Guerra civil (definição): conflito armado entre dois ou mais grupos
organizados dentro de um mesmo reino ou estado. Com a morte do rei D. João VI criou-se um problema de sucessão pois os dois príncipes candidatos ao trono (D.Miguel e D.Pedro) tinham visões diferentes enquanto um quer manter os direitos que as monarquias têm, os liberais que já têm uma visão mais liberal. Com isso o país caí numa guerra civil entre absolutistas (apoiantes de D.Miguel) e liberais (apoiantes D. Pedro). Apos a implantação do liberalismo em 1820, nesse período Portugal encontra-se em um período de instabilidade política. Ditadas pela a oposição entre os liberais e os absolutistas. Anos antes D.Pedro tinha declarado a independência do Brasil ( 7 de Setembro de 1822), e tinha-se tornado imperador da mesma. D.Pedro havia sido deserdado na sequência dos eventos de dia 7 de Setembro. Ao mesmo tempo de que Pedro regressou ao Brasil, D.Miguel regressou a Portugal do dito exilio. Maria Isabel foi a regente da coroa portuguesa até dia 26 de Fevereiro de 1828. D.Miguel assumiu a regência em nome da sobrinha e noiva Maria da Gloria, pois foi a forma que D.Pedro arranjou para apaziguar a situação vivida no reino, assim sendo D.Pedro propõe que a sua filha se case com o seu tio D.Miguel. D.Miguel afastado do país pelo pai aceita essa proposta. A regressar a Portugal renega o acordo e tenta implantar as suas ideias absolutistas. Os apoiantes de D. Pedro (liberais) revoltam-se e invadem Portugal pelo Norte do país. D.Pedro tentou ainda reconciliar os absolutistas e liberais, permitindo que ambas as fações tivessem postos no governo. Diferente da Constituição de 1822 este novo documento estabelecia quatro poderes governativos. O poder Legislativo que foi dividido em duas Câmaras. câmara dos Deputados (composta por deputados eleitos pelo voto indireto, por assembleias locais de 4 em 4 anos) e a câmara dos pares (composta por membros escolhidos pelo rei entre as classes mais altas (nobres e clérigos) ). O poder judicial era exercido pelos tribunais, e o poder executivo por ministros do governo. Neste caso o rei tinha um poder moderador, com direito de veto sobre qualquer lei. Mesmo assim os defensores do absolutismo, no entanto não ficaram satisfeitos com este comportamento e continuaram a ver D.Miguel como o legitimo sucessor ao trono Português que havia decidido voltar para Portugal, enquanto que D.Pedro fora um príncipe havia decidido tornar a ex-colónia (Brasil) independente. Viam-no assim como um governante estrangeiro que havia declarado Guerra a Portugal .Apartir desse momento D.Pedro e os seus descendentes teriam perdido o direito à Coroa. De início o partido absolutista levou a melhor e o liberalismo parecia estar perdido. D.Miguel procurou obter reconhecimento internacional, este conseguiu apenas pelo rei dos Estados Unidos e pelo Vaticano. Portugal estava a passar por uma crise financeira bastante fragilizada, graças aos vários conflitos internos e externos. D.Pedro incapaz de lidar com os problemas do Brasil e de Portugal, no dia 7 de Abril de 1831, este foi forçado a abdicar da coroa do Brasil para o filho Pedro II e viajou de volta a Portugal para defender o seu legado e direito ao trono por parte da sua filha e lutar contra o seu irmão absolutista. Conquistada a posição militar e naval de Angra, nos Açores, por essa armada. D.Pedro partirá mais tarde, para invadir o continente português, o que ocorrerá a norte do Porto. Levantado por fim o Cerco do Porto graças a queda da capital nas mãos dos Liberais, a guerra continuou, no entanto, a marchas forçados e dolorosas, em Coimbra, Leiria... D.Miguel estabelece então a sua Corte em Santarém, onde morre D.Maria da Assunção de Bragança irmã dos dois príncipes inimigos. Foi a 24 de Abril de 1834 pelo Tratado de Londres, a quádrupla aliança decide ir pela intervenção militar contra as forças do rei D.Miguel. Na batalha da Asseiceira ganha pelos Liberais, a paz é assinalada na Convenção de Evoramonte que determinou o regresso da rainha D.Maria II à coroa e o exilio de D.Miguel para a Alemanha. Estas revoltas perduram durante 2 anos fazendo milhares de mortos, até que por fim o exército liberal derrota o exército absolutista, D. Miguel é exilado do país definitivamente e perdendo assim o estatuto real e a pretensão ao trono. A 20 de Junho D.Miguel revoltado com a violência da quádrupla Aliança, num documento mais conhecido como “protesto e declaração de Génova”, esta deu origem a uma luta que virá a durar até 1932. Apesar de vencido militarmente D.Miguel não abdicava da sua legitimidade como rei. No ano de 1834 D.Pedro diagnosticado com tuberculose e com pouca esperança de vida, veio a emancipar rapidamente a sua filha com apenas 15 anos de idade, jurando a Carta Constitucional e assim reger o trono português, pela declaração da sua maioridade em Cortes da regência que em seu nome o pai exercia.