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● 1807 - Planos de expansão do imperador francês Napoleão Bonaparte estavam em franco desenvolvimento.
Querendo conquistar a Europa, acabou desafiando a Inglaterra.
● A França napoleônica decretou, então, o Bloqueio Continental.
– A expressão “bloqueio continental” remete ao decreto de Napoleão Bonaparte, de 1806 - proibindo o comércio com os
ingleses – Napoleão força os outros reinos europeus a aderirem ao bloqueio.
● Napoleão voltou seus olhos para o pequeno reino de Portugal, aliado à Inglaterra havia mais de um século, que
poderia abrir o caminho da França para a Ásia, a África e, principalmente, para o Brasil, fonte principal das rendas
portuguesas.
● O príncipe regente D. João e seus conselheiros evitavam aderir ao Bloqueio Continental. Chegaram a esboçar o
fechamento dos portos lusitanos aos ingleses, mas voltaram atrás, ganhando tempo. Com isso, conseguia contornar
as pressões da França, sem ferir diretamente a Inglaterra.
● Em julho de 1807 Napoleão ameaçou a invasão do território português.
● Enquanto isso, o ministro inglês, Lord Strangford, auxiliado pelo português D. Rodrigo de Souza Coutinho, conde de
Linhares, tentava convencer D. João a mudar a sede do reino para o Brasil.
● O objetivo imediato da mudança para o Brasil era fugir de Portugal para manter intacta a Coroa portuguesa. Mas o
plano de alguns conselheiros era mais ambicioso: formar um imenso império luso-brasileiro no Atlântico.
● O general francês Jean-Andoche Junot, à frente de um exército de 23 mil homens, estava prestes a invadir Lisboa,
vindo da Espanha.
● Apoiando a Inglaterra, boa parte da Coroa Portuguesa partiu na manhã de 29 de novembro de 1807, escoltada por
navios britânicos, para o Brasil. Logo em seguida, as tropas francesas chegaram à cidade.
→ No Brasil:
● D. João e sua corte desembarcaram em janeiro de 1808 e se estabeleceram no Rio de Janeiro, após escala em
Salvador. (Salvador pois precisava acalmar o pós conjuração Baiana)
● A abertura dos portos: Carta Régia assinada determinando a abertura dos portos brasileiros às nações amigas -
quebra do pacto colonial (era um acordo de exclusividade comercial, isto é, o que os colonos produziam no Brasil, não
poderia ser comercializado com outras nações, mas apenas com Portugal, que era a sua Metrópole.) Essa medida de
quebra rompeu com o monopólio dos Portugueses, ajudando os comerciantes locais com as novas possibilidades.
● Em troca da escolta à família real, os ingleses exigiram e tinham alguns benefícios como: acesso privilegiado ao
mercado consumidor do Brasil, tarifárias alfandegárias mais baratas (16%), proibiu a navegação costeira feita por
estrangeiros, Tratado de Aliança e Amizade e o de Comércio e Navegação
→ Independência ou morte
● A situação de Portugal naquele momento era muito ruim, pois o país enfrentava uma crise política e econômica em
consequência da invasão francesa.
● O rei D. João VI estava no Rio de Janeiro, distante demais dos problemas da metrópole.
● Na cidade do Porto, em 1818 - foi criada uma sociedade secreta, o Sinédrio: discutir as ideias liberais e contestar o
regime absolutista dos Bragança e a presença militar inglesa.
● Em 1820 - A burguesia portuguesa organizou-se nas Cortes, instituição política que se baseou em princípios liberais.
Daí nasceu a Revolução Liberal do Porto, que defendia a realização de reformas em Portugal. A grande exigência dos
liberais portugueses era que Portugal, e não o Brasil, deveria ser a sede do reino português.
● Vitoriosos, os rebelados criaram juntas governativas e iniciaram os preparativos para elaborar uma Constituição que
colocasse limites ao poder real.
● Os liberais portugueses passaram a exigir o retorno do rei para Portugal, e D. João VI não tinha nenhuma intenção de
fazê-lo. Exigiram também que o monopólio comercial fosse restabelecido no Brasil, demonstrando para a elite
brasileira o desejo dos portugueses de restaurarem os laços coloniais com a colônia.
● D. João VI e seus conselheiros oscilavam entre duas possibilidades: voltar a Portugal com a Corte e aceitar a
Constituição, manter-se rei, ou permanecer no Brasil sob o risco de ser destronado.
● D. João decidiu retornar a Lisboa - deixando no Brasil seu filho, D. Pedro, como príncipe regente (com objetivo de criar
uma autoridade central para controlar as províncias, evitando a fragmentação do território.)
● As Cortes de Lisboa agora queriam que D. Pedro voltasse a Portugal
● Foi criado aqui no Brasil o Clube da Resistência, e o Senado brasileiro recebeu uma carta contendo milhares de
assinaturas que defendiam que o príncipe ficasse aqui.
● O movimento que exigia a permanência de d. Pedro motivou-o a desafiar a ordem das Cortes, e isso resultou no Dia
do Fico, em 9 de janeiro de 1822. Na ocasião, d. Pedro anunciou publicamente que permaneceria no Brasil.
● Em maio de 1822, foi decretado o Cumpra-se, lei que determinava que as medidas aprovadas em Portugal só
valeriam no Brasil se d. Pedro aprovasse-as. A essa altura, a ideia de separatismo já estava bastante propagada, tanto
que, em junho, foi convocada uma eleição para formação de uma Assembleia Constituinte.
● O caminho do rompimento seguia a todo vapor, e a ideia de elaborar uma Constituição para o Brasil reforçava isso. A
forma como D. Pedro conduziu esse processo foi bastante influenciado por sua esposa, D. Maria Leopoldina, e por seu
conselheiro, José Bonifácio.
● Um decreto é assinado dia 1º de agosto, definindo como inimigas todas as tropas enviadas de Lisboa sem o seu
consentimento.
● Então a situação agravou-se quando ordens chegaram de Portugal. As Cortes atacavam os “privilégios brasileiros”
● Maria Leopoldina convoca uma sessão extraordinária dirigida por José Bonifácio, em 2 de setembro.
● Nessa sessão ficou decidido que era o momento de declarar a independência do Brasil. Uma declaração de
independência foi redigida e enviada, junto às cartas portuguesas, para D. Pedro.
● No dia 7 de setembro de 1822, às margens do Rio Ipiranga, D. Pedro inteirou-se da situação, e, segundo o que ficou
registrado na história oficial brasileira, foi realizado o grito pela independência do Brasil, momento conhecido como
Grito do Ipiranga.