A família real portuguesa que veio para o Brasil João adotou várias medidas econômicas que A presença da família
sença da família real no Brasil também
era formada pela rainha dona Maria I (que, aos 73 anos,
estava viúva e impossibilitada de governar, por sua
doença mental), suas irmãs, Ana e Maria Benedita, e o
príncipe regente dom João, que, na época, tinha 40 anos
e era casado com Carlota Joaquina. Princesa espanhola,
Carlota Joaquina fora levada para Portugal ainda criança,
a fim de aprender a língua e os costumes do país do
noivo.
Outra medida importante tomada por D. João
foi a revogação do Alvará de 1785, que impedia a
instalação de manufaturas na colônia.
D. João VI no Brasil –
Havia um problema, como acomodar toda essa gente?
 Eram aproximadamente 15 mil pessoas. Para
acomodar a comitiva real, foram solicitadas as
melhores casa do Rio de Janeiro, ou seja, foi dada
uma ordem de despejo aos moradores que tiveram 24
horas para deixar suas casas.
 Na casa escolhida, era colocada em sua porta a
sigla “PR” que significava “Príncipe Regente”, mas,
as pessoas deram de outros significados. Propriedade
Real PR Prédio Roubado Ponha-se na Rua.
 A presença da família real no Rio de Janeiro
contribuiu para uma grande mudança na cidade.
 O Rio se tornou a sede do Império Português e
a corte estava segura na colônia.
 Enquanto isso, a guerra continuava na Europa e
a Inglaterra defendia Portugal.
D.
PR
mudaram o cenário brasileiro. Entre as principais,
podemos citar:
Abertura dos portos brasileiros às nações
amigas.
Revogação do Alvará que proibia a
instalação de manufaturas na colônia
(estímulo ao estabelecimento de indústrias
no Brasil).
Construção de estradas, reformas em portos.
Incentivou o desenvolvimento da indústria
têxtil e da metalurgia.
Em 1810 assinou os Tratados de “Aliança e
Amizade” e de “Comércio e Navegação”.
(Estes tratados concediam aos produtos
ingleses a taxa de importação de 15%,
enquanto os outros países deveriam pagar
24% e Portugal 16%).
 Mudanças administrativas
Com a vinda da família real, a sede do império
português foi instalada no Rio de Janeiro, por isso,
D. João montou um sistema administrativo que dava
ao Brasil uma certa autonomia. As principais
medidas foram:
Criação dos 3 Ministérios: Guerra e
Estrangeiros, Marinha, Fazenda e Interior.
Fundação do Banco do Brasil.
Instalação da Junta de Comércio.
Instalação da Casa de Suplicação (hoje,
Supremo Tribunal), que era a mais elevada
corte de Justiça.
 Em 1815, o Brasil é elevado a categoria de
Reino Unido a Portugal e Algarves (região
sul do atual Portugal).
 a dependência dos grandes proprietários.

 Medidas de incentivo à cultura
Medidas de incentivo à cultura
contribuiu para uma mudança cultural na colônia.
Dentre as principais medidas tomadas pelo Príncipe
Regente temos:
Fundação da Escola Real de Ciências, Artes
e Ofícios.
Criação de cursos no Rio de janeiro e na
Bahia: cirurgia, química, agricultura,
desenho técnico, etc.
Fundação do Museu Nacional, da
Biblioteca Real, e do Observatório
Astronômico.
Criação do Jardim Botânico.
Criação da Imprensa Régia (primeira
gráfica do Brasil).
Estímulo ao desenvolvimento das artes com
a vinda da Missão Francesa para o Brasil.
A Gazeta era usada como Jornal Oficial do
Governo, lá eram publicadas nomeações e diversos
atos do Estado.
1815 Napoleão é derrotado, mas a família real
decide continuar no Brasil.
Com a derrota de Napoleão, os artistas que serviam
na sua Corte pediram asilo a D. João. Era a hora de
embelezar a Corte.
 Em 1816, a rainha D. Maria I morre e o príncipe
regente é aclamado e coroado rei, com o título de
D. João VI.
Contexto do surgimento da revolução:
A partir de 1808, aumenta o número de portugueses
na colônia. Esses se beneficiavam de regalias que os
homens da terra não tinham. Os comerciantes
portugueses controlavam as atividades de
importação e exportação, gerando o endividamento e
Revolução Pernambucana (1817)
Pernambuco, um dos maiores centros da produção crise econômica e domínio inglês. Liderança da
açucareira do Nordeste brasileiro, estava atravessando uma burguesia portuguesa
Partido
grave crise econômica em razão do declínio das exportações
Em Portugal, o povo não estava nada satisfeito com Retorno do monopólio
do açúcar e do algodão. Além disso, uma grande seca
tudo isso e passou a exigir o retorno do rei que colonial.
assolou o Nordeste entre 1815 e 1816, destruindo a
estava no Brasil. Português
agricultura e provocando fome e miséria. A insatisfação Situação que o Brasil
popular aumenta ainda mais diante dos pesados tributos e Assim, em 1820, ocorreu a chamada Revolução  se encontrava antes
impostos, cobrados pelo governo de D. João VI. Liberal do Porto, uma revolta que era contra o de 1808.
absolutismo do rei e pedia a volta das limitações
O movimento começava a ser preparado, quando o
coloniais do Brasil. Os revolucionários passaram a
governador de Pernambuco, Caetano Pinto de Miranda
exigir:
Montenegro, tomou conhecimento e ordenou a prisão dos Independência.
envolvidos. Porém, os rebeldes conseguiram resistir ao cerco Recolonizarão do Brasil (volta do monopólio Criação de um país
das tropas militares oficiais. Este fato marcou o estopim da português). dominado pelos
rebelião, que rapidamente ganhou força. Diante disso, o o retorno de D. João VI para Portugal; grandes
governador fugiu, mas foi preso pelos revoltosos. a aprovação de uma Constituição que seria proprietários e as
promulgada em Lisboa; Brasileiro
Os líderes da rebelião chamavam-se: elites fluminenses.
aceitação da nomeação de 12 pessoas indicadas
Domingos José Martins, José de Barros Martins (tinha o pelos revoltosos para ocupar os cargos públicos
apelido de “Leão Coroado”), João Ribeiro e Miguelinho mais importantes e o ministério.
(esses dois últimos eram padres).
Retorno de D. João VI para Portugal
Medidas Tomadas
Pressionado pelos portugueses, D. João VI teve que Independência.
- Abolição dos impostos. aceitar as exigências feitas e voltou para Portugal, em Influência das ideias
abril de 1821. liberais.
- Liberdade de imprensa.
Deixou em seu lugar, no Brasil, o filho D. Pedro Radical Alguns radicais
- O novo governo seria republicano.
como Príncipe Regente. reivindicavam uma
Desfecho: república com
A permanência no brasil de um herdeiro do trono
português desagradou as cortes de Lisboa. o único sufrágio universal e
Dom João VI enviou a Pernambuco vários soldados para
objetivo era: restabelecer o poder de Portugal sobre o a abolição da
combater os rebeldes e retomar Recife. Os rebeldes foram
brasil. escravatura.
cercados e derrotados. Alguns conseguiram fugir para o
interior. Os principais líderes foram julgados e condenados à
Antes de voltar para Portugal, D. João esvaziou os
morte. O padre João Ribeiro suicidou-se.
cofres do Banco do Brasil.
Divisão Política, após o retorno de D. João VI
Revolução Liberal do porto (1820) para Portugal

Enquanto a família real estava no Brasil, Portugal foi Saiba que: neste contexto, a palavra “Partido”,
governado por uma junta governativa inglesa que significava o grupo político da época.
prestava contas a D. João VI e ajudou a expulsar as
tropas de Napoleão das terras lusitanas. Portugal –

 José Bonifácio de Andrada e Silva, Patriarca da
Independência do Brasil, foi um dos grandes construtores
do projeto de independência.
 D. Maria Leopoldina foi umas das
incentivadoras dos planos de independência levados à
diante pelo marido.
O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA (1821 – 1822):
Cortes portuguesas (parlamento) tentam recolonizar o Brasil.
Exigência da volta de D. Pedro para Portugal.
As Cortes de Lisboa exigiam o retorno imediato
de D. Pedro e volta do Brasil ao estado de
Colônia.
DIA DO FICO: A primeira vitória do partido
brasileiro contra as cortes de Lisboa foi o dia do
fico. nesse episódio D. Pedro recebeu um
manifesto com mais de 8 mil assinaturas
pedindo que ele desobedecesse às ordens de
Portugal e ficasse no brasil.
Dia do Fico Em 9 de janeiro de 1822, D. Pedro
recebeu uma carta das Cortes de Lisboa, que
exigia seu retorno para Portugal.
A presença de D. Pedro no Brasil impedia os
projetos dos portugueses. As pessoas que
apoiavam o Partido Brasileiro organizaram um
manifesto, pedindo ao príncipe que ficasse no
Brasil.
Assim, D. Pedro respondeu negativamente aos
chamados de Portugal e proferiu: “Como é para
o bem de todos e felicidade geral da nação, diga
ao povo que fico."
MAI/1822: Decreto do “Cumpra-se”. A
segunda vitória do partido brasileiro ficou
conhecida como o “cumpra-se”. d. Pedro
assinou um decreto determinando que qualquer
ordem vinda de Portugal só seria obedecida no
brasil mediante o “cumpra-se’ do Príncipe
regente.
 Em 1822, iniciava-se um processo de
ruptura com Portugal, em que D. Pedro
tomou uma série de medidas que
desagradaram a metrópole:
determinou que nenhuma lei de Portugal
seria colocada em vigor no Brasil sem o
“cumpra-se”, ou seja, sem a sua aprovação;
em maio, o príncipe foi aclamado “Defensor
Perpétuo do Brasil”;
em agosto, assinou um decreto declarando
que as tropas portuguesas que
desembarcassem no Brasil seriam
consideradas inimigas;
D. Pedro faz uma breve viagem a Minas Gerais
e a São Paulo para acalmar setores da sociedade
que estavam preocupados com os últimos
acontecimentos. No percurso, recebeu uma
nova carta de Portugal que anulava todas as
suas medidas e exigia sua volta imediata.
JUN/1822: D. Pedro convoca Assembleia
Constituinte.
AGO/1822: tropas portuguesas no Brasil
consideradas inimigas.
A Declaração de Independência.
Em 7 de Setembro, ao voltar de Santos, parado às
margens do riacho Ipiranga, D. Pedro recebeu uma
carta com ordens de seu pai para que voltasse
para Portugal, submetendo-se ao rei e às Cortes.
Levado pelas circunstâncias, D. Pedro pronunciou a
famosa frase "Independência ou Morte!", rompendo os
laços de união política com Portugal.
Culminando o longo processo da emancipação, a 12 de
outubro de 1822, o Príncipe foi aclamado Imperador
com o título de D. Pedro I, sendo coroado em 1° de
dezembro na Catedral da Sé, no Rio de Janeiro.
 DEZ/1822:D. Pedro é coroado (DOM PEDRO
I). Dependência econômica em relação a
Inglaterra.
A Coroação de D. Pedro, como Imperador do Brasil,
era a consagração do projeto de independência
preparado pelas elites, sem a participação do povo.
O Brasil paga a Portugal uma indenização no valor de
2 milhões de libras pela independência. Esse dinheiro,
claro, quem emprestou a D. Pedro I foi a “nação
amiga” Inglaterra. 
PRIMEIRO REINADO, 07 SETEMBRO 1822 A 7 DE
ABRIL DE 1831.
 O período I Reinado tem início na Independência e vai
até a abdicação de D. Pedro I.
 Províncias que não aceitaram a proclamação:
RESISTÊNCIAS NA BA, MA, PI, PA E URUGUAI
RECONHECIMENTO EXTERNO: EUA primeiro
país a reconhecer a independência do Brasil. – DOUTRINA
MONROE
PORTUGAL: MEDIAÇÃO INGLESA
INDENIZAÇÃO INGLATERRA: RENOVAÇÃO DOS
ACORDOS, EXTINÇÃO DO TRÁFICO
EMPRÉSTIMOS
POLÍTICA:
organizar as bases jurídicas da nação
manutenção da ordem
convocar assembleia constituinte 3 de maio de
1823.
ruptura entre os grupos internos
Projeto liberal:
censura títulos de nobreza
voto censitário – oral
poder das oligarquias = constituição da mandioca
oposição de D. Pedro I = dissolução
OUTORGADA CONSTITUIÇÃO DE 1824.
monarquia hereditária e 4 poderes
caráter absolutista e elitista
religião oficial católica e padroado
voto indireto e censitário
período de conflitos entre câmara e imperador
Regime do Beneplácito;
Padroado (União Igreja-Estado)
Somente os católicos poderiam assumir cargos
públicos;
Somente os templos católicos poderiam ser
públicos;
Porém, formalmente, havia liberdade religiosa;
O monarca era o chefe da Igreja Católica brasileira
e não o Papa.
Beneplácito O imperador sagrava os bispos;
O imperador poderia conceder títulos de
nobreza;
= A Assembleia Nacional não tinha autoridade
para concessão de títulos (poderia, no máximo,
E 1824;
sugerir) e o monarca não necessitaria de sua
autorização para concedê-los.
CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR – 1824
Guerra da Cisplatina
ABDICAÇÃO
Crise Política do I Reinado
Fechamento da Constituinte;
Outorga da Constituição de 1824;
Envolvimento de D. Pedro I na sucessão
portuguesa (guerra civil contra o irmão D.
Miguel que usurpara o trono);
Repressão violenta ao movimento
separatista e republicano das províncias do
Nordeste (Confederação do Equador)
Guerra da Cisplatina.
Economia em crise e impostos crescentes
insatisfação = tentativa de separação
movimento ligado aos ideais de 1817
governo republicano e constituição da
colômbia
repressão financiada por empréstimos
ingleses
A elite do Nordeste não aceita o
absolutismo de D. Pedro I;
Não aceita os altos impostos decretados
pelo monarca sem consentimento das
assembleias provinciais;
O movimento foi continuação da
revolução pernambucana de 1817;
Brasil e Argentina disputam o território que
iniciou uma guerra pela autonomia;
Guerra impopular que D. Pedro I insistiu em
lutar: milhares de mortos de brasileiros de
Santa Catarina e Rio Grande do Sul;
A região consegue sua independência e não
fica nem para o Brasil nem para a Argentina:
torna-se a República Oriental do Uruguai.
  situação financeira em crise. Manifestações populares contra o monarca após a
empréstimos morte de Líbero Badaró (jornalista liberal de São
balança desfavorável emissões de moeda Paulo) por pessoas ligadas a D. Pedro;
falência do bb em 1829
Noites das Garrafadas (março de 1831);
 grupo português cada vez mais próximo do
imperador = privilégios Revolta de militares brasileiros;

QUESTÃO SUCESSÓRIA (PORTUGAL – 1826). 07 de abril de 1831: abdicação de D. Pedro I em

 medo da recolonizarão.
GUERRA DA CISPLATINA (URU – 1825/1828).
 separação do Uruguai = gastos inúteis.
CONFLITOS ENTRE PORTUGUESES E BRASILEIROS =
NOITE DAS GARRAFADAS
PROTESTOS SE AMPLIAM = ABDICAÇÃO INEVITÁVEL
= CONSOLIDAVA-SE A INDEPENDÊNCIA
Luta Política “Partido Português” “Partido Brasileiro”
favor de seu filho Pedro de Alcântara.
D. Pedro I, retornar para Portugal.
 Início do Período Regencial
Como não havia nenhum parente maior de idade
para assumir a regência em nome de D. Pedro II,
a constituição determinava que a Assembleia
Nacional indicasse três nomes que comporiam a
Regência Trina que governaria até a maioridade
do imperador criança.

Partido Brasileiro
Partido Português
Liberais: eram contra o
Apoiavam o
absolutismo de D.
absolutismo de D.
Pedro;
Pedro;
Institucionalmente
Institucionalmente
eram fortes na Câmara
eram fortes no
dos Deputados;
Senado;
Socialmente eram os
Socialmente eram
médios e pequenos
os grandes
comerciantes da Corte
comerciantes da
e os grandes
Corte
fazendeiros;

Abdicação de D. Pedro I