Você está na página 1de 6

CLARETIANO-CENTRO UNIVERSITÁRIO

Extensão Universitária

DIOGO PINTO DE SOUZA PENA

HISTÓRIA DO BRASIL E A IMPRENSA NA


INDEPENDÊNCIA

Campos do Jordão, SP

2020
DIOGO PINTO DE SOUZA PENA

HISTÓRIA DO BRASIL E A IMPRENSA NA


INDEPENDÊNCIA

Trabalho apresentado no Curso de


Extensão Universitária História do
Brasil e a Imprensa na Independência
para Claretiano-Centro Universitário
como requisito de avaliação do curso;
Linha de Pesquisa: Arte-linguagem
sob a orientação da Professora Eliane
Nunes Marins

Campos do Jordão, SP

2020
REFLEÇÕES SOBRE O BRASIL E A IMPRENSA NA INDEPENDÊNCIA

A independência do Brasil deve ser entendida como um processo que


vem desde1808 quando Dom João VI juntamente com sua Família Real e toda
a corte vieram ao Brasil (não por vontade própria) a 1822 quando se dá a
separação de Portugal, ou ainda até 1831, quando uma nova elite formada em
território brasileiro, nas faculdades de Olinda e de São Paulo, os liberais
brasileiros derrotam o déspota esclarecido D. Pedro I e seu governo
exclusivamente português.
Polêmicas a parte, fato é que com a vinda de toda a corte para o Brasil
alterou-se a estrutura administrativa colonial. O Brasil tornou-se sede do
governo português e os brasileiros puderam ter maior visibilidade do
funcionamento do governo e a possibilidade de ter acesso físico ao próprio rei.
Outro fato crucial é que em 1815, o Brasil torna-se Reino Unido de
Portugal, e Algarves, ou seja, deixa de ser colônia, ocorrendo assim muitas
mudanças como na economia com a abertura dos portos as nações amigas, que
pôs fim ao pacto colonial. Com isso as redes de comércio foram restruturadas,
unindo diferentes regiões a nova capital, o Rio de Janeiro, onde houve várias
melhorias, entre elas a Criação do Jardim Botânico, do Teatro Municipal a
vinda da Biblioteca Real, e principalmente o surgimento oficial da imprensa,
apesar de desde 1533 já possuíssemos a invenção de Gutenberg, no Brasil a arte
gráfica era feita de maneira clandestina onde logo podemos perceber que tal
proibição era favorável a manutenção do antigo regime. A imprensa agora
estava oficialmente no Brasil, porém com censura prévia o que fez com que
muitos jornalistas pagarem caro (até mesmo com a própria vida) por publicar
certas matérias com isso podemos perceber que a imprensa não era livre no
Império mesmo assim foi corajosa e acabou desempenhando um papel
importantíssimo para emancipação do país difundindo opiniões públicas por
meio de jornais que acabaram fomentando as ideais iluministas, questões sobre
política, nacionalistas etc. A imprensa e a maçonaria contribuíram muito com o
processo da independência pois disseminava os ideais iluministas, deixava a
nascente elite brasileira a par dos acontecimentos, das revoluções e
independências que estava ocorrendo a época e ajudou nas decisões políticas na
formação do estado Nação a fortalecer os ideais de independência e pós
independência no Brasil.
Com a Revolução do Porto em 1820 os portugueses começaram a exigir
a volta de João VI a Portugal. Havia grande insatisfação com a perda de
monopólios e a crise econômica. Em 1821, a corte retorna, mas D. João VI
deixou seu filho, D. Pedro I, como regente do território brasileiro. Mas tarde
começaram a exigir que o príncipe regente também retornasse, porém este
decidiu ficar, fato conhecido como o Dia do Fico.
Foi o dia que D. Pedro I desobedeceu às ordens das cortes portuguesas que
queriam sua volta imediatamente à Corte portuguesa e ordenando ainda o
fechamento de aparatos administrativos em 9 de janeiro de 1822 D. Pedro I
decidiu ficar no Brasil.
Podemos destacar entre outras figuras importantes, dessa época José Bonifácio
e Gonçalves Ledo que montaram o aparato ideológico da independência. José
Bonifácio que escreveu o manifesto que começou a dar força as aspirações de
D. Pedro I.
D. Pedro I decide pela separação, às margens do Riacho do Ipiranga, em
7 de setembro no retorno ao Rio de Janeiro de uma viagem a São Paulo. Depois
sendo coroado Imperador no dia em 01 de dezembro de 1822. 
O papel da imprensa foi importantíssima no contexto da Independência
(e é até hoje) pois mesmo a grande maioria da população brasileira sendo
analfabeta na época ,essa população se inspirava nos ideais daqueles que
sabiam ler pois estes liam em praça pública em voz alta, fazendo com que os
analfabetos também tivessem acesso às informações reagindo às notícias
publicadas com sentimentos de mudança, de questionamento sobre condições
de vida, pois, assim a imprensa acabou exercendo também o papel de
educadora. Houve vários jornais na época do Império entre eles o Correio
Brasiliense, a Gazeta do Rio de Janeiro, A idade do Ouro do Brasil, Diário do
Vintém, A malagueta a revista As variedades ou ensaios de Literatura e ainda
os panfletos de uma página os Pasquins.
O primeiro jornal brasileiro o Correio Brasiliense era editado por
Hipólito José da Costa em Londres fato que o ajudou a escrever sobre a
administração portuguesa com maior liberdade. Sua publicação durou 14 anos
com o início em 1808 com a vinda da Família real ao Brasil e termino em 1822
com a independência do Brasil. Na seção Miscelânea a mais dissertativa
Hipólito expunha suas reflexões sobre o Brasil com seus ideais Iluministas,
influenciou os homens que queriam expor suas ideias de liberdade. Tornando os
mais informados e interessados pela Independência do Brasil. As notícias
guiavam os discursos inflamados na praça pública e incitaram grandes debates
na Assembleia de 1823.
Apesar de todo esforço e debates acalorados na Assembleia por parte
dos deputados e membros da nascente elite brasileira o imperador dissolveu a
Assembleia Geral, Constituinte e legislativa do Império do Brasil, que iria votar
uma constituição para o país. E para justificar D. Pedro 1° declarou que
convocaria outra e em 1824 outorgou a Constituição política do Império do
Brasil onde seus poderes foram ampliados criando para si o poder Moderador.
Na prática, a independência do Brasil ter sido feita por um português não
significou muitas mudanças, significou preservação das tradições luso-
brasileiras, a independência não foi uma ruptura radical com Portugal a
independência por exemplo para as pessoas feitas escravas no Brasil não
significou nada pois a escravidão não foi abolida.As mudanças que ocorreram
no Brasil em função de ser, a partir de 1822, um país independente foi um
começo para que o país pudesse estabelecer sua administração pública e normas
políticas.
Enfim podemos perceber que o país necessita ainda hoje com urgência
uma transformação social e econômica que permita o Brasil crescer e superar
vestígios de um passado colonial que ainda ecoam na sociedade atual como por
exemplo esse desrespeito a liberdade de imprensa que até hoje encontra ecos
no Brasil onde vemos jornalistas, sociólogos, historiadores entre outros
intelectuais, com fontes verdadeiras, fundamentadas, desprezados, processados
e a assimilação de Fake News por grande parte da população, sendo exaltada,
ou seja, a luta para termos uma nação mais igualitária, menos autoritária e mais
autônoma continua.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bentivoglio, Júlio César
História do Brasil II/Júlio César Bentivoglio-Batatais, SP: Claretiano, 2013.
Marins, Eliane Nunes
História do Brasil e a Imprensa na Independência/Eliane Nunes Marins Batatais, SP:
Claretiano, 2019.

E-REFERÊNCIAS
ISABEL LUSTOSA OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA . Hipólito da Costa

Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=GUVmaiz9s38.


Acesso em : 2 set.2019.

Você também pode gostar