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Ao abrir o século XIX, Portugal parecia escapar aos ventos do liberalismo que sopravam
fortemente na França revolucionária e dela irradiavam para o restante continente:
A reação absolutista
Apesar de os vintistas terem declarado que não pretendiam subverter as
instituições-base do país (monarquia e religião católica), a nobreza e o clero mais
conservadores encetaram a contra-revolução absolutista, até porque esta teve sucesso
em Espanha.
Antecedentes:
Como consequência:
● A libertação da terra fez-se acompanhar da libertação do comércio.
● Eliminação de situações de privilégio na organização das atividades econômicas.
● Extinguiram-se as portagens e demais encargos na circulação interna.
● Diminuição dos direitos de exportação.
● Fim dos monopólios do sabão e do vinho do Porto.
● Nova organização administrativa. Índole centralizadora. País dividido em
províncias, comarcas e concelhos, chefiados por prefeitos, subprefeitos e
provedores, todos eles funcionários de nomeação régia.
● Registo Civil: enquadra civilmente os cidadãos na administração pública.
● Reformas Judiciais: divisão do país em círculos judiciais, estes em comarcas,
divididos em julgados e, estes últimos, em freguesias. Temos também a criação do
Supremo Tribunal de Justiça.
Finanças:
- Eliminação do sistema secular de tributação local (para clero e nobreza). Surge um
sistema de tributação nacional, devidamente centralizado.
- Tribunal do Tesouro Público (substitui o antigo Erário Régio): arrecadação de
impostos e contabilização dos fundos do Estado.
A revolta da “Maria da Fonte” foi uma reação popular explosiva às Leis da Saúde, das
estradas, assim como aos procedimentos burocráticos que passaram a envolver a
cobrança de impostos as “papeletas da ladroeira”, como as chamava.
Iniciada no Porto, alastrou ao país. Tinha como pretexto o não cumprimento das
promessas feitas pela rainha, nomeadamente a da realização de eleições por sufrágio
direto para a Câmara dos Deputados.