionados no âmbito dos meios de transporte e comuni-
cação, a economia mundializou-se e passou a integrar todas as diferentes
partes do mundo, embora de maneira desigual e hierárquica.
Não obstante, os principais fluxos que acontecem no âmbito atual do
Capitalismo Financeiro e Informacional são os de capitais. Todos os dias
uma quantidade muito grande de dinheiro circula em todo o mundo na for-
PARA ASSISTIR O VÍDEO ACESSE O LINK ABAIXO.
ma de bits de computador, sem, na maioria dos casos, materializar-se total-
https://www.youtube.com/watch?v=ZAMiggKTqnM
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mente. Na verdade, estima-se que a maior parte de todo o capital existente XVIII levava dias ou até meses para ser Mais da metade da população
não se encontre mais na forma de dinheiro impresso. informado em outros territórios. Atu- mundial usa internet, aponta
Os chamados “capitais especulativos” encontram-se no centro desse almente, eventos com a mesma rele- ONU
processo. Muitas vezes, os investidores preferem concentrar-se em títulos, vância ou até menos importantes são Até o final de 2018, 51,2%
juros de dívidas públicas e privadas, ações e outros para valorização e pos- informados em todo o mundo quase da população mundial usará
terior arrecadação. Com isso, o retorno é mais rápido, embora a ausência que em tempo real. a internet.
de investimentos na produção proporcione uma série de prejuízos em ter- Atualmente há uma complexa rede Atualmente, cerca de 3,9
mos internacionais. de comunicação, pela qual as mais di- bilhões de pessoas usam a
A circulação de “capitais produtivos” também é bastante relevante para versas informações fluem de maneira internet em todo o mundo, o
a economia global. Ela ocorre por meio de investimentos em determinados acelerada, dessas podemos citar: os que representa mais da me-
setores da atividade econômica, tais como fábricas, comércios, lojas etc. noticiários da TV, rádio, jornais, revis- tade da população mundial –
Outra forma é o deslocamento das próprias empresas, que migram para tas, internet e muitos outros. Diante informou a Organização das
países onde os fatores locacionais são mais vantajosos. Em algumas indús- desses e de outros meios de comuni- Nações Unidas nesta sexta-
trias de empresas multinacionais, a produção é dividida em várias fábricas, cação, o homem contemporâneo pode -feira (7). A agência da ONU
cada uma localizada em uma parte do mundo, com a montagem aconte- assistir uma guerra ou mesmo um para informação e comunica-
cendo em um local igualmente distinto. atentado através de um aparelho de ção, a UIT, indicou que, até o
televisão, como o que aconteceu nos final de 2018, 51,2% da popu-
Fluxos de Informações Estados Unidos em 11 de setembro de lação mundial usará a inter-
Não são poucos os autores que classificam a era atual como a era da 2001, quando bilhões de pessoas pu- net, apontou a France Presse.
sociedade informacional, com destaque para Manuel Castells, Milton San- deram visualizar ao vivo esse aconteci- “Até o final de 2018, tere-
tos e David Harvey. A expansão dos meios de comunicação e as facilidades mento histórico. mos ultrapassado a marca de
geradas fazem com que o mundo inteiro esteja interligado, o que permite a Os fluxos de informações vêm au- 50% do uso da internet”, afir-
difusão de conceitos, costumes e tradições. mentando em todo planeta, isso se mou o diretor da ITU, Houlin
Os principais meios que permitem a difusão dos fluxos de informações deve, principalmente, pelo fato dos Zhou, em um comunicado.
são o rádio, a TV, as revistas, jornais e, principalmente, a internet. Em ter- custos com as novas tecnologias e “Este é um passo importan-
mos de comparação, um acontecimento importante na Europa do século serviços (como telefone fixo e móvel,
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além da internet) estarem gradativa- te para uma sociedade global pelo menos 90% podem acessar a internet por meio da tecnologia 3G,
mente diminuindo, desse modo, atin- da informação mais inclusi- ou de redes de banda larga.
gindo uma quantidade cada vez maior va”, disse ele. “Ainda há mui-
de pessoas. O custo de uma ligação in- tas pessoas que esperam os
ternacional entre Nova York e Londres benefícios da economia digi-
custa hoje cerca de US$ 0,35, na déca- talizada”, completou.
da de trinta o valor era de 250 dólares. Segundo a UIT, os países
Tanto a rede de telecomunicação mais ricos do planeta regis-
quanto os fluxos de informações não traram um crescimento só-
possuem a mesma configuração em to- lido no uso da internet, que
das as partes do mundo, pelo contrário, passou de 51,3% de suas po-
são bastante desiguais. Isso é explicado pulações, em 2005, para atu-
pelo fato de que os países desenvolvi- ais 80,9%.
dos detêm o monopólio das informa- O progresso tem sido pro-
ções que circulam no mundo. porcionalmente muito mais Fonte: UIT

importante nos países em Cobertura celular e computadores


desenvolvimento, onde atu- A UIT aponta que quase toda a população mundial, ou 96%, vive em
almente 45,3% da população áreas com cobertura de rede de celular. Além disso, 90% da população
usa a internet contra apenas global pode acessar a internet via 3G ou rede de qualidade superior.
7,7% em 2005. A entidade estima ainda que, globalmente, quase 50% de todos os
Ao mesmo tempo, o rela- domicílios têm pelo menos um computador. Nos países em desenvolvi-
tório indica que quase a tota- mento, essa taxa é de 83,2%, enquanto nos em desenvolvimento esse
lidade da população mundial percentual cai para 36,3%.
vive em áreas com redes para Disponível em: https://g1.globo.com/economia/tecnologia/noticia/2018/12/07/mais-da-metade-da-
telefones celulares. Destes, populacao-mundial-usa-internet-aponta-onu.ghtml. Acesso em 13 jul. 2020.

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Fluxo de pessoas me de cargas no mundo. Esse meio de transporte tem seu uso difundido no
Por extensão aos avanços tecnológicos provocados ao longo do século processo de exportação e importação, pelo fato de o mesmo possuir uma
XX e início do século XXI, o fluxo internacional de pessoas também vem se elevada capacidade de carga que nenhum outro tem, além do baixo custo
intensificando na era da globalização atual. A expansão desse fluxo aconte- por tonelada transportada. Em média, um navio cargueiro pode transpor-
ce de duas formas: o turismo e a migração. tar cerca de 100 mil toneladas.
O turismo, não por acaso, é a atividade do setor terciário que mais vem Um meio de transporte que vem ganhando espaço é o aéreo, o mesmo
crescendo no planeta, com milhões de pessoas se deslocando todos os anos tem contribuído para o fluxo de mercadorias internacionais. Esse cresci-
sob os mais diferentes interesses. Com isso, as cidades receptoras e os meios mento se deve, principalmente, pelo fato de que esse tipo de transpor-
de transporte vão se adequando a essa realidade, o que resulta na moderni- te é mais dinâmico, ou seja, é mais rápido. Sendo usado, especialmente,
zação de seus respectivos sistemas de recepção, deslocamento e hospeda- em casos em que o produto é perecível ou quando há uma urgência
gem, gerando cifras milionárias em termos de lucros e produção de riquezas. na entrega de um produto. Existem atualmente aviões cargueiros que
As migrações internacionais também se intensificam no planeta e con- possuem a capacidade
figuram-se sob muitos aspectos. Muitas migram por razões humanitárias, de carga de até 100 to-
sociais, econômicas e afetivas, muito embora existam muitas barreiras es- neladas, sem contar que
tabelecidas pelos países para conter esse processo. É muito comum a mi- o tempo gasto na viagem
gração de pessoas de um país para outro (muitas vezes por meios ilegais) é relativamente peque-
em busca de maior geração de renda e oportunidades. no, por exemplo, o traje-
Portanto, como podemos observar, os fluxos que estruturam a socieda- to entre Brasil e Estados
de global e suas redes internacionais são compostos por interações econô- Unidos é feito em menos
micas, informacionais e demográficas. Estas, por sua vez, permitem a ex- de 12 horas.
pansão mundial de outros elementos, tais como os costumes culturais ou Observe a figura ao
regionais, religiões e as práticas socioespaciais de um modo geral. lado que representa os
principais fluxos de mer-
Fluxos de mercadorias cadorias, em 2010, entre
O fluxo de mercadorias em âmbito internacional ocorre, majoritariamen- os continentes:
te, por meio do transporte marítimo, que movimenta cerca de 75% do volu-
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HORA DA SOCIOLOGIA!
VAMOS APROFUNDAR “se é imprescindível dominar a informática e todas as novas tecno-
logias para uma colocação qualificada no mercado de trabalho, tam-
SOBRE O TEMA ESTUDADO? bém se faz necessário, no universo educacional, problematizar a vida
do próprio aluno, sua existência real num mundo real, com suas impli-
Então, acesse o link abaixo e assista ao vídeo! cações nos diversos campos da vida: ético-moral, sociopolítico, religio-
so, cultural e econômico”. (...) “a volta das disciplinas humanísticas – fi-
https://www.youtube.com/watch?v=NVIbPobvvuo losofia, sociologia, antropologia, psicologia, entre outras – tem muito
a contribuir com a formação do jovem naquilo que lhe é mais peculiar:
o questionamento. Desmistificando ideologias e apurando o pensa-
mento crítico das novas gerações, poderemos continuar sonhando,
e construindo, um país, não de iguais, mas justo para mulheres e ho-
mens que apenas querem viver”. Gilson Teixeira Leite (Jornal A Gazeta
em 11/12/00).
Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/praxis/481/05sofia.pdf?sequence=1.
Acesso em: 14 Jul. 2020.

TEMA: As principais teorias que influenciaram e constituíram a dis-


cussão na Sociologia contemporânea sobre a Revolução Informacional.

REVOLUCÃO INFORMACIONAL
O desenvolvimento científico e tecnológico inspirou vários setores da
Revolução Industrial. Novos sujeitos sociais, modos de produção, novas
práticas políticas, novos tipos de sociedade, organização da produção de
formas de ação política coletiva foram estudados com base no avanço, no
progresso ou no desenvolvimento científico e tecnológico. Essas análises
foram particularmente influenciadas por uma leitura de Marx sobre a rela-
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ção entre forças produtivas e relações produções. Para esse autor, as forças lução Informacional (São Paulo: Cortez. 1999), francês Jean Lojkine (1939-)
produtivas, isto é, aquilo que se apresenta como elemento da transforma- entende que esse tipo de produção não é fruto apenas de uma transfor-
ção social, são limitadas pelas relações de produção capitalistas. Dessa for- mação tecnológica. Para esse autor, não se trata da simples utilização da
ma, as relações sociais capitalistas impedem que as forças produtivas (por informática em atividades de formação, comunicação e gestão, mas sim de
exemplo, a ciência e a tecnologia) avancem, já que esse avanço não condiz uma mudança na utilização humana da informação.
com os interesses sociais do capitalismo. A questão central para entender o trabalho informacional na produção
Assim, para Marx, a transformação da sociedade se identifica com as for- ou serviços tem relação com as formas de liberação do trabalhador. Para
ças produtivas enquanto a conservação social se identifica com as relações Lojkine, muitas foram as tentativas de controlar esse tipo de atividade de
de produção. Existem no capitalismo forças produtivas capazes de produ- forma taylorista, isto é, retirando os saberes dos trabalhadores e os trans-
zir o necessário para toda a população do planeta. No entanto, esse desen- ferindo para a gerência. Mas essas tentativas não tiveram êxito, já que as
volvimento não interessa às relações de produção, que preferem manter o atividades criadas pela Revolução Informacional se apoiam na produção e
desenvolvimento limitado aos interesses do capital, restringindo o acesso troca de informações por meio das tecnologias da informação.
e a socialização dos produtos. Segundo alguns autores ocorreu uma diferença significativa na utiliza-
Com a reestruturação produtiva dos anos 1960 e 1970, esse tema volta ção das tecnologias da informação pois, diferentemente das tecnologias
ao centro da discussão sociológica. As novas tecnologias da informação, dis- tradicionais, as NTICS (Novas Tecnologias da Informação e Comunicação)
tintas das tecnologias anteriores, pareciam dar outro sentido às sociedades não se caracterizam como um processo de substituição de trabalhadores
contemporâneas, na medida em que abriam novas formas de participação por máquinas. Segundo Lojkine essas tecnologias são diferentes na medi-
social e política aos indivíduos. Falou-se de uma Revolução Informacional, da em que demandam uma interatividade do trabalhador com a máquina,
que teria transformado a base produtiva do capitalismo. tendo a intervenção humana um papel central nesse processo.
Diferente da Revolução industrial que se caracterizou como uma revolu- Projeta-se, assim, uma relação entre a utilização das tecnologias da infor-
ção da indústria e teve seu foco no trabalho realizado nas máquinas, a Re- mação e a libertação do indivíduo de certas amarras do trabalho taylorista
volução Informacional teria como base de produção não mais a matéria fí- e fordismo. Haveria ainda a exploração do trabalho, mas essa exploração
sica, mas a informação. Enquanto a Revolução Industrial se caracteriza pela seria de um grupo e não da forma fragmentaria que o trabalho no Taylor-
transformação de um produto com base no trabalho manual, na Revolução -fordismo imprimia. Nestes novos termos, o trabalho seria mais qualificado,
Informacional o trabalho intelectual predomina e não se limita à indústria, exigindo mais responsabilidade do trabalhador e, sobretudo, seria um tra-
mas está presente em todos os setores da economia. Em seu livro A Revo- balho mais intelectualizados se comparado ao da fábrica fordista. Expres-
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sões como “satisfação no trabalho” e “participação ativa do trabalhador”


são consideradas como um índice que estabelece uma relação distinta do trabalhador da área de informação se utiliza de dispositivos intelectu-
trabalhador com seu trabalho. Resumindo, o trabalhador teria se libertado ais para executar seu trabalho. No entanto, há limites para essas dife-
de algumas limitações impostas pelas atividades tradicionalmente fabris. renciações. Os projetistas de uma empresa de software planejam de
Apesar da criação de novas qualificações profissionais, inclusive algu- acordo com um esquema determinado pela empresa, os jornalistas
mas que se retomam a capacidade intelectual do trabalhador, o que deve de um periódico escrevem dentro de uma linha editorial preestabele-
ser ressaltado é o grau em que esses trabalhos podem ou não fazer parte cida, os publicitários de uma empresa de marketing criam propagan-
de escolhas e estruturas gerenciais alheias à intervenção do trabalhador. das levando em conta os interesses do cliente.
Nesse sentido, a pergunta central seria: a Revolução Informacional é de fato
um processo de libertação do trabalhador em relação a atividades penosas
e enfadonhas ou não passa de um processo de intensificação do trabalho, Pense nas suas atividades e nas de seus familiares e indique se do
que agora também controla as formas de produção intelectual? ponto de vista do controle do trabalhador existem marcantes diferenças
Deve-se levar em conta que toda transformação tecnológica não tem entre as novas atividades ligadas à informática e as atividades tradicionais.
fundamentação neutra, mas obedece aos interesses da sociedade. Nesse Procure pensar também em que medida os trabalhadores das áreas
sentido, a produção informacional parece estar longe de libertar os traba- rurais são afetados pelas tecnologias da informação.
lhadores dos atuais padrões de exploração e dominação social.

VOCÊ JÁ PENSOU NISTO?


Muitas atividades que utilizam a informação como ferramenta de
trabalho são apresentadas à sociedade como diferentes daquelas da
fábrica tradicional. Em geral, há mesmo diferenças entre essas ativi-
dades. Enquanto o trabalhador da indústria tem uma atividade prees-
tabelecida pelo setor de engenharia de produção ou pela gerência, o

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Referências

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PENA, Rodolfo F. Alves. "Redes geográficas"; Brasil Escola. Disponível em: ht- Disponível em: <https://pnld2018.moderna.com.br/-/geografia-contextos-
tps://brasilescola.uol.com.br/geografia/redes-geograficas.htm. Acesso em -e-redes>. Acesso em: 10 jul. 2020.
02 de julho de 2020.
Disponível em: <https://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-geogra-
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ografia.pdf>. Acesso em: 14 jul. 2020.
SOUSA, Rainer Gonçalves. "Brasil na Primeira Guerra"; Brasil Escola. Dispo-
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dade-conhecimento-desigualdade-social.htm>. Acesso em: 02 jul. 2020.

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ciedade-global.htm>. Acesso em: 07 jul. 2020.

Disponível em: <https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/fluxos-mer-


cadorias.htm>. Acesso em: 07 jul. 2020.
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