- Guerra dos Sete Anos: a Inglaterra derrota a França, mas fica com os cofres vazios por causa da guerra; - A Inglaterra exige às suas 13 colónias da América do Norte um contributo financeiro devido à guerra; - Lançamento de um conjunto de tarifas alfandegárias e de um imposto de selo; - Proibição de as colónias negociarem com outros territórios. Reação das colónias - Movimentos de protesto às imposições fiscais: boicote nos portos de Nova Iorque, Filadélfia e Boston; Boston Tea Party; - O rei inglês manda encerrar o porto de Boston e a ocupação da cidade por ingleses, exigindo uma indemnização; - Os delegados das colónias reuniram-se no primeiro Congresso de Filadélfia, organizando um dispositivo revolucionário; - O primeiro sinal de revolução deu-se em Lexington, onde a população atacou uma coluna inglesa; - Em 1776, Thomas Jefferson redigiu uma Declaração de Independência, aprovada por todos os delegados no dia 04 de Julho. A derrota de Inglaterra - George Washington e Benjamin Franklin começam uma forte ação diplomática para reunir apoios; - Apoio de França e de Espanha na luta contra os ingleses; - Em 1781, dá-se a rendição britânica em Yorktown. Liberalismo - Oposição ao absolutismo e à tirania; - Defende a soberania da nação, a livre iniciativa e promove as classes burguesas; - Sobrevaloriza os direitos do indivíduo: liberdade, igualdade, segurança e propriedade. Todos estes direitos deviam ser universais. - O Homem é um cidadão que intervém na governação; - Legitimação do poder político através das constituições; - O Estado era laico; - Separação de poderes; - Ausência da intervenção do Estado na economia Revoluções liberais - Movimentos de contestação ao Antigo Regime; - Objetivos: eliminação da sociedade de ordens, livre iniciativa, liberdade política e consagração dos direitos naturais do Homem. Problemas da sociedade francesa - Sociedade de ordens; - A nobreza e o clero gozavam de inúmeros privilégios e eram a minoria da população; - Os camponeses eram a maioria da população, viviam na miséria e tinham pesados encargos tributários; - A burguesia endinheirada constituía a elite do Terceiro Estado e viviam bem mais desafogados. Conjuntura económico-financeira da França - Baixa de preços e lucros do trigo e do vinho; - Destruição de colheitas e aumento de preços devido a tempestades; - Défice crónico das finanças: as receitas não chegavam para cobrir as despesas. Dos Estados Gerais à Assembleia Nacional Constituinte em França - A abertura dos Estados Gerais deixou o Terceiro Estado com grande expectativa, que reclamava o voto por cabeça. Contudo, foram apagados pelo claro e pela nobreza; - Dá-se o primeiro ato revolucionário, os deputados do Terceiro Estado que representavam quase toda a população proclamaram-se Assembleia Nacional. Era o fim da monarquia absoluta; - Formação da Assembleia Nacional Constituinte para redigir uma constituição; - O fim do antigo regime: Tomada da Bastilha; abolição dos direitos feudais; elaboração da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão; Constituição Civil do Clero; reorganização administrativa e económica. Monarquia Constitucional - Legitimação da monarquia constitucional pela Constituição de 1791; - Cumprimento dos Direitos do Homem e do Cidadão, da soberania nacional e da separação dos poderes; - Sufrágio censitário; - Sistema representativo; - Entrega do poder legislativo à Assembleia Legislativa. Convenção: Girondinos e Montanheses - Girondinos: moderados; defensor da propriedade e da liberdade de comércio; - Montanheses: radicais; repartição mais justa da propriedade e uso da violência para defender os interesses populares; (Robespierre, Danton e Marat) - Pico do desentendimento entre os dois grupos: julgamento de Luís XVI. A pressão dos sans-culottes - Grupo essencialmente urbano, com rendimentos modestos, pediam igualdade política e económica; - Defendiam a democracia direta; - Simpatizavam com os montanheses e a sua pressão afastou os girondinos da Convenção Expansão do movimento francês - A revolução francesa era vista como um modelo a seguir na luta contra a tirania; - Formação do “Congresso de Viena” para apagar a obra da revolução francesa. Causas da Revolução Liberal de 1820 - Antigo Regime; - Absolutismo e repressão da Inquisição; - Efeito das invasões francesas: devastação e destruição, bem como submeteu Portugal ao domínio inglês; - Ida do Rei e da Corte para o Brasil, ficando Portugal sob domínio inglês; A revolução vintista (1820) - Resultou de uma ampla união de interesses: negociantes, magistrados, proprietários e militares; - Manuel Fernandes Tomás redigiu o Manifesto aos Portugueses onde dava a conhecer os objetivos do movimento; - Profundo nacionalismo, respeito pela monarquia e pelo catolicismo; - Apelo à aliança do Rei com as Cortes. Constituição de 1822 - Reconhece os direitos e deveres do indivíduo; - Garantia de liberdade, igualdade, segurança e propriedade; - Afirma a soberania da Nação; - Defende a separação de poderes; - Não reconhece privilégios à nobreza e ao clero. Precariedade da legislação vintista de caráter socioeconómico - Extinção da Inquisição e da censura prévia; - Instituição da liberdade de imprensa; - Transformação dos bens da coroa em bens nacionais; - Supressão do pagamento da dízima à Igreja; - Eliminação de justiças privadas e de privilégios judiciais; - Reforma dos forais; - A legislação vintista mostrou-se precária quanto à atuação socioeconómica, fazendo esforços para eliminar as estruturas do Antigo Regime. Independência do Brasil - O Brasil ocupava um extraordinário progresso económico, político e cultural; - Abertura dos portos brasileiros ao comércio internacional, pelo que Portugal perdia o exclusivo comercial com o Brasil; - Influência do sentimento de liberdade que arrastava as colónias para a independência. Atuação das Cortes Constituintes - D. João VI é forçado a regressar a Portugal e deixa D. Pedro como regente no Brasil; - A política antibrasileira das Cortes levaria à independência do Brasil a 07 de setembro de 1822, num choque entre D. Pedro e as Cortes. O reconhecimento português só chegaria em 1825. Resistência ao Liberalismo - Procura em eliminar os vestígios e influência da revolução francesa, para tal formou- se a Santa Aliança e mais tarde, a Quádrupla Aliança; - Ambiente hostil ao vintismo; - Nobreza e clero mais conservadores encetaram a contrarrevolução absolutista; - Insurgência de D. Miguel, especialmente, em Vila-Francada e na Abrilada. Carta Constitucional de 1826 - Diploma outorgado por D. Pedro IV, legítimo herdeiro da Coroa; - Divisão das Cortes em duas câmaras; - Engrandecimento da figura real através do poder moderador, ampliando os poderes reais; - A Carta Constitucional de 1826 é considerada um retrocesso face à Constituição de 1822. Legislação de Mouzinho da Silveira - Abolição dos pequenos morgadios, dos forais, dos dízimos e extinção dos bens da coroa; - Libertação da terra, do comércio e eliminação de situações de privilégio na organização de atividades económicas; Setembrismo - Mais democrático, valorizava a soberania da Nação e reduzia a intervenção régia; - Preparação da Constituição de 1938: fim do poder moderador e transformação da Câmara dos Pares em Câmara dos Senadores; - Orientação económica: desenvolvimento nacional e libertação do país da tutela estrangeira. - Reforma do ensino para formar elites qualificadas. Cabralismo - Regresso da Carta Constitucional de 1826; - Privilegiou a grande burguesia; - Aposta no fomento industrial, nas obras públicas e na reforma administrativa e fiscal; - A inovação e exigência das medidas vai gerar motins populares como a revolta da “Maria da Fonte”.