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3055 Lima Santos

Resumo de História – 3PP


• Revoltas emancipacionistas
Tinham como objetivo romper em definitivo com a coroa portuguesa.

➔ Inconfidência Mineira ou Conjuração Mineira (1789): Foi


organizada pela elite mineira com a influência do Iluminismo
e tinha por objetivo separar Minas Gerais do resto da
colônia. O movimento ocorreu em parte por causa dos
pesados impostos cobrados pela metrópole, cujo
pagamento era quase impossível devido à decadência da
produção de ouro. Os portugueses certos de que se tratava
de sonegação de impostos recorreram à derrama para
cobrar o valor devido. Os membros realizavam reuniões para
planejar a eclosão de uma revolta na cidade de Vila Rica. Os
principais integrantes eram o coronel Joaquim Silvério dos
Reis (que delatou o movimento em troca do perdão de suas
dívidas) e Joaquim José da Silva Xavier. Buscavam a adoção
de um sistema republicano de governo, uma Constituição
que tomasse como modelo a dos EUA, transformação de São
João del Rei na capital do novo país, obrigatoriedade do
serviço militar e o apoio à industrialização. Após o
movimento ser delatado por Joaquim Silvério dos Reis, a
maioria de seus líderes foram presos e condenados ao
desterro, mas Tiradentes foi condenado à morte e seu corpo
foi exposto em vários locais. Como possuía caráter elitista, o
fim da escravidão não era uma de suas prioridades.

➔ Conjuração Baiana (1798 – 1799): Também chamada de Revolta dos Alfaiates, teve ampla participação
popular e pedia o rompimento do pacto colonial com Portugal. Atuação revolucionária da organização
secreta Cavaleiros da Luz sediada na casa do farmacêutico Figueiredo Melo. Participaram do
movimento tanto membros da elite quanto representantes das camadas populares de Salvador. A
princípio os interesses de todas essas camadas convergiam no desejo de autonomia da província.
Posteriormente, quando os populares começaram a enfatizar a luta contra a escravidão e os privilégios
senhoriais, houve o afastamento das elites. Um dos principais nomes do movimento foi o médico
Cipriano Barata. Os conspiradores queriam um governo republicano, democrático e livre de Portugal.
Quando os primeiros cartazes e panfletos começaram a ser distribuídos pela cidade anunciando o
início do movimento, a repressão do governo também começou. Denúncias de traidores acabaram por
desarticular o movimento, que acabou em várias prisões, esquartejamentos e enforcamentos.
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• A vinda da família real ao Brasil


Com o início das guerras napoleônicas no início do século XIX, a França se tornou uma potência na Europa. Napoleão
Bonaparte venceu a maioria dos seus inimigos, mas ainda tinha a Inglaterra em seu caminho. Após ser derrotado na
batalha de Trafalgar pela marinha britânica, foi decretado Bloqueio Continental em 1806, com o objetivo de
enfraquecer os ingleses. Ele estabelecia que nenhum país europeu sob seu domínio poderia estabelecer comércio com
a Inglaterra.

Portugal não cumpriu a exigência, dada a sua dependência econômica aos ingleses. Por isso, em 1807, a Fuasrança
assinou o tratado de Fontainebleau, que determinava a invasão de Portugal em novembro do memo ano por tropas
franco-espanholas. Antes que isso acontecesse, em outubro, o príncipe regente português D. João e o rei da Inglaterra
Jorge III assinaram uma convenção secreta que transferia a sede monárquica para o Brasil.

Toda a família real portuguesa e a sua estrutura


administrativa embarcaram em novembro de 1807 e
chegaram em Salvador no dia 22 de janeiro de 1808.
Ali mesmo foram tomadas as primeiras decisões:

Abertura dos portos às nações amigas: na prática foi


o fim do pacto colonial. Liberava a importação de
produtos vindos de nações amigas, no caso a
Inglaterra.

Revogação da proibição da instalação de manufaturas: não foi suficiente para que começasse um surto industrial
devido à concorrência com a importação de produtos ingleses.

Em março eles se instalaram no Rio de Janeiro e devido à falta de preparo da cidade, muitas habitações foram tomadas
com a fixação do carimbo P.R. (príncipe regente) em suas portas.

1810 – Tratado de Aliança e Amizade, de Comércio e Navegação: assinado para estreitar os laços políticos e
econômicos com os ingleses, esse tratado estabelecia:

• Vantagens comerciais: imposto de importação para produtos ingleses 15%, para produtos portugueses
16% e 24% para os demais países.
• Compromisso com o fim do tráfico negreiro
• Ingleses que cometessem crimes no Brasil seriam julgados segundo a lei inglesa por juízes ingleses.
• Permissão para a construção de templos e cemitérios protestantes.

A vinda da família real para o Rio de Janeiro contribuiu para o desenvolvimento da cidade. D. João quis trazer ares
europeus para a capital do império luso. Com isso criou estruturas administrativas e culturais como:

• Real academia militar


• Jardim Botânico (1808),
• Real Fábrica de Pólvora (1808),
• Banco do Brasil (1808),
• Laboratório Químico-Prático (1812).
• Imprensa régia

A Real Biblioteca de Portugal foi completamente transferida para o Rio de Janeiro em 1810, foi fundado o Real Teatro
São João em 1813 e após o fim das guerras napoleônicas, diversos artistas franceses sem emprego recorrem a D. João
e começam a Missão Artística Francesa, cujo principal representante foi Jean Baptiste Debret que possibilitou a
fundação da Escola Real de Artes Ciências e Ofícios.
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D. João declarou guerra à França em 1809 e tomou a Guiana Francesa, que só foi devolvida após a derrota de Napoleão
em 1817. Também conquistou o Uruguai, transformando-se na Província da Cisplatina. Somente em 1828 o Uruguai
conquistaria sua independência.

Em 1815, o Brasil foi elevado a Reino Unido de Portugal e Algarves, deixando oficialmente de ser colônia, medida
acertada no Congresso de Viena, reunião das potências que venceram Bonaparte.

Em 1817, estourou a Insurreição Pernambucana, causada pela crescente tributação sobre a população por causa dos
gastos com a Corte e do abandono da região nordeste somado a um desejo de liberdade cada vez maior. O movimento
foi esmagado pelas tropas do governo.

Enquanto isso, em Portugal as dificuldades econômicas só


cresciam e, devido a ausência de um monarca, o governo era
exercido por um comandante inglês. Nessa situação e com a
difusão dos ideais iluministas, eclodiu a Revolução Liberal do
Porto, em 1820. O movimento, assim como no resto da Europa,
tinha caráter anti-absolutista. Os revolucionários queriam a
criação de uma Constituição que seria redigida pelas Cortes, uma
assembleia convocada por eles. Ao mesmo tempo, exigiram a
volta de D. João e o afastamento do comandante inglês.

Ao mesmo tempo que buscavam estabelecer o liberalismo em


Portugal, eles viam a solução para seus problemas econômicos
no restabelecimento do pacto colonial e buscaram implantar
medidas visando a recolonização do Brasil.

Com o sucesso da revolução e o receio de perder a Coroa, D. João


acabou sendo obrigado a retornar para Portugal em abril de
1821, deixando aqui seu filho D. Pedro como regente do Brasil.

• A independência

Ordens vindas de Portugal exigiam a imediata volta de D. Pedro I para Portugal para completar sua formação
cultural. Isso tudo foi mal recebido pelos brasileiros, que perceberam as reais intenções de Lisboa. Diante disso,
formou-se o Partido Brasileiro. Era formado por pessoas favoráveis à independência, dentre elas: membros da
aristocracia rural, burocratas, comerciantes e até mesmo portugueses com vínculos econômicos estabelecidos no
Brasil. Seus principais líderes foram Gonçalves Ledo, Januário da Cunha Barbosa e José Bonifácio de Andrada e
Silva.

• Dia do Fico (09/01/1822): Deputado José Clemente reúne e


entrega um documento com mais de 8 mil assinaturas para que
D. Pedro I ficasse no Brasil e não cumprisse a ordem de
Portugal.
• Lei do Cumpra-se (maio de 1822): Qualquer ordem de Portugal
só seria posta em prática com a autorização de D. Pedro,
transformando-se em um símbolo da autonomia brasileira.
• Agosto de 1822: D. Pedro determinou que qualquer tropa
portuguesa que desembarcasse no Brasil seria considerada
inimiga. Em contrapartida, chega de Portugal um ultimato
anulando as determinações do príncipe regente e exigindo o
seu retorno para a metrópole, sob a ameaça do envio de tropas
metropolitanas.
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• Grito do Ipiranga (07/09/1822): José Bonifácio envia um mensageiro para colocar D. Pedro a par da situação.
O príncipe recebeu a notícia voltando de Santos às margens do Rio Ipiranga, com considerações e protestos de
José Bonifácio e Leopoldina. Assim, D. Pedro I declara a independência do Brasil e separa definitivamente o
país de Portugal.

Como o processo foi conduzido pela aristocracia, não houveram mudanças significativas na estrutura produtiva
nem na sociedade brasileira. Assim, estava mantida a escravidão e a produção voltada para a exportação. A
dependência econômica em relação à Inglaterra também foi mantida, principalmente em relação à importação de
manufaturados e obtenção de empréstimos

• Guerras de Independência

Combates de baixa intensidade em várias partes do Brasil, onde haviam tropas portuguesas contrárias à
Independência. D. Pedro contratou mercenários para reforçar o exército. Destaque para Lorde Cochrane, que
comandou frotas navais nas batalhas das províncias do norte e nordeste. Com essas guerras, garantiu-se a unidade
territorial brasileira.

Principais características do processo de independência:

• Manutenção da unidade territorial;


• Participação das elites e ausência da participação popular;
• Manutenção da estrutura socioeconômica do período colonial.

• Reconhecimento da Independência

• Os EUA foram os primeiros países a reconhecer a independência em 1824, resultante da Doutrina Monroe
(América para os americanos);
• Resistência inicial dos vizinhos por causa da forma de governo adotada;
• As nações da Europa (principalmente a Inglaterra) aguardam o reconhecimento de Portugal;
• Portugal reconhece a Independência do Brasil mediante acordo com indenização em 1825;
• A Inglaterra passa a ser uma tuteladora da monarquia.

• Primeiro Reinado (1822-1831)


Alas partidárias:

• Partido Português: Formado principalmente por comerciantes. Favorável à recolonização do Brasil.


• Partido Brasileiro: Composto basicamente pelos latifundiários, foi o partido ao qual D. Pedro se aproximou na
época da proclamação da Independência. Favoráveis à manutenção da autonomia do Brasil.

A Constituição do Brasil:
• 1823 (Constituição da Mandioca) – Feita pelo
Partido Brasileiro
• Classista – para ser eleitor ou se candidatar era
preciso ser latifundiário (esse critério era
determinado pela quantidade de alqueires de
mandioca que as terras do indivíduo conseguiam
produzir anualmente)
• Anticolonial – reduzir a influência portuguesa
no Brasil
• Antiabsolutista – tinha características liberais
e limitava os poderes do imperador.
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Por causa da tentativa de limitar os seus poderes, D. Pedro I dissolveu a constituinte e prendeu quem votou a favor do
projeto.

• 1824 (Constituição do Império) – Feita pelo Partido Português


• Outorgada (imposta)
• Imperador como figura sagrada e inviolável
• Quatro poderes: executivo, legislativo, judiciário e moderador
• O poder moderador: exercido somente pelo imperador, que recebia poderes absolutos. Podia nomear
ministros, senadores e funcionários do Estado, além disso poderia dissolver a câmara dos deputados
quando fosse conveniente
• Voto censitário: exclusivo para homens que atingissem determinada renda
• Catolicismo como religião oficial
• Senado vitalício
• Liberdades individuais como liberdade de expressão e culto

Conflitos no Primeiro Reinado:

• Confederação do Equador (1824) – Pernambuco


o Contrária ao poder moderador e ao
autoritarismo
o Separatista/Republicana
o Liderada por Frei Caneca e Cipriano Barata
• Guerra da Cisplatina (1825-1828) – Província Cisplatina
o Independência da região cisplatina tomada durante o governo joanino
o Atual Uruguai
o Gastos excessivos e impacto na economia brasileira
o Acabou após a intervenção inglesa

A crise do Primeiro Reinado:

• Fatores
• Crise econômica e política
• Autoritarismo de D. Pedro I
• Morte do jornalista Líbero Badaró
• Insatisfação do exército por causa da condução da Guerra da Cisplatina

• Noite das Garrafadas (1831): Conflito entre representantes do Partido


Português (que defendia a manutenção de D. Pedro I no poder) e do
Partido Brasileiro (que exigia a abdicação do Imperador).

• Abdicação de D. Pedro I (07/04/1831)


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• Período Regencial (1831-1840)


D. Pedro I vai para Portugal e deixa seu filho de 5 anos que não podia governar, por isso instituiu-se um governo
regencial. A Constituição de 1824 determinava que nesse caso, deveriam ser eleitos três regentes.

Haviam três principais grupos políticos na época:

• Restauradores: queriam o retorno de D. Pedro I ao poder (vieram do Partido Português)


• Liberais Exaltados (progressistas): queriam a autonomia provincial (vieram do Partido Brasileiro)
• Liberais Moderados (regressistas): buscavam a centralização política. Após a morte de D. Pedro I se uniram aos
restauradores e formaram um só grupo. Não queriam o uso da força.

As fases do Período Regencial:

➔ Regência Trina Provisória (abril-junho de 1831)


• Retorno do Ministério dos Brasileiros
• Suspensão parcial do uso do poder moderador pelos regentes
• Caráter liberal e anti-absolutista
• Início do chamado avanço liberal, que duraria até 1837

➔ Regência Trina Permanente (1831-1835)


• Representação do grupo dos moderados
• A atuação do padre Diogo Antônio Feijó, Ministro da Justiça
• O ato adicional de 1834:
o Criação da Guarda Nacional: tinha o objetivo de manter a ordem provincial e sufocar revoltas.
Representavam os interesses dos grandes donos de terras e colocava o exército em segundo
plano no cenário nacional
o Extinção do Conselho de Estado (eliminação da oposição)
o Autonomia provincial
o Criação das assembleias provinciais

➔ Regência Una de Diogo Feijó (1835-1837)


• Oposição regressista contra ele
• Revoltas no território nacional
• Renúncia
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➔ Regência Una de Araújo Lima (1837-1840)


• O Ministério das Capacidades (composto só por políticos regressistas)
• Repressão às revoltas
• A Lei Interpretativa do Ato Adicional (1840) – centralização do poder e fim da autonomia provincial;
revogou a maior parte das medidas do Ato Adicional
• O Golpe da Maioridade: os liberais da oposição lutaram para recuperar o poder. Para isso, fundaram
o Clube da Maioridade em 1840, que defendia a antecipação da maioridade de D. Pedro II, na época
com 15 anos, com a justificativa que a presença do imperador no trono poria fim às revoltas regionais
em curso, argumento que cativou a adesão da elite política do país.

Revoltas Provinciais

• Motivos
o Crise econômica
o Déficit da balança comercial
o Endividamento externo
o Péssimas condições de vida
o Oposição ao autoritarismo do governo central
o A onda liberal reformista do século XIX

1º) Cabanagem (1835-1840)

• Pará (antiga Grão-Pará)


• Os cabanos (negros, índios e mestiços que trabalhavam na exploração de produtos na floresta, moravam em
cabanas à beira dos rios e queriam sair da miséria)
• Tinha como um dos motivos as péssimas condições de vida
• Apoio e afastamento da elite paraense
• Fim da escravidão e distribuição de terras
• 1835 – Tomada de poder no Pará
• Falta de organização e traições: Clemente Malcher, que foi um dos líderes, posteriormente trai os
companheiros, tenta reprimir os revoltosos e acaba morto por eles
• Repressão do exército imperial
• Mortes, prisão e escravidão
• Foi uma das poucas revoltas desse período que envolve várias camadas sociais
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2º) A Revolução Farroupilha (1835-1845)

• Rio Grande do Sul


• Revolta dos estancieiros ricos
• Indignação com os altos impostos cobrados sobre o charque gaúcho
• Protecionismo e autonomia provincial
• 1835 – Bento Gonçalves e suas tropas tomam Porto Alegre
• 1836 – Fundação da República Piratini
• 1839 – Fundação da República Juliana (Santa Catarina) – auxílio de Davi Canabarro e Giuseppe Garibaldi, líderes
revolucionários italianos
• A atuação de Luís Alves de Lima e Silva (Duque de Caxias) – comandou tropas para lutar contra os revoltosos e
conseguiu dar fim à guerra com a assinatura da paz de Ponche Verde, recebendo o título de “Pacificador do
Império”
• Condições de rendição: anistia geral dos revoltosos, incorporação dos oficiais farroupilhas ao exército imperial,
devolução de terras ocupadas aos antigos proprietários, taxação de 25% sobre o charque palatino
(concorrente) e libertação dos escravos que lutaram na revolução

3º) Sabinada (1837-1838)

• Bahia
• Elitista
• Francisco Sabino – médico baiano
• Separatismo e republicanismo
• Revolta dos intelectuais de classe média
• Tomada do poder em Salvador, com o apoio de parte do exército baiano
• Tropas imperiais, auxiliadas pelos fazendeiros, derrotam os revoltosos
• A repressão violenta

4º) Balaiada (1838-1841)

• Maranhão
• Crise econômica – queda das exportações do algodão
• Insatisfação política da classe média maranhense – os bem-te-vis
• Participação popular – escravos fugidos, vaqueiros, sertanejos e fazedores de balaios (cestos)
• Rebeldes tomam o poder, mas não possuíam objetivos claros – entregam o poder à classe média
• Afastamento entre a classe média e os populares
• O coronel Luís Alves de Lima e Silva (Caxias) – atua mais uma vez contra a revolta

5º) Revolta dos Malês (1835)

• Vários escravos de origem mulçumano, porém africanos


• Queriam abolir a escravidão na Bahia, matar os brancos e mestiços, além de levar a revolta para o Recôncavo
Baiano
• Foi a maior revolta de escravos do Brasil
• Foi delatada por ex-escravos fiéis aos senhores
• Foi duramente reprimida com vários escravos mortos
• Apesar de ser motivada pela escravidão, se a revolta se concretizasse manteriam os mulatos escravizados
• Durou aproximadamente da noite do dia 24 para o dia 25 de janeiro de 1835
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• Segundo Reinado (1840 – 1889)

• Dom Pedro II iniciou seu governo com apenas 15 anos – (Golpe da maioridade)
➔ Tirou a autonomia das províncias
➔ 1847 - Instalou o parlamentarismo às avessas, no qual o imperador tem um poder de controle rígido
sobre a escolha do primeiro-ministro, que fica subordinado ao poder moderador

• Revolução Praieira (Pernambuco – 1848)


➔ Insatisfação com o centralismo imperial
➔ Caráter liberal
➔ Brasileiros reivindicavam maior força frente aos comerciantes portugueses
➔ População lutava por melhores condições de vida
➔ Jornal Diário Novo era o principal centro de organização e divulgação
➔ Manifesto ao mundo
o Voto universal
o Liberdade de expressão
o Trabalho como garantia de vida para cidadãos brasileiros
o Extinção do poder moderador e do recrutamento obrigatório
o Expulsão dos portugueses
o Introdução do federalismo e de uma república
• O primeiro mistério foi composto por liberais que haviam apoiado o golpe da maioridade
• Os conservadores exigiam que fossem feitas novas eleições porque os liberais haviam sido eleitos nas “eleições
do cacete”
• Ministério da Conciliação (1853): encerra os conflitos entre conservadores e liberais conciliando as ações
políticas dos dois partidos em torno de interesses comuns e revezando os dois grupos na liderança do gabinete
ministerial

• Lei Eusébio de Queiróz (1850)

➔ Pressão inglesa
➔ Proibição do tráfico negreiro
➔ Descontentamento das elites

• Lei de Terras (1850): dificuldade de acesso às terras, principalmente para os imigrantes que começavam a
chegar ao Brasil em busca de melhores condições de vida. As terras não seriam mais cedidas pelo governo e
só poderiam ser conquistadas através da compra

• CAFÉ (principal atividade econômica)

Fases:

1ª) Vale do paraíba: Produção manual, mão de obra escrava, produtividade baixa e altos custos. Entrou em decadência
após a Lei Eusébio de Queiroz e o progressivo esgotamento dos solos.

2ª) Oeste Paulista: A produção começou a migrar progressivamente para o oeste e utilizava técnicas mais avançadas
de agricultura, mão de obra imigrante e ferrovias para realizar o transporte do café até os portos. Alta produtividade e
menor custo $$$
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• Tarifa Alves Branco: aumento de impostos para importação


➔ Balança comercial favorável
➔ Aumento da indústria nacional
o Surto iniciado por Barão de Mauá e investimento em áreas como desenvolvimento urbano
(iluminação à gás), meios de transporte (portos e ferrovias) e meios de comunicação (telefone
e telégrafo)
➔ Retaliação inglesa: Bill Aberdeen (fiscalização no oceano Atlântico para coibir o tráfico negreiro
autorizando a eles mesmos de tomar navios negreiros)
• Mão de obra imigrante
➔ Motivos:
o Lei Eusébio de Queiróz
o Embranquecimento da população
➔ Onde:
o Oeste Paulista
➔ Inicialmente os imigrantes ficavam presos à terra por causa de dívidas contraídas na viagem de
imigração e não conseguiam pagá-la (sistema de parceria). Posteriormente o governo se encarregou
de financiar a viagem dos imigrantes e estabeleceu um tempo mínimo para que trabalhassem nas
terras (sistema de colonato ou imigração subvencionada)

• Política externa

• Questão Christie: série de conflitos diplomáticos entre Brasil e Inglaterra que representou um desenrolar das
tensões depois da Tarifa Alves Branco

Um navio britânico naufragou no litoral do RS em 1861 e a embarcação foi saqueada por moradores da região.
Os sobreviventes recorreram ao embaixador inglês William Christie e ele exigiu uma indenização do governo
brasileiro, que não foi paga porque D. Pedro II não concordou com suas exigências. No ano seguinte, três
oficiais da marinha inglesa foram presos por promoverem arruaças na cidade do Rio de Janeiro e a situação
piorou. Os três militares foram soltos, porém o embaixador inglês continuava exigindo a indenização, demissão
dos policiais brasileiros e um pedido oficial de desculpas. O pedido não foi cumprido e, em retaliação, os
ingleses aprisionaram um conjunto de embarcações brasileiras em alto mar. Depois disso, o Brasil rompe
relações diplomáticas com a Inglaterra e o após a intermediação do rei Leopoldo II da Bélgica o Brasil teve
ganho de causa. As relações entre Brasil e Inglaterra só foram reatadas durante a guerra do Paraguai em 1865.

• Guerra do Paraguai (1864-1870)


➔ O Paraguai queria ampliar a sua área territorial
➔ Tríplice Aliança: Brasil, Argentina e Uruguai
➔ Empréstimos ingleses
➔ Duque de Caxias, Almirante Tamandaré e Almirante Barroso
➔ Derrota paraguaia
➔ Fortalecimento do exército brasileiro e influência posterior na Proclamação da República
➔ A Inglaterra NÃO era favorável à guerra pois era muito mais vantajoso continuar com a sua venda de
manufaturados na América Latina
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• Escravidão
➔ Lei Eusébio de Queiróz (1850): proibia o tráfico negreiro
➔ Lei do Ventre Livre (1871): filhos nascidos de escravos seriam libertos
➔ Lei dos Sexagenários (1885): Escravos ao completarem 60 anos seriam libertos
➔ Lei Áurea (1888): Dava fim à escravidão no Brasil

• Crise
➔ Questão Religiosa: conflitos envolvendo a maçonaria e a Igreja Católica. O Imperador era maçom.
➔ Questão Militar: fortalecimento do exército após a Guerra do Paraguai e crescimento do positivismo.
➔ Questão Abolicionista: descontentamento da elite com a libertação dos escravos. (Um dos fatores mais
determinantes para o golpe republicano)

• O golpe republicano
➔ Exército aplica um golpe de Estado em 15/09/1889
➔ Proclamação da República: Marechal Deodoro da Fonseca assume

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