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HGP A Revolução Francesa de 1789 e

História e Geografia de Portugal os seus reflexos em Portugal


PARTE I
REVOLUÇÃO LIBERAL EM
PORTUGAL
SÉC. XIX

Tentativa de acabar com a Início da Revolução Liberal


Monarquia Absoluta portuguesa

1817 . 1820
MOTIVO DE
DESCONTENTAMENTO DOS
PORTUGUESES
Após as invasões francesas, a situação de Portugal era muito difícil:
 Tropas francesas provocaram grande destruição e muitas mortes;
 A família real permanecia no Brasil, mesmo depois de D. João VI se ter tornado rei
(1816);
 Ingleses continuavam em Portugal e controlavam o governo, o exército e o comércio;
 Abertura dos portos brasileiros ao comércio internacional (1808), prejudicou a
burguesia que se dedicava ao comércio, contribuindo para o agravamento da situação
em Portugal;
 Ideias liberais, defendidas pelos revolucionários franceses, a conquistar cada vez mais
apoiantes em Portugal, principalmente entre a burguesia.
ACONTECIMENTOS ANTES DA
REVOLUÇÃO
 Em 1817, o general Gomes Freire de Andrade, foi acusado de liderar a revolta
contra a Monarquia Absoluta, sendo condenado à morte e enforcado, juntamente
com outros conspiradores defensores das ideias liberais (1ª tentativa de revolução);
 Em 1818, um grupo de burgueses liberais, dirigidos por Manuel Fernandes
Tomás, criou o Sinédrio – Organização secreta criada no Porto, e que preparou a
Revolução Liberal de 1820. Os seus membros pretendiam:
 O fim do domínio inglês;
 A substituição da Monarquia Absoluta por uma Monarquia Liberal;
 O regresso de D. João VI a Portugal.
QUANDO E ONDE ACONTECEU
A REVOLUÇÃO
Aproveitando a deslocação ao Brasil do general Beresford, que por decisão de D.
João VI era a quem competia reprimir qualquer tentativa de revolta:
 A 24/Ago/1820 teve início no Porto a Revolução Liberal, liderada pelo general
Sepúlveda. A população do Porto aplaudiu os revoltosos;
 A revolução foi-se espalhando pelo país;
 A 15/Set/1820, em Lisboa, militares liberais depuseram os regentes – foi formada a
Junta Revolucionária de Lisboa;
 A 28/Set/1820 os revolucionários do Porto uniram-se aos de Lisboa. Foi formado
um governo provisório que incluía liberais das duas cidades;
 Os ingleses deixaram de controlar o governo e o exército portugueses.
CRONOLOGIA
1807-1811 Invasões francesas. O exército luso-britânico expulsa os franceses.
1807 D. Maria I e toda a família real partem para o Brasil.
1808 Abertura dos portos brasileiros ao comércio com outros países.
1811-1820 Os ingleses controlavam o governo, o exército e comércio em Portugal.
1816 Morte de D. Maria I. O D. João VI torna-se o rei de Portugal (e do Brasil).
Tentativa fracassada de acabar com Monarquia Absoluta e expulsar os ingleses de
1817 Portugal, resultando na condenação e morte e enforcamento do general Gomes Freire
de Andrade.
Primeiras reuniões secretas do Sinédrio, no Porto, dirigidas por Manuel Fernandes
1818
Tomás.
1820 Revolução Liberal em Portugal, que teve início a 24 de agosto.
PARTE II
PORTUGAL UMA MONARQUIA
CONSTITUCIONAL
SÉC. XIX

Início da Revolução Liberal Aprovação da primeira


portuguesa Constituição

1820 . 1822
CORTES CONSTITUINTES
Governo provisório da Revolução Liberal de 1820 – Junta Provisional do Governo do
Reino – organizou eleições;
 Cidadãos eleitores portugueses escolheram através do voto os seus representantes
(deputados), que passaram a reunirem-se numa assembleia – Cortes Constituintes.
Principal função:
 Elaborar uma Constituição – a Lei mais importante e fundamental de um país – que
define os direitos e deveres de todos os portugueses, e a forma de governo do reino.
 Primeira Constituição portuguesa:
 23/Set/1822 – Aprovada pelas Cortes;
 01/Out/1822 – Assinada por D. João VI (regressado do Brasil em 1821).
 Implementado um novo regime político designado Monarquia Constitucional
(monarca compromete-se a governar de acordo com a Constituição)
MONARQUIA ABSOLUTA VS
MONARQUIA CONSTITUCIONAL
Monarquia Absoluta Monarquia Constitucional

• O rei detinha todos os poderes (executivo, • Poderes ficaram tripartidos:


legislativo e judicial).  Poder legislativo – Cortes
(deputados eleitos) elaboravam e
votavam as leis.
 Poder executivo – o rei, com a
colaboração dos seus ministros
(governo), executava as leis (governava).
 Poder judicial – Tribunais (Juízes)
julgavam e condenavam quem não
cumpria as leis.
A Constituição para além de diminuir os
poderes do rei, retirou privilégios à nobreza e • A Constituição defendia:
clero, tendo por isso a oposição de muitos  Liberdade
desses elementos.  Igualdade dos cidadãos
 Soberania nacional
EXERCÍCIO DA SOBERANIA
NACIONAL
Portugueses com direito a voto:
 Homens com mais de 25 anos, ou mais de 20 se forem casados, desde que
soubessem ler e escrever, e não fossem mendigos ou frades.
Quem nunca podia votar:
 Mulheres e crianças;
 Analfabetos
 Mendigos
 Frades
A última Constituição portuguesa foi aprovada em 1976, e confere o direito
ao voto a todos os portugueses, homens e mulheres, com mais de 18 anos.
PARTE III
INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
SÉC. XIX

Presença da família real portuguesa no Brasil

1807 . 1821
INFLUÊNCIA DA PRESENÇA DA FAMÍLIA
REAL PORTUGUESA NO BRASIL (1807-1821)
Permitiu um grande desenvolvimento do território brasileiro. Foram construídas escolas,
hospitais, estradas, bibliotecas, teatros, bancos e palácios.
O Rio de Janeiro torna-se sede do Império Português.
Acontecimentos determinantes:
 1808 – Brasil abriu os seus portos ao comércio com outros países  Enriquecimento dos
comerciantes brasileiros (burguesia).
 1815 – Brasil passa da condição de colónia portuguesa a reino, unido ao reino de Portugal.
 1816 – D. João VI torna-se rei de Portugal e do Brasil.
 1821 – D. João VI regressa a Portugal e deixa a regência do Brasil ao seu filho mais velho,
D. pedro IV, que permaneceu nesse país.
EXIGÊNCIAS DAS CORTES PORTUGUESAS
EM RELAÇÃO AO BRASIL (1822)

1822 - Já com D. João VI em Portugal, as Cortes exigem:

 Que o Brasil deixasse de ser um reino, e voltasse à condição de colónia portuguesa;


 Que o comércio externo brasileiro voltasse ao controlo dos comerciantes portugueses;
 O regresso imediato de D. Pedro IV, o herdeiro do trono português.
INDEPENDÊNCIA DO BRASIL (1822)
 D. Pedro IV recusou aceitar as exigências das cortes portuguesas (estava-lhe a ser
diminuídos os poderes);
 Foram retirados pelas Cortes todos os poderes ao príncipe (D. Pedro IV);
 Com o apoio da burguesia brasileira, D. Pedro revoltou-se, e a 07/Set/1822, junto ao rio
Ipiranga gritou simbolicamente “Independência ou morte!” (grito do Ipiranga), iniciando o
processo que conduziu à independência do Brasil.
 D. Pedro é proclamado primeiro Imperador do Brasil (1822).

Portugal perdeu assim a sua colónia mais rentável no séc. XVIII, em virtude do
comércio do açúcar, ouro e diamantes.
CAUSAS DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

Resumindo:

 A abertura dos portos brasileiros ao comércio com outros países tornou a burguesia
brasileira mais rica.
 A permanência da família real portuguesa no Brasil levou ao desenvolvimento desse
território, através da construção de pontes, escolas, palácios, teatros, bancos, etc.
 O desejo de D. Pedro em ficar no Brasil e em tornar esse território independente. Depois
de pressionado para regressar a Portugal (pelas Cortes), D. Pedro deu o famoso grito do
Ipiranga – “Independência ou morte”.
COMO SE DEU A GUERRA
CIVIL
Em 1826, quando D. João VI morreu, D. Pedro abdicou do trono de Portugal em
favor de sua filha D. Maria da Glória. D. Miguel ficaria a governar como regente,
respeitando as ideias liberais. Em 1828, D. Miguel declarou-se rei absoluto. Os
liberais foram perseguidos. D. Pedro regressou a Portugal e ocupou a cidade do
Porto: teve início a guerra civil.
Período Grupos em
: confronto: Cidade Duas Fim da guerra:
A guerra Os liberais ocupada e batalhas: Convenção de
civil comandados cercada: Évora Monte
por D. Pedro e Almoster e
decorreu O Porto foi Asseiceira (1834). Vitória dos
os absolutistas, ocupado pelos Liberais:
Entre liderados por ganhas pelos
liberais e cercado liberais. Triunfo definido da
1832 e D.Miguel. pelos absolutistas.

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