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3ª Dinastia

Dinastia Filipina ou de Castela

Decadência Política e Económica


 D Filipe I de Portugal - O Prudente (1527 – 1598)

 Décimo nono rei de Portugal. Era filho de D. Carlos I, rei de Espanha e


Imperador da Alemanha e de D. Isabel, filha de D. Manuel de Portugal.
Nasceu em 1527.

 Senhor de grande força militar, D. Filipe I invadiu Portugal e submeteu- à


dominação castelhana, que havia de durar 60 anos.

 Ao subir ao trono português, comprometeu-se a respeitar os usos e


costumes dos portugueses, afirmando que Portugal continuaria a ser um
país livre e independente, apesar de ter um rei estrangeiro. (Cortes de
Tomar)

A “Armada Invencível”

 Filipe I, para se afirmar de algumas afrontas recebidas de Inglaterra,


tomou a resolução de invadir este país. Para isso, reuniu uma poderosa
esquadra, chamada a “Armada Invencível”, da qual faziam parte os
melhores navios portugueses. Devido a uma tempestade, quase todos
os navios naufragaram e os restantes foram destruídos por uma armada
inglesa.

Ruinosa administração – Descontentamento do país


 A governação do rei ia-se tornando, dia a dia, cada vez mais prejudicial.

 Os interesses portugueses eram desprezados e as possessões


ultramarinas ameaçadas por ataques de Ingleses e Holandeses,
inimigos de Espanha.
 Cresciam os impostos e o comércio, a indústria e a agricultura foram
abandonados.

 O descontentamento aumenta no reino.

 Filipe I morreu em 1598, e está sepultado no Escorial, em Madrid.

 D Filipe II - O Pio (1598 – 1621)

 Vigésimo rei de Portugal, segundo rei da 3ª Dinastia. Era filho de D.


Filipe I e da sua quarta mulher, D. Ana de Áustria.

 Era conhecido como “O Pio”, que quer dizer piedoso, devoto ou


misericórdia. Em Portugal nunca foi considerado como tal, pois a
situação de crise em Portugal que se arrastava desde o reinado anterior,
agravou-se bastante no seu reinado.

 D. Filipe II era um homem bastante frágil e pouco inteligente. Por não se


sentir capaz de gerir o enorme império que seu pai lhe deixou, acabou
por entregar o governo aos seus ministros, incluindo o governo de
Portugal, que se foi tornando cada vez mais ruinoso.

 Por esta razão, era considerado, tanto em Espanha como em Portugal,


um rei fraco e desinteressado.

 Entre 1603 e1617, o governo de Portugal foi entregue a Cristóvão de


Moura e ao clero nacional.

 Por incompetência e por corrupção, obter favores indevidos em troca de


recompensas, Portugal entrou num período de grande decadência
interna e desordem administrativa e pelo desprezo pelos portugueses de
além–mar, que continuavam sem defesas, debaixo do ataque de
estrangeiros.

 Filipe II morreu em 1621, em Madrid!


 D Filipe III - O Grande (1621 – 1640)

 Vigésimo primeiro rei de Portugal, terceiro rei da 3ª Dinastia.


Era filho de D. Filipe II e D. Margarida de Áustria.

 Era conhecido como “O Grande”, no entanto, em Portugal ficou


conhecido como “O Opressor”, pois o seu reinado em Portugal foi
ruinoso.

 Nesta altura sentia-se uma grande oposição ao governo espanhol


e a vontade clara da independência de Portugal, face a Espanha.

 O aumento do desemprego rural e dos impostos, trouxeram para


Portugal efeitos negativos e fizeram aumentar o
descontentamento dos portugueses.

Revolução de 1640

 A situação estava insuportável e o povo português cada vez mais


descontente.

 Nessa altura, já D. Filipe III tinha dado o governo do reino à Duquesa de


Mântua, D. Margarida, que tinha como primeiro-ministro, Miguel de
Vasconcelos, considerado, também ele, um traidor à pátria.

 No dia 1 de Dezembro de 1640, rebenta a revolução que triunfa em


Lisboa.

 Quarenta fidalgos, chefiados por D. João Pinto Ribeiro, foram ao Paço,


prenderam a Duquesa de Mântua e ai mesmo, proclamaram rei de
Portugal D. João, oitavo Duque de Bragança, com o nome de D. João
IV. O povo gritava:

“- Liberdade!!! Liberdade!!!”

 Finalmente, depois de muitas lutas e após 60 anos de domínio espanhol,


era restaurada a Independência de Portugal.
Sebastianismo

 Os portugueses estavam muito tristes e desagradados com toda a


situação vivida no país.

 Para se animarem, as pessoas convenceram-se de que D. Sebastião


não tinha morrido e que iria aparecer, montado num cavalo branco,
numa manhã de nevoeiro.

 Este sonho, a que se chama Sebastianismo, manteve-se durante os 60


anos em que Portugal esteve unido à Espanha.

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