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O estudo da evolução das espécies que habitam ilhas é de extrema importância, pois permite
visualizar o processo evolutivo e a adaptação a novas condições ambientais. Um dos melhores
exemplos em Portugal é a existência de dezenas de espécies de escaravelhos sem asas ou com
asas vestigiais, na ilha da Madeira. Segundo os investigadores, a causa provável para o apare-
cimento destes escaravelhos é a existência de ventos fortes e constantes. Nestas condições,
os pequenos insetos voadores poderiam ser facilmente arrastados pelo vento para o mar.
Os gráficos seguintes apresentam os dados de um estudo publicado por Roth (1990), que foi
realizado em diversas ilhas, incluindo a Madeira, e em cadeias montanhosas de regiões conti-
nentais.
A 100
ou com asas vestigiais (%)
80
Insetos sem asas
60
40
20
B Zonas Zonas de altitude
montanhosas reduzida
0
0-300 0-900 300-900 300-1800 900-1800 100
ou com asas vestigiais (%)
Altitude (m)
80 Vulcão
Insetos sem asas
60 Madeira
Galápagos
40
20 Seicheles
0
0 10 20 30 40 50 60
Latitude
Figura 1 – (A) Distribuição percentual das espécies de escaravelhos sem asas ou com asas vestigiais, na
ilha da Madeira, em função da altitude. (B) Distribuição das espécies sem asas em diversas ilhas e cadeias
montanhosas em função da altitude e latitude. O equador corresponde ao 0o de latitude.
Na resposta a cada um dos itens de 1 a 6, selecione a única opção que permite obter uma afir-
mação correta.
1 Nas zonas continentais próximas da ilha da Madeira os escaravelhos possuem asas, indicando 5
que …
A. as asas não são necessárias nos escaravelhos.
B. as asas apenas são necessárias nos escaravelhos que são sujeitos a ventos mais ou menos
constantes.
C. o vento forte leva à remoção das asas dos escaravelhos.
D. a perda das asas correspondeu a um mecanismo de adaptação às condições ambientais es-
pecíficas.
52
Cotações
2 Em cavernas de origem vulcânica nos Açores foram encontrados insetos sem asas, correspon- 5
3 Os escaravelhos da Madeira são insetos que permanecem nos seus refúgios enquanto os ventos 5
são fortes e o sol não brilha com mais intensidade, pois são organismos com um sis-
tema circulatório do tipo .
(A) poiquilotérmicos (…) fechado
(B) poiquilotérmicos (…) aberto
(C) homeotérmicos (…) aberto
(D) homeotérmicos (…) fechado
mento de novas características nos escaravelhos da Madeira, sobre as quais atuará a seleção
.
(A) do DNA e das proteínas (…) artificial
(B) do DNA e das proteínas (…) natural
(C) dos lípidos (…) artificial
(D) dos lípidos (…) natural
7 Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das seguintes afirmações respeitantes 7
53
Cotações
C. É no arquipélago da Madeira que se encontram os insetos sem asas mais a norte do equador.
D. Nas regiões continentais existem insetos sem asas.
E. Na ilha da Madeira, é expectável que nas regiões montanhosas os insetos saiam do seu es-
conderijo quando os ventos são bastantes fortes.
F. A população de escaravelhos da ilha da Madeira deve ter um fundo genético igual à população
original de escaravelhos das regiões continentais.
100 Ma Atualidade
75% 100%
54
Cotações
1 Faça corresponder a cada uma das afirmações identificadas pelas letras um dos números da 8
chave. Utilize cada letra apenas uma vez.
Afirmações Chave
Na resposta a cada um dos itens de 2 a 6, selecione a única opção que permite obter uma afir-
mação correta.
2 Enquadrada na formação do Sistema Solar, a Terra, enquanto planeta , terá sido um dos 5
planetas a formar-se.
(A) telúrico (…) primeiros
(B) telúrico (…) últimos
(C) gasoso (…) primeiros
(D) gasoso (…) últimos
3 De acordo com o conhecimento científico atual, os continentes são formados por material 5
denso do que a crusta oceânica, em que a propagação das ondas sísmicas é mais
em relação à da crusta oceânica.
(A) mais (…) lenta
(B) menos (…) rápida
(C) mais (…) rápida
(D) menos (…) lenta
4 Os dados do paleomagnetismo presente nas rochas da crusta terrestre permitiram verificar que… 5
55
Cotações
6 De acordo com a Teoria da Tectónica de Placas, o movimento das placas litosféricas ter-se-á ini- 5
8 Estudos recentes no lago Mono (Califórnia, EUA), composto por águas muito ácidas, ricas em
metais pesados tóxicos e associado a vulcões, permitiram descobrir bactérias capazes de subs-
tituir o fósforo pelo arsénio. O arsénio é um elemento altamente tóxico para os organismos,
mas que impede que estas bactérias se reproduzam ao longo do tempo.
8.1. Nas bactérias descobertas no lago Mono é expectável encontrar arsénio em diversas mo- 5
8.2. Explique em que medida as descobertas referidas foram consideradas pela Agência NASA 10
56
Cotações
A análise dos contactos entre os diferentes granitos permitiu concluir que possuem idades pró-
ximas, e as análises radiométricas apontam para uma idade de 290 a 296 Ma. Foram usados os
sistemas do Rb-Sr e Ur-Pb, com resultados semelhantes.
Quanto à origem, os dados químicos e mineralógicos sugerem que os granitos se formaram a
partir da fusão parcial de materiais da crusta continental inferior e com possível mistura com
magmas de origem mantélica. Estes fenómenos devem ter ocorrido aquando do fecho de um
oceano primitivo, e que levou à formação do supercontinente Pangeia.
Castro
Laboreiro
Local de ocorrência
do movimento
em massa
Paufito
Ilda
Lovios
Pitões das
Metassedimentos do
Júnias
Silúrico
Carris
Granitos de duas micas
Migmatitos, gnaisses
Figura 3 – Carta geológica simplificada do Parque da Peneda-Gerês em território nacional e das rochas
que se prolongam para regiões da Galiza.
Dados e esquema adaptados de http://www.dct.uminho.pt/pnpg/mapa_site.html.
57
Cotações
Movimentos em massa
Nas serras da região Norte de Portugal são frequentes os movimentos em massa, desde a queda
de blocos até à deslocação de grandes quantidades de materiais. Estudos realizados nesta re-
gião permitiram verificar que os movimentos em massa ocorrem, maioritariamente, após um
longo período de precipitação durante o inverno. Um episódio exemplificativo dos movimentos
em massa ocorreu na serra da Peneda e foi do tipo fluxo detrítico (figuras 3 e 4).
600 m 633 m
625 m
550 m
575 m
Na resposta a cada um dos itens de 1 a 6, selecione a única opção que permite obter uma afir-
mação correta.
(A) da fusão parcial do material que deu origem aos diferentes magmas.
(B) da mistura parcial dos magmas com diferente composição e origem.
(C) da instalação e cristalização do magma, com a inclusão dos isótopos instáveis nos minerais.
(D) do afloramento do granito.
, e o granito de Paufito deve ter cristalizado mais rapidamente quando comparado com
o granito .
(A) convergente (…) do Gerês
(B) convergente (…) dos Carris
(C) divergente (…) do Gerês
(D) divergente (…) dos Carris
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Cotações
4 A ordem de cristalização nos granitos do maciço da Peneda-Gerês deve ter sido, de acordo com 5
7 Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das seguintes afirmações respeitantes 6
A. O movimento em massa ocorreu num substrato formado por granito biotítico porfiroide de
grão grosseiro a médio.
B. O acumular de água aumenta a coesão das partículas que compõem a vertente, aumentando
também o peso das camadas de material e facilitando a deslocação.
C. A ausência de vegetação na encosta deve ter facilitado a ocorrência do movimento em massa.
D. O declive não deve ter tido influência na ocorrência do movimento detrítico na serra da Pe-
neda.
E. O material superficial, que resulta da meteorização do granito, constitui uma camada em que
os poros podem ser preenchidos por água e constituir um aquífero confinado.
F. A atividade humana pode potenciar os riscos e efeitos negativos dos movimentos em massa,
por exemplo com a ocupação de áreas de risco geológico e o uso incorreto dos solos.
8 No maciço da Peneda-Gerês existem diversos depósitos minerais metálicos que já foram explo- 8
rados no passado.
Relacione a formação destes depósitos com a presença de fluidos hidrotermais originários dos
magmas.
59
Cotações
Documento A
Uma equipa de investigadores de-
Abertura estomática
terminou a abertura estomática em
plantas intactas de fava (Vicia faba),
da família das legumináceas. Quan-
tificaram ainda os níveis de potás-
sio e sacarose ao longo do tempo.
Em situações de seca, os níveis da Concentração de solutos (K+ e sacarose)
hormona ABA (ácido abscísico) au- Sacarose
mentaram até 50 vezes nas célu-
las-guarda dos estomas foliares.
K+
A
Documento B
A uma planta de sardinheira (Pelar-
Transpiração
mg de água
Translocação
determinados em plantas incuba-
(μmol 14CO2 m -2 s-1)
Taxa fotossintética
60
Cotações
Na resposta a cada um dos itens de 1 a 5, selecione a única opção que permite obter uma afir-
mação correta.
1 Se fornecêssemos 14CO2 sob a forma gasosa a plantas a crescer numa estufa com ambiente lu- 5
3 O transporte de sacarose do mesófilo foliar para o floema ocorre contra o gradiente de concen- 5
4 O excesso de água no solo pode levar ao alagamento e à redução do oxigénio disponível para 5
dora presente nos tilacoides dos cloroplastos. Este facto leva à inibição da fotossíntese, pois
não ocorre a regeneração de , usados posteriormente nas reações de .
(A) NADP+ e de ADP (…) síntese de glicose
(B) NADPH e de ATP (…) fermentação
(C) NADP+ e de ADP (…) fermentação
(D) NADPH e de ATP (…) síntese de glicose
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Cotações
6 Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das seguintes afirmações respeitantes 8
7 Faça corresponder a cada uma das afirmações da coluna A a respetiva designação que consta 8
Coluna A Coluna B
8 Algumas larvas de inseto parasitam a planta do tomate, afetando o seu crescimento. Quando 12
uma larva inicia a ingestão de uma folha, a planta produz ácido jasmónico, que é libertado sob
a forma de gás com odor. Alguns cientistas consideram que este composto pode atrair insetos
predadores das larvas e assim proteger a planta.
Planeie uma experiência para testar esta hipótese, referindo as variáveis em estudo e os con-
trolos necessários.
— FIM —
62
9. A – II, B – VI, C – V, D – IX, E – IV, F – X, G – I, H – VII. PROVA 5 (págs. 52-62)
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# Soluções
• Relacionar a importância da descoberta destas bac- − lote A: funciona como controlo, em que não se adi-
térias com a pesquisa da vida extraterrestre. cionam as larvas;
– Esta foi considerada importante pela NASA, no âm- − lote B: as plantas serão expostas às larvas dos in-
bito da pesquisa da vida extraterrestre, uma vez que setos parasitas, permitindo que estas se alimentem
permite aos cientistas constatar que há organismos das suas folhas;
extremófilos que sobrevivem e que se reproduzem − lote C: as plantas não serão sujeitas à ação das lar-
em ambientes ácidos e ricos em arsénio, aumen- vas, mas será aplicado ácido jasmónico.
tando as hipóteses da existência de vida extrater- Libertar os insetos predadores das larvas na proximi-
restre em condições hostis como as referidas. dade dos três lotes de plantas.
Em todas as plantas será quantificado, ao fim de um
Grupo III dado tempo, o número de insetos que predam as lar-
1. Opção D vas, de forma a verificar se nas plantas sem larvas,
2. Opção C mas com ácido jasmónico, os insetos predadores foram
3. Opção A atraídos, comparando com o controlo experimental
4. Opção A (lote A), para ver se as diferenças são significativas.
5. Opção B
6. Opção C
7. Verdadeiras: A, C, F; Falsas: B, D, E.
8. A resposta deve abordar os seguintes tópicos:
• Referenciar a presença de fluidos hidrotermais ori-
ginários dos magmas.
– Os fluidos hidrotermais são constituídos essencial-
mente por materiais voláteis e ricos em sílica, podendo
ser formados nos estádios finais da diferenciação
magmática.
• Relacionar a formação de depósitos minerais metá-
licos com a ocorrência de fluidos hidrotermais.
– A reduzida densidade e a elevada fluidez dos fluidos
hidrotermais permite a sua circulação e instalação ao
longo de poros e fraturas das rochas encaixantes.
A cristalização destes fluidos pode originar a forma-
ção de jazigos, como por exemplo os metálicos.
Grupo IV
1. Opção D
2. Opção C
3. Opção A
4. Opção B
5. Opção D
6. Verdadeiras: A, B, E, G; Falsas: C, D, F, H.
7. A – 2, B – 4, C – 1, D – 2, E – 3, F – 1.
8. Para testar a hipótese de as plantas de tomate liber-
tarem ácido jasmónico como resposta ao ataque das
larvas de modo a atrair predadores destas, poder-se-ia
realizar a seguinte experiência, mantendo todos os
outros fatores (ex.: temperatura, disponibilidade hí-
drica, etc.) constantes em todos os lotes de plantas.
Selecionar 9 plantas de tomate de tamanho idêntico,
envasadas, que constituirão o lote A, B e C (formado
por 3 plantas cada um). Obter larvas que parasitam a
planta do tomate e os insetos que se alimentam des-
tas larvas. Os lotes são colocados nas seguintes con-
dições experimentais:
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