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continuava descontente.
∙ a guerra tinha deixado o País mais pobre, devido à destruição e os saques provocados pelas
tropas francesas.
∙ a família real e a corte continuavam no Brasil e, em 1808, o rei tinha decretado a abertura dos
portos brasileiros ao comercio internacional, prejudicando serreamente a burguesia
portuguesa que deixava de ter o exclusivo do comercio.
Para alem da vontade de expulsar os ingleses e fazer regressar a família real do Brasil, os vários
grupos sociais, sobretudo a burguesia, pretendiam instaurar um Governo liberal em Portugal.
A permanência do exército francês no nosso País, durante as invasões, tinha dado a acontecer
aos portugueses as “novas ideias liberais”, defendidas durante a Revolução Francesa: liberdade
e igualdade de todos os cidadãos perante a lei.
Em 1817, um grupo de liberais, chefiados pelo general Gomes Freire de Andrade, na cidade do
Porto, tentou expulsar os Ingleses de Portugal. No entanto, a sua conspiração foi descoberta e o
general acabou enforcado juntamente com os seus apoiantes.
No ano seguinte, em 1818, um grupo de liberais do porto formou uma sociedade secreta, o
sinédrio, com o objetivo de preparar uma revolução. Manuel Fernandes Tomás liderou esta
sociedade secreta, composta, na sua maioria, pelos burgueses do porto, da qual faziam parte
comerciantes, proprietários, magistrado e alguns militares.
MONARQUIAS:
Monarquia absoluta:
Poder legislativo: o rei fazia e aprovava as leis
Poder executivo: o rei governava
Poder judicial: o rei julgava os crimes
A constituição de 1822, ano em que foi aprovada por D João VI, tinha como base os princípios
de igualdade e liberdade de todos cidadãos perante a lei. Estes princípios retiraram os
privilégios ao clero e â nobreza e introduziram a divisão dos poderes, mas nunca puseram em
causa a legitimidade do rei e do regime monarquio.
Assim, a forma de governo em Portugal passou de uma Monarquia absolutista a uma
Monarquia liberal ou constitucional, embora a monarquia continuasse a ter um caráter
hereditário.
A família real permaneceu cerca de 14 anos no Rio de Janeiro, contribuindo para um grande
desenvolvimento do Brasil. Durante esse período:
∙colónia foi elevada à condição de Reino e a cidade do Rio de Janeiro tornou-se a sede do
Governo.
∙foi criado o banco do Brasil.
∙foram construídas repartições de polícias, de finanças e de justiça.
∙foram criadas escola, universidades, biblioteca, teatros e hospitais.
∙a burguesia brasileira enriqueceu com a abertura dos portos ao comercio internacional.
O infante D. Pedro ficou a governar o Brasil, quando D. João VI regressou a Portugal, para jurar
Constituição.
Depois de jurar a Constituição, em 1822, as Cortes Constituintes tomaram medidas que não
agradaram à burguesia nem à população brasileira em geral:
A constituição de 1822 retirou muitos privilégios à nobreza e ao clero. Por essa razão, estes
grupos sociais não eram favoráveis ao novo regime liberal e, como tinham o apoio da Rainha D.
Carlota Joaquina e do príncipe D. Miguel, começaram a planear um golpe contra a Monarquia
Constitucional, procurando restabelecer o absolutismo.
A morte do rei D. João VI, em 1826, agravou ainda mais a instabilidade política e as diferenças
entre liberais e absolutistas.
D. Pedro, na época imperador do Brasil, foi aclamado rei em Portugal, como D. Pedro IV. Mas,
D. Pedro não desejava sair do Brasil e, por isso, abdicou do trono a favor de sua filha, D. Maria
de Glória, que tinha apenas 7 anos.
A jovem rainha, devido à sua idade, não podia governar, o que obrigou D. Pedro a celebrar um
acordo com o seu irmão, D. Miguel. Ficou então estabelecido que D. Miguel ficaria como
regente de Portugal até à maioridade de D. Maria e comprometia-se a governar segundo as leis
liberais.
D. Pedro, em 1826, substituiu a Constituição por uma Carta Constitucional, documento menos
liberal relativamente à Constituição de 1822, porque atribuída mais poderes ao rei.
Apesar de ter jurado cumprir o acordo celebrado com D. pedro, logo que assumiu o governo, em
1828, D. Miguel dissolveu as Cortes Constituintes e faz-se aclamar rei absoluto.
Perante esta decisão, agravou-se a divisão da sociedade portuguesa, entre:
∙absolutista- defensores da Monarquia Absoluta, dos quais faziam parte muitos clérigos e
nobres, que eram chefiados por D. Miguel.
As perseguições de que foram vítimas o liberal, por parte dos absolutistas, obrigou alguns a
refugiarem-se nos Açores e no estrangeiro, para não serem presos ou mortos.
D. Pedro, ao ter conhecimento do que se estava a passar em Portugal, abdicou do trono
brasileiro e juntou-se aos liberais que haviam fugido para a ilha Terceira, nos Açores.
Em 1832, com um exército, D. Pedro desembarcou a norte do Porto, na praia de Pampelido, de
onde seguiu para a cidade do Porto, que ocupou sem encontrar grande resistência dos
absolutistas.
D. Miguel foi apanhado de surpresa, mas reorganizou as suas tropas e cercou a cidade do Porto
por um ano.
Durante o cerco, as tropas de D. Pedro resistiram heroicamente às doenças e à fome. Valeu-lhe a
população que, apesar das dificuldades em que se encontrava, repartiu com os soldados liberais
o pouco que tinha para comer.
A guerra civil, que colocou os portugueses uns contra os outros, estendeu-se, mais tarde,
a todo o País.
Perante o País em guerra, os liberais abriram outra frente de luta no Algarve, para enfraquecer
os absolutistas, com tropas comandadas pelo duque da Terceira. D. Miguel levantou então o
cerco as tropas de D. Pedro na cidade do Porto, e dirigiu-se para sul, onde foi derrotado nas
batalhas de Almoster, em Santarém, e de Asseiceira, em Tomar. Depois destas derrotas, D.
Miguel foi obrigado a assinar um acordo de paz, a convenção de Évora monte, que pôs fim á
guerra entre liberais e absolutistas. Depois da assinatura deste acordo, D. Miguel foi obrigado a
sair de Portugal, mas o trono português só foi definitivamente entregue a D. Maria II apos a
morte de D. Pedro IV, em 1834.
DATAS:
1820- Revolução liberal
1821-D. João VI regressa a Portugal
1822-Constituição liberal
1826- Morte de D. João VI
D. Pedro abdica do trona em favor de D. Maria Da Gloria
Regência de D. Miguel (período de violência e perseguições)
1832-desembarque das tropas liberais perto do porto
1832/1834-Guerra civil entre liberais e absolutistas
1834- Assinatura
de convenção de Évora monte (vitoria do liberalismo)
Questionário:
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSe01GxlNXe2d62HgHVEpGPuE7EJkaiD4Ah13N
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