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24/02/23, 18:36 Independência do Brasil – Wikipédia, a enciclopédia livre

Independência do Brasil
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A Independência do Brasil foi o processo


histórico de separação entre o então Reino do
Independência do Brasil
Brasil e Portugal, que ocorreu no período de 1821
a 1825, colocando em violenta oposição as duas
partes (pessoas a favor e contra). As Cortes
Gerais e Extraordinárias da Nação Portuguesa,
instaladas em 1820, como consequência da
Revolução Liberal do Porto, tomam decisões, a
partir de 1821, que tinham como objetivo reduzir
a autonomia adquirida pelo Brasil, o que na
prática o faria retornar ao seu antigo estatuto
colonial.

Em 1807, o exército francês invadiu o Reino de Independência ou Morte, do pintor paraibano


Pedro Américo (óleo sobre tela, 1888).
Portugal, que se recusava a participar do
bloqueio continental contra o Reino Unido. Outros Proclamação da Independência
nomes
Incapaz de resistir ao ataque, a família real e o
governo português fugiram para o Brasil, que era Participantes Pedro de Alcântara
então a mais rica e desenvolvida das colônias José Bonifácio de Andrada e Silva
Maria Leopoldina de Áustria
portuguesas.[1][2] A instalação do Tribunal de Joaquim Gonçalves Ledo
Justiça no Rio de Janeiro representou uma série
Localização Riacho do Ipiranga, São Paulo
de transformações políticas, econômicas e
sociais que levaram à decisão do Príncipe Data 1821 - 1825
Regente D. João, em 16 de dezembro de 1815, de Resultado Separação política do Reino do
elevar o Brasil à condição de reino, unido com Brasil do Reino Unido de Portugal,
Brasil e Algarves e instituição do
sua ex-metrópole.[3]
Império do Brasil.
Porém, em 1820, a revolução liberal eclodiu em
Portugal e a família real foi forçada a retornar a Lisboa. Antes de deixar o Brasil, no entanto, D.
João nomeou o seu filho mais velho, D. Pedro de Alcântara de Bragança, como Príncipe Regente do
Brasil (1821). Embora Dom Pedro fosse fiel ao pai, a vontade das cortes portuguesas em repatriá-lo
e de retornar o Brasil ao seu antigo estatuto colonial o levou a rebelar-se. Oficialmente, a data
comemorada para independência do Brasil é de 7 de setembro de 1822, ocasião em que ocorreu o
evento conhecido como o Grito do Ipiranga, às margens do riacho Ipiranga na cidade de São
Paulo. Em 12 de outubro de 1822, o príncipe foi aclamado D. Pedro I, Imperador do Brasil, sendo
coroado e consagrado em 1º de dezembro de 1822, e o país passou a ser conhecido como o Império
do Brasil.

Durante a guerra de independência — iniciada com a expulsão dos exércitos portugueses de


Pernambuco em 1821 — formou-se o Exército Brasileiro, a partir da contratação de mercenários,
alistamento de civis e de algumas tropas coloniais portuguesas. O exército imediatamente se opôs
às forças portuguesas, que controlavam algumas partes da nação.[4][5] Ao mesmo tempo que o
conflito tomava lugar, ocorreu em Pernambuco um movimento revolucionário conhecido como a
Confederação do Equador, que pretendia formar seu próprio governo, republicano, mas foi
duramente reprimido. Depois de três anos de conflito armado, Portugal finalmente reconheceu a
independência do Brasil, e em 29 de agosto de 1825 foi assinado o Tratado de Amizade e Aliança
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firmado entre Brasil e Portugal. Em troca do reconhecimento como estado soberano, o Brasil se
comprometeu a pagar ao Reino de Portugal uma indenização substancial e assinar um tratado de
comércio com o Reino Unido como indenização por sua mediação.

Antecedentes

Processo de colonização e movimentos emancipacionistas

A terra agora chamada Brasil (nome cuja origem é contestada) foi reivindicada por Portugal em
abril de 1500, com a chegada da frota portuguesa comandada por Pedro Álvares Cabral.[6]

A colonização foi efetivamente iniciada em 1534, quando D. João III dividiu o território em
quatorze capitanias hereditárias,[7][8] mas esse arranjo se mostrou problemático, uma vez que
apenas as capitanias de Pernambuco e São Vicente prosperaram. Então, em 1549, o rei atribuiu um
governador-geral para administrar toda a colônia.[8][9] Os portugueses assimilaram algumas das
tribos nativas,[10] enquanto outras foram escravizadas ou exterminadas por doenças europeias
para as quais não tinham imunidade,[11][12] ou em longas guerras travadas nos dois primeiros
séculos de colonização, entre os grupos indígenas rivais e seus aliados europeus.[13][14][15]

Em meados do século XVI, quando o açúcar de cana tornou-se o mais importante produto de
exportação do Brasil,[16] os portugueses iniciaram a importação de escravos africanos, comprados
nos mercados de escravos da África ocidental.[17][18] Assim, estes começaram a ser trazidos ao
Brasil, inicialmente para lidar com a crescente demanda internacional do produto, naquele que foi
chamado ciclo da cana-de-açúcar.[19][20]

Ideias do Iluminismo encontraram a crise do ciclo do ouro e a decadência econômica do Nordeste


brasileiro e foi formada a base de movimentos emancipacionistas a partir da segunda metade do
século XVIII na América Portuguesa. Estão incluídos nesse grupo de contestações ao domínio
português a Conjuração Mineira (1789), a Conjuração Carioca (1794), a Revolta Baiana (1796) e a
Conspiração dos Suassunas (1801).[21][22] Mesmo quando apenas conspirativas, esses movimentos
se diferenciam dos movimentos nativistas por pregarem a separação de Portugal.[23] Todavia,
esses movimentos nativistas conduziram às lutas francamente emancipacionistas do final do
século XVIII e começo do século XIX e à própria guerra de independência.[24][25]

Transferência da corte portuguesa

A partir do dia 15 de julho de 1799, o Príncipe do Brasil, D. João Maria de Bragança, tornou-se
príncipe-regente de Portugal, pois sua mãe, a rainha D. Maria I, foi declarada louca pelos médicos.
Os acontecimentos na Europa, onde Napoleão Bonaparte se afirmava, sucederam-se com
velocidade crescente.

Desde 1801 que se considerava a ideia da transferência da corte portuguesa para o Brasil. As
facções no governo português, entretanto, se dividiam: a facção anglófila, partidária de uma
política de preservação do Império Colonial Português e do próprio Reino, através do mar,
apoiados na antiga aliança Luso-Britânica; e a facção francófila, que considerava que a
neutralidade só poderia ser obtida através de uma política de aproximação com a França. Ambas
eram apoiadas pelas lojas maçônicas quer de origem britânica, quer de origem francesa.
Considere-se ainda que as ideias iluministas francesas circulavam clandestinamente em livros,
cada vez mais abundantes.

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A decretação do Bloqueio Continental em Berlim (1806) tornou


mais difícil a neutralidade Portuguesa. Em 1807, o Tratado de
Fontainebleau dividiu arbitrariamente Portugal em três reinos.
Desde Outubro desse ano, Jean-Andoche Junot, antigo
embaixador francês em Lisboa, preparava-se para invadir
Portugal. Foi nesse contexto que D. João pactuou com a Grã-
Bretanha a transferência do governo para o Rio de Janeiro, sob
a proteção dos últimos.

Com a invasão francesa de Portugal em progresso, no dia 29 de


Transferência da corte portuguesa
novembro de 1807 iniciou-se a viagem da Família Real e da
para o Brasil
Corte Portuguesa. Dezoito navios de guerra portugueses e treze
britânicos escoltaram mais de vinte e cinco navios mercantes
de Lisboa até à costa do Brasil. A bordo seguiam mais de quinze mil portugueses. O Reino ficava a
ser governado por uma Junta de Regência que Junot logo dissolveu.

Com a presença da Família Real Portuguesa no Brasil a partir de 1808, registrou-se o que alguns
historiadores brasileiros denominam de "inversão metropolitana", ou seja, o aparelho de Estado
Português passou a operar a partir do Brasil, que desse modo deixou de ser uma "colônia" e
assumiu efetivamente as funções de metrópole. Pressionado pelo triunfo da revolução
constitucionalista, o soberano retornou com a família real para Portugal, deixando como príncipe
regente no Brasil o seu primogênito, D. Pedro de Alcântara.

Elevação a reino

Com o fim da Guerra Peninsular em 1814, os tribunais


europeus exigiram que a rainha Maria I e o príncipe regente D.
João regressassem a Portugal, já que consideravam impróprio
que representantes de uma antiga monarquia europeia
residissem em uma colônia. Em 1815, para justificar a sua
permanência no Brasil, onde a corte real tinha prosperado nos
últimos seis anos, o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves
Aclamação do Rei Dom João VI do
foi criado com a elevação do Estado do Brasil à condição de
Reino Unido de Portugal, Brasil e
reino, estabelecendo, assim, um Estado monárquico
Algarves, no Rio de Janeiro.
transatlântico e pluricontinental.[26]

No entanto, isso não foi suficiente para acalmar a demanda portuguesa pelo retorno da corte para
Lisboa, como a revolução liberal do Porto exigiria em 1820, e nem o desejo de independência e
pelo estabelecimento de uma república por grupos de brasileiros, como a Revolução
Pernambucana de 1817 mostrou.[26]

Em 1821, como uma exigência de revolucionários que haviam tomado a cidade do Porto,[27] D.
João VI foi incapaz de resistir por mais tempo e partiu para Lisboa, onde foi obrigado a fazer um
juramento à nova constituição, deixando seu filho, o príncipe Pedro de Alcântara, como Regente do
Reino do Brasil.[28]

Independência

Cortes portuguesas

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Em 1820, a Revolução Liberal do Porto eclodiu em Portugal. O


movimento iniciado pelos constitucionalistas liberais resultou na
reunião das Cortes Gerais e Extraordinárias da Nação Portuguesa (ou
Assembleia Constituinte), que teria de criar a primeira constituição
para Portugal e seus domínios ultramarinos.[29][30] As Cortes ao
mesmo tempo exigiram o retorno do rei Dom João VI, que vivia no
Brasil desde 1808 e que elevou o Brasil para a categoria de reino,
como parte do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, em 1815.
Seu filho e príncipe herdeiro Dom Pedro passou a governar o Brasil
como regente no lugar do pai em 7 de março de 1821.[31][32] O rei
partiu para a Europa em 26 de abril, enquanto Dom Pedro
Cortes portuguesas em permaneceu no Brasil liderando o governo ao lado do ministros do
1822 reino.[33][34]

O retorno do ex-monarca absolutista, agora monarca constitucional


que agora passaria ocupar uma posição mais cerimonial e simbólica, deu início a uma reorientação
da política portuguesa em relação ao Brasil, o que significava reduzir a autonomia política deste
último e estabelecer uma administração hierarquizada e centralizada, cujo polo de poder deveria
assentar-se em Portugal. Na época a burguesia mercantil portuguesa ressentia-se com as perdas
econômicas impostas pela Guerra Peninsular e com a autonomia político-administrativa alcançada
pelo Brasil em 1815.

Os oficiais militares portugueses sediados no Brasil foram completamente solidários ao movimento


constitucionalista em Portugal.[35] O principal líder dos oficiais portugueses, General Jorge Avilez,
forçou o príncipe a demitir e banir do país os ministros do Reino e das Finanças. Ambos eram fiéis
aliados de Pedro, que se tornou um peão nas mãos dos militares.[36] A humilhação sofrida pelo
príncipe, que jurou que nunca iria ceder à pressão dos militares novamente, teria uma influência
decisiva na sua abdicação dez anos depois.[37] Enquanto isso, em 30 de setembro de 1821, as
Cortes aprovaram um decreto que subordinava os governos das províncias do Brasil diretamente
ao governo central em Lisboa. O príncipe Pedro tornou-se, para todos os efeitos, somente o
governador de armas da província do Rio de Janeiro, sendo que governador de armas era uma
espécie de comandante militar do Exército Português, não sendo um cargo político.[38][39] Outros
decretos que vieram depois exigiam seu retorno à Europa e também extinguiram os tribunais
judiciais criados por João VI em 1808, subordinaram os presidentes das províncias às Cortes e ao
rei em Lisboa e reinstalaram o antigo Tribunal da Relação do Rio de Janeiro, subordinado ao
Supremo Tribunal do Reino Português em Lisboa.[40][41]

A partir de abril de 1821, as províncias brasileiras receberam as bases da Constituição do Reino


Unido de Portugal, Brasil e Algarves, junto com as instruções para que procedessem às eleições de
seus representantes à Constituinte (em Portugal deputados das províncias de Minho, Trás-os-
Montes, Beira, Estremadura, Alentejo e Algarves já haviam sido eleitos e já estavam trabalhando
nas Cortes desde janeiro de 1821). Assim, os primeiros deputados do Brasil tomaram assento nas
Cortes Gerais somente em agosto de 1821, provenientes das províncias de Pernambuco e do Rio de
Janeiro. Em seguida, tomaram posse os representantes das províncias do Maranhão, Santa
Catarina, Alagoas e Bahia. Apenas em 1822 chegaram a Lisboa os deputados das províncias de São
Paulo, Paraíba, Grão-Pará, Espírito Santo, Goiás e Ceará. Não tomaram assento nas Cortes Gerais
as representações das províncias Cisplatina (atual território do Uruguai), de Minas Gerais, do Rio
Grande do Norte e do Rio Grande do Sul, que permaneceram no Brasil em demonstração de apoio
ao regente.

Um choque que ocorreu entre os deputados brasileiros e portugueses foi em relação a forma como
o Império Colonial Português deveria ser administrado. Os deputados portugueses defendiam a
centralidade política do império colonial em Portugal, já os representantes brasileiros defendiam o
funcionamento de dois centros de poder, um na Europa e outro na América, cada um com

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Executivo e Legislativo próprios, além de uma assembleia geral que legislasse sobre assuntos de
interesse de todo o império. Esta proposição baseava-se na ideia de uma federação luso-brasileira,
disposta no programa político trazido pelos deputados paulistas e defendida por Antônio Carlos de
Andrada e Silva.[42]

As divergências e hostilidades entre os deputados brasileiros e portugueses continuaram e alguns


brasileiros abandonaram as Cortes. Dos 97 deputados brasileiros eleitos às Cortes Gerais e
Extraordinárias de Lisboa (número maior que os dos 64 deputados portugueses), apenas 51
embarcaram para Lisboa, e destes 51 apenas 36 aprovaram a nova constituição, sendo a maioria
destes deputados (cerca de 25) oriundos da atual região Nordeste do Brasil.[43]

As tentativas dos deputados brasileiros em garantir a igualdade política e econômica entre os dois
reinos, com o Rio de Janeiro como centro do poder na América, fracassou, e se viram obrigados a
retornar ao Brasil.

A insatisfação quanto às resoluções das Cortes foi generalizada entre a maioria dos residentes do
Brasil (tanto os de origem brasileira quanto os de origem portuguesa), ao ponto em que ela logo se
tornou conhecida publicamente.[38] Dois grupos que se opunham as ações das Cortes para minar
gradualmente a soberania brasileira apareceram: os Liberais, liderados por Joaquim Gonçalves
Ledo (que teve o apoio dos maçons), e os Bonifacianos, liderada por José Bonifácio de Andrada.
Ambas as facções não tinham nada em comum em suas metas para o Brasil, com a única exceção
de seu desejo de manter o país unido com Portugal como uma monarquia soberana.[44]

Acerca da primeira tentativa da Revolução de 1821, descreveu Assis Cintra:

Preparara-se outra revolução, esta no Rio, devendo explodir em 1821. Dirigiam-na


Gonçalves Ledo (grão-mestre da maçonaria), Targini (juiz da alfandega), o almirante
Rodrigo Pinto Guedes, o brigadeiro Felisberto Caldeira Brant, e os desembargadores do
paço Luis José de Carvalho e Mello e João Severiano Maciel da Costa. Descoberta pela
habilidade do conselheiro Thomaz António, a conspiração fracassou. Della, porem,
faziam parte, — juizes, altos funccionarios públicos, fidalgos, muitos officiaes, e
padres.[45]

Convenção de Beberibe

Pernambuco foi a primeira província brasileira a se separar do Reino


de Portugal. No dia 29 de agosto de 1821, teve início um movimento
armado contra o governo do capitão general Luís do Rego Barreto — o
algoz da Revolução Pernambucana —, culminando com a formação da
Junta de Goiana, tornando-se vitorioso com a rendição das tropas
portuguesas em capitulação assinada a 5 de outubro do mesmo ano,
quando da Convenção de Beberibe, responsável pela expulsão dos
exércitos portugueses do território pernambucano.[46][47][48][49]

O Movimento Constitucionalista de 1821 é considerado o primeiro


episódio da Independência do Brasil.[46]
Luís do Rego Barreto, o
algoz da Revolução
Pernambucana.
Dia do Fico

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Em Lisboa, os membros das Cortes Portuguesas não mostravam


respeito para com o príncipe no Brasil e zombavam abertamente
dele.[50] Assim, a lealdade devida por Pedro às Cortes gradualmente
foi transferida à causa brasileira.[40] A sua esposa, a princesa
Leopoldina de Habsburgo, favorecia o partido brasileiro e encorajou o
marido a permanecer no país,[51] enquanto os Liberais e Bonifacianos
fizeram representações públicas.[52] A resposta de Pedro veio em 9 de
janeiro de 1822, quando, de acordo com jornais, declarou: "Como é
para o bem de todos e para a felicidade geral da nação, estou pronto:
Diga ao povo que eu vou ficar".[53]

Príncipe Pedro ordena o Após a decisão de Pedro em desafio às Cortes, cerca de dois mil
oficial português Jorge homens sob o comando de Jorge Avilez declararam sua fidelidade às
Avilez retornar a Portugal Cortes Gerais em Lisboa e se amotinaram, vindo a concentrar-se no
após sua rebelião Morro do Castelo, que logo foi cercado por 10 mil brasileiros armados,
malsucedida. José liderados pela Guarda Real da Polícia.[54] Dom Pedro, em seguida,
Bonifácio pode ser visto ao "demitiu" o comandante geral português e ordenou-lhe que retirasse
lado do príncipe. com os seus soldados para o outro lado da baía, para Niterói, onde
aguardaram o transporte para Portugal.[55]

José Bonifácio foi nomeado ministro do Reino e dos Negócios Estrangeiros em 18 de janeiro de
1822.[56] Bonifácio logo estabeleceu um relacionamento paternal com Pedro, que começou a
considerar o experiente estadista seu maior aliado.[57] Gonçalves Ledo e os Liberais tentaram
minimizar a estreita relação entre Bonifácio e Pedro oferecendo ao príncipe o título de Defensor
Perpétuo do Brasil.[58][59] Para os liberais, era necessária a convocação de uma Assembleia
Constituinte para o Brasil, enquanto os Bonifacianos preferiam que Pedro concedesse por si
mesmo a Constituição para evitar a possibilidade de uma anarquia semelhante ao que ocorrera
durante os primeiros anos da Revolução Francesa.[58] O príncipe concordou com os desejos dos
liberais e assinou um decreto em 3 de junho de 1822 convocando para a eleição os deputados que
se reuniriam na Constituinte e Assembleia Geral Legislativa do Brasil.[59][60]

Grito do Ipiranga e aclamação

Pedro partiu para a província de São Paulo para assegurar a lealdade dos locais à causa brasileira.
Ele alcançou sua capital em 25 de agosto e lá permaneceu até 5 de setembro.

Leopoldina, sua esposa, assumiu a regência durante a viagem. Diante das exigências de Portugal
para que ambos retornassem a Lisboa, ela convocou uma sessão extraordinária do Conselho de
Estado no dia 2 de setembro de 1822 e, juntamente com os ministros, decidiu pela separação
definitiva entre Brasil e Portugal, assinando então a declaração de independência. Em seguida,
enviou o mensageiro Paulo Bregaro para entregar a Pedro uma carta informando sobre o
ocorrido.[61]

Em 7 de setembro, quando retornava à província do Rio de Janeiro, Pedro recebeu a carta de José
Bonifácio e de Leopoldina. O príncipe foi informado de que as Cortes tinham anulado todos os atos
do gabinete de Bonifácio e removido o restante de poder que ele ainda tinha. Pedro voltou-se para
seus companheiros, que incluía sua Guarda de Honra e falou: "Amigos, as Cortes Portuguesas
querem escravizar-nos e perseguir-nos. A partir de hoje as nossas relações estão quebradas.
Nenhum vínculo unir-nos mais [sic]" e continuou depois de arrancar a braçadeira azul e branca
que simbolizava Portugal: "Tirem suas braçadeiras, soldados. Viva à independência, à liberdade e à
separação do Brasil [sic]." Ele desembainhou sua espada, afirmando que "Pelo meu sangue, minha
honra, meu Deus, eu juro dar ao Brasil a liberdade" e gritou: "Independência ou morte". Este
evento é lembrado como Grito do Ipiranga.[62]
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De acordo com a literaturas historiografias de (Cintra, 1922. p.


38) e de (Pimenta, 1972. p. 81), o Grito do Ipiranga de
proclamação da independência do Brasil se deu da seguinte
forma:

“ Amigos, as Cortes Portuguesas querem


escravizar-nos e perseguir-nos. De hoje em
diante, nossas relações estão quebradas.
Nenhum laço nos une mais!
Detalhe da obra Independência ou Tirem suas braçadeiras, soldados! Viva
Morte (O Grito do Ipiranga), por independência, à liberdade e à separação do
Pedro Américo. Brasil [sic].
Pelo o meu sangue, pela minha honra, pelo meu
Deus, eu juro dar ao Brasil a liberdade.
Brasileiros, a nossa divisa, de hoje em diante,
será: Independência ou morte![63][64] ”
Ao chegar em São Paulo na noite de 7 de setembro de
1822, Pedro e seus companheiros espalharam a
notícia da independência do Brasil do domínio
português. O príncipe foi recebido com grande festa
popular e foi chamado de "Rei do Brasil", mas
também de "Imperador do Brasil".[65][66] Ele
retornou ao Rio de Janeiro em 14 de setembro e nos
dias seguintes os liberais espalharam panfletos
(escritos por Joaquim Gonçalves Ledo), que sugeriam
a ideia de que o príncipe deve ser aclamado Príncipe Pedro rodeado por uma multidão em
Imperador Constitucional.[65] Em 17 de setembro, o São Paulo depois de dar a notícia da
Presidente da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, independência do Brasil, em 7 de setembro de
José Clemente Pereira, envia às outras Câmaras do 1822.
país a notícia de que a Aclamação iria ocorrer no
aniversário de Pedro, em 12 de outubro.[67] No dia
seguinte, a nova bandeira e brasão de armas do reino independente do Brasil foram criados.[68]

A separação oficial de Portugal só ocorreria em 22 de setembro


de 1822, em uma carta escrita por Pedro a João VI. Nela, Pedro
ainda chama a si mesmo de "Príncipe Regente" e seu pai é
referido como o Rei do Brasil independente.[69] Em 12 de
outubro de 1822, no Campo de Santana (mais tarde conhecido
como Campo da Aclamação) o príncipe Pedro foi aclamado
Dom Pedro I, Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo
Coroação do imperador Pedro I em do Brasil. Era ao mesmo tempo o início do reinado de Pedro e
1º de dezembro de 1822 também do Império do Brasil.[70] No entanto, o Imperador
deixou claro que, embora ele tenha aceitado o título, se Dom
João VI retornasse ao Brasil ele iria descer do trono em favor
de seu pai.[71]

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A razão para o título imperial foi a de que o título de rei iria simbolicamente significar uma
continuação da tradição dinástica portuguesa e talvez do temido absolutismo, enquanto o título de
imperador derivava da aclamação popular, como na Roma Antiga.[72] Em 1º de dezembro de 1822
(aniversário da aclamação de D. João IV, o primeiro rei da Casa de Bragança) Pedro I foi coroado e
consagrado.[73]

Guerra

No contexto da Revolução liberal do Porto, o que começou com a


expulsão dos exércitos portugueses de Pernambuco em 1821, se
transformou, após a proclamação da independência do Brasil, a 7 de
setembro de 1822, em lutas mais encarniçadas nas regiões onde, por
razões estratégicas, se registrava maior concentração de tropas
portuguesas, a saber, nas então províncias Cisplatina, da Bahia, do
Maranhão, do Piauí e do Pará.[74][75][76][77] Sem um exército e sem
uma marinha de guerra, o recém-formado governo brasileiro (não
reconhecido pelo governo português, que ainda considerava o Brasil
parte integrante do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves e que
via os líderes brasileiros como rebeldes separatistas que haviam traído
O Exército brasileiro
o Império Português), por meio de seu Ministro José Bonifácio de
adentrando Salvador após
Andrada e Silva, adotou as providências para eliminar a resistência
a retirada das forças
portuguesa. Tornou-se necessário para Pedro adquirir meios e portuguesas, 1823.
recrutar mercenários e oficiais estrangeiros a fim de ajudar a sufocar a
resistência portuguesa nas províncias à independência de todo o
reino.[78]

Reconhecimento diplomático

Após conclusão do processo militar em 1823, restou a negociação diplomática do reconhecimento


da independência pelas monarquias europeias. O Brasil negociou com a Grã-Bretanha e aceitou
pagar indenizações de 2 milhões de libras esterlinas a Portugal num acordo conhecido como
Tratado de Amizade e Aliança firmado entre Brasil e Portugal.

Durante décadas se acreditou que os Estados Unidos foram os primeiros a reconhecer


formalmente, em 1824, a independência brasileira.[79][80] Essa postura decorre da Doutrina
Monroe, lançada em 1823, contra a intervenções e colonização de potências da Europa no
continente americano, favorecendo suas ações sobre o resto do continente.[80] Contudo, estudos
mais atuais têm admitido que o primeiro país a reconhecer a independência brasileira possa ter
sido o Reino do Daomé, que enviou representantes diplomáticos ao país.[81] Segundo o Ministério
das Relações Exteriores do Brasil, as Províncias Unidas do Rio da Prata, território correspondente
à atual Argentina, foi o primeiro país a reconhecer o Brasil.[82][83]

Outros Estados americanos recém-independentes e republicanos tinham resistência ao regime


monárquico adotado e também a tendências de Pedro I ao absolutismo.[79][80] As características
políticas do Brasil recém-independente causavam suspeitas de ser um meio para recolonização
pelos impérios coloniais europeus dos Estados republicanos americanos.[80] Isso porque, no
continente europeu, a Santa Aliança defendia a monarquia absolutista e o colonialismo, além de se
opor à Grã-Bretanha.[80]

Interessada em privilégios comerciais e políticos na América, mas sem perder a aliança com
Portugal, a Grã-Bretanha mediou as negociações de Pedro I com a ex-metrópole Portugal.[80] Em
1825, a negociação mediada resultou no reconhecimento português e britânico, pagamento pelo

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Brasil de uma soma a Portugal como "indenização" e benefícios comerciais do Brasil para a Grã-
Bretanha (a partir da renovação dos termos dos Tratados de 1810 em novo tratado em
1827).[79][80]

Desdobramentos
À semelhança do processo de independência de
outros países latino-americanos, o de
independência do Brasil preservou o status quo
das elites agroexportadoras, que conservaram e
ampliaram os seus privilégios políticos,
[carece de fontes?]
econômicos e sociais.

Ao contrário do ideário do Iluminismo, e do que Exército do Império do Brasil ataca as forças


desejava, por exemplo, José Bonifácio de Andrada confederadas no Recife, em 1824, no contexto da
e Silva, a escravidão foi mantida, assim como os Confederação do Equador, principal reação contra
latifúndios, a produção de gêneros primários a política centralizadora de D. Pedro I.
voltada para a exportação e o modelo de governo
monárquico.[carece de fontes?] É importante notar que José Bonifácio de Andrada e Silva e Gonçalves
Ledo chegaram a um acordo ao transformar o Brasil em um Império. Com a separação de Portugal,
o Brasil deixou de ser parte do Reinado Português. Thomaz Antônio ofereceu a Dom João VI a
possibilidade de ele renegar o status de Rei de Portugal para se tornar Imperador: "[tornar] grande
e poderoso Império, e fazer da nação brasileira uma das maiores potencias do globo".[84] Essa
segundo Thomaz Antonio era a vontade dos Iluministas

Quando D. João VI retornou a Lisboa, por ordem das Cortes, levou todo o dinheiro que podia —
calcula-se que 50 milhões de cruzados, apesar de ter deixado no Brasil a sua prataria e a enorme
biblioteca, com obras raras que compõem hoje o acervo da Biblioteca Nacional. Em consequência
da leva deste dinheiro para Portugal, o Banco do Brasil, fundado por D. João ainda 1808, veio a
falir em 1829.[85][86]

Crise econômica

O processo de independência foi perpassado por estagnação econômica, especialmente das


exportações. Além disso, ao contrário da América espanhola, onde a independência se fez através
de confrontos militares, a soberania política do Brasil resultou de um complexo encadeamento de
negociações, envolvendo Portugal e Inglaterra. Pedro I precisava obter o reconhecimento da
Inglaterra e de outros países, inclusive de Portugal. Para isso, o Brasil obteve, de 1824 em diante,
vários empréstimos de Londres, cada um no valor de milhões de libras. Essa crise só resolver-se-ia
com a ascensão do café.[87]

Representações culturais

Símbolos comemorativos

O processo da Independência ganhou representações comemorativas com uma data cívica (motivo
de feriado nacional) e um hino, como também um sino e um monumento localizados em São
Paulo.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Independência_do_Brasil 9/17
24/02/23, 18:36 Independência do Brasil – Wikipédia, a enciclopédia livre

A data oficialmente aceita para a comemoração da


Independência do Brasil é 7 de setembro de 1822, dia em que,
às margens do riacho Ipiranga, em São Paulo, o príncipe
regente D. Pedro, ao receber a correspondência das Cortes,
teria proclamado o chamado Grito da Independência, à frente
da sua escolta: Independência ou Morte!

Em termos historiográficos outras, embora menos conhecidas,


são a data da aclamação do Imperador (12 de outubro de 1822) Na estampa da atual moeda
e a do reconhecimento da independência do Brasil por Portugal brasileira de 10 centavos.
e pela Grã-Bretanha (29 de agosto de 1825). À época, em 1822,
a data assumida
como marco da
Independência
“Independência ou Morte!”
foi o 12 de
outubro, dia do — Pedro, regente do Brasil, futuro imperador do
aniversário de Brasil, 7 de setembro de 1822
Moeda de 1 000 réis de 1922 Pedro I e de sua
comemorando a independência. aclamação como
imperador,
conforme registrado pela historiadora Maria de Lourdes Viana
Lyra, sócia titular do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, em trabalho publicado em 1995. A
conclusão desse estudo indica que o grito foi uma construção a posteriori e que acabou
consolidado no quadro encomendado a Pedro Américo, produto da recriação artística do pintor,
onde, entre outras inexatidões, se retrata D. Pedro cercado pela Guarda Imperial (os hoje
chamados de Dragões da Independência), antes mesmo dele ser proclamado Imperador.[88]

O Monumento à Independência do Brasil, também chamado de Monumento do Ipiranga ou Altar


da Pátria, é um conjunto escultórico em granito e bronze pertencente ao Parque da Independência.
Localiza-se na cidade de São Paulo, às margens do Riacho do Ipiranga.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Independência_do_Brasil 10/17
24/02/23, 18:36 Independência do Brasil – Wikipédia, a enciclopédia livre

Lateral direita: grupo Face frontal: painel em alto-relevo denominado


escultórico representando Os "Independência ou Morte"; e no topo, o grupo escultórico
Revolucionários Marcha Triunfal da Nação Brasileira
Pernambucanos de 1817

Lateral esquerda:
grupo escultórico
representando Os
Inconfidentes Mineiros
de 1789

Pintura

A pintura Independência ou Morte (Pedro Américo), de Pedro Américo, aparece constantemente


em livros didáticos no Brasil, tornando-se assim uma "imagem canônica" no ensino de história do
Brasil.[89] Nos livros, a pintura serve para ilustrar o ato de fundação da nacionalidade brasileira,

https://pt.wikipedia.org/wiki/Independência_do_Brasil 11/17
24/02/23, 18:36 Independência do Brasil – Wikipédia, a enciclopédia livre

mostrando que a passagem para a situação da independência é o resultado de um brado.[90] Essa


interpretação, recorrente, representa o grito do Ipiranga como uma direção, num ato
personalizado e centralizado no monarca.[91]

A obra de Pedro Américo tornou-se representação oficial da independência, às vezes a referência a


ser desconstruída, para a representação da Independência do Brasil. Tal importância fez com que
esta influenciasse outras produções, dentre as quais se destaca o frontão do Monumento à
Independência do Brasil, que emula a obra de Américo.[92] Mas também, criar uma versão
alternativa à do heroísmo e do triunfalismo de Dom Pedro, retratados por Américo, marcou, por
exemplo, a produção de obras de destaque em exposições para a celebração do Centenário da
Independência do Brasil, como Sessão do Conselho de Estado, de Georgina de Albuquerque, e
Hino da Independência, de Augusto Bracet. No quadro de Albuquerque, o protagonismo da
declaração da independência é assumido por Maria Leopoldina, numa cena em que ela aparece
deliberando com o Conselho dos Procuradores Gerais das Províncias do Brasil a orientação para
que Dom Pedro encerrasse a colonização do Brasil por Portugal. No quadro de Bracet, Dom Pedro
aparece como protagonista da separação com Portugal, mas num ambiente doméstico e numa
atitude jovial, compondo o Hino da Independência.[93]

Independência ou Morte (1888), de Pedro Sessão do Conselho de Estado


Américo. (1922), de Georgina de
Albuquerque.

Primeiros Sons do Hino da


Independência (1922), de
Augusto Bracet.

Cinema
Independência ou Morte, filme de 1972 dirigido por Carlos Coimbra, comemorativo dos 150
anos da Independência do Brasil. Apresenta uma visão mítica da Independência, alimentando
um ideal nacionalista heroico.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Independência_do_Brasil 12/17
24/02/23, 18:36 Independência do Brasil – Wikipédia, a enciclopédia livre

Carlota Joaquina, Princesa do Brasil, filme de 1995, dirigido por Carla Camurati. Apresenta
uma visão burlesca sobre a vinda e a presença da Família Real e da Corte Portuguesa no
Brasil.

Ver também
Independência da América Espanhola
História da descolonização da América
Símbolos do Brasil

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Ligações externas
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« "A Country Study: Brazil" na "Library of Congress" » (http://lcweb2.loc.gov/frd/cs/brtoc.html)
(em inglês)

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