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Relatório escrito de forma bem organizada e objetiva

da independência do Brasil.

❖ Independência do Brasil

→ Introdução

• A independência do Brasil foi o processo histórico de separação


entre o então Reino do Brasil e Portugal, que ocorreu no período de
1821 a 1825, colocando em violenta oposição as duas partes
(pessoas a favor e contra). O evento mais conhecido desse processo
foi o Grito do Ipiranga, proferido por D. Pedro I às margens do riacho
Ipiranga, em São Paulo, no dia 7 de setembro de 1822. Com a
independência do Brasil declarada, o país transformou-se em uma
monarquia com a coroação de D. Pedro I.

❖ Causas da independência

➢ As causas da independência do Brasil estão relacionadas com os


seguintes fatores:

• A transferência da família real portuguesa para o Brasil em 1808,


fugindo da invasão francesa em Portugal. Essa mudança trouxe uma
série de transformações políticas, econômicas e sociais para o
Brasil, que deixou de ser uma colônia e passou a ser sede do reino
português.
• A abertura dos portos brasileiros às nações amigas em 1808, que
permitiu o comércio livre entre o Brasil e a Inglaterra, rompendo o
pacto colonial que submetia o Brasil a Portugal. Essa medida
favoreceu o desenvolvimento econômico e comercial do Brasil e
fortaleceu os interesses da elite brasileira.
• A elevação do Brasil à condição de Reino Unido a Portugal e
Algarves em 1815, que reconheceu a autonomia política e
administrativa do Brasil em relação à metrópole. Essa medida criou
uma identidade nacional brasileira e aumentou as aspirações por
independência.

• A Revolução Liberal do Porto em 1820, que exigiu o retorno de D.


João VI para Portugal e a convocação de uma assembleia
constituinte para elaborar uma nova constituição para o reino
português. Essa revolução representou uma ameaça aos interesses
da elite brasileira e aos privilégios adquiridos pelo Brasil durante o
período joanino.

• As tentativas das cortes portuguesas de recolonizar o Brasil em


1821, revogando as medidas modernizadoras implantadas por D.
João VI e exigindo o retorno de D. Pedro, filho de D. João VI e
príncipe regente do Brasil, para Portugal. Essas tentativas
provocaram a reação de D. Pedro e dos brasileiros que apoiavam a
independência.

❖ Processo de independência do Brasil

➢ O processo de independência do Brasil pode ser dividido nas


seguintes etapas:

• O Dia do Fico: em 9 de janeiro de 1822, D. Pedro recebeu uma carta


das cortes portuguesas ordenando seu retorno imediato para
Portugal. Diante da pressão popular e dos conselhos de José
Bonifácio de Andrada e Silva, líder do partido brasileiro, D. Pedro
decidiu permanecer no Brasil e declarou: “Se é para o bem de todos
e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico”.
• O Cumpra-se: em 1º de maio de 1822, D. Pedro determinou que as
ordens das cortes portuguesas só seriam cumpridas no Brasil com
sua aprovação prévia. Essa medida significou um rompimento com a
autoridade das cortes e uma afirmação da soberania brasileira.

• A viagem de D. Pedro a São Paulo: em agosto de 1822, D. Pedro


viajou para São Paulo com o objetivo de acalmar os ânimos dos
paulistas que estavam insatisfeitos com a situação política e
econômica do país. Durante sua viagem, ele recebeu apoio dos
fazendeiros locais e das câmaras municipais.

• O Grito do Ipiranga: em 7 de setembro de 1822, D. Pedro recebeu


uma carta das cortes portuguesas que anulava todos os seus atos
como príncipe regente e exigia sua submissão imediata. Diante
dessa provocação, D. Pedro, às margens do riacho Ipiranga, em São
Paulo, declarou a independência do Brasil, proferindo a famosa
frase: “Independência ou morte”.

• A aclamação de D. Pedro I: em 12 de outubro de 1822, D. Pedro foi


aclamado imperador do Brasil pelo povo e pelas autoridades civis e
militares, recebendo o título de D. Pedro I. Em 1º de dezembro de
1822, ele foi coroado e consagrado na Catedral da Sé, no Rio de
Janeiro, e o país passou a ser conhecido como o Império do Brasil.

❖ Guerra de independência do Brasil

• A declaração de independência do Brasil não foi aceita pacificamente


por Portugal e por algumas províncias brasileiras que permaneceram
fiéis à metrópole. Assim, iniciou-se uma guerra de independência que
durou até 1825, envolvendo conflitos armados em diferentes regiões
do país. Os principais focos de resistência foram:
• A Bahia: as tropas portuguesas controlavam a capital Salvador e
enfrentavam a resistência dos brasileiros que se organizaram em
milícias populares e contaram com o apoio da Inglaterra. A guerra na
Bahia durou até 2 de julho de 1823, quando os portugueses foram
expulsos da província.

• O Pará: as tropas portuguesas controlavam a capital Belém e


enfrentavam a resistência dos brasileiros que se organizaram em
uma junta governativa e contaram com o apoio da Marinha brasileira.
A guerra no Pará durou até 15 de agosto de 1823, quando os
portugueses foram expulsos da província.

• O Maranhão: as tropas portuguesas controlavam a capital São Luís e


enfrentavam a resistência dos brasileiros que se organizaram em
uma junta governativa e contaram com o apoio da Marinha brasileira.
A guerra no Maranhão durou até 28 de julho de 1823, quando os
portugueses foram expulsos da província.

• A Cisplatina: a província da Cisplatina (atual Uruguai) foi anexada ao


Brasil em 1821 por D. João VI, mas enfrentava a resistência dos
habitantes locais que desejavam a independência ou a união com as
Províncias Unidas do Rio da Prata (atual Argentina). A guerra na
Cisplatina durou até 1828, quando o Brasil reconheceu a
independência do Uruguai.

❖ Consequências da independência do Brasil

• As principais consequências da independência do Brasil foram:


• O reconhecimento internacional da independência do Brasil por parte
das principais potências mundiais, como Inglaterra, França e Estados
Unidos. Portugal só reconheceu a independência do Brasil em 1825,
após assinar o Tratado de Paz e Aliança, no qual o Brasil se
comprometeu a pagar uma indenização de dois milhões de libras
esterlinas.

• A formação do Império do Brasil como uma monarquia constitucional


e hereditária, tendo D. Pedro I como seu primeiro imperador. O
Império do Brasil durou até 1889, quando foi proclamada a
República.

• A manutenção da unidade territorial do Brasil, que não se fragmentou


em vários países como ocorreu na América Espanhola. Essa unidade
foi garantida pela presença de um monarca comum e pela adesão
das províncias ao projeto imperial.

• A continuidade da escravidão no Brasil, que não foi abolida com a


independência. O Brasil foi o último país das Américas a abolir a
escravidão, em 1888. A escravidão foi um dos principais fatores de
exclusão social e desigualdade no país.

• A consolidação da elite agrária como a classe dominante no Brasil,


que detinha o poder político e econômico baseado na produção e
exportação de produtos primários, como açúcar, café e algodão.
Essa elite se beneficiou da independência e manteve seus privilégios
e interesses.

Referências: Wikipedia.

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