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HISTÓRIA

A Transferência da Corte
Portuguesa
para o Brasil (1808-1822)

PROFESSORA: Karen Barros


A Corte portuguesa se transfere para o Brasil
Professora
Karen S.Barros

 O cenário europeu
Em 1807, o príncipe regente de Portugal, dom João, tomou uma
decisão inédita: transferir a Corte portuguesa para o Brasil.
• Apesar de já ter sido especulada em outras conjunturas, transferir o
governo de um reino europeu para uma colônia americana era uma
decisão radical.
• Mas o que levou dom João a tomar essa decisão?
• O continente europeu vivia um período de profundas transformações
suscitadas pelas ideias iluministas, pelo entusiasmo que se expandiu
a partir da Revolução Francesa e pelas guerras que se alastravam pela
Europa.
• O imperador francês, Napoleão Bonaparte, ambicionava transformar
seu país na grande potência europeia. Para isso, era necessário
expandir os domínios franceses e suplantar o poderio britânico.
• No entanto, apesar dos esforços do imperador, as forças francesas
não foram capazes de subjugar militarmente os britânicos. Como o
poderio militar francês era sobretudo terrestre, a proposta de
derrotar o poder naval britânico acabou fracassando.
• Impossibilitado de submeter o inimigo por meios bélicos, Napoleão
estabeleceu uma nova estratégia: minar o poder econômico de seu
adversário.
• Para tanto, em 1806, assinou o Decreto de Berlim, que proibia os
países europeus de realizar comércio com os britânicos. Essa ação
ficou conhecida como Bloqueio Continental.
A Corte portuguesa se transfere para o Brasil
Professora
Karen S.Barros

 O cenário europeu
O objetivo final era fazer com que a França ocupasse o lugar dos
britânicos no comércio europeu, arruinando assim o comércio, a
produção industrial e a economia do rival.
• Alguns países se submeteram ao decreto, outros foram ameaçados e
até invadidos para fazer valer o decreto francês. Portugal tentou se
manter neutro na disputa entre seus vizinhos mais poderosos.
• O reino lusitano estava enfraquecido com o declínio da mineração
brasileira e com o imenso endividamento externo com bancos
ingleses.
• A ameaça francesa e a histórica dependência de Portugal com os
britânicos deixavam dom João de mãos atadas, pois este se via
ameaçado de ambos os lados. A diplomacia lusitana estava dividida.
• Foi diante desse cenário que começou a se discutir mais seriamente
em Portugal o projeto, levantado no século XVII pelo padre Antônio
Vieira e retomado no século XVIII por Luís da Cunha (diplomata
lusitano), de transferir a Corte para o Brasil, a mais importante colônia
lusitana.
• O Brasil estava distante dos conflitos europeus, possuía um território
grande, tinha recursos naturais e estava mais próximo dos entrepostos
comerciais na África e na Ásia.
A Corte portuguesa se transfere para o Brasil
Professora
Karen S.Barros

 O cenário europeu
O príncipe regente postergou ao máximo sua decisão, mas,
pressionado pelas duas potências, assinou com os britânicos um
acordo secreto que determinava a incorporação dos navios
portugueses à esquadra britânica, a posterior assinatura de
tratados comerciais e o apoio britânico à casa de Bragança (família
real portuguesa). Em troca, a Real Marinha Britânica transportaria a
Corte portuguesa para o Brasil.
• Nesse ínterim, em outubro de 1807, Napoleão assinou com
Fernando VII da Espanha o Tratado de Fontainebleau, que definia a
divisão de Portugal no caso de uma conquista napoleônica.
• O interesse britânico na transferência da Corte portuguesa para o
Brasil era, além de enfraquecer Napoleão – que teria um aliado a
menos na Europa –, propiciar a criação de novos mercados, pois os
britânicos encontravam-se pressionados pelo Bloqueio Continental,
que havia reduzido o mercado para seus produtos.
• A presença da Corte portuguesa no Brasil abriria as portas do
comércio britânico para todo o território americano, aliviando com
isso a recessão imposta pelo Bloqueio Continental.
• Comandadas pelo general Junot, tropas francesas e espanholas
invadiram o território português em 19 de novembro, seguindo para
a capital, Lisboa, onde chegaram em 30 de novembro de 1807.
A Corte portuguesa se transfere para o Brasil
Professora
Karen S.Barros

 A travessia pelo Atlântico


Não há um número preciso, porém historiadores estimam que cerca
de 12 mil pessoas embarcaram para o Brasil com a família real, em
29 de novembro de 1807. Além disso, bagagem, mantimentos,
móveis, ouro e diamantes foram transportados em meio a uma
tempestade.
A precariedade de algumas embarcações era notória. Por
precaução, a família real foi dividida. A falta de alimentos e água, o
calor escaldante dos trópicos, naufrágios e até uma epidemia de
piolhos acometeram os navios.
• Em 22 de janeiro de 1808, dom João desembarcou em Salvador, na
Bahia.
• Salvador já não era mais a capital e também não seria a morada
definitiva da Corte. A visita tinha o intuito de reabastecer os navios,
pois o Rio de Janeiro ficava ainda mais distante.
• Além disso, a antiga capital Salvador ainda era a maior cidade da
colônia e tinha alguma estrutura para receber a família real, ao passo
que o Rio de Janeiro necessitava de tempo para se preparar para a
chegada do príncipe.
• Foi em Salvador que dom João tomou suas primeiras medidas em
solo colonial.
• Elas foram fundamentais para o início de um período de grandes
mudanças, como a abertura dos portos, que culminariam na
Independência em 1822.
A Corte portuguesa se transfere para o Brasil
Professora
Karen S.Barros

A presença do príncipe regente, coroado rei no Rio


de Janeiro após a morte de sua mãe, dona Maria I,
foi o primeiro passo para o Brasil deixar sua
condição de colônia.

 Para isso, adotou medidas para a criação de um


Estado relativamente centralizado, pois, além da
presença da autoridade portuguesa, houve a
recriação no Brasil de instituições político-
administrativas existentes em Portugal, como:

 Casa da Suplicação

 Tribunal do Desembargo do Paço


(ambos órgãos do Judiciário).
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 As transformações no Brasil
Em Salvador, dom João tomou uma medida que mudou
substancialmente a realidade econômica do Brasil.
• Já havia um arranjo prévio com a Coroa britânica para que fosse
permitida a comercialização de seus produtos no Brasil.
• Porém, ao chegar à Bahia, o príncipe foi alertado sobre a difícil
situação dos comerciantes e dos produtores locais.
• Além disso, para sustentar a Corte, o governante precisava de
recursos, que seriam coletados dos impostos sobre a circulação
desses produtos.
• A guerra na Europa impedia que os produtos brasileiros fossem
embarcados e vendidos em Portugal.
• Por isso, dom João assinou um decreto que promovia a
Abertura dos Portos às Nações Amigas (1808).
• Esse ato colocava um ponto-final no monopólio comercial
português no Brasil, e, a partir dessa data, os navios britânicos
estavam autorizados a comercializar nos portos da colônia.
A Corte portuguesa se transfere para o Brasil
Professora
Karen S.Barros

 As transformações no Brasil
• Ao longo dos anos, o comércio de produtos europeus se
intensificou no Brasil. Sobretudo no Rio de Janeiro,
comerciantes ingleses e, após o encerramento das guerras na
Europa, de outras nacionalidades vendiam produtos
importados para as classes mais abastadas.
• Esse fato alterou os hábitos de consumo na colônia. A constante
presença de estrangeiros, viajantes, comerciantes e diplomatas
potencializou as transformações culturais e resultou na
elaboração de diversos relatos sobre o Brasil do início do século
XIX.
• Outra ação do governo joanino foi a revogação do Alvará de
1785, medida tomada pelo governo de dona Maria que proibia
a produção de manufaturas no território americano.
• Para estimular esse tipo de empreendimento, dom João
decretou isenções fiscais para novos negócios. Entretanto, as
manufaturas não evoluíram de forma satisfatória no Brasil.
• Outra realização foi a criação da Imprensa Régia, que publicava
a Gazeta do Rio de Janeiro, espécie de Diário Oficial do Reino.
• Além de a estrutura econômica local gravitar em torno da
agricultura, era difícil competir com a entrada dos produtos
europeus, principalmente depois da assinatura com os
britânicos do Tratado de Aliança e Amizade e do Tratado de
Comércio e Navegação (1810), que deram privilégios fiscais aos
produtos britânicos.
A Corte portuguesa se transfere para o Brasil Professora
Karen S.Barros

 As transformações no Brasil – Determinações dos Tratados de 1810

Tratado de Aliança e Amizade


1. Apoio mútuo entre as Coroas, incluindo a
Tratado de Comércio e Navegação
invasão de Caiena (Guiana Francesa), realizada
por ordem de dom João;
2. Estabelecimento de um porto neutro para os 1. Britânicos poderiam reexportar produtos
britânicos na ilha de Santa Catarina; brasileiros;
3. Autorização aos britânicos para construir navios
2. Produtos britânicos receberam privilégios
no Brasil e para manter uma esquadra de fiscais (eram taxados em 15% ad valorem,
guerra no litoral; enquanto produtos portugueses pagavam
4. Compromisso português de abolir 16% e os das demais nações amigas, 24%);
gradativamente a escravidão;
3. Britânicos teriam o direito de ser julgados
5. Não instalação da Inquisição no Brasil, o que por leis e juízes britânicos mesmo estando no
garantia aos anglicanos não serem perseguidos. território da colônia portuguesa.
A presença de anglicanos no Brasil levou à
criação de cemitérios específicos para
sepultamento dos protestantes. No Rio de
Janeiro, em Salvador e no Recife, por exemplo,
foram criados os “cemitérios dos ingleses”.
A Corte portuguesa se transfere para o Brasil Professora
Karen S.Barros

 As transformações no Brasil
Em 1815, já com a Corte estabelecida e adaptada ao Brasil, dom
João tomou outra medida de grande impacto.
• A derrota de Napoleão na Europa levou as potências vitoriosas a
se reunir no Congresso de Viena (1814-1815), que organizou o
processo de restauração do Antigo Regime. Dom João estava
sendo pressionado para que regressasse a Portugal e restaurasse
o governo.
• Para não voltar à Europa, ele decretou a elevação do Brasil à
condição de Reino Unido de Portugal e Algarves. Dessa forma,
além de dar uma solução jurídica para a sua permanência na
América, com essa medida o Brasil deixou oficialmente de ser uma Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves e suas colônias
colônia, passando a ser uma extensão do território português.
• Ainda no âmbito da política externa, dom João empreendeu duas
invasões a territórios limítrofes aos domínios portugueses na Aclamação do
América. A primeira investida foi em Caiena (Guiana Francesa), Rei Dom João VI
em retaliação ao ataque napoleônico a Portugal. Após a queda de do Reino Unido
Napoleão, o território foi devolvido à França. Além disso, o atual de Portugal,
território do Uruguai foi incorporado ao Brasil. Tomado da Brasil e Algarves,
Espanha, a região permaneceu anexada ao Brasil, com o nome de no Rio de
Província da Cisplatina, até os primeiros anos após a
Janeiro. Pintura
Independência do Brasil.
de Jean Batiste
• Os portugueses tinham um interesse histórico no comércio da
Debret.
região platina, e dom João se aproveitou da fragilidade espanhola
em meio à crise que assolava o continente europeu.
A Corte portuguesa se transfere para o Brasil
Professora
Karen S.Barros

 Rio de Janeiro: a capital de um Império


A presença da Corte provocou mudanças no Brasil inteiro, sobretudo no Rio
de Janeiro.
• A cidade, que já era capital da colônia, tinha pouco mais de 60 mil
habitantes. Tratava-se de um porto de uma colônia europeia nos
trópicos.
• Em 1808, quando o Rio de Janeiro tornou-se a sede da Casa Real
Portuguesa, os historiadores estimam que a população tenha passado a
mais de 100 mil habitantes.
• O crescimento demográfico foi intenso.
• Quando da chegada da Corte, funcionários reais circulavam pela cidade
confiscando as melhores casas para abrigar os portugueses recém-
chegados. Houve um aumento generalizado do preço dos aluguéis e dos
alimentos, pois a Corte tinha um poder aquisitivo muito maior que o da
população carioca.
• Os Bragança foram provisoriamente instalados no Paço Imperial, na
região portuária da capital, mas depois foram transferidos para a Quinta
da Boa Vista, uma propriedade um pouco mais afastada do centro da Para acomodar os novos habitantes, foram
cidade. requisitadas casas, prédios públicos e conventos.
• Dom João recebeu a Quinta da Boa Vista de um comerciante, Elias Para notificar os proprietários, nas portas das casas
Antônio Lopes, que, em troca da doação, ganhou privilégios junto ao que seriam confiscadas era inscrita a sigla P. R.
príncipe e um título de nobreza. (Príncipe Regente, em alusão a dom João).
• A estratégia de Lopes foi repetida por muitos outros brasileiros que, em
troca dos favores prestados aos interesses reais, receberam títulos de
nobreza. A situação financeira da Coroa era precária naquele momento.
Professora
A Corte portuguesa se transfere para o Brasil Karen S.Barros

 Rio de Janeiro: a capital de um Império


• A falta de moradias denunciava a precariedade da nova sede da Coroa.
Portanto, a partir de 1808, foi necessário reestruturar a cidade para que
ela pudesse comportar sua condição de sede da monarquia. Além disso,
foi necessário criar instituições políticas e administrativas para estabelecer As intensas mudanças na cidade do Rio de
o governo no Brasil. Para tal, uma série de ações foram empreendidas – as Janeiro alteraram os hábitos dos seus
chamadas Reformas Joaninas: habitantes.
1. Imprensa Real ou Imprensa Régia, que, entre outras utilidades, publicava
as leis e os decretos do governo; A elite local passou a consumir produtos
2. Supremo Tribunal; Tribunal da Relação; Conselho Militar; Tesouro Público; europeus com maior frequência, a
Câmara do Comércio, Indústria e Navegação; que eram réplicas de arquitetura da cidade passou a seguir
instituições existentes em Lisboa; padrões europeus, a presença da Corte
estimulou eventos culturais (peças de
3. Banco do Brasil, que emitia papel-moeda e geria os fundos da Corte;
teatro, apresentações musicais, etc).
4. Teatro Real, Arquivo Central e Biblioteca Real, fundada em 1810, com
milhares de volumes trazidos de Lisboa, instituições que impulsionaram a Para a massa popular restou a falta de
cultura; moradia, a imposição da ordem pública
5. Escola de Cirurgia, Academia de Marinha, Academia Militar e Escola de com a criação da polícia (lembre-se de que
Belas Artes, instituições de ensino superior, até então inexistentes no ordem significava reprimir a população
território brasileiro; pobre), a inflação e mais cobrança de
6. Observatório Astronômico, Jardim Botânico e Laboratório de Química, impostos.
locais que estimulavam a ciência;
7. Missão Artística Francesa, grupo que trouxe diversos artistas ao Brasil,
entre eles o pintor Jean-Baptiste Debret.
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Professora
Karen S.Barros

 A insatisfação nas províncias e no Porto


A notícia da elevação do Brasil a Reino Unido, em 1815, se alastrou
pelo território colonial. No Rio de Janeiro, houve festejos.
Porém, no Nordeste não havia muitas razões para comemoração.
• Afinal, a presença da Corte no Brasil não havia afetado de forma
significativa a região. Na prática, a exploração não havia mudado
muito desde 1808. A metrópole apenas havia mudado de Lisboa para
o Rio de Janeiro.
• Para o Nordeste, a chegada de dom João significou, na prática, maior
centralização administrativa. Havia um monarca absolutista vivendo
no Rio de Janeiro, por isso os impostos foram elevados, já que era
necessário sustentar a Corte no Brasil.
• Pagavam-se mais impostos, mas as verbas públicas eram gastas
apenas em melhorias no Rio de Janeiro, a capital.
• Além disso, podemos apontar como agravantes a seca que a região
passava em 1816, a desvalorização do açúcar e do algodão no
mercado internacional e a alta do preço dos escravizados.
• Diante disso, a elite pernambucana começou a conspirar contra o
governo de dom João espelhando-se em ideais iluministas e nas lutas
de independência que ocorriam nas colônias vizinhas. A insatisfação
local fez eclodir, em 1817, a Revolução Pernambucana, que contou
com o apoio não só dos proprietários rurais, mas também de
militares, magistrados e padres.
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Professora
Karen S.Barros

 A insatisfação nas províncias e no Porto

Os objetivos da elite com o movimento eram transformar


a província de Pernambuco em uma república
independente, implantar o federalismo (descentralização
política), garantir os direitos individuais e as propriedades
(terras e escravizados).
O que unia os demais grupos envolvidos era um notório
sentimento antilusitano.

• Os revolucionários chegaram a tomar o Recife e proclamar


uma república com igualdade civil e liberdade de culto.
• Apesar da adesão de outras províncias do Nordeste, o
movimento foi derrotado após a mobilização de tropas
fiéis ao governo de dom João.
• A elite portuguesa também não aceitava a nova situação Bênção das
política em que se encontrava. A Corte permaneceu no
bandeiras da
Brasil mesmo após a derrota de Napoleão, e Portugal era
Revolução de 1817,
administrado por lorde Beresford, militar inglês.
óleo sobre tela
de Antônio
Parreiras.
A Corte portuguesa se transfere para o Brasil
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Karen S.Barros

 A insatisfação nas províncias e no Porto

No Brasil, entre o período final do século XVIII e o início


do século XIX, as ideias liberais europeias estiveram
presentes em movimentos como a Revolução
Pernambucana (1817) e a Inconfidência Mineira (1789).

No entanto, diferenciando-se das ideias presentes na Europa,


o liberalismo brasileiro apresentou características
específicas, como:
 o combate ao colonialismo
 a defesa da manutenção da escravidão e do latifúndio.
A Corte portuguesa se transfere para o Brasil
Professora
Karen S.Barros

 A insatisfação nas províncias e no Porto


Em 1820, foram convocadas, por meio de uma revolução,
as Cortes Gerais (assembleia legislativa) para elaborar
uma nova Constituição para Portugal.

• Foram eleitos 130 deputados portugueses e 50 brasileiros.


• Apesar de um caráter predominantemente liberal (visando
limitar o poder do monarca e estabelecer garantias aos
direitos individuais), um dos objetivos dos representantes
portugueses era anular as medidas joaninas para o Brasil,
ou seja, restabelecer o monopólio comercial.
• A representação de deputados brasileiros era pequena,
portanto seria incapaz de vetar tal ação. Além disso, eles
chegaram a Portugal após o início das sessões.

Pressionado pelas Cortes, rebeladas na cidade do Porto, Sessão das Cortes de Lisboa, no Palácio das
dom João retornou para Lisboa, em 1821, deixando seu Necessidades. Deputados reunidos em
filho e herdeiro, dom Pedro, como regente do Brasil. Assembleia, incluindo representantes das
Houve protestos no Rio de Janeiro contra o retorno do rei províncias brasileiras, como Antônio Carlos
de Andrada (São Paulo), discursando em
para Portugal, pois temia-se a recolonização.
pé, trajando casaca castanha-tela do pintor
brasileiro Óscar Pereira Silva.
Professora
Karen S.Barros
VÍDEO AULA - YOUTUBE
Professora
Karen S.Barros
• A chegada da família real no Brasil | Nerdologia
• https://www.youtube.com/watch?v=Xf0yV7EXTMU
• A Vinda Da Corte Em 1808 - História Do Brasil Pelo Brasil Ep. 8 (Débora Aladim)
• https://www.youtube.com/watch?v=RhMJRrj2JsM
• Resumo de História: Vinda da Corte, Revolução Pernambucana e
Independência do Brasil (Débora Aladim)
• https://www.youtube.com/watch?v=_B5X0d0KFHs
• Revolução Pernambucana: entenda em 5 minutos como foi esse movimento
libertário brasileiro
• https://www.youtube.com/watch?v=wERSzvW9grE
• Pernambuco e suas revoltas | Nerdologia
• https://www.youtube.com/watch?v=r6iw9LdkhgY
PARA CONCLUIR
Professora
• Você estudou que: Karen S.Barros
 a família real portuguesa decidiu se deslocar para o Brasil em 1807 por pressões francesas e
inglesas;
 os franceses exigiam de Portugal o cumprimento do Bloqueio Continental, fechando seus
portos ao comércio britânico;
 os ingleses viram nisso a oportunidade de impor uma derrota a Napoleão Bonaparte, da
mesma maneira que puderam expandir suas atividades comerciais nas áreas de colonização
lusitana;
 a família real portuguesa chegou ao Brasil em 1808. Desde então as medidas de dom João,
como a Abertura dos Portos (1808) ou os Tratados de Aliança e Amizade de Comércio e
Navegação (1810), facilitaram o comércio britânico no Brasil, fragilizando as condições da
política mercantilista e do pacto colonial;
 várias medidas foram tomadas por dom João com o objetivo de criar no Brasil – em particular
no Rio de Janeiro – boas condições de vida para a elite portuguesa. Entre essas atitudes estão a
criação do Jardim Botânico, do Banco do Brasil e da Biblioteca Real;
 com relativa rapidez, o Brasil ganhou estatuto diferenciado, particularmente depois de sua
elevação à condição de Reino Unido a Portugal e Algarves, em 1815;
 dom João enfrentou alguns desafios políticos graves, como a Revolução Pernambucana de
1817. Durante pouco mais de dois meses, Pernambuco e outras regiões do Nordeste
conseguiram romper com a metrópole;
 a Revolução do Porto (1820) foi liderada pela elite burguesa portuguesa, que desejava o retorno
do rei, a recolonização do Brasil e a elaboração de um texto constitucional para Portugal;
 dom João se viu na contingência de retornar para Portugal, deixando em seu lugar seu filho
mais velho, o príncipe regente dom Pedro.
Professora
Karen S.Barros
ESQUEMA

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