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PERÍODO LETIVO COMPONENTE CURRICULAR

8º ANO A 14/06 A 08/07/2021 HISTÓRIA


NOME DO ALUNO:

CONTEÚDOS ESSENCIAIS: Família Real no Brasil e processo de Independência; Primeiro Reinado.


OBJETIVOS: (EF08HI12) Caracterizar a organização política e social no Brasil desde a chegada da
Corte portuguesa, em 1808, até 1822 e seus desdobramentos para a história política brasileira.
(EF08HI15) Identificar e analisar o equilíbrio das forças e os sujeitos envolvidos nas disputas políticas
durante o Primeiro e o Segundo Reinado.

O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DO BRASIL


O processo de independência do Brasil iniciou-se após a vinda da Família Real Portuguesa para a
colônia brasileira e se deu em três etapas:
1ª Etapa: Abertura dos Portos
2ª Etapa: Elevação do Brasil à condição de Reino Unido com Portugal e Algarves
3ª Etapa: Revolução do Porto

A Família Real no Brasil

No início do século XIX, grande parte da Europa estava dominada pelas tropas do imperador dos
franceses, Napoleão Bonaparte. Seu principal inimigo era a Inglaterra.
Em 1806, o imperador decretou o Bloqueio Continental que obrigava a todas as nações da Europa
continental a fecharem seus portos ao comércio inglês. Com isso, pretendia-se enfraquecer a Inglaterra e
derrotá-la economicamente.
Nessa época, Portugal era governado pelo Príncipe Regente D. João. Pressionado por Napoleão, que
exigia o fechamento dos portos portugueses ao comércio inglês, e ao mesmo tempo pretendendo manter as
relações com a Inglaterra, D. João tentou adiar uma decisão definitiva sobre o assunto.
A Inglaterra era fornecedora dos produtos manufaturados consumidos em Portugal e também
compradores de mercadorias portuguesas e brasileiras.
Para resolver a situação, o embaixador inglês em Lisboa, convenceu D. João a transferir-se com a
Corte para o Brasil. Desse modo, os ingleses garantiam o acesso ao mercado consumidor brasileiro e a
família real portuguesa evitava a deposição da dinastia de Bragança pelas forças napoleônicas.
No dia 29 de novembro de 1807, a família real, fidalgos e funcionários partiram para o Brasil
escoltados por quatro navios britânicos. No dia seguinte, as tropas francesas invadiram Lisboa.

Abertura dos Portos

A Abertura dos Portos às Nações Amigas foi um ato (decreto) promulgado por D. João VI em 28 de
janeiro de 1808. Foi o primeiro decreto emitido pelo príncipe regente de Portugal, após sua chegada ao
Brasil juntamente com a família real portuguesa.
Este decreto (carta régia) abriu os portos do Brasil às nações amigas de Portugal. Desta forma,
possibilitou o livre comércio entre o Brasil com as nações amigas. Vale dizer que, a principal nação amiga
de Portugal, e que se beneficiou muito desse ato, foi a Inglaterra.
De acordo com este decreto, os produtos ingleses podiam entrar no Brasil com taxas alfandegárias
(impostos de importação) de 15%. A incidência dos impostos sobre os produtos de outros países era de 24%.

Principais consequências da Abertura dos Portos às Nações Amigas:


- O decreto descontinuou o Pacto Colonial, que até então só permitia o comércio entre a colônia (Brasil) e
sua Metrópole (Portugal). Portanto, possibilitou o fim do monopólio colonial.
- As vantagens dadas aos comerciantes britânicos (ingleses), no comércio com o Brasil, fizeram aumentar a
dependência do nosso país com relação à Grã-Bretanha (Inglaterra).
- A entrada de produtos britânicos dificultou a abertura de indústrias brasileiras, pois estas teriam que
concorrer com os produtos britânicos que possuíam vantagens alfandegárias, entre outras.
- Entrada no Brasil de diversos tipos de produtos britânicos, muitos deles sem relação com as necessidades
dos consumidores brasileiros.

Elevação do Brasil à condição de Reino Unido


Com a derrota de Napoleão Bonaparte e sua prisão definitiva, foi convocado o Congresso de Viena,
na intenção de restaurar as monarquias nacionais dos países anteriormente dominados por Napoleão e seu
exército.
Foi estabelecido que para poder participar do Congresso de Viena, os governantes dos países
deveriam estar vivendo em seu próprio território, ou seja, seu próprio país. O governo português não se
encontrava nessas condições, pois, sua sede não era em Portugal e sim em sua colônia, o Brasil.
Nesse sentido, D. João VI, interessado nas decisões que poderiam ser tomadas na reunião, no intuito
de viabilizar a participação portuguesa, eleva o Brasil à condição de Reino Unido junto com Portugal e
Algarves. Com essa medida, a colônia brasileira deixa de existir e os brasileiros ganham ainda mais força
para sua emancipação.

Revolução do Porto
Desde a vinda da família real para o Brasil, Portugal estava à beira do caos. Além da grave crise
econômica e do descontentamento popular, o sistema político era marcado pela tirania do comandante
inglês, que governava o país.
Tudo isso levou os portugueses a aderirem ao movimento revolucionário que teve início na cidade do
Porto em 24 de agosto de 1820.
A Revolução Liberal do Porto pretendia derrubar a administração inglesa, recolonizar o Brasil,
promover a volta de D. João VI para Portugal e elaborar uma Constituição.
Diante desses acontecimentos, no dia 7 de março de 1821, D. João anunciou sua partida. No entanto,
deixa no Brasil seu filho mais velho e herdeiro do trono e através de um decreto, atribuía a D. Pedro a
regência do Brasil.
No dia 26 de abril de 1821, D. João parte para Portugal, com a rainha Dona Carlota Joaquina e o
príncipe Dom Miguel.

Do Dia do Fico à Independência

Aclamação de Dom Pedro I, Imperador do Brasil, no Campo de Santana, Rio de Janeiro. Obra de Jean Baptiste-Debret, 1822.

O novo regente do Brasil, D. Pedro, tinha apenas 23 anos. Várias medidas das cortes de Lisboa
buscam diminuir o poder do Príncipe-Regente e, desse modo, pôr fim à autonomia do Brasil.
A insistência das Cortes para que D. Pedro voltasse a Portugal despertou atitudes de resistência no
Brasil. No dia 9 de janeiro de 1822, foi entregue ao Príncipe Regente uma petição com 8.000 assinaturas
solicitando que não abandonasse o Brasil.
Cedendo às pressões D. Pedro respondeu:
"Como é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto. Diga ao povo que fico".
O Dia do Fico era mais um passo para a independência do Brasil.

Grito do Ipiranga: "Independência ou Morte!"

No dia 7 de setembro de 1822, D. Pedro se encontrava às margens do riacho Ipiranga em São Paulo,
quando recebeu os últimos decretos de Lisboa, um dos quais o transformava num simples governador,
sujeito às autoridades das Cortes.
Essa atitude o conduziu a dizer que estavam cortados os laços que uniam o Brasil a Portugal.
Daquele momento em diante, Independência ou Morte seria o lema de todos os brasileiros.
No dia 12 de outubro do mesmo ano, D. Pedro foi aclamado como o primeiro imperador do Brasil,
com o título de D. Pedro I, sendo coroado em 1º de dezembro de 1822.
Por Juliana Bezerra,
Por Jefferson Evandro Machado Ramos

PRIMEIRO REINADO
O Primeiro Reinado corresponde ao período de 7 de setembro de 1822 a 7 de abril de 1831, em que o
Brasil foi governado por D. Pedro I, primeiro imperador do Brasil.
Esta época tem início com a declaração da Independência do Brasil e termina com a abdicação de
Dom Pedro I a favor do seu filho e herdeiro.
O Primeiro Reinado é marcado por disputas entre a elite agrária e o imperador, além de conflitos
regionais no Nordeste e na Cisplatina.

Acontecimentos do Primeiro Reinado


Os primeiros dois anos do Brasil como nação independente tiveram como principal debate, além da
procura pelo reconhecimento internacional, a elaboração de uma constituição para o país. Esse documento
seria elaborado por uma Assembleia Constituinte que havia sido escolhida em eleições realizadas após a
independência.
A Constituinte assumiu suas funções em maio de 1823, e a elaboração da Constituição gerou
desentendimentos profundos entre os deputados e D. Pedro I. O grande debate era acerca do alcance dos
poderes políticos do imperador. Os constituintes queriam que os poderes do imperador fossem limitados e
que ele não tivesse a permissão de dissolver a Constituinte quando bem entendesse. Essa postura dos
constituintes, de procurar limitar o poder real, naturalmente, gerou insatisfação em D. Pedro I, que defendia
que seu poder fosse centralizador e autoritário sobre a nação.

A Constituição de 1824

A constituição elaborada por D. Pedro I e seu conselho foi outorgada, isto é, foi imposta por vontade
do imperador no dia 25 de março de 1824. Portanto, a primeira constituição brasileira foi produto do
autoritarismo e definida de cima para baixo. Esse conjunto de regras também possuía alguns princípios
liberais, porém dava poderes irrestritos ao imperador brasileiro.
PREFEITURA MUNICIPAL DE BAURU
Secretaria Municipal da Educação
EMEF NER “Lydia A. N. Cury”

PERÍODO LETIVO COMPONENTE CURRICULAR


8º ANO A 14/06 A 08/07/2021 HISTÓRIA
NOME DO ALUNO:

O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

1- Qual a relação entre o Bloqueio Continental e à vinda da Família Real para o Brasil?
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2- Como fica o relacionamento entre a colônia brasileira e a Inglaterra após a Abertura dos Portos?
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3- Qual o Objetivo do Congresso de Viena?


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4- Por que D. João resolve elevar o Brasil à Reino Unido?


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5- Quais os objetivos da Revolução do Porto?


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