Você está na página 1de 17

Da União Ibérica à

Restauração da
Independência Portuguesa
em 1640
Problemas do Império Colonial Português

Concorrência Externa: Instituição do Mare Problemas Internos:


- Dos franceses, ingleses e Liberum - Fracos recursos financeiros;
holandeses; - Abandono e perda de - Corrupção dos funcionários;
- Ataques de piratas e territórios e feitorias;
- Extensão e dispersão dos
corsários; - Enfraquecimento económico territórios (dificultou o
- Concorrência muçulmana. e político de Portugal. controlo e defesa).

Crise do Império Português do


Oriente
Procura de novas riquezas/territórios

Tentativa de alargar os domínios em África

Morte de D. Sebastião
-
Crise de Sucessão
D. Se
b astiã
o de s
Bata apar
lha de A e ce n
lcáce a
r Qui
bir
1578

Batalha de Alcácer Quibir, em 1578, gravura do século XVII


Quando tiverem por certo
Perdida toda a esperança
Portugal terá bonança
Na vinda do Encoberto
«Profecia» de Gonçalo Anes,
o Bandarra, século XVI
Principais pretendentes ao trono em 1580
Crise de Sucessão ao trono português - 1580

D. Catarina Filipe II D. António


(Duquesa de Bragança) (Prior do Crato)
(Rei de Espanha)
Apoio de: Apoio da:
Parte do clero Apoio de: maior parte do povo
Parte da nobreza Alto clero
Nobreza
Alta burguesia

1580 – Filipe II invade Portugal


1581 – Filipe II é aclamado como Filipe I, Rei de Portugal, nas Cortes de Tomar,
prometendo respeitar os costumes, as leis e as liberdades dos portugueses.

União Ibérica – 1580-1640


Durante 60 anos Portugal
viveu sob domínio espanhol…

D. Filipe III
D. Filipe I D. Filipe II
(Filipe IV de
(Filipe II de Espanha) (Filipe III de Espanha)
Espanha)
Reinado: 1580-1598 Reinado: 1598-1621
Reinado: 1521-1640
l a res
po pu
nto s
Nos reinados de Filipe II e Filipe III, as promessas feitas nta me
L eva
em Tomar não foram respeitadas. A Espanha estava em
guerra com a Inglaterra, a França e a Holanda e os
soldados portugueses foram envolvidos nos conflitos
castelhanos. O povo viu os impostos a aumentar e as
colónias portuguesas eram atacadas pelos inimigos de
Espanha.

A população portuguesa manifestava o seu


descontentamento com motins e revoltas, como foi o
caso da “Revolta do Manuelinho”, em Évora.
Sabes o que aconteceu a
1 de dezembro de
1640 ?
Na manhã de 1 de dezembro de 1640, pelas oito e meia,
começaram a chegar coches ao Terreiro do Paço. Ao bater a
última badalada das nove horas, os Conjurados saltaram para
a rua e dirigiram-se para o palácio. A guarda foi dominada e os
conspiradores gritaram: “Viva el-rei; viva el-rei D. João IV!”.
Miguel de Vasconcelos, secretário de Estado, ao
aperceber-se da revolta, escondeu-se num armário e
fechou-se lá dentro com uma arma. Ao tentar mudar
de posição, e como o armário era pequeno, mexeu-
se, o que levantou de imediato a suspeita.
Os Conjurados dispararam sobre o armário e
posteriormente atiraram Miguel de Vasconcelos pela
janela, indo cair no meio da multidão.
Margarida, duquesa de Mântua e governadora de
Portugal, procurou resistir.
D. Carlos de Noronha sugeriu-lhe que se calasse
senão podiam faltar-lhe ao respeito.
Após a duquesa se recolher ao seus aposentos, as
janelas abriram-se de par em par e alguém gritou:
“Liberdade! Liberdade! Viva el-rei D. João IV!”
Restauração da Independência

Descontentes com a situação económica


e política do país, alguns nobres
portugueses, apoiados pelo povo,
preparam uma revolta que levam a cabo
com sucesso no dia 1 de dezembro de
1640.
Aclamam o duque de Bragança como
rei, subindo ao trono como D. João IV.
Batalhas da Restauração

D. João IV procurou organizar o exército,


fabricou armas e fortalezas junto às
fronteiras com Espanha. Durante 28
anos Portugal esteve em guerra com
Espanha, que só terminou com o
Tratado de Madrid, assinado em 1668.
(…) eu vou cantar o peito ilustre Lusitano / a
quem Neptuno (deus do Mar) e Marte (deus
da Guerra) obedeceram. Por isso, é meu desejo
que cesse tudo o que a Musa (a poesia) antiga
canta / Que outro valor mais alto se levanta, -
o do povo lusíada, povo lusitano, a que me
orgulho de pertencer.

Os Lusíadas em Prosa, adaptação de Amélia Pinto Pais, Areal Editores, Porto, 2015

Você também pode gostar