Minerais
Isomorfismo
minerais
São compostos químicos inorgânicos formados
naturalmente (sem intervenção do Homem) que
apresentam uma estrutura cristalina. e uma composição
química definida. Podem ser constituídos por um elemento
ou vários elementos.
mineraloides
São materiais que apresentem características semelhantes
aos minerais, mas não tenham estrutura cristalina ou uma
composição química definida ou que tenham sido criados
pelo Homem ou outro ser vivo.
Polimorfismo
Existem minerais que apesar de terem a mesma
composição química diferem nas suas propriedades por
terem estruturas cristalinas diferentes - Polimorfismo.
(muitas vezes por serem formados em ambientes
diferentes)
Ex: Diamante e grafite, Andaluzite, silimanite e distena.
Existem materiais que têm a mesma estrutura cristalina,
mas composições químicas diferentes (diferem nas
propriedades) - Isomorfismo.
Ex: Olivina e Plagióclases constituem séries isomórficas
Classificação química dos minerais
Os minerais são classificados de acordo com o seu ião
dominante:
➥ Silicatos - ricos em sílica ex: Olivina
➥ Carbonatos - contém o ião CO₃²⁻. ex: Calcite e
Carbonato de Cálcio
➥ Sulfatos - contém o ião SO₄²⁻.
➥ Sulfuretos - contém o ião S²⁻.
➥ Haloides - formam sais naturais. ex: Halite
➥ Óxidos e Hidroxilos - contém o ião O²⁻ e OH⁻.
➥ Fosfatos - contém o ião PO₄³⁻
➥ Elementos nativos - constituídos apenas por um
elemento químico. ex: diamante
Propriedades químicas dos minerais
✦ Sabor salgado - ex: Halite
✦ Efervescência na presença de ácidos - ex: Calcite

Clivagem
Tendência dos minerais para se fragmentarem por
aplicação de uma força mecânica segundo planos de
clivagem (superfície de fraqueza da estrutura cristalina
dos minerais).
↬ Perfeita - Rutura ocorre segundo superfícies de
clivagem bem definidas .
↬ Distinta - Rutura ocorre segundo superfícies de
clivagem bem definidas, podendo ocorre esporadicamente
segundo outro tipo de superfícies.
↬ Indistinta - Rutura não ocorre segundo superfícies de
clivagem (esta propriedade chama-se fratura e significa
que todas a ligações são igualmente fortes).
Dureza
Resistência que um mineral oferece a ser riscado por
outro mineral ou outros objetos.
Utiliza-se a Escala de Mohs para medir a dureza
Um mineral é mais duro que outro se o riscar sem se
deixar riscar por ele.
Dois minerais têm a mesma dureza se se riscarem ou não
se riscarem mutuamente.
Importância da dureza - Traduz a facilidade com que um
mineral se desgasta quando sujeito à ação erosiva da
água e do vento.
Cor
~
Os minerais podem ser:
❤ Idiocromáticos - quando apresentam cor constante.
❤ Alocromáticos - quando apresentam cores variadas
(devido à presença de impurezas ou variações na
composição química) Ex: o quartzo pode ser incolor,
branco, rosa, lilás ou amarelo.
A cor não é uma propriedade fiável na identificação de
minerais.
Brilho
Intensidade de luz refletida pela superfície do mineral.
➥ Metálico - Brilho intenso, característico de minerais
opacos
➥ Submetálico - Brilho menos intenso, característico dos
minerais quase opacos.
➥ Não metálico - Sem brilho, característico dos minerais
translúcidos.
TRAÇO
Cor de um mineral quando reduzido a pó. (O traço nem
sempre corresponde com a cor de um mineral).

O traço é uma propriedade constante enquanto a cor

pode ser variável.

Identifica-se traçando um mineral na porcelana dura e

polida (funciona para metais com dureza menor que 7)
ou reduzindo-se o mineral a pó no almofariz.

Densidade
Relação entre massa e volume. Depende da estrutura do
mineral, quanto mais compacta maior a densidade.
 Rochas Sedimentares
As rochas sedimentares formam-se a partir da
acumulação e consolidação de sedimentos provenientes
de outras rochas ou da atividade de seres vivos, à
superfície.
A génese das rochas sedimentares apresenta duas
etapas:
↬ Sedimentogénese: Formação de sedimentos
(Meteorização, erosão, transporte e sedimentação)
↬ Diagénese: Transformação dos sedimentos em
rochas consolidadas. (Compactação, cimentação e
mineralização)
Degradação química e física dos minerais das rochas,
por agentes de meteorização.
Meteorização mecânica
Fragmenta a rocha em pedaços cada vez mais
pequenos sem que ocorram transformações químicas
que alterem a sua composição.
Aumenta a superfície exposta aos agentes de
meteorização.
❤ Ação da água: A alternância entre períodos secos e
períodos de forte humidade leva à variação cíclica de
teores de água, nas rochas, causando aumentos e
reduções de volume que geram tensões que conduzem
á fraturação do material rochoso.
❤ Crioclastia:Por diminuição da temperatura, água que
penetra nas fraturas e poros das rochas congela. Ao
mudar do estado líquido para sólido, a água, aumenta de
volume criando novas fissuras ou aumentando as já
existentes.
❤ Termoclastia: As variações de temperatura causam
variações de volume (aumento de temperatura implica
dilatação, redução de temperatura implica contração),
que levam à fracturação das rochas ficando com
materiais soltos.
❤ Ação dos seres vivos: A implantação de sementes nas
fraturas das rochas provoca o seu alargamento devido à
pressão exercida pelas raízes. Os animais cavam tocas
ou galerias aumentando o grau de degradação da
rocha.
 ✦ Hidrólise: Substituição dos catiões de um mineral por
iões de hidrogénio (podem vir da água ou de um ácido)
levando à formação de novos minerais ou desintegração
do mineral original.

❤ Haloclastia: Os sais dissolvidos na água que existe nas

fraturas das rochas irão precipitar e iniciar o seu
crescimento exercendo uma força expansiva.

Ocorre quando o CO2 atmosférico se junta com a água

formando ácido carbónico e reage os minerais das
rochas.
❤ Alíviode pressão: As rochas situadas em
profundidade, quando aliviadas da pressão das rochas
Nota: Quando as águas acidificadas reagem com a
subjacentes sofrem uma expansão e posterior
calcite (carbonato de cálcio) a reação de hidrólise
fragmentação, formando diáclases.
denomina-se reação de carbonatação.

✦ Hidratação/Desidratação: Combinação química de

minerais com água (hidratação) levando a um aumento
do seu volume.

Meteorização química
Alteração da composição química e mineralógica das
rochas.

✦ Dissolução: Os minerais reagem com água ou ácido e

os seus iões dissolvem-se em solução.

Remoção de água dos minerais (desidratação)

✦ Oxidação/redução: A oxidação é o processo pelo qual

um átomo perde iões e a redução é o processo pelo
qual recebe iões (quem recebe reduz). Tipicamente o
oxigénio é o agente oxidante.

Ex: Formação de ferrugem. Deslocação dos detritos por diversos agentes de

transporte (gravidade, vento e água) até ao local onde
serão depositados.

Ao serem transportados os materiais sofrem sucessivas

alterações:
.

❤ Arredondamento: Os detritos, devido aos choques

entre eles e ao atrito com as rochas da superfície, vão
perdendo as arestas e os vértices.

Pelo grau de arredondamento pode inferir-se a duração

do transporte.

❤ Calibragem:
As partículas são separadas de acordo
Remoção dos detritos resultantes da meteorização por
agentes erosivos. Os principais agentes erosivos são a com o tamanho, forma e densidade.
água e o vento. Um sedimento diz-se bem calibrado quando os detritos
têm, aproximadamente, o mesmo tamanho.
↬ Ação erosiva da água: As águas correntes e a chuva
deslocam materiais podendo originar estruturas
peculiares como as chaminés-de-fada.

agentes de transporte
✦ Gravidade: A força exercida pela gravidade faz com
que muitos materiais deslizem ao longo de encostas.

↬ Ação erosiva do vento:

❀ Remoção das partículas sedimentares deixando
descoberta a rocha mãe que fica sujeita à ação da
meteorização.

❀ O vento em conjunto com as partículas que

transporta desgasta as rochas agindo como uma lixa,
podendo originar blocos pedunculados.

✦ Vento: Atua preferencialmente em regiões áridas, sem

vegetação nas quais a partículas do solo são facilmente
levantadas, arrastadas e transportadas.

O transporte pode realizar-se por suspensão, saltação,

rolamento ou deslizamento.
 ❤ Cimentação: Os sedimentos são unidos pela
precipitação de substâncias dissolvidas na água nos
poros da rocha.

✦ Água: Materiais são transportados pela água em

solução ou sob a forma de clastos. A água pode
❤ Recristalização: Alguns minerais alteram a sua
encontrar-se no estado sólido (glaciares) ou líquido
estrutura cristalina devido a alterações nas condições de
(rios, águas subterrâneas, mares e oceanos).
pressão e temperatura ou à circulação de água ou
outros fluídos.

As rochas sedimentares são classificadas quanto à

origem do tipo predominante de sedimentos que as
constituem, podendo ser detríticas, quimiogénicas ou
biogénicas

Em locais onde a ação dos agentes de erosão e

transporte é muito fraca ocorre a deposição dos
sedimentos.

Quando os sedimentos se depositam formam superfícies

paralelas - estratos.

rochas sedimentares detríticas

A origem dos sedimentos são detritos obtidos a partir de
outras rochas por processos de meteorização e erosão.

Os detritos são classificados em função do seu tamanho:

.

✦ Detrito: Balastro (Grosseiro >2mm) → Rocha

consolidada: Brecha (sedimentos angulosos) ou
conglomerado (sedimentos rolados)

✦ Detrito: Areia (Médio 1/16-2mm) → Rocha

Conjunto de processos físicos e químicos que
consolidada: Arenito
transformam sedimentos em rochas consolidadas.
✦ Detrito: Silte (Fino 1/16-1/256mm) → Rocha
❤ Compactação: O aumento da pressão litostática devido consolidada: Siltito
à deposição sucessiva de novos sedimentos leva a uma
desidratação e à diminuição da porosidade e do volume ✦ Detrito: Argila (Muito fino <1/256) → Rocha
da rocha. consolidada: Argilito

Os depósitos de balastros, areias siltes e argilas
classificam-se como rochas sedimentares detríticas não
consolidadas. A consolidação destes sedimentos
detríticos por diagénese origina rochas sedimentares
detríticas consolidadas
rochas sedimentares quimiogénicas
A origem dos sedimentos são precipitados de
substâncias dissolvidas numa solução aquosa (oceano,
mar, lago).
❀ Calcário: Forma-se a partir da precipitação de
carbonato de cálcio (CaCO₃) devido a fatores físicos e
químicos.
A diminuição do teor de CO2 nas águas - devido a forte
ondulação, ao aumento de temperatura ou à diminuição
de pressão - determina que o equilíbrio químico (para
que o teor de CO2 seja restabelecido) se desloque no
sentido da formação de CO2 e, consequentemente, da
precipitação da calcite.
A deposição e posterior diagénese dos minerais de
calcite originam calcário.
Nota: Evaporitos são rochas que resultam da
precipitação de sais dissolvidos devido à evaporação da
água que os contém em solução. Ex: Sal-gema e gesso.
❀ Sal-gema: Forma-se pela precipitação de cloreto de
sódio (NaCl) desencadeada pela evaporação das águas
salgadas que contêm Na e Cl dissolvidos.
rochas sedimentares biogénicas
A origem de sedimentos são restos ou produtos de seres
vivos.
❤ Calcário de precipitação: Forma-se a partir da
precipitação de carbonato de cálcio (CaCO₃) devido à
atividade de seres vivos.
A diminuição de CO2 nas águas causada pela atividade
fotossintética de algas marinhas, determina que o
equilíbrio químico (para que o teor de CO2 seja
restabelecido) se desloque no sentido da formação de
CO2 e, consequentemente, da precipitação da calcite.
A deposição e posterior diagénese dos minerais de
calcite originam calcário.
❤ Calcário recifal: Corais edificam (constroem)
estruturas calcárias sob a forma de recifes, a partir do
carbonato de cálcio (CaCO₃) dissolvido na água do mar.
❤ Calcário conquífero: Seres vivos retiram carbonato de
cálcio da água (CaCO₃) para construir parte do seu
corpo - conchas. A acumulação e cimentação destas
estruturas após a morte dos seres vivos constituem
calcários conquíferos
❤ Carvão: Resulta da decomposição lenta por bactérias
anaeróbias de restos de plantas superiores, em
ambientes aquáticos pouco profundos e pouco
oxigenados - pântanos - ao longo de milhões de anos.
O sedimento biogénico, de origem vegetal, a partir do
qual se forma o carvão designa-se turfa.
A sua diagénese origina, progressivamente, carvões mais
ricos em carbono (incarbonização) e mais pobres em
oxigénio e hidrogénio, o que faz feles importantes
combustíveis fósseis.
Petróleo
Fluído de origem biogénica formado por
hidrocarbonetos com uma percentagem variável de
gases.
Os hidrocarbonetos formam-se a partir de matéria
orgânica, nos poros da rocha-mãe.
Estes migram para camadas superiores até atingirem
uma rocha impermeável – rocha-cobertura – ficando
aprisionados.
As rochas sedimentares porosas que deixam passar os
hidrocarbonetos servem de reservatório – rocha-
armazém.
Uma armadilha petrolífera é uma estrutura que impede Nota: As zonas de transição são zonas em que há
o movimento de petróleo até à superfície. influencia continental e marinha, simultaneamente.

Ex: Rocha-cobertura, falhas, dobras e domas salinos.

ambientes de sedimentação quimiogénicos
↬ Marinho: Mar pouco profundo - precipitação por
variação das condições físico-químicas das águas
(Calcite)

↬ Continente: Lagos salgados - precipitação por

evaporação de águas salgadas (Halite)
São estas armadilha que permitem a existência de
acumulações de hidrocarbonetos – jazigos de petróleo.

Os ambientes de sedimentação - detríticos,

quimiogénicos e biogénicos - distribuem-se pela
superfície da Terra.
ambientes de sedimentação biogénicos
❤ Marinho: Mar pouco profundo (planície abissal) e mar
profundo – organismos com conha

❤ Continente: Pântanos - turfa

ambientes de sedimentação detríticos

✦ Continente: Fluvial, lago, deserto, glaciar

✦ Transição: Delta/estuário, praia

✦ Marinho: Plataforma continental, margem continental,

mar profundo

bbbb
 Rochas Magmáticas n

Nota: A viscosidade do magma depende da riqueza em

sílica (+sílica → +viscosidade).
O magma é constituído por uma mistura de rochas num
➥ Basáltico: Contém menos de 52% de sílica e uma
estado de fusão com uma percentagem variável de
pequena quantidade de gases dissolvidos.
gases.
São expelidos ao longo de riftes e de hotspots, tendo-se
Os magmas são formados em locais onde se verificam
originado a partir das rochas do manto.
as condições de pressão e temperatura que permitam a
fusão parcial das rochas da crusta e do manto superior. As rochas resultantes da sua consolidação são gabro e
basalto.
Geralmente, zonas de forte atividade tectónica.

zonas de formação de magma

❤ Limite divergente: A diminuição da pressão resultante
do movimento divergente das placas causa a fusão das
rochas, originando magma. (Magma basáltico) ➥ Andesítico: Contém entre 52% a 65% de sílica e
bastantes gases dissolvidos
❤ Limite convergente: A temperatura de fusão das
rochas baixa quando se encontra na presença de água. Formam-se nas zonas de subducção e relacionam-se
Na convergência de placas, a água é transportada com zonas vulcânicas.
juntamente com os sedimentos da placa subductada, As rochas resultantes da sua consolidação são diorito e
causando a fusão das rochas do manto, originado andesito.
magma. (oceânica-oceânica → magma basáltico;
oceânica-continental → magma andesítico; continental-
continental → magma riolítico)

❤ Hotspot: A diminuição de pressão que ocorre nas

plumas térmicas ao atingirem níveis mais superficiais,
causa a fusão das rochas, originando magma. (Magma ➥ Riolítico: Contém mais de 65% de sílica e uma grande
basáltico) quantidade de gases dissolvidos.

Formam-se a partir da fusão parcial das rochas

constituintes da crusta continental. (limite convergente
continental-continental)

As rochas resultantes da sua consolidação são o granito

e o riólito.

classificação de magmas
A quantidade de sílica (SiO2) é o principal parâmetro de
classificação dos magmas.

Conjunto de processos que alteram a composição

química dos magmas.

A diferenciação magmática permite que um só magma

possa originar diferentes tipos rochas.
As principais formas de induzir diferenciação na
composição de um magma são cristalização fracionada,
mistura de magmas e assimilação de rochas
encaixantes.

À medida que os minerais se formam, assimilam

componentes do magma na sua estrutura, por isso, os
magmas residuais apresentam uma constituição
diferente do magma original.

cristalização
Durante o arrefecimento do magma, inicia-se o
processo de cristalização – formação de
minerais/cristais.

Quanto mais calmo estiver o meio, mais lento for o

processo e maior for o espaço disponível, mais
desenvolvidos e mais perfeitos serão os cristais.

Nota: Diferenciação gravítica – Deposição de minerais

na câmara magmática de acordo com a sua densidade.

Um exemplo de cristalização fracionada de um magma

é a Série de Bowen.

série de bowen
Logo, quando o arrefecimento ocorre perto da
superfície, a sua velocidade é muito elevada, não Bowen definiu para um magma original homogéneo de
existindo as condições para a formação de cristais bem composição basáltica, uma sequência de formação de
desenvolvidos. Quando o arrefecimento ocorre em minerais designada Série de Bowen.
profundidade, este será lento fornecendo as condições
necessárias à formação de cristais bem desenvolvidos.

Os minerais formam-se sequencialmente – cristalização

fracionada.

Nota: Magma formado sem sofrer diferenciação

denomina-se magma primário.

cristalização fracionada
Formação sequencial de minerais, a partir de um
magma inicial.

Os minerais não se formam todos ao mesmo tempo,

primeiro cristalizam os de ponto de fusão mais elevado
(que são os mais densos), seguidos dos restantes por
ordem decrescente dos respetivos pontos de fusão.
Esta série é composta por dois ramos:
✦ Série descontínua dos minerais ferromagnesianos
(Minerais máficos)
↬ Não existe uma transição gradual entre minerais.
c
 ↬ Cada mineral cristalizado reage com o magma Conclusões
residual, formando um novo mineral com composição
química e estrutura diferentes, mais estável nas novas ❤ Quais os minerais tipicamente associados às
condições diferentes rochas magmáticas. (Ex: olivina e anortite
c
estão associados ao peridotito)
↬ À medida que o magma vai arrefecendo, primeiro
❤ A associação na mesma rocha de olivina e quartzo é
cristalizam as olivinas, seguidas das piroxenas, anfíbola e
extremamente improvável.
biotites.
❤ Os minerais formados a altas temperaturas são
c

↬ Cada mineral possui, progressivamente, menos

menos estáveis (menos resistentes à meteorização) que
ferro e magnésio e mais sílica na sua constituição.
c os formados a altas temperaturas.
↬ Após a cristalização da biotite, o magma residual já
não apresenta ferro nem magnésio. Nota: As últimas frações de magma – soluções
hidrotermais – podem preencher fendas das rochas e
solidificar formando filões.

As rochas magmáticas resultam da solidificação de

magma. Esta solidificação pode ocorrer no exterior
(formando rochas vulcânicas) ou no interior (formando
rochas plutónicas) da Terra.
Nota: Old People Are Beautiful - olivinas, plagioclases,
anfíbolas, biotites.

✦ Série contínua das plagióclases (Minerais félsicos)

↬ As plagióclases são minerais isomorfos, pelo que a
transição entre minerais é gradual.
c

↬ A anortite é totalmente cálcica; o cálcio vai sendo

substituído por sódio, à medida que se dá o
arrefecimento do magma; a albite é totalmente sódica. O magma proveniente do manto ascende devido à sua
densidade e acumula-se em câmaras magmáticas
permitindo a génese de rochas plutónicas. Quando a
velocidade de ascensão do magma é superior à de
arrefecimento, o magma chega à superfície sem ter
consolidado levando a uma erupção de lava que ao
solidificar origina rochas vulcânicas.
Após a cristalização completa dos minerais que
constituem os dois ramos, o magma residual apresenta
uma elevada concentração de sílica e de metais leves,
como o potássio e alumínio.

Cristalizarão, sucessivamente, minerais ricos em sílica:

feldspato potássico, moscovite e quartzo até ao
esgotamento do magma residual.

As rochas magmáticas oferecem informações sobre as

condições em que se formaram, como os materiais que
se fundiram para originar o magma.
Nota: Rochas vulcânicas indicam que nessa região terá Classificação:
existido vulcanismo ativo. rochas plutónicas formaram-se ❀ Fanerítica (granular): Cristas bem desenvolvidos e
no interior da terra há milhões de anos. visíveis a olho nu. Textura característica de rochas
plutónica.
.

❀ Afanítica (agranular): Minerais muito pequenos que

não se distinguem uns dos outros. Textura característica
As rochas magmáticas podem ser classificadas em de rochas vulcânicas.
relação às seguintes características: Cor, textura, Nota: As rochas também podem possuir uma estrutura
composição mineralógica. vítrea se os minerais não cristalizarem.

cor
A cor da rocha depende dos minerais mais abundantes
na sua composição.

Minerais como a biotite, anfíbolas, piroxenas e olivinas

são minerais máficos (minerais ricos em ferro e
magnésio) e conferem uma cor escura à rocha. composição mineralógica
Os minerais que predominam nas rochas magmáticas
Minerais como o quartzo, feldspatos potássicos,
são os silicatos, logo as rochas são classificadas com
plagióclases e moscovite são minerais félsicos (minerais
base na sua percentagem de sílica.
ricos em sílica e alumínio) que conferem uma cor clara
à rocha.

Classificação:
➥ Rochas melanocratas: Rochas escuras, ricas em
minerais máficos.
.

➥ Rochas mesocratas: Rochas de cor intermédia com

proporções idênticas de minerais máficos e félsicos.
.

➥ Rochas leucocratas: Rochas claras, ricas em minerais

félsicos.
resumo

Nota: Quando são constituídas exclusivamente por

minerais máficos ou por minerais félsicos, as rochas
designam-se holomelanocratas (peridotito) e
hololeucocratas, respetivamente.

textura
Aspeto geral da rocha resultante das dimensões e
disposição dos minerais que a constituem.

A textura das rochas magmáticas depende da

velocidade do arrefecimento do magma que as originou.

Quando o arrefecimento ocorre em profundidade, este

será lento fornecendo as condições necessárias à
formação de cristais bem desenvolvidos.
.

Quando o arrefecimento ocorre perto da superfície, a

sua velocidade é muito elevada, não existindo as
condições para a formação de cristais desenvolvidos.
 Rochas Metamórficas
A tensão é a força exercida por unidade de área. A
tensão pode ser normal (perpendicular ao plano) ou
cisalhante (paralela ao plano).
Quando uma rocha é sujeita a um aumento de tensão
falhas
São superfícies de fratura onde ocorreu um movimento
relativo entre dois blocos.
Elementos caracterizadores de uma falha:
➥ Plano de falha: Superfície de fratura.
cc

➥ Rejeito: Movimento relativo entre os dois blocos

passa por três estados sucessivos de deformação:
c

(Distância entre dois pontos que anteriormente estavam

❀ Deformação elástica: deformação é reversível, ou seja, em contacto).
quando a tensão cessa, o material recupera a forma e o cc

➥ Teto: Bloco que se encontra acima do plano de falha.

volume iniciais. cc

➥ Muro: Bloco que se encontra abaixo do plano de

cc

❀ Deformação plástica: deformação é irreversível,

falha.
ocorre quando o limite de elasticidade é ultrapassado.
cc

❀ Fratura: o material entra em rutura, ocorre quando o

limite de plasticidade é ultrapassado.

As rochas podem ter dois tipos de comportamento

quando sujeitas a tensões:
c

❤ Em condições de baixa pressão e temperatura

apresentam comportamento frágil/rígido e fraturam-se,
formando falhas → deformação elástica seguida de
rutura.
w c

❤ Em condições de alta pressão e temperatura

apresentam comportamento dúctil e deformam-se,
formando dobras → deformação elástica, seguida de
deformação plásticas, seguida de rutura.

Nota: O comportamento frágil e dúctil de uma rocha

depende das condições de pressão e temperatura. A
mesma rocha pode ser frágil a pequena profundidade e
Tipos de falhas:
dúctil a grande profundidade.
✦ Falha Normal: O teto desce relativamente ao muro →
associada a limites divergentes.
c

✦ Falha Inversa: O teto sobe relativamente ao muro →

associada a limites convergentes.
c

✦ Desligamento: Os blocos movem-se de forma

horizontal e paralela à direção do plano de falha.

Nota: Para determinar o tipo de falha, desenha um

mineiro num túnel no plano de falha, em cima do
mineiro encontra-se o teto.

Nota: Uma paisagem pode ser caracterizada por um
conjunto de falhas normais associadas, assumindo um
relevo com planos altos e baixos. São os chamados
horsts e grabens.
dobras
Deformação compressiva que se traduz no
encurvamento de camadas inicialmente planas.
c Nota: A utilização dos termos “anticlinal” e “sinclinal”
Elementos caracterizadores de uma dobra:
❤ Charneira: Linha que une os pontos de máxima curva
de uma dobra.
c
❤ Flancos: Regiões da dobra situadas de um e do outro
lado da charneira.
c
❤ Plano axial: Plano de simetria da dobra que divide os
flancos.
c
❤ Eixo da dobra: Linha imaginária que separa os
flancos.
As dobras podem ser classificadas quanto à disposição
espacial – antiforma, sinforma e dobra neutra – e
quanto à sequência dos estratos – anticlinal e sinclinal.
Tipo de dobras (Quanto à disposição espacial):
➥ Antiforma: Dobra cuja abertura está voltada para
baixo.
c
➥ Sinforma: Dobra cuja abertura está voltada para
cima.
c
➥ Dobra neutra: Dobra cuja abertura está orientada
lateralmente.
Tipos de dobras (Quando à sequência dos estratos):
❀ Anticlinal: No núcleo da dobra encontram-se as
rochas mais antigas.
c
❀ Sinclinal: No núcleo da dobra encontram-se as
rochas mais recentes.
implica que seja conhecida a sequência de deposição
dos estratos.
O dobramento das rochas ocorre, geralmente, de forma
lenta no interior da crusta. Os movimentos tectónicos e
a erosão expõem as dobras.
Resumo

O metamorfismo caracteriza-se pelo conjunto de
adaptações mineralógicas e/ou texturais que as rochas
pré-existentes (no estado sólido) sofrem, quando sujeitas
a condições de pressão e temperatura diferentes das da
sua génese.
fatores de metamorfismo
❤ Tensão
↬Tensão litostática: resulta do peso da massa rochosa
suprajacente é exercida igualmente em todas as
direções. Esta tensão faz diminuir o volume da rocha,
aumentando a sua densidade.
c
↬Tensão não litostática: as forças são diferentes nas
diversas direções. Associada às forças compressivas,
distensivas e de cisalhamento (Movimento tectónicos).
c atenua-se com a distância ao corpo magmático, pelo
❤ Temperatura: Com o aumento da temperatura,
algumas ligações químicas dos minerais são quebradas,
o mineral recristaliza com um novo arranjo
tridimensional, formando novos minerais.
A temperatura das rochas aumenta com a profundidade
ou através do contacto com intrusões magmáticas.
Nota: A cerca de 200ºC iniciam-se os processos de
metamorfismo; a partir dos 800ºC a rocha funde,
formando magma.
❤ Fluidos: Os fluidos magmáticos e água, ao entrarem
em contacto com as rochas, podem alterar a sua
composição química. Há troca iónica entre as rochas e
o fluido, substituindo parcialmente ou totalmente os
minerais da rocha.
Ex: O argilito sofre uma desidratação progressiva, em
função do aumento de temperatura e da tensão. A água
libertada constitui um fluido indutor de metamorfismo,
capaz de transformar o argilito numa rocha
metamórfica.
tipos de metamorfismo
➥ Metamorfismo de contacto
Intrusão magmática causa metamorfismo das rochas
circundantes devidos à sua elevada temperatura e à
libertação de fluidos. → Cristalização intensa
As rochas metamórficas formadas por este tipo de
metamorfismo não são foliadas.
A orla de rochas alteradas metamorficamente em torno
da intrusão magmática denomina-se auréola
metamórfica.
Nestas auréolas, o efeito dos agentes de metamorfismo
que são constituídas por rochas com diferentes graus de
metamorfismo.
As rochas metamórficas que se formam no contacto
imediato coma a intrusão magmática (rochas da auréola
com maior grau de metamorfismo) designam-se
corneanas.
Nota: O metamorfismo de contacto também pode ser
causado por extrusões magmáticas. Este tipo de
metamorfismo é de baixo grau, dado que, na superfície
o aquecimento das lavas e muito rápido e só as rochas
adjacentes à extrusão apresentam metamorfismo.

Ex: Calcário → Mármore e Arenito → Quartzito

➥ Metamorfismos regional:
Forças compressivas, associadas à colisão de placas,
causam metamorfização de uma grande extensão de
rochas.

comparação

Os minerais das rochas sujeitas a metamorfismo

tornam-se instáveis, pelo que se recombinam, formando,
por recristalização, novos minerais compatíveis com as
condições termodinâmicas do novo ambiente.

A recristalização durante os processos metamórficos

O principal fator deste tipo de metamorfismo é a
pressão associada a temperatura e fluidos.
As rochas formadas por metamorfismo regional,
caracterizam-se por sucessivas fases de recristalização,
devido à ação combinada da temperatura e tensão e
por uma textura foliada, devido à tensão não litostática.
Quando certos valores de tensão e temperatura são
ultrapassados, as rochas metamórficas iniciam um
processo de fusão parcial. Este processo caracteriza o
ultrametamorfismo que marca a fronteira entre o
metamorfismo e o magmatismo.
resulta da:
✦ Alteração da composição química dos minerais por
circulação de fluidos.
✦ Alteração da estrutura cristalina do mineral, sem
variação de composição química – Polimorfismo.
Alguns minerais metamórficos são comuns às rochas
magmáticas e sedimentares. Contudo outros são
exclusivos das rochas metamórficas, formando-se em
condições de pressão e temperatura bem definidas.
Minerais específicos de ambientes metamórficos →
epídoto, granada, estaurolite, cianite, andaluzite cianite
(distena), e silimanite.
minerais índice
A andaluzite, distena e silimanite são aluminossilicatos
(Al2SiO5) que, sob diferentes condições de pressão e
temperatura, experienciam transformação polimórfica. textura
Um importante critério de classificação das rochas
A presença destes minerais numa rocha permite inferir
metamórficas é a foliação – Alinhamento paralelo de
as condições de pressão e/ou temperatura da sua
certos minerais numa direção perpendicular à das
génese, por esta razão, denominam-se minerais índice.
tensões a que a rocha esteve sujeita.
❀ A presença da andaluzite indica que a rocha se
formou em condições de baixa pressão e temperatura.
❀ A presença da disterna indica que a rocha se formou
um ambiente de alta pressão.
❀ A presença de silimanite indica que a rocha se
formou em condições de alta temperatura.
As rochas podem ser:
❤ Não foliadas: Rocha apresenta minerais granulares
sem orientação. Formam-se a partir de rochas pré-
existentes constituídas apenas por um único mineral.
(Exceto as corneanas) → Resultam do metamorfismo de
contacto.

O metamorfismo pode ser categorizado como:

metamorfismo de baixo grau, metamorfismo de médio
grau e metamorfismo de alto grau, dependendo das
condições de pressão e temperatura presentes na
génese da rocha.
❤ Foliadas: Rocha apresenta minerais lamelares
/tabulares alinhados. Formam-se a partir de rochas
constituídas por vários minerais quando estas são
sujeitas a tensão dirigida e temperaturas crescentes →
Resultam do metamorfismo regional

Nota: Minerais podem ter hábito granular ou lamelar.

As diferentes zonas metamórficas são delimitadas por

isógradas, sendo definidas pelos pontos onde se
formaram pela primeira vez determinados minerais- Podem ser definidos três tipos de foliação, em função do
índice. grau de metamorfismo – clivagem ardosífera,
xistosidade, bandado gnáissico.
➥ Clivagem ardosífera (baixo grau): As rochas partem-
se em folhas finas e lisas de aspeto baço. Ocorre em
rochas não foliadas
rochas de granularidade fina (minerais microscópicos).
Ex: Ardósia

➥ Xistosidade (médio grau): As rochas partem-se

segundo superfícies lisas ou ligeiramente onduladas de
aspeto brilhante. Têm granularidade média a alta →
cristais desenvolvidos devido à recristalização. Ex:
Micaxisto

➥ Bandado gnáissico (alto grau): As rochas apresentam

alternância de bandas de cor clara e cor escura. Têm
granularidade elevada. Ex: Gnaisse

rochas foliadas
 Ciclo Litológico
resumo
As rochas sofrem processos contínuos de reciclagem,
resultantes das dinâmicas interna e externa do planeta.

O ciclo litológico é o conjunto de fenómenos geológicos,

que consistem em movimentos mecânicos e alterações
físico-químicas pelos quais, ao longo do tempo, rochas
de certo tipo se convertem em rochas de outro tipo.

❤ As rochas sedimentares formam-se a partir dos

sedimentos resultantes da meteorização de rochas pré-
existentes que, após transporte, se depositam numa
bacia sedimentar. Neste local, os sedimentos sofrem
diagénese – são compactados e cimentados, devido ao
aumento de pressão e temperatura.

❤ Quando os valores de pressão e temperatura

ultrapassam os limites da diagénese, ocorre
metamorfismo. As rochas metamórficas formam-se a
partir de rochas pré-existentes, podendo ocorrer a
formação de novos minerais.

❤ Quando a pressão e a temperatura se tornam

excessivas, ocorre a fusão dos minerais constituintes das
rochas, formando magma. Do arrefecimento e
solidificação deste magma, geram-se rochas
magmáticas.
 Exploração Sustentada
Recursos geológicos são materiais provenientes da
Terra que o Homem pode utilizar para seu benefício.
Classificação dos recursos geológicos quanto à sua
disponibilidade face à velocidade de consumo:
❤ Não-renováveis: recursos gerados a uma velocidade
inferior à que são explorados. Ex: Petróleo e carvão.
❤ Renováveis: recursos gerados a uma velocidade igual
ou superior à que são explorados. Ex: Água e Vento.
Reserva: recurso geológico conhecido que possa ser
explorado e que foi submetido a uma avaliação
económica.
Exploração sustentada: Filosofia segundo a qual, a
satisfação das necessidades da sociedade atual não deve
colocar em causa a satisfação das necessidades das
gerações futuras.
Classificação de recursos geológicos de acordo com as
suas funções:
➥ Recursos Hidrológicos
➥ Recursos Energéticos
➥ Recursos Minerais
A água é um recurso abundante, no entanto, apenas
uma pequena percentagem pode ser utilizada pelo
Homem.
Quando a água doce, potável não se encontra acessível
à superfície, surge a necessidade de explorar
reservatórios subterrâneos – Aquíferos.
reservatórios de água
Um aquífero é uma formação geológica permeável onde
há acumulação e circulação de água com características
que permitam a sua extração de forma
economicamente rentável.
Nota: Zona de recarga → zona onde ocorre a infiltração
de água.
❀ Aquífero livre: aquífero limitado por uma camada
impermeável por onde é feita a recarga e por uma
camada impermeável.
A pressão superficial da água é equivalente à pressão
atmosférica.
Nota: Os aquíferos livre são mais suscetíveis a
contaminação.
❀ Aquífero cativo: aquífero limitado superior e
inferiormente por rochas impermeáveis.
A recarga ocorre através de uma zona limitada que
contacta com a superfície (lateralmente).
A água encontra-se a uma pressão superior à pressão
atmosférica; portanto, quando se efetua um furo para a
extração, a água sobe até ao nível freático, dando
origem a um furo artesiano.
 zonas
Um aquífero divide-se em duas zonas:
❀ Zona de aeração: Região onde os poros das rochas
estão ocupados por água e por ar. Localiza-se entre a
superfície e o nível freático.
❀ Zona de saturação: Região onde as rochas possuem
todos os seus poros preenchidos por água. Localiza-se
entre o nível freático e uma formação geológica
impermeável.

propriedades
A qualidade de um aquífero é definida por duas
propriedades essenciais:
✦ Porosidade: Quantidade relativa do volume da rocha
que é ocupada por poros.

A quantidade de água que se pode acumular num

aquífero depende do volume dos espaços vazios
existentes.
Nível freático/hidrostático: Local onde a pressão da
As rochas podem ser divididas em dois grupos, baseados
água iguala a pressão atmosférica. Corresponde á
na forma como os poros se apresentam:
superfície superior da zona de saturação.
↬ Rochas porosas: A sua porosidade depende da
calibração dos sedimentos. Pode variar ao longo do ano.
↬ Rochas fissuradas: A porosidade depende do
desenvolvimento das fissuras e fraturas que apresentam.

gestão das águas subterrâneas

➥ Permeabilidade: Facilidade com que a rocha se deixa Os aquíferos encontram-se sujeitos a diversos tipos de
atravessar por água. poluição que, ao contaminar as águas, condiciona ou
inviabiliza a sua utilização. As principais fontes são
atividades agrícolas, urbanas e industriais.

Existem três formas de poluição distintas:

❤ Poluição física: ocorre quando se verifica uma
variação significativa nas propriedades físicas da água
(ex: temperatura ou radioatividade).
❤ Poluição química: ocorre quando são introduzidas
substâncias na água que possam prejudicar a sua
Um bom aquífero possui elevada porosidade e
utilização.
permeabilidade.
❤ Poluição bacteriológica: ocorre quando organismos
patogénicos aparecem na água, tornando-a imprópria
para consumo humano.
Outra problemática é a sobre-exploração dos aquíferos. ↬ Produção de resíduos radioativos perigosos difíceis de
No litoral, a exploração excessiva de um aquífero leva à eliminar.
diminuição de água doce, possibilitando o avanço da
água salgada subterrânea.

energia geotérmica
Resulta da corrente contínua de calor proveniente do
interior da Terra transportado por um fluido, em locais
de instabilidade tectónica.
Os recursos energéticos podem ser divididos em dois
grupos: Vantagens:
❤ Energia renovável.
✦ Não renováveis: Combustíveis fósseis, Energia nuclear.
❤ Pouco poluente.
✦ Renováveis: Energia geotérmica, Energia hidroelétrica,
Energia da biomassa, Energia eólica, Energia solar. Desvantagens:
❤ Só pode ser utilizada em locais onde existam
combustíveis fósseis condições hidrotermais ideais.
Energia resulta da combustão de carvão, petróleo e gás
natural.

Vantagens:
❀ Matéria prima pode ser utilizada em diversas
aplicações, o que torna a sua exploração muito rentável.
❀ Potencial energético elevado.

Desvantagens:
❀ São recursos não renováveis
❀ Têm consequências ambientais como as chuvas
ácidas e o aumento do efeito de estufa. Os recursos minerais são divididos em dois grupos, de
acordo com as suas propriedades:

➥ Minerais metálicos: Alumínio, ferro, ouro, zinco.

O clarke é a abundância média de um elemento químico

na superfície terrestre (ppm ou g/t).

Jazigo mineral: local onde a concentração de um

mineral é bastante superior ao seu clarke, ocorrendo
extração mineira.
energia nuclear O material que, num jazigo mineral, tem valor
Resulta da desintegração de elementos radioativos. económico denomina-se minério. A porção que não tem
valor económico chama-se ganga.
Vantagens:
↬ Potencial energético elevado.

Desvantagens:
↬ Elevado custo de construção e manutenção das
centrais nucleares.
A ganga acumula-se à superfície, criando montanhas
↬ Perigo de explosão ou derrame nuclear. artificiais (escombreiras) e causa diversos problemas
ambientais, podendo contaminar os solos e as águas
subterrâneas.

➥ Minerais não metálicos: Areias, argila, mármore,

granito.

A maior parte destes recursos são utilizados na

construção civil.