Contexto internacional • Na Europa, Napoleão Bonaparte havia decretado, em 1806, o Bloqueio Continental, proibindo que os países comercializassem com a sua inimiga histórica – a Inglaterra.
• Portugal tem a Inglaterra
como principal parceiro comercial, político e militar
• Como Portugal não aderiu ao
Bloqueio, Napoleão envia tropas para invadir a região. • Com o apoio inglês, a Corte portuguesa foge para o Brasil.
• Pela primeira vez uma
corte europeia se transferia para um território colonial.
• A fuga foi organizada
às pressas, tendo em vista a marcha das tropas napoleônicas A Viagem A água era escassa, de má qualidade. E a comida não passava de carne salgada e biscoitos. Em pouco tempo, o mantimento já estava contaminado por vermes. Animais vivos também foram embarcados, para garantir um pouco de leite, ovos. Uma infestação de piolhos obrigaria todas as mulheres – incluindo a princesa – a raspar o cabelo. Ratos eram abundantes nas embarcações, o que só aumentava o risco de uma epidemia. Por causa da alimentação precária, distúrbios intestinais tornaram-se comuns. •No dia 22 de janeiro de 1808, chegava a Salvador a família real portuguesa; •Foram apenas 34 dias em Salvador. O breve tempo, porém, não impediu D. João de tomar decisões fundamentais para destravar a economia brasileira e promover o crescimento da cidade; •O príncipe regente provocou uma verdadeira revolução na economia brasileira, ao decretar a abertura dos portos às nações amigas de Portugal; •Era o fim do monopólio comercial português com o Brasil; •A medida permitiu que navios mercantes estrangeiros atracassem livremente nos portos brasileiros. •Alvará de Permissão Industrial - Concedia liberdade para o estabelecimento de indústrias e manufaturas na colônia. Tal medida não se efetivou em virtude da concorrência dos produtos ingleses - principalmente após 1810 - e pela concentração de recursos na lavoura exportador a • Mas o destino da Coroa portuguesa, era a capital da colônia, o Rio de Janeiro, onde D. João e sua comitiva desembarcaram em 8 de março de 1808 e onde foi instalada a sede do governo. Muitos moradores, sob ordem de D. João, foram despejados para que os imóveis fossem usados pelos funcionários do governo. Este fato gerou, num primeiro momento, muita insatisfação e transtorno na população da capital brasileira. "P.R.", que significava "Príncipe Regente", mas que o povo logo traduziu como "Ponha-se na Rua". • Na chegada ao Rio de Janeiro, a Corte portuguesa foi recebida com uma grande festa: o povo aglomerou-se no porto e nas principais ruas para acompanhar a Família Real em procissão até a Catedral, onde, após uma missa em ação de graças, o rei concedeu o primeiro "beija-mão". Tratado de Navegação e Comércio • Produtos ingleses, 15%; • Produtos portugueses, 16%; • Demais nações, 24%.
Tratado de Aliança e Amizade
Promessa de redução e abolição do tráfico de escravos, liberdade religiosa aos ingleses, direito aos ingleses de extrair madeiras das matas brasileiras para a construção de seus navios. 1815 – ELEVAÇÃO DO BRASIL A REINO UNIDO A PORTUGAL E ALGARVES • Politicamente, o Brasil passou por mudanças significativas, como a elevação a Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, em 16 de dezembro de 1815. Por esse ato, a Colônia adquiria igualdade jurídica ao Reino Português, o que legitimava a permanência do Príncipe Regente no Rio de Janeiro. Aos olhos dos portugueses, tal elevação do Brasil reforçava a posição de abandono do monarca em relação a Portugal. Insurreição Pernambucana (1817) Data e local: Pernambuco, 1817 Causas: Crise econômica que atingia a região; Altos impostos; Insatisfação com o alto custo da Corte e da máquina administrativa montadas por D. João VI. Influências: Independência dos Estados Unidos (1776) e Revolução Francesa (1789- 1799). Grupos sociais: Comerciantes, militares, membros do clero, grandes proprietários, juízes, artesãos e homens livres. Início: Os insurgentes tomaram Recife, fundaram uma república e formaram um governo provisório por 75 dias, fizeram uma Constituição. Desfecho: As divergências entre os líderes, a falta de apoio de outras regiões e o avanço das tropas portuguesas marcaram o fim do movimento. Muitos líderes foram presos e executados A REVOLUÇÃO LIBERAL DO PORTO (1820) Movimento liberal, antiabsolutista, feito pela burguesia portuguesa. Acelerou o processo de independência brasileira. Representou uma busca dos portugueses para resolver questões fundamentais para a reestruturação política e econômica de Portugal. • Pressão pela volta de D. João. • Elaboração de uma Constituição. • Restabelecimento do exclusivo comercial brasileiro.
• Ameaça de deposição de D. João VI
• Retorno a Lisboa (1821) • D. Pedro assume como Príncipe regente PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA O grupo favorável à permanência de D. Pedro no Brasil enviou a ele, em 9 de Janeiro de 1822, uma petição apoiando o Príncipe Regente. D. Pedro, então, declarou que aqui permaneceria. Esse episódio tornou a data conhecida como o “Dia do Fico”. Dessa forma, D. Pedro colocava-se ao lado da elite brasileira e de seus interesses, em clara oposição às Cortes portuguesas. Após a declaração de sua permanência no Brasil, D. Pedro convocou a formação de uma Assembleia Constituinte, responsável por elaborar uma constituição para o Brasil. No dia 7 de setembro de 1822, em viagem de São Paulo ao Rio de Janeiro, D. Pedro recebeu diversas cartas de Lisboa, que lhe tiravam o poder e exigiam seu retorno imediato a Portugal. Ele se negou a retornar, reafirmando o rompimento com Portugal e a Independência do Brasil. No dia 1º. de dezembro, foi finalmente coroado imperador, com o título de D. Pedro I, cargo no qual permaneceu até 1831, quando retornou a Portugal. Principais mudanças do período Joanino • Criação de cursos de medicina no Brasil. • Criação da Impressão Régia. • Fundação do Banco do Brasil. • Criação dos Correios. • Desenvolvimento e reconstrução do Rio de Janeiro. • Criação do Real Horto (atual Jardim Botânico) Biblioteca Real (atual Biblioteca Nacional do Brasil) Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios (atual Escola de Belas- Artes) • Contratou um grupo de artistas franceses para coordenar os trabalhos. Casa França Brasil Jardim Botânico
Palácio Imperial Quinta da Boa Vista
• Costumes importados da Europa • Alto custo de vida • Crescimento populacional (urbanização) • Criação de cargos públicos para ocupar nobres • Distribuição de títulos nobiliárquicos • Aumento de impostos (financiar despesas da Corte) Elementos que não correspondem ao momento retratado Cavalos: D. Pedro e seus acompanhantes não estavam montando cavalos; na época, em viagens longas, se utilizavam jumentos e mulas, mais resistentes. Número de acompanhantes: a comitiva de D. Pedro era formada por poucos integrantes e não quarenta pessoas. Trajes: D. Pedro I e sua comitiva não viajaram com uniformes de gala que, aliás, sequer existiam na época; eles foram criados depois da independência, assim como os “Dragões”. Postura de D. Pedro: é improvável que o príncipe regente estivesse com uma aparência tão sadia e posição ereta uma vez que, naquele momento, estava sentindo fortes cólicas causadas pelo cansaço da longa viagem ou pelo jantar na noite anterior. Casa do Grito: não existia na época; o casebre retratado no quadro foi construído por volta de 1884, portanto muito tempo depois da proclamação da independência. Pedro Américo: sequer tinha nascido quando Friedland, de Jean-Louis Ernest Meissonier (1815-1891). aconteceu a independência, portanto, não foi A cena do pintor autodidata francês mostra Napoleão testemunha do fato que só foi pintado décadas Bonaparte e seu estado-maior saudando o regimento depois de ocorrido.